Title: DO SUS QUE TEMOS PARA O SUS QUE QUEREMOS
1PLANEJAMENTO EM SAÚDE
Ms. Ana Maria Eulálio
2PLANEJAMENTO EM SAÚDE
- BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO
- Poder Público 2ª guerra mundial. Técnica e
instrumento de política econômica estatal. - Prática de gestão dos governantes status
técnica racional de organização de informações,
análise de problemas, tomada de decisão, controle
da execução de políticas econômico-financeiras.. -
3PLANEJAMENTO EM SAÚDE
-
- CEPAL Centro de Estudos Econômicos para a
América Latina. - Sob influxo das teorias econômicas vigentes
contribuiu na difusão da idéia do planejamento
como - instrumento oportunizador de intervenções
deliberadas - instrumento de racionalização do processo de
substituição econômica e de acumulação nacional.
4- Concomitância planos de desenvolvimento ou de
reconstrução nacional Plano Marshall (Europa)
êxito do planejamento socialista na expansão e
produtividade econômica. - Crescimento econômico - sustentáculo do
desenvolvimento década de 50 natureza
normativa do planejamento. - Década de 60 percepção do desenvolvimento como
processo global inclusão de estruturas
políticas e sociais. - Questão emergente distribuição do poder
político e econômico. Desenvolvimento além do
crescimento.
5- Exigência modificação de variáveis econômicas e
das estruturas das instituições, etc. - Contribuição Proposta da Aliança para o
Progresso discussão dos obstáculos internos ao
desenvolvimento. - Planejamento capaz de integrar setores social
e - econômico.
- Pré-requisito para a obtenção de empréstimos.
-
- Carta de Punta Del Este marco para a elaboração
do método CENDES-OPS, 1965. Bases
desenvolvimento implica em processo de mudança de
estrutura. Pressupõe a noção de integralidade.
Reorientação da pesquisa para temas políticos e
sociais. -
6- Papel do Planejamento servir à mudança racional
da sociedade. A superação das diferenças sociais
e econômicas só seria possível mediante a
ascensão da comunidade econômica, social e
politicamente marginalizada, à posição de
partícipe dos processos decisórios ( componente
participativo). -
- Nova Racionalidade do Planejamento técnica,
formal e substantiva( de auxilio à elaboração de
políticas). Principal desafio superar sua
aderência aos aparelhos de poder e facilitar a
explicitação dos conflitos, dos interesses e
vontades de mudança social.
7-
- Políticas Públicas de Saúde
- Programação de campanhas
- Medicina Preventiva e Comunitária
- Administração Hospitalar.
- Base concepção desenvolvimentista em saúde.
A saúde da população é fator de produtividade e
os recursos de saúde podem ser tratados a partir
de modelos de custo-benefício. -
- Características do método CENDES-OPS criado por
técnicos do Centro Nacional de Desenvolvimento
da Universidade Central da Venezuela. Centrado
na matriz político-ideológica da CEPAL.
8-
- Etapas Diagnóstico Programação Discussão e
Decisão Execução Avaliação e Revisão. - 1. Sujeito e Objeto independentes
- 2. Conhecimento da realidade por meio de
Diagnóstico científico. Serve-se do social para
conhecimento do contexto. Busca de uma verdade
objetiva objetividade e neutralidade - 3. Não histórico. Desconsidera a historicidade
dos atores sociais
9-
- 4. Um único ator social. Uma única realidade
objetiva. Normatividade econômica. O político é
exterior à realidade objetiva - 5. O desenho é o de Deve Ser
- 6. Sistema Fechado.
-
- Paradoxo ou defasagem entre a lógica
- interna do método e o contexto ideológico
- vigente na década de 60.
10-
- Crítica teóricos da escola estratégico-situacion
al. -
- CPPS ILPES 1965 Centro Pan-americano de
Planejamento em Saúde e Instituto
Latino-americano de Planejamento Econômico e
Social criação de espaço e abertura para a
emergência de novas linhas de abordagem do setor.
Crítica nos aspectos formais do planejamento
enquanto técnica empresarial e ênfase às questões
organizacionais e políticas do setor. -
11-
- Década de 70 discursos da planificação
incorporam a diretriz política da coordenação de
serviços de saúde e a extensão de cobertura. -
- Contribuição dos governos progressistas de Perón
e Allende. - Enfoque Estratégico-Situacional ganha status de
forma alternativa de planificação. Contexto
político, social e econômico favorável ao
aparecimento de novas propostas.
12- A análise da realidade social deve ser concebida
como fenômeno estrutural. Surgimento de novos
atores sociais sociedade civil, movimentos
sindicais, etc. - Década de 80 configuração do enfoque
estratégico de planificação. - Principais Enfoques Metodológicos
- 1. Pensamento Estratégico Mário Testa
- 2. Planificação Situação Carlos Matus
- 3. Pensamento da Escola de Medellín
13-
- Planejar estrategicamente requer análise de
conjuntura atores sociais, cenários, jogos de
poder, estratégias, táticas elementos dinâmicos
e historicamente construídos e reelaborados.
141. PLANEJAMENTO EM SAÚDE
- As Bases do Planejamento em Saúde
- O planejamento DEVE ser utilizado como
instrumento de ação governamental para a produção
de políticas, como instrumento do processo de
gestão das organizações e como prática social. - Premissas Importantes
- Planejar exige a ousadia de visualizar um futuro
melhor, mas não é simplesmente "sonhar grande".
151. PLANEJAMENTO EM SAÚDE
- Exige maturidade para se acomodar às restrições
impostas pelo ambiente ou pelo grau de
desenvolvimento da organização. - Obriga a selecionar as ações concretas
necessárias para alcançar o objetivo desejado. - Promove o desenvolvimento institucional (como
instrumento de gestão) , podendo ser considerado
uma estratégia de educação para a qualidade.
161. PLANEJAMENTO EM SAÚDE
- Envolve um variado número de atores sociais razão
pela qual deve ser considerado um processo
político de busca dos pontos comuns das distintas
visões de futuro e de acordos sobre as
estratégias para alcançá-los. - Pressupõe um Olhar estratégico e situacional
da realidade com vistas às transformações que se
pretende operar sobre esse dita realidade.
171. PLANEJAMENTO EM SAÚDE IMPÕE
- A SAÚDE como campo de formulação de Políticas
Públicas encerra o entendimento acerca do
processo saúde-doença, como um processo social
caracterizado pelas relações dos homens com a
natureza (meio ambiente, espaço, território) e
com outros homens (através do trabalho e das
relações sociais, culturais e políticas) num
determinado espaço geográfico e num determinado
tempo histórico .
181. PLANEJAMENTO LOCAL EM SAÚDE
- Durante muito tempo, predominou o entendimento de
que saúde era sinônimo de ausência de doenças
físicas e mentais. Nesse sentido, os serviços de
saúde privilegiaram na sua organização a atenção
médica curativa.
19DIREITO À SAÚDE
- Saúde consiste em um direito fundamental que,
- Segundo o artigo 196 da constituição Federal de
1988, - deve ser assegurado a todos os brasileiros pela
União, - pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios. - Não constitui apenas a ausência de enfermidades,
mas - também o pleno desempenho das faculdades físicas,
- mentais e sociais.
- Saúde como qualidade de vida.
20DIREITO À SAÚDE
- CIDADÃO é o indivíduo que tem consciência de
seus direitos e deveres e participa ativamente de
todas as questões da sociedade. -
HERBERT DE SOUZA
21Princípios Paradigmáticos
- Políticas públicas devem ter como meta a garantia
dos direitos humanos - O processo de implementação é tão importante
quanto o resultado - O Estado tem a obrigação de planejar a realização
progressiva dos direitos para todos. - Direitos humanos são mais amplos
22Princípios Paradigmáticos
- Saúde como direito de cidadania e dever do
Estado, deve resultar de políticas públicas que
elevem a qualidade de vida(CF 88) - Arcabouço jurídico-legal adequado Constituição
Federal, Lei 8080 e Lei 8142 - Instrumentos normativos suficientes
NOB(91,92,93,96) e NOAS(2001,2002).
23A SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
- a saúde como direito de todos e dever do estado
- o sistema único de saúde com as diretrizes de
descentralização, atendimento integral e
participação da comunidade - a assistência à saúde é livre à iniciativa
privada -
- Fonte CF -1988
24Relevância do SUS
- 90 da população brasileira é, de algum modo,
usuária do SUS - 28,6 da população é usuária exclusiva do SUS
- 61,5 usa o SUS e algum outro sistema de
atenção - 8,7 da população não usa o SUS
- Pesquisa SUS
25Sistema de Saúde Brasileiro
- PROBLEMAS
- Recursos financeiros insuficientes e fracionados
- Pouca participação dos Estados no financiamento
- Deficiência quantitativa e qualitativa de
recursos humanos - Precarização das relações de trabalho
- Resolutividade insuficiente
- Limitações no acesso aos serviços
- Inadequações no modelo assistencial
26da Integralidade
- Lei Federal 8.080 de 1990
- Dos Princípios e Diretrizes do Sistema Único de
Saúde - Art. 7 inciso II integralidade de
assistência, entendida como conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e
curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do
sistema
27da Descentralização
- Lei Federal 8.080 de 1990
- Dos Princípios e Diretrizes do Sistema Único de
Saúde - IX - descentralização político-administrativa,
com direção única em cada esfera de governo - a) ênfase na descentralização dos serviços para
os municípios - b) regionalização e hierarquização da rede de
serviços de saúde
28A Integralidade como uma das DIRETRIZES DO SUS
Os preceitos constitucionais não ocorrem de forma
homogênea Avanços na Descentralização e
Universalização do acesso tem sido mais visíveis
que a integralidade e o controle social
Teixeira e Paim, 2002 Integralidade como o
componente mais ausente Giovanela,2002 Integral
idade X Acesso Cecílio,2001
29Sistema de Saúde Brasileiro
- DESAFIOS
- Definição da divisão de responsabilidades entre
Estados e Municípios - Integração entre sistemas municipais
- Planejamento e organização funcional do sistema
- Financiamento e critérios de alocação de recursos
- orientação pelas necessidades da população - Garantia de resolutividade e acesso aos serviços.
30 Diagrama de Transição do Modelo Assistencial