Title: SEMANA DE DEBATES SOBRE O ENSINO DE ESPANHOL NO BRASIL
1SEMANA DE DEBATES SOBRE O ENSINO DE ESPANHOL NO
BRASIL
- 17 a 22 de agosto de 2009
- Cursos de Letras/Espanhol
- Universidades brasileiras
2Proposta de roteiro para a discussão
- A lei 11161
- As Orientações Curriculares
- Alguns antecedentes do ensino de espanhol no
Brasil - O acordo MEC/I.C
- Histórico do discurso da mídia
- A resistência
- Como participar
3- Propostas de fragmentos e questões para os debates
4 5O que diz a lei 11.161
- Torna obrigatória a oferta da disciplina Língua
Espanhola, em horário regular, nas escolas
públicas e privadas brasileiras que atuam nesse
nível de ensino - Faculta a inclusão do ensino da disciplina Língua
Espanhola nos currículos plenos do Ensino
Fundamental II
6- AS ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS PARA O
ENSINO DE ESPANHOL
7O que dizem as Orientações Curriculares
- No ensino regular, LÍNGUA ESTRANGEIRA não tem um
fim em si mesma. Os objetivos vão além dos
instrumentais - Quais seriam, então, suas finalidades?
- Deve promover a construção coletiva do
conhecimento - O que difere construção individual de construção
coletiva do conhecimento? - LÍNGUA ESTRANGEIRA não é só matéria escolar, tem
função EDUCACIONAL, de formação de CIDADÃOS - O que confere função educacional a uma
disciplina curricular?
8- Linguagens como constituintes de significados,
conhecimentos e valores - Como o ensino de LE numa escola regular pode
chegar a isso? - Interação com outras disciplinas para
constituição da cidadania. - Quais a condições para a construção de um
projeto interdisciplinar? - Interdisciplinaridade é apenas a articulação
das coincidências entre as disciplinas que
compõem o currículo? - O que há em comum entre todas as disciplinas?
9Desafios atuais, segundo as OCs
- Desenvolvimento do senso de CIDADANIA em aula de
língua estrangeira - O que é ser cidadão?
- Que relação há entre cidadania e LE?
- Propor uma reflexão sobre o papel da língua e das
comunidades que a falam - Que relações costuma-se estabelecer entre uma
língua estrangeira e seus falantes? - Qual a origem dos preconceitos lingüísticos
sedimentados em nossa sociedade? - No Brasil, como se manifestam esses preconceitos
em relação à língua espanhola e seus falantes? - Como trabalhar essa questão em sala de aula?
10- Estabelecer o lugar da disciplina LE no processo
educativo. - Como reverter seu caráter de atividade
supérflua? Seu caráter periférico? - Implantar a disciplina LE com qualidade e sem
reducionismos - Como deve ser a formação do professor de LE?
- Desmistificar os estereótipos (uma única língua
língua fácil valorização do espanhol peninsular
preconceitos) - Esse debate diz respeito apenas ao professor e
ao seu espaço de formação ou deve atingir também
a comunidade?
11Especificidades do Espanhol
- Heterogeneidade (21 países)
- Como essa heterogeneidade pode ser trabalhada a
favor da formação de cidadãos? - Discurso hegemônico versus pluralidade
lingüística e cultural - Como desconstruir esse discurso hegemônico?
- Nesse sentido, que relações podem ser
estabelecidas entre o Espanhol e o Português? - O Português falado no Brasil é inferior ao
falado em Portugal? - E o português falado nos países africanos também
colonizados por Portugal (Angola, Moçambique,
Guiné Bissau, Cabo Verde, São Tomé)?
12Qual espanhol ensinar?
- Falsas premissas
- ESPANHOL PENINSULAR
- puro, sem interferências, mais correto
- ESPANHOL NÃO PENINSULAR
- derivada, diferente, misturada
- ESPANHOL STÁNDAR
- modalidade geral do idioma
13Deve-se considerar
- Nenhum falante, de nenhuma língua, conhece a
fundo todas as variedades existentes - O desejável é que o professor opte pela variante
que conhece mais e à qual se sente vinculado - Outras variantes não devem ser apresentadas como
curiosidades
14- Alguns antecedentes do ensino de espanhol no
Brasil
15Memórias...
- A presença do espanhol na escola brasileira
remonta ao ano de 1919, no Colégio Pedro II,
escola pública federal de excelência do Rio de
Janeiro, tendo o filólogo Antenor Nascentes como
professor daquela disciplina, então, optativa. - A formação de professores de Letras Neolatinas,
no Rio de Janeiro, vem de 1935, quando se fundou,
idealizada por Anísio Teixeira, a então
Universidade do Distrito Federal, extinta, em
pleno Estado Novo, por meio do Decreto Federal nº
1063/39. Seus quadros foram incorporados à
Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade
do Brasil, criada em 1939, de que a Faculdade
Nacional de Filosofia era um dos braços, formando
professores de Letras Neolatinas. Trata-se da
UFRJ. - (Professora Magnólia B. B. do Nascimento. UFF)
16O trajeto...
- O primeiro Projeto de Lei (PL) apresentado ao
Congresso Nacional que pretendia incluir o
espanhol como língua estrangeira a ser ensinada
nas escolas brasileiras foi apresentado pelo
Presidente Juscelino Kubitschek em 1958.Depois
deste, outros 16 projetos também tramitaram no
Congresso com esse mesmo objetivo entre eles
está o PL apresentado pelo Deputado Átila Lira em
dezembro de 2000, que foi sancionado em
05/08/2005 pelo Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e se transformou na Lei 11.161/2005.
(Professora Fernanda Castelano UFSCar) - Por que será que desde 1958 se tentava incluir o
espanhol nas escolas brasileiras e somente esse
projeto de 2000 conseguiu ser aprovado? O que
será que está nos bastidores dessa aprovação?
17Em 4/8/09, no site do MEC
- O ACORDO MEC / INSTITUTO CERVANTES
18Acordo vai permitir a difusão do idioma nas
escolas públicas
- Mi palabra favorita en español es.... A frase
está estampada no mural da filial do Instituto
Cervantes, em Brasília. Em breve, alunos de
escolas públicas brasileiras também serão capazes
de completar a sentença, graças a acordo para
promover o ensino do idioma no país, celebrado
nesta terça-feira, dia 4, pelo ministro da
Educação, Fernando Haddad, e pela presidente do
Instituto Cervantes da Espanha, Carmen Caffarel.
19- A carta de intenções (...) tem o objetivo de
promover o ensino da língua espanhola no Brasil
por meio da educação à distância. O Instituto
Cervantes, centro de ensino com sede na Espanha,
com nove filiais no Brasil, será responsável por
formar professores brasileiros e tornar
disponíveis recursos didáticos e técnicos para o
ensino do espanhol nas escolas públicas.
20- Projeto-piloto O acordo assinado entre os dois
países nesta terça-feira, 11/8/09, começa com um
projeto-piloto, a ser desenvolvido em três fases.
A primeira se inicia este mês, com a capacitação
de 30 professores, seis de cada região do país
eles se tornarão multiplicadores do conhecimento.
Os professores estarão reunidos no Instituto
Cervantes do Rio de Janeiro, com despesas pagas
pelo Ministério da Educação, para aprender a
metodologia do centro de ensino, por duas
semanas. Em seguida, serão tutores de 600 alunos,
em aulas a distância, até o fim do ano.
21- A segunda etapa, paralela à primeira, consiste na
utilização do material didático oferecido pelo
instituto. Um dos exemplos se refere a programas
que serão veiculados na TV Escola, canal da
Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC.
A terceira etapa será a utilização da tecnologia
e do ambiente virtual criados pelo instituto.No
fim do ano, representantes dos dois países vão se
reunir na Espanha para avaliar o projeto-piloto e
determinar os próximos passos, entre eles, o
número de escolas e de alunos que poderão
participar, inicialmente, das aulas e quando elas
devem começar. Com a parceria, pretende-se
alcançar desde os alunos do quinto ano do ensino
fundamental ao terceiro ano do ensino médio.
22Alguns questionamentos
- Formar professores para a escola brasileira é
função de um instituto estrangeiro ou das
universidades brasileiras? - Este curso está afinado com as Orientações
Curriculares?
23Histórico...
24El País , España, 09/08/2000 Brasil se replantea
imponer el estudio del español
- La visita en julio de los Reyes de España a
Brasil ha reactivado las posibilidades de que el
país americano convierta el español en segunda
lengua obligatoria en la enseñanza. Como primer
paso, se ha aplazado para noviembre la aprobación
de la ley en cuestión, de forma que se gane
tiempo para cambiar la actitud del Ministerio de
Educación y para que el presidente brasileño,
Fernando Henrique Cardoso, reciba el Premio
Príncipe de Asturias de Cooperación. El texto ya
había sido aprobado por el Senado, pero en la
comisión del Congreso se suscitaron numerosas
reticencias. La votación de los diputados iba a
producirse en los días anteriores a la llegada de
los Reyes a Brasil y se auguraba negativa. La
Embajada de España logró que se retrasara hasta
este mes de agosto, para que no coincidiera con
la visita de los monarcas. Se esperaba que los
Reyes pudieran influir en Cardoso, quien tiene
que viajar próximamente a España para recibir el
premio Príncipe de Asturias de Cooperación.
Precisamente uno de los motivos que figuran en el
acta de la concesión del premio es el esfuerzo
del presidente brasileño en pro de la enseñanza
obligatoria del español.
25Clarín, Argentina, 28/08/2000 FINANZAS Y
NEGOCIOS BRASIL LAS VENTAS DE LIBROS EN ESPAÑOL
ALCANZARIAN US 1.500 MILLONES
-
- FINANZAS Y NEGOCIOS BRASIL LAS VENTAS DE
LIBROS EN ESPAÑOL ALCANZARIAN US 1.500 MILLONES - El idioma, un pasaporte para ganar más plata.
- España llegó a Brasil con su industria editorial
y ahora impulsa una ley para la enseñanza del
idioma tal como se habla en España. Argentina lo
ve desde afuera. - Los reyes de España van a Brasil y reciben, es
obvio, todos los honores. Madrid, a su vez,
premia al presidente brasileño Fernando Henrique
Cardoso con el "Príncipe de Asturias". En Brasil
hay presencia de grupos españoles fuertes como
Telefónica o los bancos Santander y BBVA,
academias y editoriales. Claro, van por un
negocio fenomenal. Brasil ya tiene 750 escuelas
que enseñan castellano y un "mercado" de 50
millones de alumnos
26El País, España, 13/07/2005El Instituto
Cervantes formará a más de 230.000 profesores
para que enseñen español en Brasil
- El director del Instituto Cervantes, César
Antonio Molina, anunció ayer que la institución
formará a más de 230.000 profesores que
impartirán clase en Brasil, tras la aprobación
por el Parlamento de aquel país de una ley que
obliga a los centros de secundaria a ofrecer la
enseñanza del español.
27ABC, España, 17/07/2005
- César Antonio Molina, director del Instituto
Cervantes también saludó la nueva legislación
Es la mejor noticia que tenido la cultura
española en los últimos 50 años. Se trata de una
ley importantísima. Brasil quiere hablar español
porque es el idioma de sus vecinos y es que
Brasil, además, se ha propuesto convertirse en el
gran eje de Hispanoamérica. España tiene que
enfrentarse a este gran reto colaborando e
integrando a las otras naciones del subcontinente
americano. - Necesidades? El actual director del Cervantes
estima que se precisarán unos 200.000 profesores
de español. Qué puede hacer su Instituto? Por
supuesto, el Cervantes no puede formarlos a todos
-responde Molina-. En nuestros centros de Sao
Paulo y Río de Janeiro hemos estado preparando a
unos 5.000 profesores al año ahora disponemos de
otros 7 y, funcionando a pleno rendimiento,
formaríamos entre doce y quince mil docentes.
Cubrir las 200.000 plazas necesarias no es
nuestra obligación, sino la del Estado brasileño,
y el Cervantes acudirá en su ayuda.
28Folha de São Paulo, Brasil, 14/10/2004 Troca de
dívida pode favorecer o ensino do espanhol no
Brasil
- A troca de dívida externa por investimento na
área educativa pode ser um mecanismo para
favorecer o ensino do espanhol no Brasil, afirmou
hoje o ministro da Educação , Fernando Haddad. - O ministro , que participa da 15ª Cúpula
Ibero-Americana , inaugurada hoje na cidade
espanhola de Salamanca, expressou seu entusiasmo
com a proposta , discutida desde 2004 na
comunidade integrada por Espanha, Portugal,
Andorra e América Latina . - Haddad disse a jornalistas que o novo mecanismo
, pelo qual a dívida externa investida em
educação seria perdoada, tem no Brasil uma área "
muito concreta " o ensino do espanhol . - Uma lei sancionada recentemente pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva obrigará as escolas de
ensino médio a oferecer aulas de espanhol em um
prazo máximo de cinco anos , em cada instituição
em que seja identificada a demanda . - Haddad explicou que , segundo os cálculos do
governo , o Brasil precisa formar cerca de 12.000
professores de espanhol . O país já negocia com a
Espanha a possibilidade de aplicar esse mecanismo
de troca de dívida por investimento . Haddad, no
entanto , esclareceu que ainda não foi feito um
acordo definitivo .
29La Nación, Argentina, 23/7/05Brasil necesitará
230.000 docentes de españolSerá una materia
optativa para 10 millones de alumnos
- (...) Según cálculos del Instituto Cervantes, en
los próximos años se necesitarán unos 230.000
docentes que enseñen español sólo en las aulas
brasileñas. Para formar a esos educadores, los
profesionales argentinos se encuentran en una
posición privilegiada respecto del resto de los
países hispanohablantes, no sólo por la
proximidad de la Argentina con Brasil, sino
porque los brasileños prefieren aprenderel
español con acento argentino. - Noticia completa en http//www.lanacion.com.ar/no
ta.asp?nota_id723852 11/8/09)
30De la Vega apuesta en Brasil por el
españolROSARIO G. GÓMEZ - Brasilia - 05/08/2009
- En la fachada del Instituto Cervantes de Brasilia
cuelgan carteles con algunas de sus palabras
favoritas hola, abrazo, fiesta, chévere,
chocolate. Unos 11 millones de brasileños
estudian español, pero el Gobierno quiere
extender su aprendizaje a un universo potencial
de 50 millones. Para dar un impulso al idioma
-que se enseña por ley en las escuelas de
secundaria-, el Cervantes firmó ayer un acuerdo
con el Ministerio de Educación de Brasil que
permitirá apoyar la implantación del español en
el sistema educativo. A la firma asistió la
vicepresidenta primera, María Teresa Fernández de
la Vega, quien fijó el valor económico de este
idioma en más de 15.000 millones de euros, una
cifra que supone alrededor del 15 del producto
interior bruto.El español, la cuarta lengua con
mayor peso demográfico del mundo, lo hablan más
de 450 millones de personas, de las cuales, nueve
de cada 10 están en el continente americano. Pero
todavía queda margen de expansión. Y Brasil es
uno de los focos de crecimiento. Fernández de la
Vega apuesta por un mundo con acento portugués y
español, un idioma mestizo que la vicepresidenta
primera ha bautizado como "portuñol". Durante su
intervención, dijo que el acuerdo es "una manera
de achicar el océano". La próxima semana
comenzará a impartirse un programa piloto de
español en cuatro ciudades brasileñas Brasilia,
Río de Janeiro, Recife y Porto Alegre.
31El País , España, 07/09/2006 El Banco Santander
enseña a hablar español en Brasil
- El Banco Santander quiere aprovechar el aumento
de la demanda de español en Brasil y ha preparado
un programa para formar a 45.000 profesores
nativos. El presidente de la entidad financiera,
Emilio Botín, subrayó ayer en la presentación del
proyecto en São Paulo que el idioma español es
'un tesoro generador de riqueza y desarrollo' y
lo definió como 'un activo estratégico con
creciente influencia en el mundo'. - Las previsiones son que el proyecto del
Santander, que se ha bautizado con el nombre de
Oye!, cumpla su objetivo en cinco años. En la
primera etapa se realizará el proyecto piloto con
la formación de 2.000 profesores hasta febrero de
2007. De esos 2.000 saldrán 40 tutores
capacitados para formar a los siguientes
profesores, y así sucesivamente. Cada año se
espera formar a 7.800 docentes, hasta llegar al
objetivo de 45.000 en 2010. - En el proyecto van a participar también las tres
mayores universidades públicas de São Paulo -la
Universidad de São Paulo (USP), la Universidad de
Campinas (Unicamp) y la Universidad del Estado de
São Paulo (Unesp)-, el instituto Cervantes, el
Gobierno estatal y el portal de Internet
Universia, creado por el Grupo Santander.
32El País, España, 24/03/2007 Se necesitan
profesores de español
- "NATIVO ESPAÑOL da clases". Anuncios como éste
han dejado de ser una rareza. Se puede empezar a
pensar en un futuro en el que los universitarios
hispanohablantes podrán ganarse la vida fuera
enseñando el idioma. "Todo aquel que tenga un
título de profesor de español o esté licenciado
en Filología Hispánica y haga un curso encuentra
trabajo como profesor de español en el extranjero
y si se trata de Brasil tratarán de contratarle
aunque ni siquiera sea profesor", asegura César
Antonio Molina, director del Instituto Cervantes.
El vigor expansivo de la lengua es tal que
satisfacer la demanda de aprendizaje exigirá la
formación de cientos de miles de profesores de
español.
33El País, España, 24/03/2007 España descubre el
petróleo de la lengua
- La euforia por el avance de nuestro idioma,
entre hablantes y estudiantes, ha llevado a
algunos a pensar que le puede disputar la
supremacía al inglés. Ese creciente interés
brinda unas posibilidades insospechadas a la
industria de la enseñanza. - De la mano de la globalización y de las
corrientes migratorias, el español ha empezado a
hacer valer su peso demográfico en un mundo en el
que la disputa por los dominios lingüísticos
acompaña las dinámicas dirigidas a preservar y
ganar espacios de influencia política, económica
y cultural. La masiva emigración hispana a EE UU
y la decisión de Brasil de introducir nuestra
lengua en la escuela han abierto una ventana de
oportunidad histórica que, a la vuelta de unas
décadas, podría hacer del español un idioma
prácticamente común al conjunto del continente
americano. Esa ventana de oportunidad permite
pensar que, como sostienen responsables de la
política lingüística, la lengua es el petróleo
español de los tiempos venideros? Y, en todo
caso, admitido que el futuro aparece preñado de
incógnitas, está España preparada para liderar
el bloque de la veintena de países
hispanohablantes y articular la tarea colectiva
de alentar y capitalizar la expansión de la
lengua?
34UOL, Brasil, 5/8/09
- "O Ministério da Educação calcula que, para
atender as obrigações impostas pela lei, serão
necessários cerca de 26 mil professores de
espanhol, e atualmente o país só conta com 12
mil. - Na formação dos 14 mil educadores que faltam, há
a participação da Embaixada da Espanha e de
outras organizações que, como o Instituto
Cervantes, colocaram o Brasil no foco de seus
objetivos culturais."
35Site do Instituto Cervantes, em 5/8/09
- Igualmente, Carmen Caffarel y el secretario de
Educación a Distancia de ese Ministerio, Carlos
Eduardo Bielschowsky, han firmado un acuerdo de
colaboración que concreta los primeros pasos de
dicha Carta de Intención de naturaleza no
normativa. Este acuerdo contempla un programa
piloto de español que se impartirá desde el
próximo 10 de agosto hasta diciembre en cuatro
ciudades brasileñas -Brasilia, Río de Janeiro,
Recife y Porto Alegre- en las que el Instituto
Cervantes cuenta con centros. - Participarán en el programa piloto 30 profesores
brasileños de español, así como hasta 600 alumnos
de nivel inicial, de los cuales 400 estudian
Primaria (de los cursos 5º a 9º) y los otros 200,
Secundaria (de los cursos 1º a 3º). - Para el aprendizaje del español se utilizará el
Aula Virtual de Español (AVE), una plataforma de
enseñanza en línea del Instituto Cervantes, y en
especial los materiales didácticos del programa
virtual Hola, amigos, que está dirigido a niños
de entre 7 y 13 años de edad.
36El País, España, 4/8/09La hora del "portuñol"El
Instituto Cervantes amplía en Brasil el programa
de enseñanza del español
- (...)
- El Cervantes, que cuenta con nueve sedes en el
país iberoamericano, pondrá sus materiales y
recursos académicos a disposición de la enseñanza
del español. "Este acuerdo beneficia a ambas
partes, pero sobre todo a la lengua española", ha
apuntado Caffarel. "Es un gran paso adelante en
el proceso para fomentar el conocimiento y la
presencia del español en Brasil". Para Haddad,
representa un desafío para el sistema educativo
brasileño, aunque ha destacado que las
tecnologías online facilitan la manera de enseñar
la lengua.
37Jornal do Brasil, 11/05/2001 A armada da Espanha
desembarca no Rio
- Uma nota sucinta em um jornal carioca anunciava,
há alguns meses, que o Brasil era o país que mais
importa material de ensino do espanhol em todo o
mundo. Com bem menos discrição, e atentos à
provável aprovação da obrigatoriedade do ensino
do idioma no país, chegam os autores e editores
espanhóis que, como disse Manuel Vázquez
Montalbán, ''adoram viajar ao Brasil''. Do alto
de um mercado de quase três dezenas de países que
falam a segunda língua de intercâmbio
internacional e de tiragens que podem chegar à
casa dos milhões de exemplares, desta vez eles
vêm atrás de algo mais que turismo e
enriquecimento cultural. Prova da força da nova
Armada Invencível espanhola é a homenagem que a
organização da Bienal do Livro deste ano presta à
literatura espanhola contemporânea, acompanhando
nisso a Feira do Livro de Havana deste ano, que
também homenageou a Espanha. (...)
38ABC, 07/08/2005 ESPAÑA BAILA SAMBA
- Lejos queda en mi memoria el revolucionario
dirigente sindical de propuestas hirsutas, que en
1989 perdió unas elecciones presidenciales contra
Collor de Mello. Lula es hoy un presidente
latinoamericano formalito y convencional, desde
la chillona corbata amarilla hasta las pachangas
futiboleras que se gasta de cuando en vez. Pero
para el gobierno de Zapatero y su entorno
empresarial es algo más, pues quien fascina a ZP
no es ni Castro ni Chávez, sino Lula. Y si
Lula convierte a Brasil en una oportunidad de
negocio para España, Brasil terminará en el
Consejo de Seguridad de la ONU con el apoyo de
España. -
- Nada más ganar las elecciones, Lula recibió el
Premio Príncipe de Asturias a la Cooperación
2003, distinción que ningún presidente
hispanoamericano electo había recibido antes,
pues el argentino Raúl Alfonsín lo ganó en 1985
-después de dos años en el poder- y el
costarricense Óscar Arias fue galardonado en 1988
cuando ya era Premio Nobel de la Paz. Sin
embargo, el siguiente episodio político de esta
historia de amor fue la declaración del español
como idioma oficial en Brasil, medida histórica
no sólo por lo que significa a nivel cultural,
sino por lo que representa en el aspecto
económico miles de puestos de trabajo para
profesores de español, millones de nuevos textos
escolares y un enorme mercado para emisoras de
radio, canales de televisión y editoriales en
español.
39Folha de São Paulo, 08/07/2005 Câmara obriga
escolas a oferecer espanhol
- A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que
obriga as escolas públicas e privadas a oferecer
a língua espanhola no ensino médio como
disciplina optativa. -
- O ministro Tarso Genro (Educação) disse ontem que
a aprovação da medida reforça o projeto das
escolas bilíngües implantadas nos Estados que
fazem fronteira com países de língua espanhola,
como os da região Sul do país. -
- Para ele, a lei também pode facilitar as
negociações com a Espanha para conversão de parte
da dívida externa em investimentos em educação,
uma proposta que Tarso defende.
40Cinco Días, 26/10/2004 Por qué invertir en
BrasilCarlos Moreira García (Ex-Embajador de
Brasil en España)
- Brasil se ha destacado como un imán para las
inversiones españolas, lo comprobé en mi etapa
como embajador en España y lo sigo comprobando
ahora desde otro prisma que está aún más ligado a
los avatares económicos. () -
- Las profundas reformas estructurales llevadas a
cabo por el presidente del Gobierno, Luiz Inácio
Lula da Silva, han conferido nuevos aires de
estabilidad y seguridad, que lejos de salpicarse
con las crisis vecinas que sumieron en un
auténtico caos a países como Argentina o
Venezuela, han aprovechado el tirón del
crecimiento para atraer el flujo de capitales
extranjeros. -
- El inversor español ha sabido confiar en la
recuperación económica de Brasil. Las razones,
muchas. El presidente Lula tiene un firme
compromiso de inversión en sectores como el
transporte, la energía, las infraestructuras o la
educación, que se presentan como una buena
oportunidad para el sector privado, donde el
capital español tiene una gran representación.
() -
- A todo ello hay que sumar la esperanzadora
noticia de que la comisión de Educación y Cultura
del Parlamento brasileño ha aprobado el proyecto
que introducirá el español en la enseñanza de
secundaria, lo que permitirá, además de la
entrada de grandes grupos editoriales españoles
(algunos ya presentes en el país) salvar la
barrera del idioma, una circunstancia que ha
podido frenar el proceso expansionista de algunas
empresas españolas. Asimismo, el enorme potencial
de crecimiento de Brasil se presenta como una
valiosa opción para las futuras empresas que
piensen instalarse allí. ()
41- A RESISTÊNCIA EM NOME DA AUTONOMIA
42- Associações, professores, pesquisadores,
estudantes de diferentes lugares do país estão se
manifestando publicamente contra o acordo MEC/IC. - Reproduzimos aqui, as cartas enviadas ao ministro
da educação por várias associações.
43Associação Brasileira de Hispanistas
- Prof. Dr. Fernando Haddad
- Exmo. Sr.,
- A Associação Brasileira de Hispanistas (ABH)
tomou conhecimento, no dia 04 de agosto de 2009,
por meio de notícia veiculada no portal do MEC,
de que foi firmado um acordo no qual o Instituto
Cervantes será responsável por formar professores
brasileiros e tornar disponíveis recursos
didáticos e técnicos para o ensino do espanhol
nas escolas públicas.Diante de tal fato, vimos,
por este intermédio, solicitar maiores
informações sobre o conteúdo do documento
assinado, assim como certos esclarecimentos sobre
algumas contradições que tal medida suscita, a
saber - - em primeiro lugar, reconhecemos que, para a
efetiva implementação da Lei Nº 11.161/2005,
seriam necessários cursos de atualização e/ou
capacitação para os profissionais da área.
Desejaríamos, portanto, entender a que aspectos e
níveis da formação docente visa o acordo, já que
a legislação vigente prevê e este Ministério
tem constantemente afirmado que a habilitação
para o ensino regular compete às instituições de
ensino superior. No Brasil, atualmente, segundo
dados do próprio MEC, há centenas de cursos que
formam professores de espanhol - - por outra parte, embora sejamos conscientes da
importância da valorização de novas tecnologias
no ensino e, da mesma maneira, do apoio que
instituições nacionais ou estrangeiras possam
prestar neste quesito, preocupa-nos a informação,
também constante no portal do MEC, de que o
acordo prevê uma incidência que vai além do nível
meramente tecnológico e parece estender-se ao
núcleo conceitual do planejamento educacional, ao
prever a utilização de conteúdos programáticos
elaborados pela referida instituição estrangeira - - ademais, temos conhecimento de que o MEC está
promovendo uma avaliação de livros didáticos para
o ensino de espanhol no nível fundamental,
integrante do Programa Nacional do Livro Didático
(PNLD), que busca garantir a conformidade destes
materiais com asOrientações Curriculares, ou
seja, de acordo com os ideais de uma formação
integral do indivíduo, voltada para o exercício
da cidadania. Neste sentido, gostaríamos de
perguntar em que momento o MEC analisou a
metodologia e o material didático a serem
utilizados pelo Instituto Cervantes e, mais
especificamente, se estes também foram aprovados
tendo em conta a garantia dos mesmos princípios
que regem as escolhas do PNLD.Acreditamos que
seja conveniente que, para garantir a pluralidade
de pontos de vista, ao se estabelecer esse tipo
de acordos ou convênios que visem à capacitação
e/ou atualização de docentes de língua espanhola
para brasileiros, seja considerada não somente a
diversidade do universo cultural de que essa
língua faz parte, mas também o conhecimento que
tem sido produzido pela comunidade que se dedica
aos estudos hispânicos nas universidades do país
acerca do ensino dessa língua estrangeira no
contexto brasileiro.Esperamos que estas questões
sejam respondidas e que o teor do referido acordo
seja esclarecido o mais brevemente possível. - Atenciosamente,
44Associação dos professores de espanhol do estado
do Rio de Janeiro
- Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação
Fernando Haddad, - É com surpresa e muita indignação que recebemos
hoje a notícia anexa, publicada na imprensa,
sobre um acordo entre o Instituto Cervantes e o
MEC para formação de professores de espanhol no
nosso país.Devemos lembrar que a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu
artigo 62, afirma (grifo nosso) A formação de
docentes para atuar na educação básica far-se-á
em nível superior, em curso de licenciatura, de
graduação plena, em universidades e institutos
superiores de educação, admitida, como formação
mínima para o exercício do magistério na educação
infantil e nas quatro primeiras séries do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal. Desconhecemos o conteúdo do
referido acordo para formação de professores,
mas, segundo as informações que possuímos até o
momento, o Instituto Cervantes não é uma
universidade ou um instituto superior de educação
e, portanto, não está habilitado a oferecer
cursos de licenciatura no Brasil. Também é
importante citar que, segundo dados
proporcionados pelo próprio MEC por intermédio do
INEP, há no Brasil, hoje, 382 cursos autorizados
ou reconhecidos de graduação em Letras-Espanhol,
alguns com tradição de mais de meio século,
oriundos das antigas faculdades de Letras
Neolatinas. Nós, professores de espanhol do Rio
de Janeiro, exigimos mais detalhes sobre esse
acordo e, principalmente, mais respeito ao
trabalho que há décadas desenvolvemos em prol do
ensino de espanhol no Brasil. Necessitamos, sim,
de vagas para a Licenciatura em Espanhol nas
universidades públicas, novos concursos para
professores da área em todos os âmbitos e
melhores condições de trabalho. Do que,
definitivamente, não precisamos são acordos com
instituições estrangeiras para uma suposta
formação de professores, atividade que nossas
universidades desenvolvem muito bem, apesar de
todas as dificuldades, há muitos anos.
45Associação dos professores de espanhol do estado
de São Paulo
- Exmo. Sr.
- Surpreendidos pela notícia veiculada no portal do
MEC sobre o acordo de difusão do espanhol no
Brasil que hoje o Ministério da Educação celebra
com o Instituto Cervantes, com a finalidade de
promover o ensino do idioma no país por meio
da educação a distância, a APEESP Associação
de Professores de Espanhol do Estado de São Paulo
, vem solicitar, através desta carta aberta,
informações mais precisas em torno de dois
aspectos que motivam nossa preocupação. - Em primeiro lugar, segundo a informação
veiculada no próprio portal do MEC, o acordo
incluiria que o Instituto Cervantes ... será
responsável por formar professores brasileiros.
Desejaríamos entender a que aspectos e níveis da
formação docente visa o acordo, já que a
legislação vigente prevê que a habilitação para o
ensino regular só pode provir de instituições de
ensino superior, não sendo esse o caso do
Instituto Cervantes. Chama mais ainda a atenção
tal informação quando nos remetemos às palavras
do próprio ministro, que, em declaração veiculada
nesse mesmo portal em 02/09/08, intitulada
Ministro atribui a universidades públicas a
missão de formar professores, disponível em ,
entre outras coisas, destacou o papel da
universidade pública na formação do magistério. - Por outra parte, se bem valorizamos a introdução
de novas tecnologias no ensino, e da mesma
maneira, o apoio que instituições nacionais ou
estrangeiras possam prestar a respeito,
preocupa-nos a informação, também constante no
portal do MEC, de que o acordo prevê uma
incidência que vai além do tecnológico e parece
estender-se ao núcleo conceitual do planejamento
educacional do país. Com efeito, a adoção da
metodologia do centro de ensino (o Instituto
Cervantes), de seu material didático e de seu
ambiente virtual (que por incluir um desenho
curricular não é apenas uma ferramenta), implica
um evidente impacto no desenho de objetivos e
conteúdos. Embora o conhecimento de diversas
metodologias e pontos de vista, inclusive dos
adotados em outros países e com outras
finalidades, possa ser um ganho para a formação
continuada do docente, o ganho seria convertido
em perda se esse conhecimento particular da visão
de uma instituição se oficializasse como
orientação geral. Desse modo, não apenas inibiria
a pluralidade de enfoques, mas também deixaria o
ensino de espanhol no ensino regular fora de sua
necessária interação com as outras disciplinas,
ao contrário do que recomendam as Orientações
Curriculares do próprio MEC, afastando-o, assim,
da participação na formação integral do cidadão
brasileiro.
46Associação de professores de espanhol do estado
do Paraná
- Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação
Fernando Haddad - Em virtude da notícia divulgada no Portal de
Educação do MEC sobre o acordo entre o Instituto
Cervantes e o Ministério da Educação do Brasil,
nós, da Associação de Professores de Espanhol do
Paraná, representantes de um grupo significativo
de professores que atuam diretamente com o ensino
língua espanhola no Estado do Paraná, gostaríamos
de manifestar nossa indignação e também solicitar
maiores esclarecimentos em relação à carta de
intenções, assinada hoje pelo excelentíssimo
ministro em presença da vice-presidente da
Espanha, Maria Teresa de la Vega. - Não restam dúvidas que para a efetiva
implementação da Lei nº 11.161, que torna o
ensino do espanhol obrigatório para todos os
brasileiros interessados em aprender o idioma,
serão necessários cursos de formação que
capacitem os futuros profissionais. Entretanto, é
de se estranhar que o MEC não tenha dado
prioridade em estabelecer parcerias com aqueles
que já há muito tempo têm colaborado para a
consolidação do ensino do espanhol no Brasil,
como as instituições de ensino superior e as
associações de professores de língua espanhola. - Ao levar em conta que a formação de professores é
atribuição das instituições de ensino superior
como consta no artigo 62 da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional A formação de
docentes para atuar na educação básica far-se-á
em nível superior, em curso de licenciatura, de
graduação plena, em universidades e institutos
superiores de educação, o Instituto Cervantes
não atende, portanto, a essa exigência. Diante
disso, consideramos que as Associações de
Professores de Espanhol existentes no país e as
universidades públicas brasileiras deveriam ser
consultadas na busca de parcerias para a demanda
de docentes da área. Vemos como comprometida a
qualidade da formação dos docentes a serem
formados de modo apartado das instituições de
ensino superior reconhecidas pelo MEC. Além
disso, os documentos norteadores do MEC para o
ensino de espanhol como língua estrangeira
ressaltam a importância do ensino de espanhol que
atenda as particularidades e necessidades dos
aprendizes brasileiros, o que não deveria ser
responsabilidade exclusiva de uma instituição
estrangeira. - Não estamos preocupados com números, mas com a
qualidade desses futuros docentes. A carga
horária destinada a sua formação e as disciplinas
que cursarão para tanto, bem como o estágio
supervisionado da prática de ensino são fatores
fundamentais nesse processo. Além disso, se não
há espaço para pesquisa e extensão, pilares tão
valorizados por todos os órgãos de fomento do
país e pelo MEC, o perfil docente a ser
construído será muito diferente do das
instituições de nível superior brasileiras. - Aguardamos mais esclarecimentos sobre o acordo.
47Associação dos professores de espanhol do estado
de Minas Gerais
- Belo Horizonte, 5 de agosto de 2009.
Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação
Fernando Haddad A Associação de Professores de
Espanhol de Minas Gerais (APEMG) tomou
conhecimento ontem, dia 4 de agosto de 2009, por
meio de notícia publicada no portal do MEC, de
que foi firmado um acordo no qual "o Instituto
Cervantes, centro de ensino com sede na Espanha,
com nove filiais no Brasil, será responsável por
formar professores brasileiros e tornar
disponíveis recursos didáticos e técnicos para o
ensino do espanhol nas escolas públicas."
lthttp//portal.mec.gov.br/index.php?optioncom_con
tentviewarticleid14072gt. Como uma
entidade que congrega e representa professores do
estado de Minas Gerais, ficamos surpresos com
essa informação, na medida em que ela contraria a
legislação vigente, a qual atribui às
Instituições de Ensino Superior (IES) a
competência para formação de docentes. Assim
consta no Art. 62 da LDB (Lei Nº 9.394/1996 -
grifo nosso) ", admitida, como formação mínima
para o exercício do magistério na educação
infantil e nas quatro primeiras séries do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal". Aproveitamos também para
esclarecer que, desde que a Lei 11.161/2005 foi
publicada, muito pouco tem sido feito em Minas
Gerais para a efetiva implantação do ensino de
espanhol nas escolas públicas. O Governo, tanto
no âmbito federal como estadual, não abriu
nenhum concurso para atender as escolas públicas
de ensino médio e, por esse motivo, muitos dos
profissionais devidamente habilitados para
exercerem a função de professores de espanhol
estão desempregados e também algumas das IES que
tinham aberto Licenciatura em Letras Espanhol
acabaram fechando seus cursos. Tendo em vista a
situação relatada, solicitamos esclarecimentos
sobre o acordo divulgado no portal do MEC e
também na imprensa. Colocamo-nos dispostos para
um diálogo, que poderá certamente contribuir para
a implantação da língua espanhola com qualidade
nas escolas da educação básica.
Respeitosamente,Diretoria da Associação de
Professores de Espanhol de Minas Gerais
48Associação matogrossense de professores de
espanhol
- Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação
Fernando Haddad, - É com perplexidade e muita indignação que
recebemos hoje a notícia anexa, publicada na
imprensa, sobre um acordo entre o Instituto
Cervantes e o MEC para formação de professores
de espanhol no nosso país. - Devemos lembrar que a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, em seu artigo 62, afirma
(grifo nosso) A formação de docentes para atuar
na educação básica far-se-á em nível superior, em
curso de licenciatura, de graduação plena, em
universidades e institutos superiores de
educação, admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e
nas quatro primeiras séries do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal. Desconhecemos o conteúdo do
referido acordo para formação de professores,
mas, segundo as informações que possuímos até o
momento, o Instituto Cervantes não é uma
universidade ou um instituto superior de educação
e, portanto, não está habilitado a oferecer
cursos de licenciatura no Brasil. - Também é importante citar que, segundo dados
proporcionados pelo próprio MEC por intermédio do
INEP, há no Brasil, hoje, 382 cursos autorizados
ou reconhecidos de graduação em Letras-Espanhol,
alguns com tradição de mais de meio século,
oriundos das antigas faculdades de Letras
Neolatinas. - Nós, professores de espanhol de Cuiabá,
juntamente com professores de São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santos, Mato
Grosso do Sul, entre outros estados, solicitamos
mais detalhes sobre esse acordo e,
principalmente, mais respeito ao trabalho que há
décadas profissionais comprometidos vêm
desenvolvendo em prol do ensino de espanhol no
Brasil, superando barreiras e dificuldades no
sentido de oferecer um ensino de qualidade. - Necessitamos, sim, de vagas para professores em
cursos de Licenciatura em Espanhol nas
Universidades e Instituições de Ensino públicas,
incentivos à realização de cursos, congressos e
concursos para professores da área em todos os
âmbitos. Melhores remunerações e condições de
trabalho, incentivos a projetos de formação
continuada como cursos de pós-graduação
reconhecidos e acessíveis com Instituições
estrangeiras e não uma formação de professores,
pois nossas universidades a desenvolvem muito
bem, apesar de todas as dificuldades. - Atenciosamente,
49A resposta do MEC
- Prezados Senhores,Tendo em vista as dúvidas
geradas pela assinatura de Carta de Intenções
entre o MEC e o Instituto Cervantes, de ordem do
Exmo. Senhor Ministro de Estado da Educação
Fernando Haddad, temos a informar1. A
assinatura da referida Carta de Intenções prevê
tão somente colaboração na utilização das
metodologias de educação a distância do Instituto
Cervantes. Isto é, haverá disponibilização ao MEC
de softwares e materiais didáticos utilizados
pelo referido Instituto.2. Será desenvolvido um
programa piloto com a utilização de metodologia
de educação a distância (denominada "Hola Amigos"
e AVE) para oferta de curso de espanhol AOS
ESTUDANTES.3. Repetimos, os cursos são
destinados aos estudantes, sendo que participarão
aproximadamente 400 estudantes do ensino
fundamental e algo em torno de 200 alunos do
ensino médio no projeto piloto.4. Os
professores que participarão desse programa
piloto apenas serão treinados para a utilização
do programa e não serão "formados" pelo Instituto
Cervantes. Isto é, os professores, JÁ GRADUADOS E
HABILITADOS em ESPANHOL, serão apenas treinados
na METODOLOGIA do Instituto Cervantes para o
curso referido acima (curso de duração máxima de
60 horas).5. Este grupo piloto de 30
professores, das 5 regiões do Brasil, com o
treinamento, deverão se apropriar do LMS
(ambiente Learning Managing System) do Instituto
para trabalharem como tutores a distância na
formação também piloto dos 600 alunos das 5
regiões do Brasil.6. A adoção da metodologia,
obviamente, é optativa. O que o MEC pretende é
disponibilizar a metodologia para uso das redes
como uma ferramenta adicional que auxilie no
ensino de espanhol. Como sabem Vossas Senhorias,
o MEC, por intermédio do Portal do Professor
disponibiliza recursos educacionais multimídia,
de utilização facultativa, aos professores
brasileiros (ver lthttp//portaldoprofessor.mec.gov
.br/recursos.htmlgt ). O Portal possui ainda, um
Banco Internacional de Objetos Educacionais, que
são instrumentos de auxílio ao trabalho dos
professores.7. É intenção do MEC
disponibilizar, também, outras ferramentas de
outros institutos, Universidades e organizações,
para o auxílio no ensino de espanhol. Nesse
sentido, colocamo-nos à disposição para receber
aportes que possam nos auxiliar nessa tarefa.7.
É intenção do MEC disponibilizar outras
ferramentas para o apoio do ensino em outras
línguas, igualmente.8. Ressaltamos que
política de formação de professores de espanhol
ou outras línguas estrangeiras é totalmente
distinta e nada tem a ver com o acordo assinado
com o Instituto Cervantes.Colocamo-nos à
disposição para quaisquer esclarecimentos que se
fizerem necessários.Atenciosamente,___________
___________________ ______________Leonardo
Osvaldo Barchini RosaChefe da Assessoria
Internacional
50Questões que ainda não foram respondidas
- 1) Como pode o MEC confiar a uma instituição
estrangeira, sem nível superior, a tarefa de
"formar professores brasileiros" de Espanhol, se
a legislação estabelece e o próprio ministro da
Educação declara que a formação de docentes para
o ensino fundamental e médio é atribuição das
universidades brasileiras?2) Qual será a
validade dos "diplomas" a serem outorgados pelo
Instituto Cervantes a esses professores, sendo
que esse Instituto nunca foi credenciado pelo
MEC?3) Quais estudos desse ministério comprovam
que o Brasil carece de "meios" para a formação
de professores, se consta que existem 382
estabelecimentos de ensino superior no país com a
habilitação em Espanhol?4) É propósito do
ministério "revolucionar o ensino de línguas no
país" mediante o ensino de todas elas (quais?) à
distância?5) Como se coaduna esse ensino à
distância com a necessária integração do ensino
das línguas estrangeiras no restante do
currículo escolar?6) A metodologia a ser
utilizada pelo Instituto Cervantes atenderá às
diretrizes curriculares estabelecidas pelo MEC
para o ensino de Espanhol como Língua
Estrangeira?7) Qual o sentido de que o MEC
esteja selecionando material didático para o
ensino do Espanhol se, explicitamente, pelo
acordo, será o Instituto Cervantes quem
oferecerá o "material didático"?8) Em síntese,
quais as razões para que,em lugar de abrir as
vagas necessárias nas universidades públicas,
contratar nelas os docentes necessários e cobrar
dos estados a abertura de concursos públicos
para professores de Espanhol, o MEC entregue
integralmente a uma instituição alheia ao
sistema de ensino brasileiro a responsabilidade
pelo ensino do Espanhol sem garantias de que
isso seja feito dentro de parâmetros que
respondam aos interesses nacionais e, s.m.j.,
ferindo claramente a legislação vigente?Prof.
Dr. Mario Miguel GonzálezProfessor Titular de
Literatura EspanholaUniversidade de São Paulo
512ª Carta da APEESP ao MEC
- São Paulo, 10 de agosto de 2009
- Ao Ministro da Educação, Prof. Dr. Fernando
Haddad - cc ao Chefe da Assessoria Internacional do
Ministério da Educação, Sr. Leonardo Osvaldo
Barchini Rosa. - Agradecemos a rápida manifestação do
Ministério da Educação, mediante declaração do
Chefe de sua Assessoria Internacional, Sr.
Leonardo Osvaldo Barchini Rosa, diante da
inquietação gerada na comunidade docente a partir
do acordo celebrado entre o Ministério e o
Instituto Cervantes. Cremos que sua resposta
mostra consideração e respeito pelas entidades e
pelos profissionais envolvidos no processo de
implantação da língua espanhola na escola no
ensino regular. A partir da informação dada,
manifestamos, por meio desta, algumas
inquietudes, contextualizadas precisamente no
andamento desse processo. - É inquestionável que, a partir da aprovação
da Lei 11.161, que estabelece a oferta
obrigatória da língua espanhola no ensino médio,
diferentes ações do Governo Federal e do MEC em
especial têm se encaminhado na direção de sua
implantação com qualidade. Há uma visível
abertura de vagas e habilitações em espanhol em
muitas universidades federais, direcionada a
garantir os recursos humanos necessários. O
Ministério promoveu, em 2005, a elaboração de
Orientações Curriculares específicas e o PNLEM
para docentes de língua espanhola, tem atendido
consultas dos estados, como a da Secretaria da
Educação do Estado de Sergipe que motivou o
Parecer CNE/CEB nº 18/2007, que esclarece
ambiguidades da Lei 11.161, e atualmente prepara
o PNLD para 2010. - Não obstante esse empenho do MEC, faltando
meio ano para o prazo que a mencionada lei
estabeleceu para o oferecimento da Língua
Espanhola, observamos que em praticamente nenhum
estado foram dados, pelos governos estaduais, os
passos necessários para realizar essa
implementação nas escolas. Não há convocatória a
concurso docente para a disciplina específica,
nem difusão de propostas curriculares aprovadas
pelos estados. Nesse contexto, o que resulta
optativo segundo o item 6 da declaração do Chefe
da Assessoria Internacional corre o risco de
transformar-se na única possibilidade disponível.
Preocupa-nos que a disciplina Língua Espanhola,
em vez de integrar-se como uma a mais no
currículo, se transforme em um pacote informático
elaborado fora do sistema educativo. - Com efeito, na medida em que o módulo
provém de uma instituição alheia a esse sistema,
não tem como integrar-se ás outras disciplinas na
formação integral que as Orientações Curriculares
do próprio MEC sugerem como base, nem ser objeto
de planejamento, implementação e avaliação por
parte do docente e da escola. - A inadequação é ainda maior quando
consideramos o tipo de instituição que elabora o
módulo. O Instituto Cervantes não é um centro de
ensino superior, nem de qualquer outro nível do
ensino regular. Fundado recentemente (em 1991), é
um órgão de difusão cultural do governo espanhol,
que ministra cursos livres de aprendizagem de
idiomas e cursos de capacitação para professores
dentro dessa modalidade e, portanto, totalmente
alheia à realidade do ensino regular, não só do
Brasil como também de seu país de origem.
Surpreende o recurso a uma instituição desse
tipo, dado que o Brasil conta com um amplíssimo
acúmulo de ensino e pesquisa sobre o espanhol
como língua estrangeira como atividade dos
profissionais de suas universidades federais e
estaduais, visível em centenas de teses e
dissertações, bem como em revistas, congressos,
livros e material didático específico para todos
os níveis e em todos os formatos e modalidades,
incluindo o ensino a distância. - É no sistema escolar e universitário
brasileiro que se encontra o saber, inclusive
metodológico, sobre o ensino de espanhol a
brasileiros em seus diferentes contextos de
ensino/aprendizagem. A respeito, no item 7 da já
referida declaração, a Assessoria Internacional
se coloca à disposição para receber contribuições
das universidades para a tarefa de implantação
do espanhol. Vários de nossos associados são
professores das universidades públicas. Sabemos,
em consequência tirar, que eles colaboram de
maneira sistemática e constante com o MEC e com
as secretarias de Educação dos estados em tudo
aquilo para o que são convocados comissões de
avaliação de materiais didáticos, de desenho de
orientações e parâmetros curriculares, e outras
tarefas. Em especial, no estado de São Paulo,
docentes das universidades públicas, vários deles
membros desta Associação, elaboraram, em 2007,
com apóio das reitorias, uma proposta de formação
emergencial de professores que foi entregue à
Secretaria de Estado da Educação. Reiteramos essa
disposição, que vem a ser mais um motivo para que
nos surpreenda a convocação de uma instituição
estrangeira não universitária que, precisamente
por seu caráter, não poderá ser objeto de
avaliação pelo sistema educativo nacional . - Por último, mas não menos importante, os
conteúdos do modelo proposto pelo IC também
mostram um claro descompasso com as necessidades
da escola brasileira e com as Orientações do
próprio MEC. Não se trata apenas de uma
metodologia, já que, como se explicita na
resposta do Chefe da Assessoria, será
implementado o curso Hola, amigos, derivado do
AVE (Aula Virtual de Español). Esse curso,
elaborado na Espanha, não tem como atender as
necessidades mencionadas. Como é de público
conhecimento, e consta também na programação do
curso do IC que recebemos por meio de colegas
professores, o modelo se enquadra nos parâmetros
do Marco Comum de Referência Europeu (MCRE). Não
apenas o Brasil não é parte da União Européia,
nem a realidade dos alunos de nossas escolas se
adequa a esse contexto, como existem inúmeras
ações educativas desenvolvidas no contexto do
Mercosul, nas quais o próprio MEC tem liderança.
Referimo-nos aos acordos do Mercosul Educacional,
incluindo os de reconhecimento de diplomas para
continuidade de estudos e as reuniões de
universidades dos países do bloco, como a
acontecida em 2007 em Brasília, promovida por
este Ministério, que chegou a importantes acordos
sobre a promoção do bilinguismo na região. Também
levamos em conta o reconhecimento mútuo dos
exames de proficiência CELP-Bras e CELU, e a
recente criação da UNILA (Universidade Federal da
Integração Latino-Americana), bem como projetos
como os de Escolas Bilingues de Fronteira. Esse
processo de integração com os países vizinhos
levou a que neles comece a ser implantado o
português como língua escolar de oferta
obrigatória, fato sem precedentes em outros
países do mundo e que não forma parte da agenda
educativa da União Européia. - Porque reivindicamos essa trajetória do
MEC, o atual acordo com o IC nos aparece como um
gesto contraditório. E levando em conta o
contexto de inação no planejamento dos estados
para a implantação do espanhol na escola, surge
nossa preocupação quanto ao que possa derivar
desse acordo, que pode estimular, nos estados,
soluções fáceis para o não planejamento quanto
a grades e recursos humanos, que não contemplem a
qualidade de ensino ou signifiquem que o sistema
educativo se desresponsabilize a respeito dessa
língua. - Por todo o expressado, e no intuito de
colaborarmos com V. Sa. e com o Ministério para
garantir uma implantação da disciplina Língua
espanhola que atenda os objetivos pautados pelas
Orientações Curriculares Nacionais, com espaço na
grade escolar e professores habilitados para seu
ensino, solicitamos uma reunião do Ministério com
uma comissão integrada por representantes dos
cursos de espanhol das universidades públicas e
das associações de professores, da qual nos
comprometemos a formar parte. -
-
- APEESP
- Gustavo Leme Cezário Garcia - Presidente da
APEESPAdrián Pablo Fanjul Vice-Presidente da
APEESP
52 53Nos blogs
- Já há alguns blogs em que se disponibilizam
diversos textos sobre o tema - http//espanholdobrasil.wordpress.com/
- http//apeerj.blogspot.com/
- http//apeeprenlinea.blogspot.com/
54Nos grupos de discussão
- http//br.groups.yahoo.com/group/eledobrasil/
- Para entrar basta escrever um e-mail totalmente
em branco para eledobrasil-subscribe_at_yahoogrupos.c
om.br - http//twitter.com/eledobrasil
55Enviando mensagens de protesto
- Ao ministro da educação
- fehaddad_at_usp.br
- À ouvidoria do Ministério da Educação
56Participando das associações de professores
- São Paulo www.apeesp.com.br
- Minas Gerais www.apemg.org
- Rio de Janeiro www.apeerj.org.br
- Paraná
- Mato Grosso do Sul
57Los lenguajes del mundoAlfredo Zitarroza
- Qué mala suerte tienen los que quisieran
- que el hombre por lenguaje se dividiera.
- Cuando el hombre comprende sus intereses
- el planeta se achica y su idioma crece.
- Nadie me diga que en tanto viaje
- tuve problemas con mi mensaje.
- Los pueblos más lejanos en el paisaje
- sueñan, viven y luchan en mi lenguaje.
- Qué mala suerte tienen los que quisieran
- que los pueblos del mundo no se entendieran.
- Cuando el hombre comprende sus intereses
- el planeta se achica y su idioma crece.
- Bravos lingüistas del diccionario
- vayan buscando vocabulario
- que ha de llegar el día, si es necesario
- en que se hable un lenguaje interplanetario.
58Mensagem final
- Professores e futuros professores de espanhol
- Inscrevam-se nos grupos de discussão, participem
dos debates e enviem para a lista seus
comentários e suas propostas.