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Kant denunciava as paix es como cancros da raz o pura . Comte falava sobre os tr s est gios do pensamento, o mais primitivo, ... Shakespeare, em O Mercador ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Apresenta


1
BELEZA P266
2
ONTOLOGIA Procura responder o que é a
realidade (Hughes, 1980). Qual é
a forma e a natureza da realidade e o que pode
ser conhecido sobre ela (Laverty, 2003).
3
EPISTEMOLOGIA Procura responder de que
forma a realidade pode ser conhecida (Hughes,
1980). Qual é a natureza da relação entre
quem conhece e o que pode ser conhecido
(Laverty, 2003).
4
METODOLOGIA Procura responder como o
investigador pode proceder para encontrar o que
ele acredita que pode conhecer (Laverty,
2003). Refere-se às suposições fundamentais
e características de uma abordagem científica
(van Manen, 1990)
5
A verdade científica é sempre um paradoxo, se
julgada pela experiência cotidiana, que apenas
capta a aparência efêmera das coisas. (Karl
Marx)
6
Teorias científicas descrevem a natureza em
termos de analogias retiradas de tipos familiares
de experiência.
(Mary Hesse)
7
Gardner afirma que quando ensinamos, ensinamos o
que é Verdadeiro, uma Racionalidade, o que é Bom,
uma Ética e o que é Belo, uma Estética.
8
ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA e METODOLOGIA Os
problemas ontológicos, epistemológicos e
metodológicos não são isolados entre si (Morgan e
Smircich, 1980). Afirmações a respeito do que
existe no mundo (ontologia) levantam questões
relativas à possibilidade de se conhecer o que
existe (epistemologia) e dos procedimentos para
adquirir o conhecimento (metodologia).
9
A ignorância é a maldição divina, o conhecimento
é a asa que nos leva para o céu (SHAKESPEARE)
10
Hoje, a Bela, a Estética, jaz escrava da Fera, a
Racionalidade
11
O segredo para se reencantar o mundo, é simples
...
12
Precisamos libertar a Bela da Fera
13
No passado não havia distinção entre Arte Con
hecimento Filosófico Conhecimento
Científico Conhecimento Religioso Ex. certas
cerimônias indígenas atuais, nas quais todos
esses elementos são integrados.
14
Desaparece sob a influência do paradigma
newtoniano-cartesiano. A fera subjuga a
bela Visão mecanicista de mundo Predomínio
de racionalismo científico Conhecimento
fragmentado em disciplinas
15
Só Euclides julgou óbvia a beleza.... Edna St.
Vincent Millay, Soneto
16
PROPOMOS A EPISTEMOLOGIA DA BELEZA
17
Os psicólogos consideram as emoções atividades do
inconsciente, de modo que a experiência estética
é o ressuscitamento de emoções subliminares e a
beleza é o poder de evocar emoções. (HUNTLEY,
1985)
18
Platão, no Symposium, onde estaria fazendo a vez
de uma mulher de Mantinea, num diálogo reportado
por Sócrates (Apud HUNTLEY, 1985), teria dito
...(o homem) que orientar seus pensamentos para
exemplos de beleza na sucessão própria e regular
terá subitamente a revelação, ao aproximar-se do
final de sua iniciação, de uma beleza cuja
natureza é verdadeiramente maravilhosa, o
objetivo final, Sócrates, de seus esforços
anteriores.
19
Esta beleza é, antes de tudo, externa nem começa
nem acaba depois, ela não é parcialmente bela e
parcialmente feia, nem bela num momento e feia
noutro... Ele a verá como absoluta, existindo
sozinha consigo mesma, única, externa, e a todas
as outras coisas belas como partes integrantes
dela...
20
Esta, acima de todas as outras, meu caro
Sócrates, é a região onde a vida do homem deve
ser passada, na contemplação da beleza absoluta.
21
A humanidade em todos os tempos, e em todos os
lugares, sempre perseguiu o " belo".
22
No folclore de cada povo isso se evidencia com as
danças, artesanatos e na gastronomia pela maneira
peculiar de organizar um prato antes de levá-lo a
mesa.
23
O útil e o necessário muitas vezes perde espaço
para uma flor.
24
A experiência estética sobrevém quando algum
elemento material ou mental, ao qual por esse
motivo atribuímos beleza, estimula a emoção de
prazer.
25
Segundo Paul MacLean, o cérebro está organizado
em três camadas Cérebro Reptiliano assento
das emoções primitivas e egoístas Cérebro
Mamífero Primitivo dedicado às emoções gentis,
sociais e Cérebro Mamífero Moderno abriga o
intelecto.
26
A beleza é um elemento proeminente na inteireza
abstrata visada pela matemática mais avançada é
o objetivo do físico enquanto procura construir a
ordem do universo ao menos deveria ser a
inspiração de todo estudo da vida...Levanta para
nós a questão da profundidade e alcance de nossa
consciência. Daí a necessidade da oração do poeta
para que mais respeito em nós encontre. John
Oman em The Natural and the Supernatural
27
  • Fase de fragmentação multi e pluridisciplinar
  • 1. Nível do Ser
  • Separação entre sujeito e objeto
  • Separação entre conhecedor, conhecimento e
    conhecido

28
Fase de fragmentação multi e pluridisciplinar
2. Nível do Sujeito
Razão Intuição Sensação Sentimento
Separam-se por um processo de condicionamento e
educação
29
Homo sapiens
o que conhece Pensador Homo faber
o que faz Transformador da natureza
30
3. Nível do Conhecimento Conhecimento Puro
(conhecimento pelo conhecimento) Conhecimento de
métodos e técnicas de ação (tecnologia)
31
4. Nível do Objeto Conhecido
32
Matéria (sólida, líquida, gasosa, etc.) Vida
(vegetal, animal e humana) Programação
(informações identificadas com matéria e
vida) Observação segundo a física quântica,
tudo indica que essas sejam três manifestações
da mesma energia.
33
  • Fase interdisciplinar
  • Movida pela força holística
  • Tende a reunir, em conjuntos abrangentes, o que a
    mente humana dissociou.
  • Nasceu da ingovernabilidade do número excessivo
    de disciplinas.
  • Manifesta-se no esforço de correlacionar as
    disciplinas.

34
Parece mais freqüente em aplicações tecnologias
industriais e comerciais (pressão dos mercados)
do que no meio acadêmico. Cada vez mais, dá
origem a novas disciplinas (biologia física
biofísica).
Vocabulário característico universal , global,
rede, sistêmico, transnacional, metassistema
.... Observação Seus protagonistas descobrem
que todas as disciplinas são INTER-RELACIONADAS.
35
  • Fase transdisciplinar
  • Primeira vez em o termo transdisciplinar foi
    empregado por Jean Piaget (1970)
  • Segundo autor a utilizar o termo Erich Jantsch
    (1972)

36
Edgar Morin (1980) fala em transdisciplinaridade
antiga e nova. A Ciência jamais seria a
ciência se não fosse a transdisciplinaridade. Obs
ervação - A ciência transdisciplinar se
desenvolve a partir das comunicações entre as
ciências.
37
  • Transdisciplinaridade Geral
  • Definida na Declaração de Veneza, da Unesco
    (1987)
  • Comum entre ciência, filosofia, arte e tradição,
    que inclui as tradições espirituais.
  • Leva à visão holística por meio de abordagem
    também holística, desde que praticada.

38
  • Transdisciplinaridade Especial
  • Comum a várias disciplinas dentro das ciências,
    das filosofias, das artes ou das tradições
    espirituais.
  • Ex. entre cristianismo e hinduismo, biologia e
    física, etc.

39
(No Transcript)
40
  • Hoje, já se fala em uma 6a. Fase, a
  • Fase holística
  • É uma volta a primeira fase a fase
    predisciplinar, enriquecida pelos últimos
    estágios da ciência moderna.
  • Mobiliza as funções ligadas ao cérebro direto e
    esquerdo e sua sinergia.
  • Busca equilíbrio entre as quatro funções
    psíquicas de Jung (sensação, sentimento, razão e
    intuição).

41
O QUE É ENTENDIDO POR DISCIPLINA?
Constitui um corpo específico de conhecimento
ensinável, com seus próprios antecedentes de
educação, treinamento, procedimentos, métodos e
áreas de conteúdo. (Juntsch,
apud CHAVES, 1988, p. 5). É um tipo de saber
específico e possui um objeto determinado e
específico, bem como conhecimentos e saberes
relativos a esse objeto e métodos próprios
(MAHEU, 2000)
42
OS CAMINHOS DE MULTI, PLURI, INTER E
TRANSDISCIPLINARIDADE
JUSTIFICATIVA A linguagem disciplinar ... não
deu conta de provocar a interação entre os
conhecimentos das várias disciplinas criadas pela
ciência moderna. (BARBOSA, 2001)
43
  • MULTIDISCIPLINARIDADE
  • Estuda um tópico de pesquisa, a partir de
    diversas disciplinas, simultaneamente.
  • Extravasa as fronteiras disciplinares, mas a meta
    permanece limitada à estrutura da pesquisa
    disciplinar.

44
Ex. a) Um quadro de Giotto pode ser estudado
dentro da história da arte, da história da
religião, da história Européia, e da geometria.
b) A filosofia marxista pode ser estudada
com uma visão para mesclar a psicologia com
física, economia, psicanálise ou literatura.
45
Ocorre quando para a solução de um problema,
torna-se necessário obter informação de duas ou
mais ciências ou setores do conhecimento, sem que
as disciplinas envolvidas no processo sejam elas
mesmas modificadas ou enriquecidas (Piaget apud
CHAVES, 1988, p. 5).
46
PLURIDISCIPLINARIDADE A diferença entre multi
para pluri é quase nula Multi conjunto
de disciplinas trabalhadas simultaneamente, sem
relações explícitas. Pluri justaposição de
várias disciplinas no mesmo nível hierárquico,
cujas relações são aparentes.
47
  • Ex. Trabalhos de ecologia, especificamente para
    o estudo da biocenose, necessitam de várias
    disciplinas, como fisiologia vegetal, botânica,
    zoologia e meteorologia.
  • Ocorre quando se verifica convergência dos
    recursos de várias fontes do conhecimento para o
    estudo específico de determinado fenômeno
    (KORTE, 2000, p. 28).

48
  • INTERDISCIPLINARIDADE
  • Transfere métodos de uma disciplina para outra.
  • É o resultado da articulação entre duas ou mais
    disciplinas com objetivos pedagógicos comuns.
    Divide-se em
  • grau epistemológico os métodos da física nuclear
    são transferidos para a medicina e isso leva para
    o aparecimento de novos tratamentos para o
    câncer
  • grau de aplicação transfere métodos da lógica
    formal a área de lei geral gerar alguma análise
    interessante da epistemologia da lei

49
  • INTERDISCIPLINARIDADE
  • 3. grau de geração de novas disciplinas por
    exemplo, dos métodos da física transferidos para
    biologia, nasce a biofísica e da transferência
    de métodos computacionais para a arte, a arte
    computacional é gerada.
  • Extravasa as disciplinas, mas sua meta ainda
    permanece dentro da estrutura da pesquisa
    disciplinar.

50
Designa o nível em que a interação entre
várias disciplinas ou setores heterogêneos de uma
mesma ciência conduz a interações reais, a uma
certa reciprocidade no intercâmbio levando a um
enriquecimento mútuo.
(Piaget, apud CHAVES, 1988, p. 5).
51
  • TRANSDISCIPLINARIDADE
  • Refere-se à dinâmica engendrada pela ação
    simultânea de diversos níveis de realidade. Está
    entre as disciplinas, através de diferentes
    disciplinas e além de todas as disciplinas.
  • É alimentada pela pesquisa disciplinar e seus
    pilares são três a) múltiplos níveis de
    realidade, b) lógica do meio incluída e c)
    complexidade.
  • A meta - o entendimento do mundo atual - não
    pode ser realizada em uma estrutura de pesquisa
    disciplinar, por isso há que extravasar
    fronteiras.

52
  • É uma forma de auto-transformação orientada para
    o auto-conhecimento, para a unidade do
    conhecimento e para a criação de uma nova arte de
    viver em sociedade.
  • É globalmente aberta reconcilia ciências
    exatas, humanas, arte, literatura, poesia,
    experiência anterior.
  • O conceito envolve não só as interações ou
    reciprocidade entre projetos especializados de
    pesquisa, mas a colocação dessas relações dentro
    de um sistema total, sem quaisquer limites
    rígidos entre as disciplinas.(Piaget, apud
    CHAVES, 1988, p. 5).

53
SAÚDE NATURAL, BELEZA, ARTE E LAZER
54
De todos esses globos, que contemplas, Não há
nenhum, nem mesmo o menor, Que em seu giro não
cante como um anjo,
Em perpétua, em uníssona harmonia Com os próprios
querubins de olhos ingênuos! Shakespeare, em O
Mercador de Veneza
55
É simplesmente por ser redonda e rosada que a
rosa me causa mais satisfação que o ouro com o
qual poderia prover as necessidades da vida ou
proporcionar-me um certo número de escravos. De
algum modo, sentimos que por meio da rosa chega
aos nossos corações a linguagem do amor e o
sentimento de uma linda mulher.
56
Esta psique, infinitamente antiga, é a base de
nossa mente, assim como a estrutura do nosso
corpo se fundamenta no molde anatômico dos
mamíferos em geral. O olho treinado do anatomista
ou do biólogo encontra nos nossos corpos muitos
traços deste molde original. O pesquisador
experiente da mente humana também pode verificar
as analogias existentes entre as imagens oníricas
do homem moderno e as expressões da mente
primitiva, as imagens coletivas e os seus motivos
mitológicos. Carl Gustav Jung, em O Homem e Seus
Símbolos.
57
...senão para contemplar a beleza da harmonia,
não valeria a pena dedicar-se à ciência.
Henri Poincaré
58
O PRAZER DA BELEZA
A beleza é a verdade, a verdade é a beleza, e é
tudo que sabes de fato, e tudo que precisas
saber Keats, em sua Ode sobre um Túmulo Grego
59
A finalidade suprema da beleza diante da psique
humana é de servir de estímulo à atividade
criadora, que é uma das satisfações mentais
terminais do homem. Keats, nesta expressão,
sugere que a sensação de beleza pode produzir um
fermento mental que serve de guia para a verdade,
como o queriam Sócrates e Platão.
60
Segundo HUNTLEY (1985), a fonte máxima de
sensibilidade estética às várias manifestações de
beleza deve ser buscada no inconsciente ou
no inconsciente coletivo, onde o homem é
legatário de várias eras.
61
As experiências de todas as gerações de
ancestrais de um homem, repetidas milhões de
vezes e registradas como estruturas de memória no
cérebro, são gravadas cada vez mais profundamente
à medida que são transmitidas de geração para
geração através dos séculos.
62
São nas experiências emocionalmente carregadas de
milhares de gerações de nossos ancestrais é que
devemos procurar a fim de descobrir as fontes
do prazer estético na arte, na música, na poesia,
na matemática e em outras formas de arte.
63
O desconhecido sempre é inquietante, mas qualquer
forma de arte que corra suavemente nos trilhos da
memória deixa a mente em paz em um ambiente bem
familiar.
64
Ó flor das fendas da parede, Te arranco das
fendas, Te sustento aqui, raiz e tudo, em minha
mão, Pequena flor mas se eu pudesse
compreender O que tu és, raiz e tudo, tudo por
tudo, Eu saberia o que é Deus e o que é o
Homem. Alfred Tennyson
65
Para Platão, há uma realidade superior e eterna
no plano da verdade e a filosofia e a ciência
podem ajudar a conhecer mais, mesmo que sua
essência continue inacessível. CETICISMO não
se preocupa com a verdade. RELATIVISMO não
existe uma única verdade O conhecimento será
tanto mais verdadeiro quanto mais conseguir
integrar todas as áreas de interesse.
66
EMPIRISMO Parte de pressuposições e afirma que se
conhece apenas aquilo que se experimenta com
os sentidos, e que a mente serve somente para
ajudá-los. Entretanto, os sentimentos não são
base segura para o conhecimento, e por vezes nos
levam a tomar decisões equivocadas.
67
EXPERIMENTALISMO É um método experimental sem dar
primazia aos sentidos. É comandado pela razão e
pressupõe algum tipo de teoria para a condução
das experiências. As experiências devem ser
reprodutíveis, generalizáveis e permitir
predições daquilo que ainda não foi testado.
68
DECIFRANDO MENSAGENS CIFRADAS
69
  • O livro da natureza está escrito em caracteres
    matemáticos (Galileu).
  • Galileu, Torricelli e Stahl apreenderam que a
    razão só pode compreender aquilo que ela mesmo
    produz de acordo com um plano que ela mesmo
    elaborou. A razão não pode deixar-se arrastar
    pela natureza. Ao contrário, é ela que deve
    mostrar o caminho (...), obrigando a natureza a
    dar resposta às questões que ela mesmo propôs.
    (Kant)

70
  • O astrônomo Johannes Kepler, autor de três
    importantes leis sobre o movimento dos planetas,
    gastou anos procurando relações matemáticas entre
    as órbitas dos astros celestes. Ele viu música no
    espaço Os movimentos celestes nada mais são que
    uma canção contínua para várias vozes, percebidas
    pelo intelecto e não pelo ouvido (...).

71
  • Pitágoras (o quadrado da hipotenusa é igual à
    soma dos quadrados dos catetos) e seus
    seguidores também acreditavam que, para entender
    a natureza, era necessário contemplá-la em busca
    de relações numéricas. Os pitagóricos também
    acreditavam que as relações numéricas se
    encontravam representadas na música.

72
Kepler chegou mesmo a representar os planetas por
meio de notas musicais. Com Kepler, a matemática
se transforma na chave para se ouvir a harmonia
inaudível dos planetas. Ela é o segredo que abre
o cofre. Trata-se de um artifício que o cientista
lança mão a fim de obrigar a natureza a cantar em
voz alta.
73
As notas se relacionam cada uma de um jeito
diferente que nem as relações humanas.Cada uma
tem sua peculiaridade. Quando falamos em uníssono
esta é a menor distância que o nosso ouvido
percebe.
74
O mais agradável destes intervalos é o que
corresponde a sexta maior, que corresponde ao
retângulo áureo. Pois, a nota sexta maior no caso
a nota LÁ na escala é a que chega mais próxima do
? que corresponde 1,618.
75
Compreendermos melhor a teoria da apreciação da
beleza na matemática se compararmos com a música.
A música é superior a linguagem do inconsciente.
Na música o inconsciente manifesta-se. Antigas
memórias, emocionalmente absorvidas, são
despertadas pela melodia e harmonia e isto está
relacionado com as características da música.
76
Já havia sido percebida pelos gregos antigos a
medida de satisfação maior pelos retângulos
áureos que por retângulos de proporções
diferentes e que a sexta maior constituía a
melhor harmonia por possuir aproximadamente o
mesmo ? do retângulo áureo.
77
Kepler foi um dos últimos pensadores medievais.
Para ele, Deus compôs uma melodia e a colocou,
cifrada, nos céus. É o primeiro a decifrar o
código, a abrir o cofre, descobrir o segredo, o
primeiro a ouvir o que Deus diz, por meio de sua
melodia pura harmonia, pura música. Se sua visão
da ciência tivesse triunfado, hoje os cientistas
seriam místicos contemplativos, andando na
companhia de teólogos e músicos.
78
A ciência moderna tem a ver com máquinas,
técnicas, manipulações. A matemática não conduz à
harmonia musical. Devemos isso a Galileu.
79
Ao buscar explicações teleológicas para a
natureza, acabava-se chegando sempre a um mesmo
resultado o universo é produto da criação
divina. Ao se fazer perguntas teleológicas à
natureza, as respostas obtidas serviam para dar
sentido à vida das pessoas - mas elas não podiam
ser testadas ou corrigidas.
80
Galileu revoluciona a ciência ao afirmar que o
universo não tem um sentido humano. No mundo dos
números, não se pode mais fazer perguntas sobre a
finalidade do universo.
81
A ciência moderna se caracteriza pelo abandono da
categoria substância, que é substituída pela
categoria função. O que importa não é o que as
coisas são, mas como elas se comportam.
82
Na Grécia antiga, várias urnas, estátuas e
prédios seguiam as proporções áureas, como é o
caso do Partenon, que foi construído por volta
de 430 a..C. e, como se pode analisar pela figura
abaixo, sua estrutura se aproxima do retângulo
áureo. A letra grega phi foi dada ao valor
1,618... em homenagem a Phídias que, embora não
fosse o arquiteto do Partenon, era o Diretor
artístico, a quem se submetiam todos os
participantes da obra.
83
Leonardo da Vinci conheceu a divina proporção ao
fazer as ilustrações do tratado do Frei Luca
Paccioli, padroeiro dos Contabilistas, que
escreveu um livro a respeito da proporção áurea,
tendo, então, utilizado em suas obras, como A
Última Ceia, Monalisa, Anunciação e outras.
84
Platão reconheceu que a música exprime vivamente
a emoção humana. É, por excelência, a linguagem
do inconsciente.
85
Vivemos mergulhados em um oceano de sons. Em todo
lugar, a qualquer hora, convivemos com a música,
sem nos darmos conta disso. A música faz parte
da nossa vida, muitas vezes funcionando como
estímulo a comportamentos, provocando reações
inclusive fisiológicas.
86
Para LEINIG (1977) os efeitos fisiológicos da
música se englobam sob a categoria de reações
sensoriais, hormonais e fisiomotoras, entre elas,
a mudanças no metabolismo, liberação de
adrenalina, aumento do limiar de vários estímulos
sensoriais.
87
Essas reações provocadas pela música podem se dar
em diferentes graus dependendo do caráter das
diversas músicas, do ambiente, do estado de ânimo
do ouvinte, além do gosto e do conhecimento
musical.
88
A música pode provocar no indivíduo a
comunicação, a identificação, a expressão pessoal
e conduzi-lo ao conhecimento de si mesmo. Por
estes fatores, ela vem sendo utilizada, ao longo
dos tempos, por profissionais de diversas áreas
com as mais diversas funções.
89
Conforme Jung observa O homem que fala com
imagens primordiais fala com mil línguas...Eis o
segredo da verdadeira arte. A expressão musical
pode estimular experiências antigas, como
ansiedade, pranto, excitação, santuário. Isto
ocorre quando estas experiências da carga
emocional universal vão de encontro com o nosso
inconsciente profundo para mente superficial, por
isso a música difere das outras artes, pois ela é
mais precisa e poderosa para efetivar esta
transferência.
90
"O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que
quer dizer signo.
91
A ciência é relativamente nova e teve como
maiores expoentes o americano Charles S. Peirce e
o suíço Ferdinand de Saussure. Os problemas
concernentes à semiótica, também chamada
semiologia (apesar de muitos teóricos
diferenciarem os dois termos), podem retroceder a
pensadores como Platão e Santo Agostinho, por
exemplo.
92
Somente no início do século XX com os trabalhos
paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S.
Peirce, começa a adquirir estatuto de ciência e
autonomia. Às vezes a semiótica é considerada
parte da lingüística, e às vezes o inverso.
93
A semiótica propriamente dita teve seu início com
filósofos como o inglês John Locke (1632-1704)
que, no seu Essay on human understanding, de
1690, postulou uma "doutrina dos signos" com o
nome de Semeiotiké. O termo também é mencionado
por Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em
1764, foi um dos primeiros filósofos a escrever
um tratado específico intitulado Semiotik.
94
PESCADORES E ANZÓIS
95
  • Teorias são redes somente aqueles que as
    lançam pescarão alguma coisa. Karl Popper
  • Cientistas pertencem ao mesmo clube dos
    caçadores, pescadores e detetives.
  • Teorias são enunciados acerca do comportamento
    dos objetos de interesse do cientista.

96
  • Um cientista é uma pessoa que sabe usar as redes
    teóricas para apanhar as entidades que lhe
    interessam.
  • A ciência tem a ver com a regularidade dos
    hábitos da caça. Ela não se interessa pela
    diferença, mais pelo comum.

97
A lei é o comum. Por ser comum, é também
universal (nas ciências, leis são os enunciados
da rotina dos objetos). Na ciência, porém, a
analogia da rede deixa a desejar (o cientista
necessita de resultados precisos e específicos).
Anzóis são mais precisos dependendo do peixe que
você espera pegar, usa anzóis grandes ou
pequenos.
98
Devemos tomar cuidado com a arrogância do
pescador que, com um peixinho na mão, pretende
haver desvendado o mistério da lagoa escura...
99
O que está em jogo não é a transmissão daquilo
que se inventa, mas antes a transmissão do poder
de inventar. Juan David Nasio
100
O termo método, que significa literalmente
seguindo um caminho (do grego méta, junto,
em companhia, e hodós, caminho), refere-se à
especificação dos passos que devem ser tomados,
em certa ordem, a fim de se alcançar determinado
fim
101
Gauss, na afirmação acima, está declarando
Cheguei lá sem seguir caminho algum,
premeditadamente. Estou pensando para ver se
descubro o método...
102
Descobrimos que não existe uma única regra, por
mais plausível que pareça, por mais alicerçada
sobre a epistemologia, que não seja desrespeitada
numa ou noutra ocasião. (Paul Feyerabend, Contra
el método, p. 15).
103
  • Se Gauss está correto, é possível pensar que os
    inovadores chegam a suas idéias por meio de
    saltos, só então parando para descobrir o
    caminho, que deverá posteriormente ser ensinado
    aos mais medíocres, destituídos de asas. Função
    do insight.

104
Kant, Comte, Freud, Marx, todos eles acreditam no
advento de uma ciência livre de emoções. Kant
denunciava as paixões como cancros da razão
pura. Comte falava sobre os três estágios do
pensamento, o mais primitivo, habitado por
mágicos e sacerdotes e representado pela
imaginação, enquanto o último era constituído de
cientistas, sábios o bastante para amordaçar a
imaginação.
  • Freud caminha na mesma procissão e saúda o
    pensamento científico como o que definitivamente
    abandonou as fantasias e se ajustou à realidade.
    Enquanto isso, no marxismo, a ciência devora
    antropofagicamente sua própria mãe, a ideologia.

105
A ciência, por mais pura que seja, é o produto
de seres humanos engajados na fascinante aventura
de viver suas vidas pessoais (Frederick Perls,
et al., Gestal Therapy, p. 24).
106
  • O QUE É FENOMENOLOGIA?
  • É o estudo da experiência vivida (van Manen,
    1990).
  • Experiência vivida é o que experimentamos de
    forma pré-reflexiva (Laverty, 2003 van Manen
    1990).
  • Qualquer coisa que se apresente à consciência é
    potencialmente de interesse da fenomenologia,
    seja um objeto real ou imaginário, empiricamente
    mensurável ou subjetivamente sentido (van Manen,
    1990).

107
Fenomenologia de Husserl
108
HUSSERL (1859-1938) Edmund Husserl é
considerado o pai da fenomenologia.Fez doutorado
em matemática teórica antes de iniciar seus
estudos em filosofia.Criticou a psicologia como
uma ciência que está indo na direção errada ao
tentar aplicar os métodos das ciências naturais
às questões humanas. (Laverty, 2003).
109
  • A análise fenomenológica de Husserl dá ênfase ao
    fenômeno, ao que é dado imediato, à coisa que
    aparece diante da consciência (Padovani, 1990).
  • No dado está contida a sua essência (Padovani,
    1990).

110
O papel da fenomenologia é conhecer e descrever o
mundo das essências, a qual faz uma coisa o que
ela é, e sem a qual não seria o que é (van
Manen, 1990). As essências são os objetos de
estudo da fenomenologia, enquanto que os fatos
são os objetos da psicologia (Padovani, 1990).
111
  • Duas técnicas são fundamentais na fenomenologia
    de Husserl a intencionalidade e a epoché.
  • A compreensão de um fenômeno é, de acordo com
    Husserl, um processo intencional.
  • Através da intencionalidade, a mente é
    direcionada para o objeto de estudo (Laverty,
    2003).

112
A consciência funde-se com o objeto para o qual
está intencionado, não podendo jamais ser
separado daquele objeto (LeVasseur, 2003). É da
natureza do ser-humano estar com a consciência
sempre direcionada para alguma coisa que não a si
mesma. Sendo a consciência sempre intencional e
indivisível de seu objeto, ela não pode ser uma
coisa que subsiste independentemente, como no
cartesianismo (LeVasseur, 2003).
113
Praticar a epoché é colocar em suspensão todas
as crenças prévias, uma redução de quaisquer
teoria e explicação apriorística (Garnica, 1997).
Epoché, suspensão e redução fenomenológicas
são tidas como sinônimos. Husserl propôs que é
necessário suspender as pressuposições pessoais
para ter contato com a essência do fenômeno
(Laverty, 2003).
114
Husserl via no seu método uma forma de alcançar o
verdadeiro significado das coisas ver as coisas
como elas são. Julgou ter descoberto a
verdadeira natureza do conhecimento da realidade
e dos conceitos universais (Padovani, 1990). A
fenomenologia de Husserl é denominada
Fenomenologia Transcendental.
115
Fenomenologia de Heidegger
116
HEIDEGGER (1889-1976) Formação inicial em
teologia católica. Heidegger trabalhou com
Husserl, que o treinou nos processos de redução
fenomenológica e intencionalidade (Laverty,
2003). Contudo, Heidegger decidiu seguir um
caminho alternativo ao de Husserl. A forma como a
exploração da experiência vivida é realizada
diferencia o trabalho de Husserl e Heidegger
(Laverty, 2003).
117
  • Heidegger rejeitava a idéia de que nós somos
    seres observadores separados do mundo dos objetos
    que queremos conhecer.
  • Pelo contrário, nós somos inseparáveis de um
    mundo em existência (Draucker, 1999).

118
  • Para Heidegger, não é a essência que dá
    significado à existência, mas o contrário
    (Padovani, 1990).
  • Heidegger argumenta que o humano sendo-no mundo
    está sempre buscando significados para suas
    experiências.
  • A filosofia deve desvendar a existência,
    determinar a essência do estar-no-mundo.

119
(No Transcript)
120
(No Transcript)
121
Receita para Reencantar o Mundo
122
One thing I have learned in a long life that
all our science, measured against reality, is
primitive and childlike. Albert Einstein
123
O nosso sentimento de belo, prazeroso, agradável
possui clara ressonância explícita com a métrica
áurea. Outros padrões ou regularidades nos fazem
perguntar como Braille a Lavoisier sobre o
artesão por detrás do artesanato.
124
... Diotima Eu te direi Sócrates, embora a
explicação seja longa... Quando nasceu Afrodite
banqueteavam-se os deuses e entre os demais se
encontravam também o filho de Prudência, Poros,
(o recurso), Embriagado com o néctar adormece nos
jardins de Zeus ... Pênia (a pobreza), a miséria
ficou na porta, procurando as sobras do festim.
Barrada na entrada, por nada ter para oferecer, a
sem Recursos
125
Pênia vê Poros adormecido, deita-se ao seu lado,
enlaça-o e concebe com o amor (Eros), gerando
Afrodite. Eis seu natalício ao mesmo tempo,
que por sua natureza amante do belo, porque
também Afrodite é bela e por ser filha de Poros
(o Recurso) e de Pênia (a pobreza, que tudo
falta). ... foi essa a condição em que ficou o
amor
126
Primeiramente o Amor é sempre pobre, é duro,
seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem
forro, deitando e ao desabrigo, as portas e ao
caminho, tendo da natureza da mãe a falta, a
carência.
127
Segundo o pai, é insidioso com o que é belo e bom
corajoso, decidido e enérgico caçador terrível
sempre a tecer maquinações ávido de sabedoria e
cheio de recursos, a filosofar por toda a vida
temível mago, feiticeiro, sofista e nem imortal é
a sua natureza e nem mortal e no mesmo dia, ora
ele germina e vive, ora morre e de novo
ressuscita...
128
Graças a natureza do pai é que consegue sempre
escapar de modo que nem empobrece o amor nem
enriquece assim como está no meio da sabedoria e
da ignorância. ... Sócrates do que me diz
Diotima, estou convencido... ... Afirmo que todo
homem deve honrar o amor, e que eu próprio prezo
o que lhes concerne e particularmente cultivo e
aos outros exorto e agora e sempre elogio a
excelência do amor.
129
E que a minha loucura seja perdoadaPorque metade
de mim é amor
e a outra metade
TAMBÉM
130
(No Transcript)
131
PRINCIPAIS REFERÊNCIAIS TEÓRICOS
BARBOSA, Laura Monte Serrat. 2001. O manifesto da
transdisciplinaridade. Disponível em
ltwww.psicopedagogia.pro.br/Ambito_da_Sociedade/Res
enhas/Transdisciplinaridade/transdisciplinaridade.
htmlgt. Acesso em 15 nov. 2005. CAPES.
Multidisciplinaridade. CHAVES, Mário M.
Complexidade e transdisciplinaridade uma
abordagem multidimensional do setor saúde. 1988.
Disponível em ltwww.ufrrj.br/leptrans/3.pdfgt.
Acesso em 29 de out. 2005. KORTE, Gustavo. 2000.
Introdução a metodologia Transdisciplinar.
Disponível em lthttp//www.gustavokorte.com.br/publ
icacoes/Metodologia_Transdiciplinar.pdfgt. Acesso
em 28 nov. 2005. MAGALHÃES, Everton Moreira.
Interdisciplinaridade por uma pedagogia não
fragmentada. Disponível em ltwww.ichs.ufop.br/Anai
sImemorial20do20ICHS/trab/e3_3.docgt. Acesso em
15 nov. 2005. MAHEU, Cristina dÁvila. 2000.
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Disponível em lt www.nuppead.unifacs.br/artigos/Int
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2005. MASETTO, Marcos Tarciso. Multi, Inter e
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February 2000 Volume 3 Number 2 p 97 lt
http//www.nature.com/neuro/gt NICOLESCU,
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Rumo à nova transdisciplinaridade. São Paulo
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência Introdução
    ao jogo e as suas regras. São Paulo Loyola,
    2005
  • COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito
    positivo. São Paulo Escala, 2005
  • DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo
    Escala, 2005

133
OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • Sítio de pesquisa sobre filosofia, epistemologia,
    etc.
  • http//www.criticanarede.com
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