M - PowerPoint PPT Presentation

About This Presentation
Title:

M

Description:

M sica Brasileira I CMU 322 M dulo III A organiza o musical da Igreja Prof. Di snio Machado Neto Administra o de Dom Jo o III Administra o R gia Geral ... – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:43
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 22
Provided by: disciplin5
Category:
Tags: bartolomeu | dias

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: M


1
Música Brasileira ICMU 322Módulo III
  • A organização musical da Igreja
  • Prof. Diósnio Machado Neto

2
Administração de Dom João III
  • Administração Régia Geral
  • Com a morte de Dom Manuel (1521), ascendeu ao
    trono Dom João III.
  • As inúmeras conquistas portuguesas (Brasil,
    África, Ásia e Açores-Madeira) levaram o governo
    à uma crise sem precedentes.
  • Êxodo masculino de aproximadamente 20
  • Instalação do Tribunal do Santo Ofício
    (Inquisição), em 1531
  • Dom João III cria o Governo Geral do Brasil, em
    1548
  • Escolhido a Bahia como a primeira capitania real,
    logicamente ressarcindo o seu anterior
    proprietário.
  • Seqüência da colonização assistemática
    (expedições e feitorias).
  • Centralização na produção de pequenos engenhos
  • Capitães-Mor
  • Distribuir justiça conceder asilos escravizar
    índios doar sesmarias (terrenos não
    colonizados) participar dos privilégios fiscais
    da Coroa (vintena do pau-brasil, redízimo, meia
    dízima do pescado) transmitir a capitania por
    herança.
  • Deveres colonizar e defender a terra preservar
    a fé ( o que inclui a preocupação com a música)
  • O sistema de governo-geral diminuiu os poderes
    dos capitães-mor
  • Criação do cargo de Ouvidor-geral.

3
O padroado régio
  • O fundamento do padroado centraliza-se na fusão
    do poder temporal e espiritual na figura do
    Estado, principalmente representado em uma
    individualidade aristocrática.
  • As origens dessa concessão remetem-nos à arcaica
    sociedade que formou conceitualmente as bases do
    sistema monárquico europeu, onde a ...visão
    monista do universo, sem fazer distinção entre
    natural e sobrenatural, indivíduo e sociedade, a
    realeza desempenhava um papel harmonizador,
    integrador do homem no cosmo ... assim, na
    Idade Média, o monarca, sem ser deus ou sequer
    sacerdote, como nas civilizações da Antiguidade,
    tinha inquestionável caráter sagrado
  • O padroado representou-se nas ordens militares
    organizadas no tempo da Reconquista (século XII).
  • Em Portugal surgiram a de São Tiago da Espada, a
    de São Bento de Avis e a dos Templários, extinta
    em 1310. Em 1319 constituiu-se a Ordem de Cristo
  • Em reconhecimento à atuação portuguesa como
    propagadora da fé cristã, o monarca recebeu o
    direito de padroado, ou seja, administrador das
    questões da Igreja, excetuando os problemas de
    ordem doutrinária.
  • Assim coube à Ordem de Cristo a jurisdição
    espiritual sobre as terras ultramarinas
    conquistadas e a conquistar, que não pertencesse
    a nenhuma diocese, e ao padroeiro dela, seu
    grão-mestre, a apresentação dos escolhidos para o
    governo eclesiástico dessas terras
  • Em 1522, o papa Adriano IV conferiu ao rei Dom
    João III a sucessão do grão-mestrado da Ordem de
    Cristo. Em 1552, o rei anexou a seu mestrado as
    demais ordens. Assim, os monarcas portugueses
    ficaram soberanos na administração religiosa
  • As reformas protestantes, exigiram da Igreja um
    contingente repressivo que somente os Estados não
    convertidos poderiam organizar.
  • Criação, em 1532, da Mesa de Consciência, mais
    tarde, Mesa da Consciência e Ordens. Essa
    instituição (formada por leigos e clérigos)
    podia conhecer e julgar , como delegados da Sé
    Apostólica, quaisquer processos de cunho
    eclesiástico ou civil que envolvessem religiosos
    com privilégio de foro
  • A mesa funcionava, ainda, como conselheira na
    provisão dos cargos eclesiásticos, dando
    pareceres sobre a criação e administração de
    estabelecimentos como capelas, hospitais, ordens
    religiosas, universidades, paróquias, casas pias,
    etc.
  • Constituição do bispado da Bahia, em 1551.
  • A criação do governo-geral do Brasil contemplou a
    independência do bispado, antes sediado no de
    Funchal.
  • Subordinação ao Arcebispado de Lisboa. Nomeação
    de corpo musical

4
(No Transcript)
5
Aspectos que fomentaram a música
  • Criação do bispado da Bahia e da prelazia do Rio
    de Janeiro (1575).
  • A Sé contempla, na sua natural organização, o
    corpo musical
  • Coro de cantochão chantre, subchantre e
    capelanias
  • Capela de música polifônica (canto de órgão)
    mestre-de-capela, organista e moços-do-coro.
  • O Santo Ofício, instalado em 1531, move-se pelos
    jesuítas
  • Chegada da missão jesuítica, em 1549
  • Criação dos Colégios e Casas, como o da Bahia,
    São Paulo e Santos.
  • Forte atividade musical
  • Os engenhos tornaram-se núcleos de prática
    musical.

6
A administração até 1603
  • O Governo-Geral era dividido em três setores
    Guerra, Justiça e Fazenda.
  • O Estado se dividia entre capitanias reais e
    hereditárias
  • Os titulares eram os Capitães-mores.
  • A capitania era formada por comarcas, estas por
    termos, constituídos por vilas e cidades (só
    existiam duas cidades reais Salvador e Rio de
    Janeiro). As cidades se dividiam em freguesias,
    acompanhando a divisão eclesiástica.
  • As freguesias se dividiam em bairros para a
    organização das ordenanças e milícias
  • Esfera Militar
  • Chefia centralizada no governador
  • Tropa paga
  • Tropa auxiliar composta de
  • Milícias (obrigatória para a população civil,
    sem soldo)
  • Comando de patentes militares, enquadrando-se
    pelas freguesias, bairros e terços (depois
    chamados de regimento)
  • Ordenanças
  • Todo e qualquer indivíduo, entre 18 e 60 anos,
    não engajado nas formas de recrutamento anterior
  • Manuel Dias de Oliveira, compositor mineiro, foi
    capitão dos pardos da ordenança
  • Esfera administração pública
  • Senado da Câmara, ou Câmara de Vereadores
  • Presidida pelo juiz ordinário.
  • Ela era fiscalizada pelo Juiz de Fora (de fora da
    câmara). Era a intervenção régia na vida
    administrativa local
  • A câmara tinha ingerência sobre assuntos
    judiciários e administrativos (posturas e
    registros de patentes)

7
1581 a 1640 a unificação da coroa ibérica
  • Morte de Dom Sebastião, na batalha de
    Alcácer-Quibir considerado o último cruzado
  • Coube a sucessão ao cardeal Dom Henrique.
  • Felipe II, rei da Espanha, requer o trono por ser
    sobrinho de Dom João III.
  • Torna-se Felipe I de Portugal, consolida-se a
    União Ibérica.
  • Portugal continua com leis próprias. A situação
    do Brasil continuou inalterada, na sua relação
    com Portugal.
  • Promulgação das Ordenações Filipinas
  • Código de regência administrativa e jurídica,
    revalidados mesmo na Restauração, por Dom João IV
    e por D. Maria I, em 1778
  • Conselho da Fazenda e o Conselho das Índias
  • Órgãos destinados à administração do Brasil
  • Continua a Mesa da Consciência e Ordens e surge o
    Tribunal da Bula da Cruzada
  • Esse último se dedicava à arrecadaras licenças
    (bulas) para dispensa de jejuns, permissão de
    comer carne em dias de preceito (cobrança de
    selos)
  • Criação da Repartição do Sul
  • Idealizada pelo ex governador-geral Dom Francisco
    de Souza com a intenção de otimizar recursos para
    a exploração mineira do sul do Brasil.
  • Francisco de Souza realizou a ,primeira provisão
    (documentada) para mestre-de-capela no Brasil
  • Diogo Moreira, em São Paulo, no ano de 1599
  • Unificação do Estado do Brasil, em 1612
  • Criação do Tribunal da Relação do Brasil
  • Discussão sobre o direito de precedência na
    Igreja problema do padroado.
  • Declaração de que o gentio era livre. Vitória dos
    jesuítas

8
(No Transcript)
9
Música no Brasil na época filipina
  • Atividade dos jesuítas
  • Colégios e missões
  • Nomeações para mestres-de-capela por provisões
    régias
  • As matrizes das principais cidades e vilas do
    Brasil foram providas de mestres-de-capela.
  • Encontram-se provisões régias para Recife, Olinda
    (antes da invasão holandesa), Rio de Janeiro, São
    Paulo, Santos, entre outras.
  • Em alguns casos, as provisões não se renovavam
    após a morte do titular.
  • Nesse período a organização musical não demonstra
    zelo pelo profissionalismo.
  • Funcionamento da escola de música no mosteiro
    beneditino da Bahia.
  • Outras ordens religiosas mantinham escola e
    capela de música, sem, no entanto, alcançarem a
    organização dos beneditinos.
  • Inúmeros jovens eram enviados à Bahia para
    estudarem.
  • Entre eles destacamos Alexandre de Gusmão (, que
    se tornou secretário particular do rei Dom João e
    V e escreveu libretos para ópera.

10
A organização musical
  • Coro x capela
  • Coro destinado à execução dos ofícios divinos,
    em cantochão.
  • Os capelães deveriam, em tese, ser iniciados na
    arte da cantoria.
  • A direção do coro ficava a cargo do chantre e
    posteriormente do subchantre (que era o
    responsável direto da organização musical do coro
    século XVIII principalmente).
  • Essa divisão ocorreu pela ocupação do chantre em
    assuntos administrativos da Igreja.
  • Ocasionalmente, em algumas igrejas mais
    abastadas, poderiam existir colegiadas para
    rezarem o Ofício das Horas
  • A expressão coreiro significava eclesiásticos
    ocupados das orações diárias
  • Capela grupo dedicado à execução da música
    polifônica.
  • Contava com mestre-de-capela, organista (que
    poderia ser substituído pela harpa tocada pelo
    próprio mestre-de-capela) e moços-do-coro (cujo
    treinamento estava a cargo do mestre, como nos
    modelos da Sé de Évora)
  • Não necessitavam ser eclesiásticos, apesar que
    muitos aderiram a vida religiosa
  • Diogo Moreira, Ângelo de Siqueira etc

11
O mestre-de-capela
  • O mestre-de-capela é o centro da atividade
    musical colonial.
  • Somente em Minas Gerais, no último quartel do
    século XVIII, assim como com a chegada da corte
    portuguesa, em 1808, é que encontraremos
    variantes desse processo.
  • Tal denominação desaparece gradativamente no
    século XIX.
  • Desde o início da organização religiosa no
    Brasil, a criação do bispado da Bahia, em 1551,
    surge o cargo de mestre de capela
  • Apesar da primeira provisão ser de 1559, para
    Bartolomeu Pires, sabe-se que ele não era o
    primeiro a ocupar o cargo, já que de princípio
    foi ocupado pelo chantre Francisco de Vacas.
  • Souza Viterbo, historiador português, publicou na
    década de 1910 uma série de provisões para
    mestres-de-capela para igrejas do Brasil, no
    século XVII.
  • Pode ou não ter provisão régia
  • Estava sobre a supervisão do vigário-da-vara
  • Seus rendimentos advém da provisão régia (quando
    a possui) ou da arrematação de seus serviços
  • Cerimônias fúnebre, festas religiosas e régias,
    batizados, atividades das irmandades etc

12
Funções do mestrado
  • Exerce ofício da música sob a autorização do
    vigário da vara eclesiástica.
  • É um arrematador de serviços musicais, sublocando
    serviços prestados por músicos, cantores, ou
    instrumentistas, que trabalham sob sua orientação
    e compasso.
  • Eventualmente executante de instrumento
    acompanhante do coro
  • Proprietário dos materiais musicais (papéis de
    música), adquiridos ou copiados pela sua própria
    mão
  • Eventualmente compositor de obras executadas
    na/ou especialmente para a ocasião integrante do
    coro ou cantor solista conforme a ocasião
  • Não é necessariamente ocupante de cargo estável
    de música na igreja, sempre teve o título
    identificado com o de regente
  •  Apesar de estar especificamente relacionado ao
    exercício da música, o mestre de capela expande
    suas funções. É comum encontrarmos exercendo
    atividades como professor de primeiras letras,
    diretor de irmandades, até mesmo comerciante.

13
Restauração
  • Movimento que desfez a união pessoal de coroas,
    restabelecendo a soberania administrativa de
    Portugal.
  • Dom João IV, duque de Bragança, foi aclamado o
    21º rei de Portugal, em 1640.
  • O combate ao Brasil Holandês e a criação do
    Conselho Ultramarino
  • A restauração deu continuidade a descentralização
    administrativa o Estado do Brasil e do
    Maranhão.
  • Em 1612 foi criado o Conselho Ultramarino, para
    justamente cuidar dos negócios de Ultramar.
  • O acervo do Conselho Ultramarino é uma rica fonte
    de pesquisa sobre os mais diversos assuntos da
    vida colonial
  • Administração dos negócios fazendários (controle
    de carregamentos, por exemplo), disputas
    pecuniárias entre câmara, Igreja e governo
    (importantes documentos sobre organização de
    festas, questões relativas ao próprio culto
    religioso) provimento de cargos (excetuando
    bispos e demais cargos eclesiásticos)
    administração das propinas de todos os contratos
    (dízimos, alfândegas, das baleias, direitos dos
    escravos, tabaco, subsídios do vinho, aguardente
    e azeite, sal, couros, passagens dos rios, etc)
  • Foi no Conselho Ultramarino que se discutiu um
    fundamental problema da esfera musical o Estanco
    da Música.

14
Da Restauração ao Absolutismo
  • Três fases
  • Consolidação do poder bragantino (1640 1698)
    Dom João IV D. Afonso VI (1666-1683) Dom Pedro
    II (1683-1698) Transição para o Absolutismo
    (1698-1706) administração absolutista de D. João
    V (1706-1750)
  • Nessa última, destacou-se como importante
    articulador o santista Alexandre de Gusmão.
  • 1ª fase
  • O Brasil é elevado à categoria de Principado,
    existe um príncipe do Brasil
  • Surge, também, o vice-rei, mas que não se
    configurou como os vice-reinados espanhóis
  • Época das grandes bandeiras Antônio Raposo
  • Criação do bispado do Rio de Janeiro, Olinda
    (Estado do Brasil) e Maranhão a Bahia foi
    elevada a Arquidiocese
  • 2ª fase
  • Criação da Casa da Moeda na Bahia
  • Moeda circulante somente no Estado
  • 3ª Fase
  • O ciclo do ouro em Minas Gerais.
  • Extinção da Capitania de São Vicente surgindo a
    Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, em 1709.
  • Essa capitania foi extinta em 1720, separando
    Minas de São Paulo.
  • Jurisdição régia na zona aurífera
  • Descoberta das minas de Goiás e Cuiabá (Mato
    Grosso)
  • Em 1745, criam-se os bispados de São Paulo e
    Mariana, assim como, as prelazias de Goiás e
    Cuiabá.
  • Em 1748, essas regiões se separam da capitania de
    São Paulo

15
(No Transcript)
16
A música sob comando da Igreja
  • A atividade musical centrada na Igreja
  • Essa época é marcada por um forte movimento dos
    músicos na direção do estado eclesiástico.
  • Uma das hipóteses seria a possibilidade de
    estabilidade financeira através do serviço
    religioso
  • Surgem, em diversas localidades, serviços
    musicais mais organizados
  • Capelas completas mestre-de-capela-organista-moç
    os do coro
  • Criação de Colegiadas Salvador, Recife, Olinda,
    Rio de Janeiro, Santos (1752)

17
Recibo de serviço musical
18
Provisão para o mestrado
  • O problema das provisões para o
    mestrado-da-capela criou um impasse entre Igreja
    e Estado.
  • O músico provido para as catedrais e matrizes a
    princípio deveria ser pago pela administração
    régia.
  • No entanto, o trâmite era lento e às vezes não
    ocorria. Tal fato levava a Igreja a conceder uma
    provisão própria.
  • A provisão régia estabelecia o músico como agente
    monopolizador da atividade musical da freguesia.
  • A determinação régia ditava que eram obrigações
    do músico ensinar canto de órgão concorrer as
    festas e obrigações com sua música.
  • Poderia dar licenças para que tal acontecesse.
    Daqui nasce o termo estancar.
  • A Igreja sempre requisitou liberdade sobre as
    formas da liturgia
  • Isso inclui a música e o mestre-de-capela.
  • Sua existência dentro do sistema religioso
    requeria uma atenção diferenciada dos outros
    processos de ordenações eclesiásticas
  • Não era requerido ao músico estar no estado
    eclesiástico.

19
O estanco da música
  • Inúmeros problemas levaram a Igreja a,
    deliberadamente, prover os músicos para os
    serviços do espetáculo litúrgico.
  • Indeterminação sobre a jurisdição sobre a
    liturgia
  • Morosidade das provisões régias
  • Potencial de exploração dos serviços musicais
  • O 1º bispo do Rio de Janeiro Dom José de Barros
    Alarcão inova o sentido da provisão
  • Assume deliberadamente a autoridade de prover os
    músicos
  • Passa a cobrar pensão sobre as provisões. A
    pensão era estabelecida no ato da provisão e
    registrada em cartório.
  • Tal prática foi muito comum até a primeira metade
    do século XVIII.
  • Forma-se um intenso debate sobre o estanco da
    música
  • Intervenção do próprio Rei D. João V, em carta
    enviada às principais câmaras do Brasil, em 1709,
    proibindo o estanco.
  • Licenciamento
  • Paralelamente ao estanco, a Igreja licenciava o
    músico através de um processo de genere.

20
Dom José de Barros Alarcão
21
Estanco da música
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com