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Aspectos Hist

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Secretaria Municipal de Educa o de Cariacica EMEF Euvira Benedita Cardoso da Silva Aspectos Hist ricos e Sociais que subjazem Orienta o ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Aspectos Hist


1
Secretaria Municipal de Educação de
Cariacica EMEF Euvira Benedita Cardoso da Silva
Aspectos Históricos e Sociais que subjazem à
Orientação Curricular as tendências pedagógicas
e as subjetividades da comunidade teoria e
prática.
Conteúdo 1
Prof. Maria Dorotéa dos Santos Silva doratrassi_at_ya
hoo.com.br
2
1. Aspectos Históricos Introdução
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO
Revisão histórica de Currículo
Para início de conversa, o que é Currículo? Qual
a relevância na escola? Proposta Curricular é uma
questão de Identidade ou de Subjetividade? Nas
discussões cotidianas quando pensamos em
Currículo pensamos apenas em conhecimento,
esquecendo-nos de que o conhecimento que
constitui o Currículo está centralmente e
intrinsecamente envolvido naquilo que somos, na
nossa identidade, na nossa subjetividade. Currícul
o vem do latim curriculum e seu significado é
pista de corrida. Na história do currículo, as
teorias da eficiência social têm seu
desenvolvimento inicial associado aos trabalhos
de Franklin Bobbitt  e Werret Charters , e seu
ápice associado ao trabalho de Ralph Tyler. 
Bobbitt, em seu The Curriculum, publicado em
1918, nos EUA, visava alcançar a eficiência
burocrática na Administração Escolar a partir do
planejamento do Currículo e o fazia transferindo
as técnicas do mundo dos negócios, marcado pela
lógica de Taylor, para o mundo da escola. Nessa
perspectiva, a criança era entendida como um
produto a ser moldado pelo currículo, de maneira
a garantir sua formação eficiente. Essa
eficiência consistia no atendimento às demandas
do modelo produtivo dominante. Por isso, as
atividades do adulto produtivo eram, para
Bobbitt, a fonte dos objetivos de um Currículo.
Nenhum outro modelo de construção curricular
antes de Tyler foi capaz de influenciar tanto a
atividade de desenvolvimento curricular.
Franklin Bobbitt
Frederick W. Taylor
3
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO
Origem nas fábricas

Na tradição teórica de Bobbitt, Charters e Tyler,
em linhas gerais, havia em comum a estreita
associação entre currículo e mundo produtivo,
visando à eficiência do processo educacional, à
adequação da educação aos interesses da sociedade
e, conseqüentemente, ao controle do trabalho
docente e à administração do trabalho escolar.
Tais teorias interpretavam a escola a partir de
princípios derivados do modelo de organização do
mundo fabril. A idéia dominante é de que a escola
poderia educar de maneira mais eficiente se
reproduzisse os procedimentos de administração
científica das fábricas (na época, o modelo
taylorista-fordista) e se executasse um
planejamento muito preciso dos objetivos a serem
alcançados. A prevalência dos objetivos,
especialmente comportamentais, esteve intimamente
relacionada a essa perspectiva. A idéia, ainda
muito presente no senso comum educacional de uma
forma mais ampla, de que a qualidade do
desenvolvimento curricular, e da educação de uma
forma geral, depende de uma definição precisa dos
objetivos a serem implementados e, por
conseguinte, do perfil de profissional, de
cidadão ou de sujeito social que se pretende
formar, deriva do pensamento de que o currículo
existe para atender às finalidades sociais do
modelo produtivo dominante.
Ralph W. Tyler
Henry Ford
4
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO
Necessidade de formação do trabalhador
O objetivo foi associar o comportamentalismo a
dimensões humanistas mais amplas, visando formar
comportamentos (as competências) que
representassem metas sociais impostas aos jovens
pela sua sociedade e cultura.
5
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
2. TEORIA TRADICIONAL CRÍTICA E PÓS CRÍTICA DO
CURRÍCULO O QUE SÃO?
  1. Os aspectos teóricos descrição, representação,
    signo, reflexo de uma realidade.
  2. Os aspectos históricos localização temporal.
  3. As justificativas Porque e Para quê? O que
    queremos?
  4. As tendências pedagógicas aspectos políticos e
    pedagógicos.
  5. Os aspectos sociais Para qual sociedade? Quais
    as realidades sócio-culturais?
  6. Os aspectos didáticos quais conhecimentos são
    importantes? Qual o tipo de ser humano? Por que
    esses ou aqueles conhecimentos? Como praticar e
    avaliar esses conhecimentos?

Lugar, espaço, território. O currículo é relação
de poder. Trajetória, viagem, percurso. Currículo
é identidade. Necessário autonomia e
flexibilidade para a construção de uma proposta
curricular. Mas é preciso um parâmetro, uma
condução, uma identidade harmônica.
6
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
ASPECTOS TEÓRICOS
  1. Os modos de conhecer Epistemologias que
    determinam as visões, formas de considerar a
    aquisição e/ou apropriação do conhecimento.
  2. Os Fundamentos da Educação Ciências e
    pressupostos da Educação.
  3. As correntes e tendências da Educação Brasileira
    Que tipo de Escola, de homem e de sociedade
    pretende-se. São os modos de ensinar e aprender
    para a realidade, para um determinado ideal
    filosófico e uma sociedade.
  4. A harmonia pedagógica o enviesamento e
    integração dos modos de conhecer, de ensinar e de
    aprender para a composição do eixo curricular de
    acordo com a identidade do Meio e seus aspectos.

ATIVIDADE 1 BREVE RESGATE DAS TEORIAS DO
CURRÍCULO VAMOS RELEMBRAR AS TENDÊNCIAS
PEDAGÓGICAS E AS TEORIAS DA APRENDIZAGEM? VAMOS
HARMONIZÁ-LAS?
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ANÁLISO SÓCIO POLÍTICA
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
TABELA 1 Análise sócio-política da visão de
Sociedade
Abordagens Sistema político adjacente Pressupostos Teóricos Como o homem aprende? Daí vem a visão de Ensino.
Sociedade Liberal o pensamento livre para o saber produtivo 1789 Revolução Francesa. Capitalismo Os homens são diferentes Visão Tradicional Racionalista, do sujeito para o meio. Teoria Tradicional do Currículo.
Sociedade Liberal o pensamento livre para o saber produtivo 1789 Revolução Francesa. Capitalismo Os homens são essencialmente iguais, mas a vida em sociedade os diferencia. Visão Comportamentalista Empirista do meio para o sujeito. Teoria Tradicional do Currículo.
Sociedade Liberal o pensamento livre para o saber produtivo 1789 Revolução Francesa. Capitalismo Os homens são essencialmente iguais, mas a vida em sociedade os diferencia. Visão Tecnicista do método, da técnica para transformar o sujeito. Teoria Tradicional do Currículo.
Sociedade Progressista o saber para a busca equilibrada da emancipação do sujeito. Socialismo - Idealismo A igualdade entre os homens não se dá igualmente na sociedade. Visão Libertadora construir a partir de suas próprias descobertas. Teoria Crítica do Currículo.
Sociedade Progressista o saber para a busca equilibrada da emancipação do sujeito. Socialismo - Idealismo A igualdade entre os homens não se dá igualmente na sociedade. Visão Libertária Transformar-se a partir do meio para transformar, emancipar-se. Teoria Crítica do Currículo.
Sociedade Progressista o saber para a busca equilibrada da emancipação do sujeito. Socialismo - Idealismo A igualdade entre os homens não se dá igualmente na sociedade. Visão Interacionista o sujeito não é somente racional, soberano, nem tampouco natural, puramente empírico. Ele é simultaneamente os dois na medida em que é um sujeito histórico-cultural. Teoria Pós-Crítica do Currículo.
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1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
TEORIA TRADICIONAL DO CURRÍCULO
A partir de uma inter-relação entre os mecanismos
teóricos da Educação, é possível adotar uma
linha, norte para pensar a Proposta Curricular.
No cenário curricular, as categorias de teorias
de acordo com os conceitos que elas enfatizam são
  • Ensino
  • Aprendizagem
  • Avaliação
  • Metodologia
  • Didática
  • Organização
  • Planejamento
  • Eficiência
  • Objetivos
  • Quais as Tendências, Técnicas da Aprendizagem e
    Abordagem do Ensino que se assemelham às Teorias
    Tradicionais do Currículo?

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TEORIA TRADICIONAL DO CURRÍCULO (CONT.)
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
  • Valoriza as atividades teóricas ou práticas de
    racionar a partir da natureza, da
    hereditariedade, das raças, dos dons, da escola,
    do currículo.
  • Considera que a razão e o pensamento são as
    únicas fontes de conhecimento em detrimento ao
    conhecimento que subjaz à ciência, à Escola, ao
    Currículo Programado.
  • O conhecimento se dá por situações de
    treinamentos, repetição exaustiva e memorização.
  • Os métodos são baseados em aulas expositivas como
    na demonstração dos conteúdos apresentados de
    forma linear e numa progressão lógica, sem levar
    em consideração as características próprias dos
    alunos.
  • O professor é o detentor do saber e avalia o seu
    aluno através de provas escritas orais e
    exercícios.

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TEORIA CRÍTICA DO CURRÍCULO
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
Teoria Crítica
Reflete a maneira em que a educação contribui
para a formação de uma sociedade mais
igualitária, enfatizando a escola pública. A
escola visualiza o indivíduo adequando suas
necessidades ao contexto social em que está
inserido.
  • Ideologia
  • Reprodução cultural e social
  • Poder
  • Classe social
  • Capitalismo
  • Relações sociais de produção
  • Conscientização
  • Emancipação e libertação
  • Currículo oculto
  • Resistência

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TEORIA PÓS CRÍTICA DO CURRÍCULO
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
Teoria Pós Crítica
  • Representação
  • Cultura
  • Gênero, raça, etnia, sexualidade
  • Multiculturalismo.
  • Identidade, Alteridade, Diferença
  • Subjetividade
  • Significação e Discurso
  • Saber-Poder

O conhecimento ocorre na relação entre o sujeito
e o objeto e através dela. Sozinho, o sujeito,
por maiores que sejam suas potencialidades
hereditários, nada é. Da mesma maneira, o objeto,
não tem como manifestar suas características. Na
interação, ambos são ativos e têm partes
indispensáveis. As práticas pedagógicas nessa
teoria são aquelas que permitem que a escola, o
professor, o aluno, a comunidade e outros
envolvidos no processo educativo apreendam e
sistematizem os conhecimentos juntos, numa
relação de construção e interação. Essa
perspectiva dá mais importância a aprendizagem em
grupo do que aos conteúdos separados, entendendo
que a idéia de conhecimento não está no simples
fato investigativo por meio de concepções
aprendidas mas sim, nas interações e descobertas
relacionadas às exigências da vida social.
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3. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E CURRÍCULO
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
Teoria Pós Crítica
III. Educação e Trabalho Origem
Para localizar a situação atual da educação
profissional, é preciso fazer um breve histórico
a fim de possibilitar uma análise da evolução da
Legislação de Ensino, criando condições para
repensar a situação atual com base na história
passada.
  • As primeiras décadas do Império
  • Expansão da lavoura cafeeira
  • Surto inicial de crescimento industrial
  • Urbanização significativa
  • Fim do regime escravo
  • Início do trabalho assalariado.

MAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOS
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1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
Teoria Pós Crítica
III. Educação e Trabalho Origem
Progressismo e Novo Modelo
As forças sociais que participaram do movimento
foram as mesmas que governaram o país nos
primeiros anos, freando os avanços em torno da
educação o Exército, as oligarquias cafeeiras e
os intelectuais muito preocupados com a
efervescência política oriunda da Europa
Após estabelecida a nova situação, as oligarquias
trataram de afastar o Exército e os Intelectuais,
comandando o poder e a economia brasileira
através da exportação do café. Isso arrefeceu
ainda mais os investimentos e tentativas de se
estabelecer um caminho para a educação no país.
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1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
Teoria Pós Crítica
III. Educação e Trabalho Origem
Progressismo e Novo Modelo
Era Vargas Tecnicismo
ERA VARGAS PERSPECTIVA PARA UM NOVO TRABALHADOR
TECNICISMO
  • Três Constituições precederam a carta magna de
    1937 a Constituição outorgada pelo Imperador em
    1824, a Constituição republicana de 1891 e a
    Constituição de 1934. Ao contrário da carta de
    34, produzida por uma Assembléia Nacional
    Constituinte eleita pelo povo, a Lei maior de
    1937 foi produzida pela tecnocracia getuliana
    (Francisco campos) e imposta ao país como
    ordenamento legal do estado Novo. A carta de 37
    inverteu as tendências democratizantes da Carta
    de 34
  • 1934 Artigo 149 A Educação é um direito de
    todos e deve ser ministrada pela família e pelos
    poderes públicos, cumprindo a estes
    proporcioná-la a brasileiros e estrangeiros
    domiciliados no país (...)
  • 1937 Artigo 125 A Educação integral da prole
    é o primeiro dever e o direito natural do país. O
    Estado, não será estranho a esse dever,
    colaborando, de maneira principal ou subsidiária,
    para facilitar a sua execução de suprir as
    deficiências e lacunas da Educação particular.

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3. EDUCAÇÃO E TRABALHO (cont.)
1. Aspectos Históricos Introdução
Origem
Necessidade de Formação
II. Teoria Tradicional Crítica e Pós Crítica O Que São?
Aspectos Teóricos
Análise Sócio Política
Teoria Tradicional
Teoria Pós Crítica
III. Educação e Trabalho Origem
Progressismo e Novo Modelo
Era Vargas Tecnicismo
ERA VARGAS (cont.)
O Estado Novo de Getúlio Vargas se desincumbiu da
Educação Pública através de sua legislação
máxima, assumindo apenas um papel subsidiário.
A Carta de 37 não se preocupou com uma educação
igualitária, pública e gratuita, ao contrário,
deixou transparecer a intenção de um Dualismo
educacional os ricos proveriam seus estudos
através do sistema público ou particular e os
pobres deveriam se destinar às Escolas
Profissionais.
Assim, o Artigo 129 determinou como primeiro
dever do Estado a sustentação do ensino
pré-vocacional e profissional destinado às
classes menos favorecidas. O incentivo dado a
essas classes para procurarem a escola pública
foi condicionado à opção pelo ensino
profissionalizante.
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A Era Vargas O Estado Novo
A Era Vargas Novas Políticas Educacionais
ATIVIDADE 2
LDBs 4024/61 5692/71
A Qualidade no Ensino
A QUESTÃO DA QUALIDADE DO ENSINO E AS INTENÇÕES
EXPRESSAS A PARTIR DO CURRÍCULO
As grades curriculares e os demais elementos da
Reforma Francisco Campos e das Leis Orgânicas do
Ensino mostram com clareza que o ensino do 2º
grau (chamado na época de ensino secundário e
ligado estruturalmente ao ginásio) tinha como
objetivo único o ingresso na Universidade. E quem
podia efetivamente nela ingressar eram os alunos
provenientes das camadas sociais economicamente
mais favorecidas, ficando impedidos de chegar a
esta modalidade do ensino os filhos de
trabalhadores os dados estatísticos já
analisados o demonstram. Para os alunos oriundos
da classe trabalhadora, essas duas reformas
reservaram, em nível de 2º grau - ...
Disponível em http//www.cpdoc.fgv.br/nav_historia
/htm/ev_linhadotempo.htm
...os cursos profissionalizantes - rigidamente
compartimentados, impedindo-se que entre esses
cursos e os demais do ensino médio houvesse
possibilidade de passagem.
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A Era Vargas O Estado Novo
A Era Vargas Novas Políticas Educacionais
ATIVIDADE 2
LDBs 4024/61 5692/71
A Qualidade no Ensino
A QUESTÃO DA QUALIDADE DO ENSINO E AS INTENÇÕES
EXPRESSAS A PARTIR DO CURRÍCULO (CONT.)
Os cursos profissionalizantes, concebidos desde a
Reforma de 1930/31 como maneira de atender às
populações escolares provenientes das classes
trabalhadoras, passaram a se constituir em
habilitações, resguardando-se o chamado núcleo
comum como uma base supostamente igualitária
para todos. Tanto educadores como alunos, em
grande parte, não aceitaram essa fórmula. Em
decorrência, a legislação editada em 1982 (Lei
7.044) acabou por eliminar a obrigatoriedade
anteriormente estabelecida.   É preciso
considerar, ainda, que as habilitações em geral
empobreceram os antigos cursos técnicos. O
exemplo mais gritante é o que aconteceu com o
antigo curso normal e com as escolas que o
ministravam. Gomes, em estudo realizado no início
da década de 80, apresenta um quadro-síntese das
Características do Ensino Médio no Brasil, de
acordo com as Reformas de 1931 a 1971. A
apresentação desse resumo é útil para completar
nossa análise.
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LINHA DO TEMPO
Vejamos a seguir um resumo de como se apresentava
a educação Brasil na Primeira República até as
substanciais mudanças por um país novamente
democrático no início dos anos 80
1930/1936 Iniciando-se com a Revolução de 1930 e encerrando-se com o golpe de Getúlio Vargas que instalou o Estado Novo, esta fase tem como elemento principal de análise a Reforma Francisco Campos.
1937/1946 Corresponde à duração do Estado Novo as Leis Orgânicas do Ensino e as que criaram o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) são os documentos legais fundamentais.
1947/1963 A queda do Estado Novo e a edição da Constituição Federal de 1946 são os marcos iniciais desta fase encerra-se com o movimento militar de 1964. Permanece em vigor durante a maior parte deste período a legislação produzida durante a ditadura Vargas, sendo aprovada apenas em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 4.024/61), principal documento legal a considerar.
1964/1982 Tendo por contexto os governos militares que se sucederam após o movimento de 1964, os elementos legais são a Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino de 1º e 2º graus (Lei 5.692/71), os documentos que a complementam (em geral os Pareceres do Conselho Federal de Educação) e a lei que acabou por determinar a não-obrigatoriedade da profissionalização no ensino de 2º grau (Lei 7.044/82).
1983/1988 Com a eleição indireta do presidente da República (1984) no contexto de um movimento político que se propunha promover a transição democrática, a tumultuada posse em março de 1985, as eleições diretas para a Assembléia Nacional Constituinte (1986) e o desenvolvimento dos trabalhos para elaboração da Nova Constituição Federal (1987/1988), temos um panorama político em revolução e ainda não definido. Da nova Carta Constitucional deverá decorrer a legislação sobre Educação Nacional. Até que seja aprovada, continuam em vigor os dispositivos herdados dos governos militares. Modificação de caráter apenas ajustatório, a Resolução CFE nº 6/86 reformulou o Núcleo Comum do Ensino de 1º e 2º graus.
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A Era Vargas O Estado Novo
A Era Vargas Novas Políticas Educacionais
ATIVIDADE 2
LDBs 4024/61 5692/71
A Qualidade no Ensino
Linha do tempo 1
Linha do tempo 2
Período Militar Comentários às Leis 7024/82 5540/68 5692/71 7044/82
PERÍODO MILITAR
As reformas do ensino promovidas no período Lei
5540/68 Reforma do Ensino Universitário e Lei
5692 - Reforma do Ensino Médio correspondem a
um esforço dos grupos políticos e intelectuais
por uma reorganização legislativa da educação
brasileira, mas não agradaram aos setores
progressistas e não empolgou às parcelas de
comunidade acadêmica que não eram simpáticos às
inovações conservadoras do Governo. Na Lei
5692/71 os anteriores curso primário e ciclo
ginasial foram agrupados no ensino de 1º grau
para atender crianças e jovens de 7 a 14 anos,
cujo objetivo era a formação da criança e do
adolescente em conteúdo e métodos segundo as
fases de desenvolvimento dos alunos. A nova
legislação deixou por conta do CFE a fixação de
matérias e dos conteúdos do Núcleo Comum do 1º
Grau. O 1º e 2º graus passaram a ter disciplinas
do núcleo Comum obrigatórias e uma Parte
Diversificada para atender às necessidades
locais. O CFE fixou o Núcleo Comum extinguindo a
divisão entre Português, História, geografia,
Ciências da Natureza e colocando no lugar
Comunicação e Estudos Sociais, Ciências. O 2º
grau tornou-se integralmente profissionalizante.
O CFE através do Parecer 45/72 relacionou 130
habilitações técnicas que poderiam ser adotadas
pela para seus respectivos cursos
profissionalizantes, mais tarde chegando a 158.
Em certos casos o CFE chegou a prever várias
habilitações para um mesmo setor o que chegou ao
impraticável. As escolas poderiam montar um
Currículo com habilitação de carne e Derivados e
outro com a habilitação de Cervejaria e
Refrigerantes.
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A Era Vargas O Estado Novo
A Era Vargas Novas Políticas Educacionais
ATIVIDADE 2
LDBs 4024/61 5692/71
A Qualidade no Ensino
Linha do tempo 1
Linha do tempo 2
Período Militar Comentários às Leis 7024/82 5540/68 5692/71 7044/82
PERÍODO MILITAR
Dessa forma, surgiu um grave problema as escolas
particulares preocupadas em satisfazer os
interesses da sua clientela e propiciar acesso ao
3º grau, desconsideraram as habilitações e
continuaram a oferecer o curso colegial
propedêutico à universidade. As escolas públicas
obrigadas a cumprir a lei, foram desastrosamente
descaracterizadas, além disso, não havia recursos
humanos para transformar toda a rede de ensino
nacional em profissionalizante. A Lei 7044/82
reformula o ensino profissionalizante de
qualificação para o trabalho, para a
preparação para o trabalho. O 2º grau se livrou
da profissionalização obrigatória e ficou sem
características próprias. Esse conturbado momento
ocorreu no Governo do último Presidente Militar,
o General Figueiredo.. Essa lei ficou conhecida
como o reconhecimento público do fracasso da
Política Educacional da Ditadura.
21
BIBLIOGRAFIA
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