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Equil brio, Arbitragem e Mercados Completos Caio Almeida calmeida_at_fgv.br * Import ncia de mercados completos Em finan as: Permite transfer ncia de rendas entre ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Equil


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Equilíbrio, Arbitragem e Mercados Completos
  • Caio Almeida
  • calmeida_at_fgv.br

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Conteúdo da Aula
  • Equilíbrio.
  • Estrutura dos mercados - Mercados completos.
  • Arbitragem.
  • Probabilidades neutras ao risco.
  • Teorema fundamental de finanças.

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Equilíbrio
  • Considere uma economia de dois períodos. Suponha
    que existam N ativos negociados hoje e que
    vencem amanhã. Seja X (X1, ..., XN) o vetor
    aleatório que representa o payoff desses N
    ativos. Cada componente de X é uma v.a. cujo
    valor depende de que estado da natureza ocorrerá
    amanhã. Seja q o vetor preço desses ativos.
  • Um agente da economia possui renda inicial W0 e
    uma renda contingente amanhã W (que também é
    uma v.a.).
  • Seja z (z1, ..., zN) o portfolio de ativos
    desse agente, onde zn representa o número de
    unidades do ativo n negociadas por esse agente.

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Equilíbrio
  • Suponha que a renda inicial W0 de um investidor i
    é oriunda de uma dotação inicial de ativos z0??N.
    Isto é, W0 q z0.
  • Considere que na nossa economia existem I
    agentes. Logo o problema do investidor i pode ser
    escrito como
  • Até agora estávamos supondo que o vetor de preços
    de ativos era dado e igual a q. Na realidade, os
    preços são determinados pelas forças de mercado.
    Isso nos leva ao conceito de equilíbrio

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Equilíbrio
  • Um equilíbrio é um vetor de preços dos ativos q e
    um conjunto de portfolios z1, ..., zI tais que
  • zi é solução do problema do investidor i 1,
    ..., I.
  • (market clearing).
  • A definição acima captura a essência das forças
    de mercado (oferta e demanda) na formação dos
    preços dos ativos.
  • Um campo muito vasto da teoria econômica consiste
    em determinar quais são as condições que garantem
    a existência de equilíbrio em um certo modelo.

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Equilíbrio
  • Se um modelo não pode garantir a existência de
    equilíbrio então ele é inconsistente em certo
    sentido.
  • No nosso caso, se as funções de utilidades de
    todos os agentes forem côncavas e crescentes
    então existe equilíbrio (Não vamos demonstrar
    isso! Requer o uso do Teorema de Ponto Fixo de
    Kakutani!). Daqui em diante vamos supor que o
    equilíbrio exista.
  • Observe que achar os preços de equilíbrio e os
    portfolios dos agentes consiste em resolver um
    sistema. Como sabemos, um sistema pode ter
    solução única, não ter solução, ou ter infinitas
    soluções.

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Equilíbrio
  • Exemplo Considere uma economia de dois períodos
    e com dois estados igualmente prováveis em t 1.
    Existem dois agentes (A e B) ambos com utilidades
    u(x) ln(x). O agente A tem fator de desconto ß
    1/2 e o agente B tem ß 1/3. As dotações de
    renda desses agentes são Para A (19/8, 1, 3) e
    para B (21/8, 5, 3). Existem dois ativos
    negociados em t 0. O ativo 1 é um ativo sem
    risco (payoff unitário em qualquer estado da
    natureza). O ativo 2 paga uma unidade no estado 1
    e nada no estado 2. Ache os preços de equilíbrio.

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Equilíbrio
  • Embora as condições de equilíbrio representem a
    solução teórica mais completa para apreçar
    ativos, na forma apresentada elas podem ser pouco
    útil.
  • Como visto no exemplo anterior, o cálculo dos
    preços de equilíbrio é muito laborioso mesmo em
    uma economia bem simples.
  • O nosso objetivo, a partir de agora, é estudar
    modos alternativos de se obter os preços dos
    ativos.
  • Para isso é necessário estudar a estrutura dos
    mercados em mais detalhes.

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Estrutura dos Mercados
  • Vamos supor que a incerteza na economia é
    descrita por S estados da natureza em t 1.
    Portanto o payoff do ativo n caso ocorra o estado
    s é Xn(s).
  • Logo o payoff de todos os ativos pode ser
    representado por uma matriz V de dimensão S ? N.
  • A linha s dessa matriz representa o payoff de
    todos os ativos caso ocorra o estado s da
    natureza, já a coluna n representa o payoff do
    ativo n em todos os estados da natureza.
  • Exemplo Ativo livre de risco. Nesse caso, a
    coluna correspondente a esse ativo é toda formada
    por 1s.

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Estrutura dos Mercados
  • O retorno do ativo n é uma variável aleatória
    definida pelo quociente entre a coluna n de V e o
    preço desse ativo.
  • Exemplo Considere 3 estados da natureza e 2
    ativos. O ativo 1 é livre de risco e o ativo 2
    tem payoff (1, 2, 2). Quem é V? Se q1 0,8 e q2
    1,25, qual é o retorno dos ativos?
  • Se z é um portfolio então o custo de z é qz e o
    seu payoff é Vz.
  • Exemplo Seja V uma matriz 2 ? 2 formada por
    ativos de Arrow-Debreu. Considere o portfolio z
    (2, 3). Qual seu custo e seu payoff? Suponha q1
    0,8 e q2 0,6.
  • Função básica do mercado financeiro transferir
    renda entre os estados da natureza. Os
    instrumentos para isso são os ativos.

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Estrutura dos Mercados
  • Suponha que um investidor queira obter 4 unidades
    em t 1 se ocorrer o estado 1 e uma se ocorrer o
    estado 2. Qual portfolio ele deve comprar em t
    0?
  • Exemplo V 1 01 11 1. Determine z para que o
    payoff seja (1, 2, 3).
  • Se Y y1, ..., yk é um conjunto de vetores do
    ?M então o span de Y é o conjunto de todas as
    combinações lineares dos vetores de Y, isto é,

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Mercados Completos
  • Exemplo Sejam (1, 1, 0) e (0, 1, 0) dois vetores
    do ?3. Determine o span desses vetores. Pergunta
    (0, 0, 1) pertence a esse span? Qual a dimensão
    desse conjunto?
  • O espaço coluna de uma matriz é o espaço gerado
    pelas colunas dessa matriz, ou seja, é o conjunto
    de todas as combinações lineares das suas
    colunas, ou ainda o span das colunas da matriz.
  • Para a matriz V, o espaço coluna é o conjunto de
    todos os vetores de ?S que podem ser escritos
    como Vz, para algum z de ?N.

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Mercados Completos
  • Exemplo Determine o espaço coluna das matrizes V
    dos exemplos anteriores.
  • Repare que se a matriz V tem S linhas a dimensão
    de seu espaço coluna será no máximo S.
  • Um mercado é dito completo se span (colunas de V)
    ?S. Ou seja, existe sempre um portfolio que
    permite aos agentes fazer qualquer transferência
    de renda entre os estados da natureza. Você pode
    fazer o hedge que você quiser!

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Mercados Completos
  • Observe que se o mercado é completo então N ? S.
  • Exemplo Suponha uma economia constituída por 3
    ativos de Arrow-Debreu. Considere um agente com a
    seguinte renda no segundo período (3, 3, 0).
    Determine que portfolio ele deve comprar para
    homogeneizar perfeitamente a renda em t 1.
  • Um ativo é dito redundante se seu payoff pode ser
    obtido como combinação linear dos payoffs de
    outros ativos.
  • Exemplo Suponha V -1 1 12 1 0. O ativo 3 é
    redundante?
  • Se existem mais ativos do que estados da natureza
    (N gt S) então certamente existem ativos
    redundantes.

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Mercados Completos
  • Portanto se não existem ativos redundantes e o
    mercado é completo então a matriz de payoff V é
    quadrada, isto é, N S.
  • Exemplo Verifique, para as matrizes V dos
    exemplos anteriores, se existem ativos
    redundantes.

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Arbitragem
  • Máquina de fazer dinheiro.
  • Definição Uma oportunidade de arbitragem é um
    portfolio z tal que pelo menos uma das condições
    seguintes é satisfeita
  • qz ? 0 e Vz gt 0 (todas as componentes 0 pelo
    menos uma estritamente positiva)
  • qz lt 0 e Vz ? 0 (todas as componentes 0)
  • Um par (q, V) é livre de arbitragem se não existe
    oportunidade de arbitragem. Nesse caso o preço q
    é dito livre de arbitragem.
  • Exemplo V 2 10 1 e q 1 1. Existe
    oportunidade arbitragem? Se sim, monte uma.
  • Exemplo Faça o mesmo para V 1 00 1 e q
    0,8 0,7.

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Arbitragem
  • E se q 0,5 0,6 com V 1 00 1 ?
  • Observe que os preços de equilíbrio são
    necessariamente preços de não arbitragem. Isto é,
    se q é um preço de equilíbrio então q é preço de
    não arbitragem. Mas não vale a volta!
  • Teorema Suponha que exista equilíbrio. Se dois
    ativos possuem o mesmo payoff em qualquer estado
    da natureza em t 1, então eles devem possuir o
    mesmo custo em t 0.
  • Exemplo (Apreçando uma call modelo binomial).
    Economia com dois ativos e dois estados da
    natureza. V 1 31 1 e q 0,5 1. Qual o
    preço de uma call sobre o ativo 2 com strike
    igual a 2?

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Arbitragem
  • Exemplo No exemplo anterior o mercado é
    completo, logo qualquer novo ativo pode ser
    replicado. Usando esse fato, calcule o preço de
    um ativo cujo payoff é c1 no estado 1 e c2 no
    estado 2.

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Neutralidade ao risco
  • Definição Um vetor preços de estado para
    estrutura de mercado (q, V) é um vetor ? ? ?S com
    todas as componentes estritamente positivas tal
    que q V?.
  • Exemplo Considere os dados do exemplo da call.
    Existe vetor preço de estados? Se sim, qual?
  • Exemplo Suponha V 4,5 60 1 e q 3 2.
    Existe vetor preços de estado?
  • Portanto, não podemos sempre garantir a
    existência de um vetor preços de estado. Observe,
    no entanto, que existe algo de estranho com o
    mercado do exemplo anterior...
  • O ativo 2 domina o ativo 1, mas tem preço menor!
    Temos arbitragem nesse caso!

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Neutralidade ao risco
  • Já já vamos provar que a condição necessária e
    suficiente para que exista um vetor preços de
    estado é que não exista arbitragem.
  • Antes disso, vamos supor que para o par (q, V)
    exista um vetor preço de estado ? (?1 , ..., ?S
    ). Seja D ?1 ... ?S logo o vetor ? ? /D é
    um vetor de probabilidades. Para qualquer ativo
    temos
  • Para o ativo livre de risco Xrf (1, ... , 1).
    Logo, D qrf.

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Neutralidade ao risco
  • Logo D é o fator de desconto pela taxa de juros
    livre de risco.
  • Isso mostra que, caso exista um vetor de preços
    de estado, o preço de qualquer ativo é o valor
    esperado descontado, como relação as
    probabilidades artificialmente construídas (?1 ,
    ..., ?S), de seu payoff.
  • As probabilidades (?1 , ..., ?S) são chamadas de
    probabilidades neutras ao risco. A existência
    dessas probabilidades facilita bastante o
    problema de apreçamento.
  • Porém, sob que condições elas existem?

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Neutralidade ao risco
  • Como visto anteriormente, probabilidades neutras
    ao risco estão intimamente relacionadas com vetor
    preços de estado que por sua vez dependem da não
    existência de arbitragem. Antes de formalizarmos
    esse ponto, vejamos um exemplo.
  • Resolva o problema de apreçamento da call usando
    neutralidade ao risco.

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Teorema Fundamental de Finanças
  • Não existe arbitragem se, e somente se, existe
    um vetor preço de estados (isto é, se existem
    probabilidades neutras ao risco).
  • A demonstração da volta é trivial (existência
    do vetor preços de estado implica não
    arbitragem), mas a ida requer o uso do Teorema do
    Hiperplano Separador!
  • Vejamos uma demonstração analítica em um caso
    mais simples. Considere dois ativos e dois
    estados da natureza. Um dos ativos é arriscado
    com retorno (u, d) onde u gt d. O segundo é um
    ativo sem risco com retorno (r, r), onde r gt 0.
  • Não existe arbitragem se u gt r gt d.

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Teorema Fundamental de Finanças
  • Usando q V?. Temos
  • Que são estritamente positivos se, e somente se,
    u gt r gt d.
  • As probabilidades neutras ao risco são

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Teorema Fundamental de Finanças
  • Vejamos uma demonstração geométrica do TFF.
  • Seja z um portfolio. Considere o vetor do ?S1
    cuja primeira componente é o negativo do custo de
    z em t 0, isto é, -qz e as seguintes são os
    payoff de z em cada um dos estados da natureza em
    t 1. Isto é,
  • (-custo de z, payoff de z em s 1, ..., payoff
    de z em s S).
  • Exemplo se V 1 00 1, q 1 1 e z 0 1
    então o vetor acima é (-1, 0, 1).
  • Seja M o conjunto de todos os vetores acima (faça
    z percorrer todos os portfolios). Esse conjunto é
    chamado de espaço de transferência de renda.

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Teorema Fundamental de Finanças
  • Observe que não existe arbitragem se, e somente,
    o único elemento de M com todas as componentes
    não negativas é o vetor nulo.
  • Por outro lado, da álgebra linear, sabemos que
    dois vetores são ortogonais quando a soma dos
    produtos de suas coordenadas é igual a zero. Isto
    é, (x1, ..., xn) e (y1, ..., yn) são ortogonais
    se x1y1 ... xnyn 0.
  • Exemplo (1,1) e (1,-1) são ortogonais. Também o
    são (1,0) e (0,1).
  • Da álgebra linear também sabemos que no ?2 uma
    reta passando pela origem é o conjunto de vetores
    múltiplos de um certo vetor fixo.

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Teorema Fundamental de Finanças
  • Já no ?3, um plano passando pela origem, é o
    conjunto de vetores formado pela combinação
    linear de dois vetores não colineares.
  • Considere, primeiramente, uma economia sem
    incerteza (isto é, S 1) com apenas um ativo
    (ativo sem risco) cujo preço é q. Logo M z(-
    q, 1). Isto é, M é uma reta passando pela
    origem.
  • Para que não exista arbitragem devemos ter q gt 0.
    Portanto, existe uma semi-reta perpendicular a M
    passando pela origem situada no primeiro
    quadrante. Tomando o vetor dessa semi-reta com a
    primeira componente igual 1, (1, q), temos o
    vetor preço de estado, que no caso é q.

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Teorema Fundamental de Finanças
M
1
q
(1, Vetor preço de estados)
1
-q
29
Teorema Fundamental de Finanças
  • Considere agora o caso de dois ativos e dois
    estados da natureza em t 1. Suponha também que
    os ativos não são redundantes. Nesse caso, o
    espaço de transferência de renda M é
  • (-q1z1 q2z2 , X1(1)z1 X2(1)z2, X1(2)z1
    X2(2)z2)
  • z1(-q1, X1(1) , X1(2)) z2(-q2, X2(1) ,
    X2(2)) plano formado pelos vetores (-q1, X1(1)
    , X1(2)) e (-q2, X2(1) , X2(2)) .
  • Para que não haja arbitragem, esse plano não deve
    interceptar o primeiro octante. Portanto, existe
    um vetor (1, ?1, ?2) com as duas últimas
    componentes estritamente positivas perpendicular
    a esse plano. Logo (?1, ?2) é vetor preço de
    estados.
  • Vejamos uma ilustração geométrica.

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Teorema Fundamental de Finanças
(-q1, X1(1) , X1(2))
(1,Vetor preço de estados)
(-q2, X2(1) , X2(2))
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Mercados completos e vetor preços de estado
  • Observando a figura anterior, notamos que se os
    vetores (-q1, X1(1) , X1(2)) e (-q2, X2(1) ,
    X2(2)) forem paralelos então eles não determinam
    um plano e sim uma reta. Logo existirá mais de um
    vetor perpendicular ao espaço de transferência de
    renda com todas as componentes positivas. Ou
    seja, as probabilidades neutras ao risco podem
    não ser únicas.
  • O problema surge pelo fato de que existem ativos
    redundantes, implicando que os mercados não são
    completos.
  • Exemplo Suponha V 1 2 1 0 1 1 e q 0,8
    0,5. Logo qualquer vetor da forma (x, 0,3 x,
    0,5 2x) com 0 lt x lt 0,25 é vetor preço de
    estado.

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Mercados completos e vetor preços de estado
  • Claramente, a não unicidade do vetor preços de
    estado no exemplo anterior está relacionada a
    incompletude do mercado.
  • Por outro lado, se os mercados são completos e
    desprezando ativos redundantes temos que, se
    existe vetor preços, então esse vetor é único,
    uma vez que o sistema q V? tem uma só solução
    dada por ? V-1q.
  • Podemos então enunciar o seguinte resultado
  • Suponha que não existe arbitragem e os mercados
    são completos. Logo existe um único vetor preços
    de estado (e portanto, as probabilidades neutras
    ao risco são únicas).

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Mercados completos e Pareto eficiência
  • Uma alocação de portfolios entre os agentes da
    economia é dita factível se a soma das dotações
    de todos os agentes ativo a ativo é igual a
    dotação inicial desses ativos na economia.
  • Uma alocação factível é dita Pareto eficiente se
    não existe outra alocação factível que melhore ao
    menos um agente sem prejudicar em nada os outros.
    Em outras palavras, a alocação é Pareto eficiente
    quando, para melhorar alguém temos que
    necessariamente que piorar outrem.
  • Teorema Se os mercados são completos então a
    alocação de equilíbrio é Pareto eficiente.
  • Ou seja, os mercados funcionam!

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Importância de mercados completos
  • Em finanças
  • Permite transferência de rendas entre quaisquer
    estados da natureza.
  • A probabilidade neutra ao risco, quando existe, é
    única.
  • Em economia
  • A alocação de equilíbrio é Pareto eficiente.

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Um pequeno resumo
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O que acontece em economias mais gerais?
  • Em economias mais gerais tais como modelos
    multiperíodos e de tempo contínuo, os resultados
    anteriores, sob certas condições técnicas,
    permanecem verdadeiros.
  • Por exemplo, para que não arbitragem seja
    equivalente a neutralidade ao risco em modelos de
    tempo contínuo, temos que fazer algumas
    hipóteses.
  • Para esse curso, e também na maioria dos
    trabalhos de finanças empíricas, é admitido que
    essas hipóteses técnicas são verdadeiras.
  • Vamos ver exemplos de apreçamento em situações
    multiperíodos e de tempo contínuo.

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Modelo multiperíodo
  • Nesse caso existem T 1 datas t 0, 1, ..., T.
    Negociações ocorrem em cada t.
  • Definir equilíbrio nesse caso é um pouco mais
    complicado. Porém a intuição é a mesma do caso
    mais simples de dois períodos Dados os preços os
    agentes escolhem suas carteiras de modo a
    maximizar suas utilidades. As forças de mercado
    atuam sobre os preços de modo a garantir que a
    oferta de ativos seja igual a demanda.
  • Mais complicado do que definir equilíbrio é
    calcular os preços de equilíbrio. No entanto,
    muitas vezes podemos fazer uso das técnicas de
    não arbitragem e neutralidade ao risco.

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Modelo multiperíodo
  • Um modelo multiperíodo muito interessante em
    termos práticos é a árvore binomial. Nesse caso,
    a evolução da economia é tal que, em cada t dado,
    só podem ocorrer dois estados da natureza em t
    1. Ou seja, a árvore binomial é um seqüenciamento
    de economias de dois períodos.
  • Exemplo Considere uma ação que não paga
    dividendos com preço corrente igual a R 40,00.
    Ao final de cada mês o seu retorno (preço
    futuro/preço a vista) será de 1,25 ou 0,80 (preço
    segue um movimento binomial geométrico). A taxa
    de juros é de 6 a.a. Determine o preço de uma
    opção de compra européia sobre essa ação com
    strike igual a R 40,00 e prazo 3 meses.

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Modelo multiperíodo
Árvore da ação
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Modelo multiperíodo
Árvore da opção
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Modelo de tempo contínuo
  • Neste caso podemos imaginar que o intervalo de
    tempo para o qual ocorrem mudanças no preços dos
    ativos tende a zero. Isto é, as negociações são
    realizadas continuamente.
  • Mais uma vez a definição de equilíbrio e a
    matemática tornam-se imensamente complicadas. No
    entanto, podemos ainda, sob certas condições,
    fazer uso da teoria anterior.
  • Um caso famoso de apreçamento em tempo contínuo é
    o modelo de Black Scholes (BS). Esse modelo
    serve para apreçamento de opções de compra
    européia.
  • BS supõem que o preço do ativo objeto segue um
    movimento browniano geométrico.

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Modelo de tempo contínuo
  • Isso significa que o retorno do ativo obedece a
    seguinte equação
  • Esta indica como o preço da ação evolui ao longo
    do tempo ele depende de uma componente
    determinística que gera um rendimento contínuo à
    taxa ?, e mais um termo estocástico que depende
    do movimento browniano (W), que devido à
    volatilidade constante, apresenta distribuição
    normal.
  • Usando estratégia de não arbitragem entre o ativo
    sem risco (taxa de juros igual a r) e a ação, é
    possível replicar o payoff da opção. O que
    implica no seguinte preço para a opção

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Modelo de tempo contínuo
  • Onde K é o strike da opção, ct é seu preço, T é
    a data de vencimento e N representa a
    distribuição normal padrão acumulada.

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Modelo de tempo contínuo
  • Esse mesmo resultado pode ser obtido usando
    probabilidades neutras ao risco. No mundo neutro
    ao risco, o preço do ativo obedece a seguinte
    equação
  • Portanto o preço da opção é
  • Calculando esse valor esperado chegaremos na
    fórmula de BS.

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Referências e leituras adicionais
  • Leroy, S. e J. Werner, 2000, Principles of
    Financial Economics, Caps. 1, 3 e 5.
  • Duffie, D., 2001, Dynamic Asset Pricing Theory,
    3rd edition. Princeton University Press, Cap. 1,
    2 e 5.
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