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Rela es Estigma e preconceito como express es das rela es na escola Adriana Tessaro Will Mestre em Educa o UEM Pedagoga da Rede Estadual de Ensino – PowerPoint PPT presentation

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Title: Rela


1
Relações Estigma e preconceito como expressões
das relações na escola
  • Adriana Tessaro Will
  • Mestre em Educação UEM
  • Pedagoga da Rede Estadual de Ensino

2
O agir sem reflexão, de forma aparentemente
imediata perante alguém marca o
preconceito(CROCHIK, 1995)
Preconceito do latim prejudicium (julgamento ou
decisão anterior, um precedente ou um prejuízo).
3
O termo estigma surgiu na Grécia Antiga, para se
referir aos sinais do corpo que os gregos
interpretavam como algo mau daquela pessoa.
Assim negativamente marcada, a pessoa deveria ser
evitada, especialmente em lugares públicos.
Do grego stigma (cicatriz, marca, sinal).
4
(...) os sinais eram feitos com cortes ou fogo
no corpo e avisavam que o portador era um
escravo, um criminoso ou traidor uma pessoa
marcada, ritualmente poluída, que devia ser
evitada, especialmente em lugares
públicos(GOFFMAN, 1980)
Ou seja, a pessoa estigmatizada era colocada à
margem da sociedade.
5
Atualmente, estigma é a evidência que se faz a
qualquer marca diferencial de uma pessoa,
reduzindo-a socialmente a esse sinal.
Estigmatizar é colocar um rótulo em alguém.
Sanção normalizadora (qualquer traço que fuja
dos padrões normais, pode levar um grupo social
a discriminar, rejeitar ou excluir uma pessoa ou
grupo.)
6
A definição de estigma está apoiada na cultura,
no tempo e na sociedade, podendo variar entre as
regiões e os períodos históricos. Assim, o
atributo que desqualifica, que é percebido como
estigma em um dado contexto social pode não o ser
em outro.
7
(No Transcript)
8
A formação do pensamento preconceituoso,
estigmatizante, estereotipado, estabelece uma
relação vertical de superioridade-inferioridade
em que se considera o homem melhor do que a
mulher, o branco superior ao negro, o rico
melhor do que o pobre, o sulista como superior ao
nordestino e o homossexual inferior ao
heterossexual.
9
O pensamento através de clichês, que fragmenta
o mundo em bom e mau, perfeito e imperfeito, útil
e inútil provém da própria realidade que se
organiza de forma binária, classificatória,
esquemática, ou seja, da mesma forma que o
funcionamento dos processos de produção.(CROCHÍK
, 1995)
10
(...) a classe burguesa produz preconceitos
em muito maior medida que todas as classes
sociais conhecidas até hoje. Isso não é apenas
conseqüência de suas maiores possibilidades
técnicas, mas também de seus esforços ideológicos
hegemônicos a classe burguesa aspira a
universalizar sua ideologia.(HELLER,1989)
11
A escola não pode ser compreendida fora do
contexto social e econômico em que está inserida.
Sendo assim, podemos dizer que o papel que vem
desempenhando ao longo do tempo é o de atender,
predominantemente, aos interesses da classe
dominante, do capital, ajudando na reprodução da
ordem estabelecida.
12
(No Transcript)
13
Portanto, a escola transforma-se, nestas
condições, em uma engrenagem do sistema que
tende a referendar as diferenças sociais, mesmo
quando dá a ilusão de valorizar a democratização.


14
A escola dissimula uma verdadeira violência
simbólica. Essa violência é a arma ideológica dos
dominantes sobre a classe dominada, por meio da
inculcação dos modos de pensar, agir e sentir de
um determinado grupo.(BOURDIEU e PASSERON,
1982)
15
Por que diabos estou
aprendendo isso?
16
O processo de individualizar questões políticas e
educacionais é mais um engodo da sociedade
capitalista para universalizar sua ideologia.
Que se desvela no currículo
17
Collares e Moysés (1996) afirmam que em uma
sociedade que prega a igualdade entre os homens e
que se funda na desigualdade, crer em mitos e
preconceitos que coloquem nas pessoas a
responsabilidade por sua desigualdade é essencial
para a manutenção desse sistema.
18
A sociedade passa a delegar para o indivíduo a
responsabilidade de seus atos. Se isto, por um
lado, aponta para autonomia, de outro lado,
encobre as próprias condições sociais que não a
permitem. O indivíduo passa a ser
responsabilizado pelo seu estado de minoridade,
deixando-se de pensar o que impede a sua
maioridade.(CROCHÍK, 1995) Para os
professores, as causas de as crianças não
aprenderem na escola são externas à instituição
escolar, devendo ser buscadas na criança, e em
sua família (MOYSÉS, 2001)
19
Em 2004, realizou-se uma pesquisa em uma escola
pública municipal onde encontrou-se duas crianças
de 3ª série do Ensino Fundamental que, segundo os
membros da escola, sofriam de negligência
familiar. Constatou-se em sala de aula, o
estabelecimento de relações preconceituosas da
professora para com estes alunos, uma vez que os
mesmos recebiam tratamento diferenciado, tanto no
aspecto pedagógico quanto humano. Esses alunos
porque não pertenciam ao modelo nuclear de
família eram estigmatizados como aqueles que não
são capazes de aprender.
20
Constatou-se que a relação pedagógica entre a
professora e esses alunos estava marcada pela
denominada profecia auto-realizadora, em que a
professora faz uma previsão de fracasso, de
insucesso dos alunos desde o início do ano
letivo, constatando, mais tarde, que não aprendem
devido às suas dificuldades de aprendizagem.
21
tem aluno aqui que tem tudo pra ser um
marginal, principalmente aqueles que a família
não está nem aí. (referindo-se a Diogo, que
segundo a escola, é filho de alcoólatra).
A Juli tem tudo pra ser uma prostituta, pois é
constantemente largada pela mãe, que não trabalha
fora e também não cuida da filha, pois manda-a
pra creche no período da tarde.
22
Marcado
Estigmas preguiçoso, monte, mal educado, traste,
marginal, mal amado, plasta, balão humano.
23
A ausência de conhecimento da realidade social,
de reflexão, de análise histórica dos fatos, gera
preconceitos de diversas ordens.
E que caminho seguir para tentar romper e superar
com o preconceito e estigmas que dele advém
?
24
Compreendendo as relações existentes na
sociedade como um todo e na escola, em
particular
  • Adotando um método, enquanto referencial
    teórico-metodológico que leve à análise e à
    compreensão histórica da prática social.

25
BOURDIEU, Pierre e PASSERON, Jean-Claude.
A reprodução - elementos para uma teoria do
sistema de ensino. 2. ed. Trad. Reynaldo Bairão.
Rio de Janeiro Francisco Alves, 1982.
CROCHIK, José Leon. Preconceito indivíduo e
cultura. São Paulo Robe, 1995. GOFFMAN,
Erving. Estigma notas sobre a manipulação da
identidade deteriorada. Rio de Janeiro Zahar,
1980. HELLER, Agnes. O cotidiano e a história.
3. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1989.?
COLLARES, Cecília A. L. MOYSÉS, M. Aparecida .
Preconceito no cotidiano escolar ensino e
medicalização. São Paulo Cortez,
1996. ?MOYSÉS, Maria Aparecida Affonso. A
institucionalização invisível crianças que
não-aprendem-na-escola. Campinas, SP Mercado de
Letras São Paulo Fapesp, 2001. 
REFERÊNCIAS
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