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rea Predominante: Ci ncias Humanas (Hist ria) Institui o: UNESP (Faculdade de Filosofia e Ci ncias de Mar lia) Unidade: Departamento de Ci ncias Pol ticas ... – PowerPoint PPT presentation

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1
Área Predominante Ciências Humanas
(História) Instituição UNESP (Faculdade de
Filosofia e Ciências de Marília) Unidade
Departamento de Ciências Políticas e Econômicas
2
A Nova História Cultural(Apresentação Cláudio
Travassos Delicato e Marcos Aparecido Fidêncio)
Livro da Editora Martins Fontes Edição
2001 Tradução Jefferson Luiz Camargo
3
Sobre a autora
  • Lynn Hunt
  • Nasceu no Panamá
  • Estudou nos Estados Unidos, em Minnesota
    (Carleton College e Stanford University)
  • Foi professora da University of California,
    Berkeley (1974-1987) e da University of
    Pennsylvania (1987-1998)
  • Atualmente, ensina no Departamento de História da
    UCLA (University of California, Los Angeles)
  • Entre suas especialidades, destacam-se a História
    Francesa e Européia, "história da história",
    "Revolução Francesa", história cultural e
    historiografia.
  • - Já escreveu vários livros sobre métodos
    históricos e epistemologia. O livro "A nova
    história cultural" é apenas um entre vários
    outros títulos de sua autoria.

4
Resumo da Obra e sua relevância
1- PARADIGMA TRADICIONAL Ao longo do século
passado e início deste século, a história era
tida e entendida mais como uma espécie de
história militar ou diplomática do que qualquer
outra coisa. A dimensão política era então
admitida essencialmente a partir e através do
Estado. Uma história que por um lado centrava-se
nas batalhas, nas guerras e negociações
envolvendo os diferentes Estados. Este é o
chamado paradigma tradicional.
5
Resumo da Obra e sua relevância
2- OS ANNALES É a partir da década de 1920 que
assistiremos o início de uma crítica mais
sistematizada a esta história "tradicional",
crítica essa que será implacável especialmente em
relação à história política, definida nos moldes
de então. Cabe lembrar que esta crítica se
realizou através de duas vertentes principais. A
primeira seria constituída na França a partir dos
anos 20 pela crítica dos Annales à essa história
"tradicional". Lucien Febvre e March Bloch deram
então início a uma nova produção historiográfica,
movimento esse hoje denominado como a Nova
História.
6
Resumo da Obra e sua relevância
3- NOVA HISTÓRIA A partir de então, a história
deslocava seu foco fundamental de análise para
aspectos relativos à atividade humana em seu
sentido mais pleno. A grande novidade da década
de 1930 seria justamente a reorganização das
ciências sociais na França em torno da história,
que passaria por um processo de reconstrução de
seu objeto de estudo, constituído a partir de
então pelo próprio a homem. Não mais, portanto, o
estudo dos Estados através de suas guerras e
relações diplomáticas, senão o estudo dos
processos relativos à figura e à ação humana no
plano das massas anônimas.
7
E.H. Carr
Para o historiador E.H. Carr, o "historiador,
antes de começar a escrever história, é o produto
da história. O ponto de vista que determinou a
abordagem do historiador está enraizado no
background social e histórico do pesquisador.
Uma das características básicas da historiografia
oficial é negar ao povo qualquer participação
profunda nas mudanças da sociedade. A partir daí
são construídas as supostas idéias dos grandes
heróis nacionais e dos baderneiros, dos
defensores dos interesses do Brasil e dos que
querem destruí-lo, dos mantenedores da ordem, da
paz e da família e dos que querem vendê-lo ao
terrorismo internacional. Apoiadas na mídia -
entendida desde a carta de Caminha até os
modernos jornais de hoje - as elites conseguem
escrever sua própria história.
8
E.H. Carr
Quanto mais sociológica a história se torna, e
quanto mais histórica a sociologia se torna,
tanto melhor para ambas Edward Hallet Carr (What
is history? Nova Iorque, 1965)
Segundo Lynn Hunt, Carr tinha razão A
sociologia histórica tornou-se um dos mais
importantes subcampos da sociologia. A
história social superou a história política como
área mais importante de pesquisa histórica.
9
Novo Paradigma (Burke)
  • A expressão NHC (Nova história Cultural)
    entrou em uso no final da década de 1980. Em
    1989, a historiadora norte-americana Lynn Hunt
    publicou um livro com esse nome que se tornou
    muito conhecido, mas os ensaios ali reunidos
    foram originalmente apresentados em um seminário
    realizado em 1987 na Universidade da Califórnia,
    em Berkeley, sobre "História francesa textos e
    cultura".
  • A NHC é a forma dominante de história cultural
    alguns até mesmo diriam a forma dominante de
    história praticada hoje. Ela segue um novo
    "paradigma", no sentido do termo usado na obra de
    Thomas Kuhn sobre a estrutura das "revoluções"
    científicas, ou seja, um modelo para a prática
    "normal" da qual decorre uma tradição de pesquisa.

Peter Burke
10
Avanço para o Social
  • Na história, o avanço para o social foi
    estimulado pela influência de
  • dois paradigmas de explicação dominantes o
    marxismo por um
  • lado, e a escola dos Annales por outro. (Hunt,
    2)
  • PARADIGMA MARXISTA
  • No final da década de 1950 e nos primeiros anos
    da de 1960, um grupo de jovens historiadores
    marxistas começou a publicar livros e artigos
    sobre "a história vinda de baixo", inclusive os
    atualmente clássicos estudos de George Rudé sobre
    as classes populares parisienses, de Albert
    Soboul sobre os sans-culottes parisienses, e os
    de E. P. Thompson sobre a classe operaria
    inglesa.

E.P. Thompson
11
Avanço para o Social
O PARADIGMA DA ANNALES O paradigma da Annales
constitui uma indagação sobre como funciona um
dos sistemas de uma coletividade em termos de
suas múltiplas dimensões temporais, espaciais,
humanas, sociais, econômicas, culturais e
circunstanciais.
É uma definição que deixa muito pouca coisa de
fora conseqüentemente, em seu suposto avanço
rumo à história total, perde toda
especificidade.
12
Três níveisde análise
Fernand Braudel postulou três níveis níveis de
análise, que correspondiam a três diferentes
unidades de tempo
Estrutura ou longa duração dominada pelo meio
geográfico Conjuntura ou média duração
voltada para a vida social Evento Efêmero
inclui a política e tudo o que dizia respeito ao
indivíduo.
Fernand Braudel
13
Década de 80
Mudança importante Interesse tanto dos
marxistas quanto dos adeptos da Annales pela
história da cultura.
Na história de inspiração marxista, o desvio
para a cultura já estava presente na obra de
Thompson sobre a classe operária inglesa.
Thompson rejeitou explicitamente a metáfora de
base/superestrutura e dedicou-se ao estudo
daquilo que chamava mediações culturais e
morais.
14
Annales 4ª geração
O historiador da 4ª geração da Annales, Roger
Chartier, defende "uma definição de história que
seja basicamente sensível às desigualdades na
apropriação de materiais ou práticas comuns".
Ao propor essa reorientação que se distancia da
comunidade e se volta para a diferença, Chartier
revela a influência do sociólogo francês Pierre
Bourdieu.
Roger Chartier
15
Michel Foucault
Michel Foucault chamava a atenção para o controle
sobre o eu, especialmente o controle sobre os
corpos exercido pelas autoridades. Foucault
que primeiro foi filósofo e se tornou
historiador, depois historiador das idéias que se
tornou historiador social fez sua reputação com
uma série de livros sobre a história da loucura,
da clínica, dos sistemas intelectuais, da
vigilância e da sexualidade. No que se refere à
NHC, três de suas idéias tiveram especial
influência. Vejamos a seguir...
16
Michel Foucault
1ª Idéia Foucault chamou atenção para as
descontinuidades culturais, ou "rupturas", por
exemplo a mudança na relação entre as palavras e
as coisas em meados do século XVII, a "invenção"
da loucura também nesse século e da sexualidade
no século XIX. Em todos esses casos, o que Kuhn
chamaria de novo "paradigma" substituiu com
relativa rapidez um outro anterior. A ênfase das
recentes contribuições à NHC sobre a construção
cultural deve muito a Foucault.
17
Michel Foucault
2ª Idéia Foucault achava as obras dos
historiadores superficiais, sendo necessário
cavar mais fundo para se chegar às estruturas
intelectuais ou, como preferia chamar, redes
(réseaux) e grades (grilles). A idéia de
grades como filtro intelectual era sugerir
que as estruturas admitiam algumas informações e
excluíam as demais.
18
Michel Foucault
3ª Idéia Escreveu uma história intelectual que
incluía tanto práticas como teorias, tanto corpos
como mentes. Seu conceito de práticas está
ligado a uma ênfase no que ele chamava de
microfísica do poder, ou seja, políticas no
nível micro. As práticas discursivas, afirmava
ele, constroem ou constituem os objetos de que se
fala e, em última análise, a cultura ou a
sociedade como um todo, enquanto o olhar (le
regard) era uma explessão da sociedade
disciplinar moderna.
19
O Programa da NHC
Qual é, então, o programa da "nova história
cultural"?
Como a obra de Foucault, a história mais ampla
das mentalités foi criticada pela ausência de um
enfoque claro. François Furet denunciou que essa
falta de definição estimulava uma "busca infinita
de novos temas", cuja escolha era regida apenas
pelos modismos do momento. Do mesmo modo,
Robert Darnton lançou a acusação de que "apesar
de uma enxurrada de prolegômenos e discursos
sobre o método..., os franceses não elaboraram
uma concepção coerente de mentalités enquanto
campo de estudo". As críticas de Furet e
Darnton nos advertem vigorosamertte contra o
desenvolvimento de uma história cultural definida
apenas em termos de temas para pesquisa. Assim
como, às vezes, a história social passou de um
para outro grupo (trabalhadores, mulheres,
crianças, grupos étnicos, velhos e jovens) sem
desenvolver um senso suficiente de coesão ou
interação entre os temas, do mesmo modo uma
história cultural definida topicamente poderia
degenerar numa busca interminável de novas
práticas culturais a serem descritas fossem
elas carnavais, massacres de gatos ou julgamentos
por impotência.
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O Programa da NHC
A grande novidade da Nova História - se comparada
com a aquela história "tradicional" do século XIX
- encontra-se situada em relação às fontes, ao
padrão da narrativa dos acontecimentos, ao
trabalho proposto em moldes de longa duração e,
fundamentalmente, em termos da abordagem de seu
objeto.
A ênfase em uma história das guerras ou das
relações diplomáticas pura e simplesmente decaiu
significativamente. Pensa-se agora em termos
dos partidos políticos, das disputas eleitorais,
das ideologias políticas enfim, fato que
demonstra a vitalidade da ciência política no
interior da produção historiográfica. Resgata-se
a ação dos homens no campo político,
reconhecendo-se assim a pluralidade e a longa
duração dos fenômenos que envolvem esse campo.
21
Clifford Geertz
Cultura é um padrão historicamente transmitido,
de significados incorporados em símbolos, um
sistema de concepções herdadas, expressas em
formas simbólicas, por meio das quais os homens
se comunicam, perpetuam e desenvolvem seu
conhecimento e suas atitudes acerca da
vida. (Geertz)
A influência da antropologia cultural, com
destaque para Clifford Geertz, resultou no
privilegiamento da micro-história e no eclipse
dos processos de causação e explicação.
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Bordieu
Diferentemente de Foucault, Bourdieu, filósofo
que se transformou em antropólogo e sociólogo,
não escreveu história, embora tivesse um bom
conhecimento do assunto e fizesse muitas
observações perspicazes sobre a França do século
XIX. No entanto, os conceitos e teorias que
produziu em seus estudos, primeiro sobre os
berberes e depois sobre os franceses, são de
grande relevância para os historiadores culturais.
Uma teoria de Bourdieu que teve maior influência
foi o que ele chama de "reprodução cultural",
processo pelo qual um grupo, como por exemplo a
burguesia francesa, mantém sua posição na
sociedade por meio de um sistema educacional que
parece ser autônomo e imparcial, embora na
verdade selecione para a educação superior alunos
com as qualidades que lhes são inculcadas desde o
nascimento naquele grupo social.
Usou bastante uma metáfora abrangente tirada da
economia e analisou a cultura em termos de bens,
produção, mercado, capital e investimento. Suas
expressões" capital cultural" e "capital
simbólico" entraram na linguagem cotidiana de
sociólogos, antropólogos e de pelo menos alguns
historiadores.
23
História Tradicional
"Rankeana a visão do senso comum da história
por ser considerada, com muita freqüência, "a"
maneira de se fazer história, ao invés de ser
considerada uma dentre várias abordagens
possíveis do passado.
Algumas características - Diz respeito
essencialmente à política (embora outros tipos de
história - por exemplo a história da arte - não
fossem totalmente excluídos, são marginalizados
no sentido de serem considerados periféricos aos
interesses dos "verdadeiros" historiadores). - É
pensada basicamente como uma narrativa dos
acontecimentos.
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História Tradicional
- Oferece uma visão de cima, no sentido de
concentrar-se em "grandes" feitos de "grandes"
homens (estadistas, generais, eclesiásticos). Ao
resto da humanidade é destinado um papel
secundário no drama da história. - Enfatiza
bases escritas, documentos oficiais, emanados de
governos e preservados em arquivos. Negligencia
outros tipos de evidências e classifica o período
anterior a escrita como pré-história.
- Pretende-se objetiva a tarefa do historiador é
apresentar aos leitores os fatos, ou como apontou
Ranke (1795-1886), dizer "como (os fatos)
realmente aconteceram, (...) os leitores deveriam
ser incapazes de dizer onde um colaborador
iniciou (a pesquisa) e outro continuou."
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Pontos comuns entre o grupo dos Annales e a
concepção marxista de história
1. Reconhecimento da necessidade de uma síntese
global que explique tanto as articulações entre
os níveis que fazem da sociedade humana uma
totalidade estruturada quanto às especificidades
no desenvolvimento de cada nível. 2. Convicção
de que a consciência que os homens de determinada
época têm da sociedade em que vivem não coincide
com a realidade social da época em questão. 3.
Respeito pela especificidade histórica de cada
período e sociedade (Ex. as leis econômicas só
valem, em princípio, para o sistema econômico em
função do qual foram elaboradas). 4. Aceitação
da inexistência de fronteiras estritas entre as
ciências sociais (sendo a história uma
delas). 5. Vinculação da pesquisa histórica com
as preocupações do presente (passar da
"história-narração" a uma "história-problema"
mediante a formulação de hipótese de trabalho).
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Pontos comuns entre o grupo dos Annales e a
concepção marxista de história
6. Consciência da pluralidade dos níveis de
temporalidade (a curta duração dos
acontecimentos o tempo médio e múltiplo das
conjunturas a longa duração das estruturas).
Ex. as mentalidades mudam mais lentamente que
aspectos econômicos e estes mais lentamente que
as técnicas. 7. Preocupação com o espaço
(história espacialmente pensada). 8. História
como "ciência do passado" e "ciência do presente"
simultaneamente (a história-problema é uma
iluminação do presente e permite, a partir do
passado, compreender melhor as lutas de hoje ao
mesmo tempo que o conhecimento do presente é
condição para cognoscibilidade de outros períodos
históricos).
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Problemas da Nova História
Problemas de definição o deslocamento da
história vista de cima para a história vista de
baixo somente inverte a abordagem da cultura
erudita pela baixa cultura. Se cultura popular é
a cultura do povo, quem é o povo? Problemas de
fonte os novos tipos de perguntas sobre o
passado implicam em novos tipos de fontes para
suplementar os documentos oficiais. Problemas de
explicação a expansão do campo do historiador
implica o repensar da explicação histórica, uma
vez que as tendências culturais e sociais não
podem ser analisadas da mesma maneira que os
acontecimentos políticos. Elas requerem mais
explicações estruturais. Problemas de síntese o
diálogo da história com outras disciplinas gera
fragmentação e contraditoriamente dificulta a
comunicação entre historiadores historiadores
econômicos se entendem com economistas,
historiadores das idéias argumentam com
filósofos, historiadores sociais conversam no
dialeto de antropólogos e sociólogos, mas
descobrem grandes dificuldades em falar um com o
outro.
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