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A FILOSOFIA NO MUNDO

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A FILOSOFIA NO MUNDO Como se p e o mundo em rela o com a filosofia? H c tedras de filosofia nas universidades. Atualmente, representam uma posi o embara osa. – PowerPoint PPT presentation

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Title: A FILOSOFIA NO MUNDO


1
A FILOSOFIA NO MUNDO
  • Como se põe o mundo em relação com a filosofia?
    Há cátedras de filosofia nas universidades.
    Atualmente, representam uma posição embaraçosa.
    Por força da tradição a filosofia é polidamente
    respeitada, mas, no fundo, objeto de desprezo. A
    opinião corrente é que a filosofia nada tem a
    dizer e carece da qualquer utilidade prática. É
    nomeada em público mas existirá realmente? Sua
    existência se prova, quando menos, pelas medidas
    de defesa a que dá lugar.
  • A oposição se traduz em fórmulas como a
    filosofia é demasiado complexa não a compreendo
    está além do meu alcance não tenho vocação para
    ela e, portanto, não me diz respeito. Ora isso
    equivale a dizer é inútil o interesse pelas
    questões fundamentais da vida cabe abster-se de
    pensar no plano geral para mergulhar, através de
    trabalho consciencioso, num capítulo qualquer da
    atividade prática e intelectual quanto ao resto,
    bastará ter opiniões e contentar-se com elas.

2
A FILOSOFIA NO MUNDO
  • A polêmica torna-se encarniçada. Um instinto
    vital, ignorado de si mesmo, odeia a filosofia.
    Ela é perigosa. Se a compreendesse, teria que
    alterar minha vida. Adquiriria um outro estado de
    espírito, veria as coisas com uma claridade
    insólita, teria que rever meus juízos. Melhor é
    não pensar filosoficamente.
  • E surgem os detratores, que desejam substituir a
    obsoleta filosofia por algo de novo e totalmente
    diverso. Ela é desprezada como produto final e
    mendaz de uma teologia falida. A insensatez das
    proposições dos filósofos é ironizada. E a
    filosofia vê-se denunciada como instrumento
    servil de poderes políticos e outros.
  • Muitos políticos vêem facilitado seu nefasto
    trabalho pela ausência da filosofia. Massas e
    funcionários são mais fáceis de manipular quando
    não pensam, mas tão somente usam de uma
    inteligência de rebanho. É preciso impedir que os
    homens se tornem sensatos. Mais vale, portanto,
    que a filosofia seja vista como algo entediante.
    Oxalá desaparecessem as cátedras de filosofia,
    Quanto mais vaidades e ensinem, menos estarão os
    homens arriscados a se deixar tocar pela luz da
    filosofia.

3
A FILOSOFIA NO MUNDO
  • Assim, a filosofia vê-se rodeada de inimigos, a
    maioria dos quais não tem consciência dessa
    condição. A autocomplacência burguesa, os
    convencionalismos, o hábito d considerar o
    bem-estar material como razão suficiente de vida,
    o hábito de só apreciar a ciência em função de
    sua utilidade técnica, o ilimitado desejo de
    poder, a bonomia dos políticos, o fanatismo das
    ideologias, a aspiração a um nome literário
    tudo isso proclama a antifilosofia. E os homens
    não o percebem porque não se dão conta do que
    estão fazendo. E permanecem inconscientes. E
    permanecem inconscientes de que a antifilosofia é
    uma filosofia, embora pervertida, que, se
    aprofundada, engendraria sua própria aniquilação.
  • O problema crucial é o seguinte a filosofia
    aspira à verdade total, que o mundo não quer. A
    filosofia é, portanto, perturbadora da paz.

4
A FILOSOFIA NO MUNDO
  • E a verdade o que será? A filosofia busca a
    verdade nas múltiplas significações do
    ser-verdadeiro segundo os modos do abrangente.
    Busca, mas não possui o significado e substância
    da verdade única. Para nós, a verdade não é
    estática e definitiva, mas movimento incessante,
    que penetra no infinito.
  • No mundo a verdade está em conflito perpétuo. A
    filosofia leva este conflito ao extremo, porém o
    despe de violência. Em suas relações com tudo
    quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se
    a seus olhos, graças ao intercâmbio com outros
    pensadores e ao processo que o torna transparente
    a si mesmo.
  • Quem se dedica á filosofia põe-se à procura do
    homem, escuta o que ele diz, observa o que ele
    faz e se interessa por sua palavra e ação,
    desejoso de partilhar, com seus concidadãos, do
    destino comum da humanidade.
  • Eis porque a filosofia não se transforma em
    credo. Está em contínua pugna consigo mesma.
  • (Karl Jaspers. Introdução ao Pensamento
    Filosófico)

5
(No Transcript)
6
Platão de Atenas
  • 428? 347? a.C.

Considerações importantes sobre Platão
  • Pertence ao segundo período da filosofia antiga,
    conhecido como socrático, clássico ou
    antropológico V-IV a.C.
  • É considerado o maior discípulo de Sócrates
  • Opõem-se aos sofistas
  • Escreve em forma de diálogo, cujo protagonista é
    Sócrates
  • Busca estabelecer como conhecimento verdadeiro o
    que é em si
  • Seus principais temas são Teoria do Conhecimento
    Educação e Política.

7
PLATÃO
A educação deve proporcionar ao corpo e à alma
toda perfeição e beleza de que são capazes
Preocupação com a ética e com a
justiça Fator decisivo na vida do Estado
Começa antes do nascimento Educação a
serviço da evolução espiritual
Formação do homem moral
O mito da caverna
8
Platão
fixa em seu pensamento dois tipos de paidéia,
uma mais socrática -, ligada à formação da
alma individual, outra mais política -,
ligada aos papéis sociais dos indivíduos,
distintos quanto às qualidades intrínsecas da
sua natureza que os destinam a uma ou outra
classe social e política. NA República e nAs
Leis, desenvolve sua política da educação e
rearticula o modelo de formação em relação às
diversas classes sociais.
9
Platão de Atenas
Considerações importantes sobre Platão
? Suas principais influências são
  • Sócrates de Atenas
  • Pitágoras de Samos, por meio de Filolau de
    Crotona
  • Heráclito de Éfeso, por meio de Crátilo.

10
Platão de Atenas
Teoria das Idéias
O principal objetivo de Platão foi tentar
estabelecer uma síntese original entre o
pensamento dialético de Heráclito Mundo das
Sombras e o pensamento metafísico de Parmênides
Mundo das Idéias, mostrando que não são idéias
distintas, mas visões diferentes de uma mesma
realidade que se apresenta de duas formas
possíveis, a saber, a pensada relativa ao
eidos e a sentida relativa aos fenômenos.
Ademais a filosofia de Platão está fundada nas
idéias matemáticas de Pitágoras.
? Veja
Razão Pensar Mundo das Idéias Metafísico
Idéias
Alma ou Números
?
? ? ? ? ?
Sentidos Sentir Mundo das Sombras
Dialético Cópias
11
Platão de Atenas
Teoria da Reminiscência
Escrito por Platão na obra Fédon, afirma que o
corpo é cativeiro, isto é, prisão da alma pelo
desejo do próprio homem.
?
? Corpo ou Sentidos Conhecimento Sensível M.S.

Homem Corpo Alma
? Alma ou Razão Conhecimento Intelectivo M.I.
? Logo
Cabe a cada homem usar dos sentido apenas como
forma de chegar ao conhecimento das essências,
para assim poder alcançar o que é em si e superar
os enganos da opinião e, com isso, evoluir pelo
processo de metempsicose.
12
Platão de Atenas
Teoria da Reminiscência
  • Como ocorre a recordação da idéia em si na alma?

? Por meio da METEMPSICOSE ?
  • O que é metempsicose?

É o meio pelo qual a alma, por um processo de
nascer e morrer várias vezes, evolui de um
estágio inferior para uma condição superior a
partir da recordação acumulativa ? ? ? do que
já se encontra dentro de si.
?
Alma de Ouro Magistrados Sabedoria.
Este processo de evolução recebe o nome de
metempsicose
? Cabeça ? Tórax ?Abdômen
Alma de Prata Guerreiros Coragem.
? Veja
Alma de Bronze Trabalhadores Temperança.
13
Platão de Atenas
Teoria da Contingência
? Veja a relação entre idéias e cópias
  • Abaixo temos a idéia de homem, casa e veículo.

O homem
A casa
O veículo
?
?
?
Mundo das Idéias
?? ?
? ? ?
???
Mundo das Sombras
Os homens
As casas
Os veículos
  • Acima temos as cópias de homens, casas e
    veículos.

14
Platão de Atenas
Teoria do Conhecimento Verdadeiro
Alegoria da Linha
15
Platão de Atenas
Alegoria da Caverna
16
Platão de Atenas
Alegoria da Caverna
17
O interior da caverna
O interior da caverna representa a prisão em que
se encontra a humanidade na medida em que está
submetida à ilusão.
18
Platão de Atenas
Educação
Para Platão, a educação consiste no
desenvolvimento da razão a fim de recordar os
conhecimentos que a alma já trás de sua vida
anterior no mundo das Idéias e se se libertar
definitivamente das ilusões oferecidas pelos
sentidos.
19
Platão de Atenas
Educação
Observe que, para o ex-prisioneiro, não é
suficiente a sua libertação, pois ele volta,
desce até os homens da caverna e quer levá-los
para a luz. 1) Como se explica a volta do
filósofo do mundo luminoso da verdade para a
escuridão da caverna? 2) Esse ato é um ato
político?
20
Platão de Atenas
Educação
1) A volta do filósofo para o interior da caverna
se dá como um ato de dignidade e benevolência
para com seus semelhantes que se encontram presos
à ilusão dos sentidos e das aparências.
2) Sim. A função do filósofo é trabalhar na
liderança política e fazer uso de seu
conhecimento para libertar as pessoas comuns da
ilusão dos sentidos e da doxa a que se encontram
submetidas.
21
Platão de Atenas
Educação
22
Platão de Atenas
Educação
23
Platão de Atenas
Educação
24
Platão de Atenas
Educação
25
Platão de Atenas
Atenção!
Para Platão existe uma relação direta entre
educação e política, onde somente aquele que
conseguiu passar por todas as três etapas de
formação intelectual, proposta em sua pedagogia,
pode governar com sabedoria a pólis e, com isso,
garantir o cumprimento da principal virtude do
homem, a saber a justiça.
Política
Educação
Possibilita exercer uma justa...
26
Callipolis
Cidade ideal, obra do italiano Luciano Laurana,
executada por volta de 1500, inspirado na idéias
de Platão.
27
Platão de Atenas
As Classes da Callipolis
?
Alma de Ouro Magistrados Sabedoria.
? Cabeça ? Tórax ?Abdômen
Alma de Prata Guerreiros Coragem.
Alma de Bronze Trabalhadores Temperança.
28
Platão de Atenas
Política Platônica
Alegoria do Navio
No Teeteto, Sócrates considera que mesmo que os
filósofos pareçam inúteis, eles foram criados
como homens livres. Os hábeis retóricos, por
outro lado, como escravos de almas pequenas e
não retas, são servos do tempo e de seus
discursos (172c-173b). Em uma citada passagem da
República, Sócrates responde às objeções de
Adimanto com a Alegoria do Navio no relato,
quem maneja uma embarcação não tem nenhum
conhecimento do ofício, todos ali comem gulosos
e bebem bêbados até empanturrarem-se, se regem
pelo prazer e não pelo saber consideram inútil o
verdadeiro piloto, que julga ser necessário ter
em conta as estações, o estado do tempo, o
movimento dos astros e outras coisas tais para
conduzir adequadamente a embarcação (488a-489a).
Em um navio como este. afirma Sócrates, os
filósofos são certamente inúteis, mas não são
responsáveis por isso, já que o natural seria que
os homens que têm necessidade de governo fossem
em busca de quem tem capacidade para fazê-la
(489b-c). KOHAN, Walter Omar. Infância e educação
em Platão. São Paulo Revista Educação e Pesquisa
USP, vol. 29, nº. 01, pp. 23-24 2003.
29
Platão de Atenas
Política Platônica
Alegoria do Navio
Relação entre o governo dos filósofos e dos
sofistas à pólis
Para Platão a Alegoria do Navio ilustra dois
tipos possíveis e distintos de poderes relativo
ao governo da pólis, a saber o governo justo dos
filósofos e o governo injusto dos sofistas. O
primeiro se preocuparia com o bem saber da
Callipolis e o segundo se preocuparia com o
prazer pessoal.
? Veja a comparação Alegoria do Navio versus
Governo da cidade-Estado
Alegoria do Navio
Governo da cidade-Estado
? Verdadeiro Piloto
Filósofos
? Bêbados e Gulosos
Sofistas
Comparado às crianças
30
Epicuro
  • Filósofo grego do período helenístico. Filósofo
    do Jardim. Defende uma filosofia essencialmente
    prática com um único objetivo a felicidade. A
    felicidade é possível ser alcançada na
    interioridade da alma. Para isso Epicuro defendia
    a idéia de que a filosofia deveria ser
    eminentemente terapêutica (remédio-cura). Seu
    poder terapêutico deveria curar dos males (O
    SOFRIMENTO- DOR) para liberar a vida para o maior
    dos bens O PRAZER (Hedoné).

31
Epicuro
  • PARADOXO DE EPICURO
  • Deus, ou quer impedir os males e não pode,
    ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer
    e pode. Se quer e não pode, é impotente o que é
    impossível em Deus. Se pode e não quer, é
    invejoso o que, do mesmo modo é contrário a
    Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e
    impotente portanto, nem sequer é Deus. Se pode e
    quer, o que é a única coisa compatível com Deus,
    donde provém então a existência dos males? Por
    que razão é que não os impede?

32
Epicuro
  • TETRAPHARMACON PARA A VIDA FELIZ
  • 1- Não temer os deuses. Os deuses existem, mas a
    idéia que se tem dos deuses se baseia em opiniões
    falsas.
  • Crê-se que os deuses causam benefícios aos bons e
    malefícios aos maus. Nada mais falso. Eles vivem
    no Olimpo junto aos seus semelhantes e não se
    importam com os humanos e suas vicissitudes. Os
    deuses não julgam, não condenam ou absolvem e por
    isso não devem se temidos. Devem ser imitados.
  • Acredita-se que podemos atingir os deuses com
    preces, louvores, súplicas, oferendas
    etc...Inútil. Eles não são atingíveis e não se
    preocupam com os sofrimentos humanos. Os deuses
    só se interessam com a vida deles. Não há de se
    preocupar com os de outra raça.

33
Epicuro
  • 2- Não há razões para se preocupar com a MORTE.
    Pensar na morte aflige a alma e por isso o sábio
    a desdenha. E por que a morte não nos deve
    preocupar?
  • A morte não é um mal, ela não é nada. Ausência
    das sensações.
  • É tolo quem diz ter medo da morte. Quando
    estamos vivos, a morte não está presente quando
    a morte está presente, nós é que não estamos.
    Enquanto nós somos ela não é e quando ela é, já
    não somos.
  • 3- A dor-sofrimento é suportável. E o que fazer
    quando somos atingidos por algum mal físico? Se é
    leve é suportável, se é agudo passa logo e se é
    agudíssimo nos leva a morte imediata, que é o fim
    da dor. Psicologicamente suporta-se a dor na
    lembrança de uma alegria ausente e na esperança
    futura.
  • 4- A felicidade é facilmente obtida O primeiros
    três elementos são como que negativo. O positivo
    é a vida feliz na vivência do prazer e na
    ausência da dor sofrimento. Como?

34
O PRAZER É O SUMO BEM VIDA FELIZ ATRAVÉS DE UM
HEDONISMO SOFISTICADO. O FIM ÚLTIMO É O PRAZER.
DISCRIMINAÇÃO DOS PRAZERES. EXISTEM VÁRIOS
TIPOS DE PRAZER NATURAIS E NECESSÁRIOS
NATURAIS E NÃO NECESSÁRIOS
NEM NATURAIS NEM NECESSÁRIOS Ligados à
conservação Prazeres supérfluos
Prazeres vãos da glória, honra,
Devem ser Buscados - Comer e beber
com refino riquezes, poder,
etc. por eliminarem a dor -Comer
quando se tem fome -Beber quando se tem sede
- Abrigar-se no luxo, etc -Repousar
quando com sono, etc. - Vestir-se
sofisticadamente
Os do primeiro grupo estão ligados à eliminação
da dor-sofrimento. Os do segundo grupo não têm
LIMITES, pois não subtrai a dor do corpo, mas
estão em função do prazer pelo prazer. Os do
terceiro grupo, além de não eliminarem a dor,
causam perturbação da alma. Por isso a felicidade
requer pouca coisa, o supérfluo atrai o
supérfluo. A quem não basta pouco, nada basta,
diz Epicuro. Quando então dizemos que o fim
último é o prazer, não nos referimos aos prazeres
dos intemperantes ou aos que consistem no gozo
dos sentidos, como acreditam certas pessoas que
ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com
ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer
que é ausência de sofrimentos físicos e de
perturbações da alma. Se o prazer momentâneo
causar um sofrimento maior que o prazer, então é
sábio negar o prazer. Assim como um desprazer
momentâneo causar um maior prazer futuro, então é
sábio optar pelo desprazer, mas em favor do
prazer...
35

A Utopia de Morus
  • A Utopia representa a primeira crítica
    fundamentada do regime burguês e encerra uma
    análise profunda das particularidades inerentes
    ao feudalismo em decadência. A forma é muito
    simples é uma conversação íntima durante a qual
    Morus aborda questões políticas, religiosas e
    sociais de seu tempo. Sua palavra, às vezes
    satírica e jovial, outras, de uma sensibilidade
    comovedora, é sempre cheia de força.

36
A primeira parte da obra é o espelho fiel das
injustiças e misérias da sociedade feudal é, em
particular, o martirológio do povo inglês sob o
reinado de Henrique VII. A nobreza e o clero
possuíam a maior parte do solo e das riquezas
públicas.Os grandes senhores mantinham uma
multidão de vassalos, seja por amor ao fausto,
seja para assegurar a impunidade de seus crimes
ou ainda para utilizá-los como instrumentos de
violência contra os vilões. Esta vassalagem era o
terror do camponês e do trabalhador.
A Utopia de Morus
37
Kant O que é Esclarecimento?
                    Esclarecimento é a saída do
homem de sua menoridade, da qual ele próprio é
culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer
uso de seu entendimento sem a direção de outro
indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa
menoridade se a causa dela não se encontra na
falta de entendimento, mas na falta de decisão e
coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de
outrem. Sapere aude!  Tem coragem de fazer uso de
teu próprio entendimento, tal é o lema do
esclarecimento.

38
Kant O que é Esclarecimento?
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais
uma tão grande parte dos homens, depois que a
natureza de há muito os libertou de uma direção
estranha, continuem, no entanto de bom grado
menores durante toda a vida. São também as causas
que explicam por que é tão fácil que os outros se
constituam em tutores deles. É tão cômodo ser
menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu
entendimento, um diretor espiritual que por mim
tem consciência, um médico que por mim decide a
respeito de minha dieta, etc., então não preciso
esforçar-me eu mesmo. Não tenho necessidade de
pensar, quando posso simplesmente pagar outros
se encarregarão em meu lugar dos negócios
desagradáveis. A imensa maioria da humanidade
(inclusive todo o belo sexo) considera a passagem
à maioridade difícil e além do mais perigosa,
porque aqueles tutores de bom grado tomaram a seu
cargo a supervisão dela.

39
Dialética Hegeliana
  • Hegel edifica um sistema cujo objetivo principal
    é compreender a evolução da história, da
    filosofia e do universo, a dialética. Trata-se de
    um esquema progressivo em que o movimento do real
    surge como solução culminante de contradições
    anteriores. A dialética é, portanto, um movimento
    capaz de superar uma contradição. O processo
    dialético possui um momento positivo (tese) ao
    qual contrapõe-se um momento negativo (antítese).
    A contradição estrutural entre tese e antítese
    será resolvida por um terceiro momento, que
    superará o dois anteriores a síntese.

40
Dialética Hegeliana
  • Este terceiro momento se afirmará, tornando-se
    uma nova tese, possibilitando, assim, um novo
    ciclo dialético.
  • Essa estrutura é aplicada a todos os campos do
    real desde a aquisição do conhecimento até os
    processos históricos e políticos. Para Hegel, há
    uma coincidência entre o universo racional e a
    realidade, daí sua famosa afirmação o que é
    racional é real, o que é real é racional.

41
KARL MARX
  • Materialismo Dialético
  • O materialismo dialético é uma lei que procura
    descrever o desenvolvimento estrutural da
    realidade histórica. Tal itinerário de
    desenvolvimento culminaria, de maneira
    inexorável, no comunismo. Ora, toda realidade
    histórica acaba gerando em seu ventre
    contradições tão agudas que conduzirão à sua
    própria superação. Assim como o feudalismo gerou
    dentro de si a burguesia, grande responsável por
    seu esfacelamento, o capitalismo cuidará de
    formar e dar a luz ao seu próprio assassino o
    proletariado. Este deverá levar a cabo o grande
    processo dialético da história, na medida em que
    é uma classe verdadeiramente revolucionária. O
    proletariado deverá tomar o poder de maneira
    revolucionária, implantando sua ditadura, até
    todas as estruturas remanescentes do capitalismo
    sejam colocadas no chão. Deste processo emergirá
    a sociedade comunista

42
KARL MARX
  • Materialismo Histórico

Teoria marxista segundo a qual a estrutura
econômica determina as idéias, ou seja, não é a
consciência que determina a existência das
pessoas, mas as condições materiais de existência
é que determinam a consciência dos indivíduos. A
construção das idéias, das representações
simbólicas, ou seja, da consciência humana , está
diretamente ligada às condições materiais.
43
  • Infra-estrutura, Superestrutura e Ideologia
  • A infra-estrutura, ou base econômica, é o
    conjunto das relações de produção que
    correspondem a um período determinado do
    desenvolvimento das forças produtivas, em outras
    palavras poderíamos dizer que a infra-estrutura é
    o modo de produção vigente em determinado tempo e
    lugar. A superestrutura é o conjunto das
    instituições jurídicas, religiosas, educacionais,
    morais, artísticas etc.. Tais instituições são
    responsáveis pela proteção e existência saudável
    do sistema econômico infra-estrutura - que lhes
    dá suporte, para isso a superestrutura desenvolve
    uma forma obtusa de consciência social
    (ideologia), cujo objetivo não é outro senão
    alienar o ser humano tolhendo sua capacidade
    crítica. A ideologia é, portanto, um fenômeno
    superestrutural que proporciona a postura
    acrítica e resignada das pessoas diante das
    situações de opressão a que são submetidas, por
    isso, é, sem dúvida, uma espécie de analgésico
    social a serviço das classes hegemônicas.

44
KARL MARX
  • A reflexão marxista sobre o trabalho pode ser
    organizada em dois momentos distintos
  • Uma reflexão sobre a natureza do trabalho e sua
    relação com o ser humano e o mundo natural
  • - Uma pesada crítica ao trabalho no capitalismo
    apontando suas incoerências e inconsistências.

45
KARL MARX
  • Primeiro momento da reflexão marxista
  • - O trabalho é o elemento distintivo do homem
  • - O Trabalho permite a transformação da natureza
    e do ser humano que a transforma
  • Trata-se de um instrumento de plenificação e
    realização do ser humano.
  • O pior dos arquitetos é infinitamente superior
    à melhor das abelhas, pois o que ele realiza é
    trabalho (Karl Marx)

46
KARL MARX
  • Segundo momento da reflexão marxista.
  • As distorcidas relações de produção no
    capitalismo, conduzem a uma bipolarização do
    mundo do trabalho, que pode ser descrita a partir
    de duas classes de pessoas as que possuem os
    meios de produção e as que vendem mão de obra, em
    outras palavras, os capitalistas e os
    proletários.

47
KARL MARX
  • Segundo momento da reflexão marxista
  • - O trabalho é uma mercadoria
  • - O trabalho é alienado
  • - O trabalho extremamente dividido abole seu
    caráter humano
  • - O homem é coisificado, transformando-se em uma
    extensão da máquina (reificação)
  • - A mercadoria torna-se divina, pois é o objeto
    inatingível do desejo do trabalhador
    (fetichização)

48
KARL MARX
  • - O exército de mão de obra de reserva garante o
    poder de coerção do capitalista
  • - Ao invés de tornar-se elemento de plenificação
    do ser humano, o trabalho o diminui
  • - O trabalho no capitalismo é uma grande
    incoerência, pois leva a uma condição estrutural
    de desigualdade
  • - Mais-valia trabalho executado e não pago
    pelo capitalista ao trabalhador

49
KARL MARX
  • - Mais-valia absoluta Envolve o aumento da
    produção com o aumento da jornada de trabalho
  • - Mais-valia relativa Envolve o aumento da
    produção reestruturação e potencialização do
    processo de produção.

50
Levinnas
  • Podemos verificar na história da filosofia uma
    constante, porém frustrada, tentativa de escapar
    das suas próprias malhas, assegurando a si um
    caráter de transcendência imanentizada,
    simbolizada pela figura mítica de Ulisses. O
    itinerário da filosofia permanece sendo aquele de
    Ulisses cuja aventura pelo mundo nada mais foi
    que um retorno a sua ilha natal uma
    complacência no Mesmo, um desconhecimento do
    Outro.

51
Levinas
  • As tentativas de libertação e evasão ensaiadas
    ao longo da história da filosofia não livraram o
    homem do peso e da solidão de ser, como já vimos,
    os caminhos que apontavam para a transcendência
    acabavam no eterno retorno ao ponto de partida.
    Por isso, Levinas sustenta que o grande fio
    condutor da filosofia ocidental é a ontologia.
    Esta constitui-se como uma espécie de eixo
    central que condiciona tudo o que deve ser
    explicado dentro do horizonte do ser. Todo o
    real, inclusive as pessoas estão circunscritas à
    esta espécie de clausura do ser.

52
MERLEAU-PONTY
  • Descontente com os rumos tomados por uma
    sociedade fortemente influenciada por doutrinas
    racionalistas, que não impediram os horrores da
    Segunda Guerra Mundial, Merleau-Ponty propõe a
    valorização do fenômeno perceptivo, de nosso
    contato espontâneo com o mundo por meio dos
    sentidos, do corpo, processo que não aceita a
    separação entre o subjetivo e o objetivo. O
    cientificismo e a lógica cartesiana levaram o
    mundo ocidental a uma visão excessivamente
    racionalista, em detrimento de todo o aspecto
    sensível.

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MERLEAU-PONTY
  • Aquilo que eu sinto, vejo e percebo não tem o
    menor valor para a ciência a única coisa que
    importa são as coisas inteligíveis, porque elas,
    segundo Descartes, é que mostram a verdade. A
    Segunda Guerra Mundial, entretanto, foi toda
    racionalmente construída e inteligentemente
    organizada. Ou seja, a razão não trouxe grandes
    benefícios pelo contrário, trouxe uma Europa
    devastada, o que fortaleceu a busca por uma nova
    forma de se encarar a realidade, levando em conta
    a valorização da experiência pessoal, afirma o
    professor.

54
MERLEAU-PONTY
  • Merleau-Ponty questiona a supremacia da razão
    instrumental e o método rigoroso proposto por
    Descartes para se chegar a conhecimentos
    universalmente aceitos. O que se descobriu,
    segundo Ponty, é que a ciência não mostra a
    verdade das coisas em si mesmas a ciência
    apresenta apenas modelos teóricos provisórios que
    tentam explicar a realidade. Essas verdades que
    a ciência apresenta duram enquanto não surgirem
    outros modelos teóricos melhores, esclarece.
    Para o autor de Conversas, acrescenta Ricardo, o
    próprio desenvolvimento da ciência indica que ela
    não é capaz de oferecer verdades imutáveis. Como
    exemplo, o filósofo cita os diferentes conceitos
    formulados pelos físicos para explicar o que é a
    luz, que já foi definida como um bombardeio de
    partículas incandescentes, uma vibração do éter,
    e, na teoria aceita atualmente, é explicada como
    um fenômeno de ondas eletromagnéticas.
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