METODOLOGIA E T - PowerPoint PPT Presentation

About This Presentation
Title:

METODOLOGIA E T

Description:

Title: Slide 1 Author: Valter Last modified by: Luis Antonio Paulino Created Date: 11/7/2006 11:58:38 AM Document presentation format: Apresenta o na tela (4:3) – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:66
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 76
Provided by: Valt65
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: METODOLOGIA E T


1
METODOLOGIA E TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS
  • PONTO III.4
  • Técnicas de Construção de Cenários

2
Bibliografia
  • Buarque, S.C. Metodologias e Técnicas de
    Construção de Cenários Globais e Regionais.
    Brasília IPEA, 2003 (Texto para Discussão Nº.
    939), p. 50-67
  • Marcial E.C. e Grumbach, R. J. dos S. Cenários
    Prospectivos. Como construir um futuro melhor.
    Rio de Janeiro 2002. p. 59-89
  • Bas, Enric. Megatendencias para el Siglo XXI. Un
    estudio Delfos. Méxic Fondo de Cultura
    Económica, 2006, p. 78-134

3
Tópicos de discussão
  • Compreensão do Sistema-Objeto
  • Identificação de condicionantes
  • Classificação dos condicionantes e seleção das
    incertezas críticas
  • Definição de hipóteses plausíveis
  • Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • Análise dos atores sociais
  • Consulta à socidade

4
Fonte Buarque, 2003
5
Identificação de condicionantes
  • A atividade fundamental e central do processo de
    construção de cenários reside, como já foi dito,
    na identificação dos condicionantes do futuro.
  • O instrumento central para essa percepção dos
    condicionantes consiste na análise histórica e no
    diagnóstico para conhecer o movimento da
    realidade estudada e levantar latências e os
    processos em curso que permitem antecipar
    comportamentos futuros.

6
Identificação de condicionantes
  • A identificação dos condicionantes pode ser feita
    com base em uma reflexão e em uma discussão
    estruturada dos técnicos envolvidos no trabalho
    de formulação, mas pode apoiar-se em alguns
    recursos técnicos.
  • O mais importante é o estudo retrospectivo.

7
Identificação de condicionantes
  • O estudo retrospectivo é um levantamento
    sistemático com base em dados e informações
    secundárias e na revisão das literaturas técnicas
    e especializadas para descrever o movimento e
    as eventuais tendências visíveis da realidade.
  • Correlação conjuntura - estrutura

8
Sistema-objeto Integração Sul-americana Sistema-objeto Integração Sul-americana
Variáveis Fatores (condicionantes do futuro)
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Resultado das negociações na rodada Doha na OMC
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Consolidação e ampliação do MERCOSUL (CAN/ALALC)
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Resultado das negociações do MERCOSUL com outros blocos comérciais (EU/Africa do Sul)
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Descontentamento dos países menores em relação ao Brasil
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Solidariedade do Brasil com os países pequenos
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Tendências à regionalização na economia mundial
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Resultados dos TLCs dos EUA com os países da América do Sul
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Aumento dos fluxos de comércio entre os países da região
Acordos de Livre Comércio Fluxos Regionais de Comércio Negociações Internacionais de Comércio Aumento dos fluxos de comércio da China com os países da região
Integração física Integração produtiva Integração financeira Criação do Banco do Sul
Integração física Integração produtiva Integração financeira Integração energética entre os países da América do Sul
Integração física Integração produtiva Integração financeira Evolução dos conflitos entre Brasil, Venezuela e Bolívia com relação aos biocombustíveis
Integração física Integração produtiva Integração financeira Interesse das empreiteiras em obras de infra-estrutura
Integração física Integração produtiva Integração financeira Falta de infra-estrutura de integração territorial
Integração física Integração produtiva Integração financeira Ativismo dos empresários brasileiros
Integração política Alinhamento ideológico Criação do Parlamento do Mercosul
Integração política Alinhamento ideológico Ascensão dos governos de esquerda nos países da América do Sul
Integração política Alinhamento ideológico Disputa entre Lula e Chaves pela liderança regional
Integração política Alinhamento ideológico Criação de redes subnacionais
Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Resultados das políticas de combate ao narcotráfico
Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Pressões internacionais sobre a Amazônia
Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Presença militar dos EUA na América do Sul
Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Ausência de conflitos armados intraregionais
Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Evolução das disputas territoriais entre Equador/Colômbia Bolívia, Peru e Argentina c/ Chile
Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Evolução da pretensão da Argentina com relação às Ilhas Malvinas
Integração cultural Evolução da integração cultural e linguística entre América espanhola e portuguesa
Fonte Buarque, 2003
9
Compreensão do Sistema-Objeto
  • Para assegurar a adequada compreensão do sistema
    objeto e, ao mesmo tempo, a montagem de um
    referencial de análise prático e objetivo, pode
    ser utilizada uma ferramenta de trabalho chamada
    análise estrutural

10
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 2. Essa técnica é um recurso de análise utilizado
    para que se compreenda e se delimite com precisão
    o sistema objeto, por uma hierarquização de
    variáveis e por uma análise das suas interações e
    dos seus sistemas de causalidade.

11
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 3. Por meio da análise estrutural é possível
    estabelecer uma linguagem comum ao grupo que
    expresse seu modelo mental.
  • 4. Permite que se destaque o conjunto de
    variáveis determinantes e de maior relevância
    para explicar o movimento do objeto de análise.

12
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 5. O produto desse instrumento técnico é uma
    lista das variáveis de maior poder de
    determinação do futuro do sistema-objeto,
    definindo as bases causais que devem ser
    destacadas na identificação das incertezas
    críticas (mais relevantes e mais incertas.

13
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 6. Por meio de uma matriz quadrada
    (variável/variável) cruzamento de todas as
    variáveis entre si é possível dar pesos de
    influenciação de cada uma sobre todas as outras,
    expressando, aproximadamente, a intensidade
    diferenciada de influência delas e relação de
    causalidade.

14
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 7. Cada variável da matriz tem dois valores
  • Soma da linha que indica a influência
  • Soma da coluna que indica dependência

15
Fonte Buarque, 2003
16
Variáveis Negociações Internacionais de Comércio Acordos Regionais de Comércio Fluxos Regionais de Comércio Integração física Integração produtiva Integração financeira Integração política Alinhamento ideológico Disputas territoriais Instabilidade Institucional Conflitos externos Fluxos migratórios Integração cultural S grau de influência
Negociações Internacionais de Comércio   3 3 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 21  
Acordos Regionais de Comércio 3   3 3 3 2 2 1 1 2 2 2 2 26 2
Fluxos Regionais de Comércio 3 3   3 3 2 2 1 1 2 1 2 2 25  
Integração física 1 2 3   3 2 2 1 3 1 1 3 2 24  
Integração produtiva 2 2 3 2   2 2 1 2 2 2 2 2 24  
Integração financeira 2 2 3 1 2   1 1 1 2 1 1 1 18  
Integração política 2 3 3 2 2 2   2 2 2 2 2 2 26 3
Alinhamento ideológico 2 2 2 2 2 2 2   2 3 2 2 2 25  
Disputas territoriais 2 2 2 2 2 2 3 1   3 2 2 2 25  
Instabilidade Institucional 3 3 3 2 3 2 3 2 2   2 2 1 28 1
Conflitos externos 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2   2 0 21  
Fluxos migratórios 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2   3 21  
Integração cultural 1 2 2 2 1 1 2 2 2 2 2 3   22  
S grau de dependência 24 28 30 24 27 22 24 17 20 25 20 25 20  
  3 1   2                
Grau de influência alto 3, médio 2, baixo
1, nulo 0
17
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 7. Para visualizar melhor o papel das variáveis
    do sistema é possível fazer uma classificação da
    posição mediante a combinação do poder de
    influência e o grau de dependência.

18
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 8. Isso permite distribuí-las em um sistema de
    coordenadas dividido em quatro blocos (quadrantes
    do diagrama)
  • Variáveis explicativas (alta influência e baixa
    dependência).
  • Variáveis de ligação (alta influência e alta
    dependência)
  • Variáveis autônomas (baixa influência e baixa
    dependência)
  • Variáveis de resultado (baixa influência e alta
    dependência)

19
Fonte Buarque, 2003
20
(No Transcript)
21
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 9. A análise estrutural pode ser também utilizada
    para uma hierarquização dos atores sociais em que
    é interpretado o peso diferenciado que eles têm
    tanto na influência do sistema-objeto (matriz
    ator/variável), quanto no terreno estritamente
    político (matriz ator/ator).

22
Fonte Buarque, 2003
23
MATRIZ ATOR VARIÁVEL
Variáveis Negociações Internacionais de Comércio Acordos Regionais de Comércio Fluxos Regionais de Comércio Integração física Integração produtiva Integração financeira Integração política Alinhamento ideológico Disputas territoriais Conflitos externos Fluxos migratórios Integração cultural S poder de influência dos atores
GOVERNOS
ATORES SUBNACIONAIS
EUA
CHINA
OMC
MERCOSUL
ALADI
CAN
EU
EMPRESAS NACIONAIS
MULTINACIONAIS
SINDICATOS
ONGS
IMPRENSA

Grau de influência alto 3, médio 2, baixo
1, nulo 0
24
Compreensão do Sistema-Objeto
  • 10. A influência dos atores resultará da sua
    capacidade de interferir nas variáveis de maior
    influência na realidade.
  • 11. Para estimar essa influência e para montar a
    hierarquia dos atores, multiplica-se o peso deles
    pela densidade da variável e obtém-se a síntese
    da capacidade deles de determinar a realidade.

25
Fonte Buarque, 2003
26
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • Os condicionantes de futuro costumam ser amplos.
  • Por isso é preciso classificá-los e selecioná-los
    de acordo com o grau de relevância e incerteza.

27
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • Para tratar da relevância pode-se recorrer
    diretamente à hierarquia definida para as
    variáveis (análise estrutural), destacando
    aqueles expressam movimentos nas variáveis
    explicativas e de ligação, ou seja, aqueles que
    pesam de forma mais decisiva sobre o
    comportamento do objeto de trabalho.

28
(No Transcript)
29
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • Para a classificação dos condicionantes segundo o
    grau de incerteza de modo que sejam destacadas as
    incertezas críticas, podem ser utilizadas
    entrevistas com especialistas e/ou brainstorming
    com conhecedores da realidade, o que visa
    complementar a percepção da equipe técnica do
    projeto.

30
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • Como recurso técnico podem ser utilizados também
    diversas formas de matriz de análise de
    condicionantes (matriz impacto/incerteza) e com
    base nelas os condicionantes são classificados
    segundo o grau de relevância (impacto) e de
    incerteza.

31
Fonte Buarque, 2003
32
Fonte Buarque, 2003
33
(No Transcript)
34
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • O tratamento do grau de incerteza e da força do
    impacto tem, contudo, uma limitação por não
    captar a diferença de intensidade manifestada por
    cada condicionante na realidade atual.
  • É possível que um evento influencie uma variável
    de alta relevância (tendo, portanto, alto
    impacto) mas não apresente uma intensidade na
    realidade atual.
  • Da mesma forma é possível um condicionante de
    muita intensidade que não altere o desempenho das
    variáveis, que por sua vez decidam de fato o
    destino do objeto de estudo.

35
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • Por conta disso, para identificar os
    condicionantes que deverão decidir os futuros
    alternativos, parece pertinente considerar também
    na análise a intensidade com que o fenômeno se
    apresenta.
  • É preciso, portanto, trabalhar com uma matriz que
    combine os pesos representativos dos eventos em
    termos de relevância ou impacto (grande poder de
    influência causal no sistema), de incerteza
    (indefinição sobre desempenho futuro), e de
    intensidade (evidência e visibilidade do evento).

36
Fonte Buarque, 2003
37
Classificação dos condicionantes e seleção das
incertezas críticas
  • Da análise da última coluna (densidade) pode-se
    selecionar os condicionantes fundamentais para a
    definição do futuro, de preferência aqueles que
    tenham, pelo menos, dois dos critérios com peso
    médio.

38
Definição de hipóteses plausíveis
  • A definição de hipóteses sobre o comportamento
    futuro das incertezas críticas é o momento
    central da construção dos cenários, na medida em
    que delas dependem as diversas alternativas
    futuras.
  • Por isso, a formulação das hipóteses demanda um
    rigoroso e cuidadoso tratamento técnico para
    assegurar pertinência com o objeto e,
    principalmente, sua plausibilidade.

39
Definição de hipóteses plausíveis
  • A formulação de hipóteses deve contar, sempre
    que possível, com o apoio de especialistas que
    com sua sensibilidade para o desempenho dos
    eventos possam ter segurança de imaginar
    comportamentos convincentes e plausíveis.

40
Definição de hipóteses plausíveis
  • Para essa tarefa podem ser utilizados três
    recursos técnicos com diferentes graus de
    sofisticação e de tratamento analítico
  • Entrevistas estruturadas com especialistas
  • Brainstorming com técnicos conhecedores da
    realidade
  • Método Delfos (Delphi).

41
Definição de hipóteses plausíveis
  • A entrevista estruturada é uma forma simples de
    levantamento e de identificação dos técnicos e
    dos especialistas.
  • Ao empregar roteiros abertos ou questionários
    mais estruturados, a entrevista permite captar
    múltiplas percepções, apoiando a equipe de
    cenários na delimitação precisa da plausibilidade
    e da variabilidade da hipóteses de cada
    condicionante (incerteza crítica).

42
Definição de hipóteses plausíveis
  • O brainstorming é uma técnica de estruturação do
    livre pensar de um determinado grupo que visa
    construir conjuntamente as percepções de
    especialistas sobre as tendências das incertezas
    críticas por meio da troca de impressões e do
    confronto do pensamento.

43
Definição de hipóteses plausíveis
  • A técnica Delfos é um mecanismo de consulta a
    especialistas por meio do qual se estrutura uma
    reflexão sobre as hipóteses plausíveis para o
    futuro das incertezas, procurando confrontar a
    percepção diferenciada sobre a probabilidade de
    determinados eventos.
  • Consiste num consulta individualizada a
    especialistas e compreende diferentes rodadas de
    reflexão acerca dos relatórios que expressam a
    visão convergente (ou divergente) dos técnicos.
  • O grupo consultado não se encontra e não discute
    diretamente, mas acompanha a visão dominante
    entre os participantes e posiciona diante dela,
    promovendo revisões e redefinições nas diferentes
    rodadas.
  • A consulta se inicia com uma pergunta-chave a
    ser respondida individual e isoladamente por
    todos os especialistas envolvidos.

44
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • Definidas as incertezas críticas e as hipóteses
    de seu desempenho futuro, o trabalho deve
    concentrar-se na montagem das combinações
    possíveis destas para gerar as diversas
    alternativas de comportamento do objeto.

45
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 2. Para estruturar essas combinações de modo que
    facilite o processo de análise de consistência
    delas, pode-se recorrer à técnica de investigação
    morfológica, a qual procura cruzar todas as
    possibilidades de articulação das incertezas
    críticas com suas hipóteses.

46
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 3. Apenas as combinações consideradas
    consistentes, cujas hipóteses combinadas
    constituem uma realidade teoricamente robusta,
    poderiam ser chamadas de cenários

47
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 4. Há pelo menos três formas diferentes de
    tratamento da investigação morfológica duas
    baseadas em matrizes e uma que forma uma rede de
    combinação das hipóteses.

48
Fonte Buarque, 2003
49
Fonte Buarque, 2003
50
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 5. Quando se trabalha com um número muito grande
    de incertezas, o instrumento (matriz ou rede)
    perde operacionalidade.
  • Para contornar essa limitação, pode-se utilizar
    uma matriz de investigação morfológica
    simplificada que combina as incertezas com suas
    hipóteses.
  • Em vez de formar combinações de hipóteses nas
    colunas, elas vão se distribuir nas células da
    matriz, acompanhando as linhas correspondentes de
    incertezas.
  • Uma vez concluída a montagem da matriz, a
    análise processa-se de cima para baixo, tentando
    formar as combinações mais consistentes das
    hipóteses distribuídas nas células, compondo
    alguns conjuntos que constituem as bases dos
    cenários (idéias-força).
  • Em vez de analisar todas as combinações
    possíveis e de excluir as que não são
    consistentes, procura-se compor diretamente
    apenas as combinações de mais alta consistência.

51
Fonte Buarque, 2003
52
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 7. Quando se trabalha com um número reduzido de
    incertezas e de hipóteses, pode-se partir
    diretamente para a identificação das alternativas
    futuras (cenários), recorrendo a uma técnica
    conhecida como matriz de impactos cruzados.
  • Considerando apenas duas incertezas, o processo
    consiste em cruzar as suas hipóteses nas colunas
    (primeira incerteza) e nas linhas (segunda
    incerteza) de modo que cada célula da matriz
    represente a combinação dos seus diferentes
    comportamentos prováveis futuros.

53
Fonte Buarque, 2003
54
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 8. Na alternativa de apenas duas incertezas e
    duas hipóteses, a matriz pode ser substituída por
    um diagrama formado por dois eixos que formam
    quatro quadrantes cada um deles constitui uma
    combinação.
  • Essas combinações representam a base de quatro
    cenários diferentes, gerados pelo efeito conjunto
    dos comportamentos das incertezas.

55
Fonte Buarque, 2003
56
Fonte Buarque, 2003
57
Combinação de hipóteses e análise de consistência
  • 8. Trabalhando com três incertezas e duas
    hipóteses os cenários Mont Fleur fizeram um
    tratamento ligeiramente diferente.
  • As características diferenciadas desse esquema
    decorrem do fato de que as três incertezas
    apresentam uma dependência seqüenciada.

58
Fonte Buarque, 2003
59
Análise dos atores sociais
  • Os cenários dependem, normalmente, da ação de
    atores sociais responsáveis pela implementação de
    políticas ou decisões que influenciam o
    desempenho futuro da realidade estudada.
  • Por isso, torna-se necessário estudar a
    sustentabilidade política dos cenários.

60
Análise dos atores sociais
  • 3. A matriz de sustentação política dos cenários
    é uma das técnicas que consiste, em linhas
    gerais, em um cruzamento dos atores sociais
    envolvidos e interessados no objeto de análise
    com as alternativas de futuro obtidas mediante a
    investigação morfológica

61
Análise dos atores sociais
  • Os atores são listados na primeira coluna e
    formam as diversas linhas da matriz.
  • As alternativas são distribuídas nas colunas.
  • Antes dessas colunas é incluída uma primeira
    coluna com a potência que expressa o poder dos
    atores na estrutura política da região.
  • Procura-se interpretar a posição que cada um dos
    atores assumiria diante das idéias-força dos
    cenários preliminares definidas por meio da
    identificação de cinco posturas distintas
    patrocínio, apoio, neutralidade, oposição e
    rejeição.
  • Posem ser atribuídos valores numéricos (positivos
    e negativos) para expressar essas posturas (2,
    1, 0, -1, -2)

62
Análise dos atores sociais
  • Concluída a análise de todas as linhas que
    representam atores, pode-se ter ao final o
    somatório das colunas que indicam o resultado
    síntese dos apoios ou das oposições dos atores
    aos cenários preliminares.
  • Chega-se, assim, a uma hierarquia de cenários em
    termos de apoio relativo, o que permite
    identificar aqueles com maior base política e
    aqueles que, eventualmente, não têm
    sustentabilidade.

63
Fonte Buarque, 2003
64
Análise dos atores sociais
  • Outra forma de análise da sustentabilidade dos
    cenários leva à montagem de um diagrama que
    distribui no espaço bi-dimensional o interesse
    (stake) e o poder (power).
  • Os cenários com base política contam com grande
    parte dos grupos sociais entre os players e os
    sujeitos (subjects) que podem constituir alianças
    e formar o suporte político.

65
Fonte Buarque, 2003
66
Análise dos atores sociais
  • Da mesma forma que análise estrutural ator/ator
    pode ser feita também um interpretação do jogo de
    poder dos atores sociais, procurando indicar as
    estratégias de cada um deles diante dos outros.
  • O instrumento técnico dessa análise é a matriz
    estratégica dos atores.

67
Análise dos atores sociais
  • Tal matriz tem o objetivo de analisar as
    diferentes ações e iniciativas que os diversos
    atores implementariam sobre os outros, como jogos
    de estratégias, ao mesmo tempo em procura
    identificar seus objetivos e instrumentos.
  • Nas células em diagonal se registram os objetivos
    do autor quanto ao objeto e os meios com que
    conta para defender seus interesses.
  • Nas outras células deve-se indicar o que cada
    ator pode fazer para influenciar os parceiros.

68
(No Transcript)
69
Análise dos atores sociais
  • Essa matriz permite desenhar as diversas alianças
    e convergências possíveis entre os interesses e
    estratégias dos atores assim como as
    divergências e conflitos ao mesmo tempo em que
    ajuda a avaliar os instrumentos efetivos que eles
    possuem para influenciar as decisões.

70
Consulta à sociedade
  • No processo de consulta aos atores sociais sobre
    seus desejos em relação ao futuro da realidade
    estudada, podem ser utilizadas diversas técnicas.
  • Podem ser utilizadas três formas diferenciadas e
    mesmo complementares de consulta à sociedade
    sobre o desejo futuro oficina de trabalho,
    entrevistas estruturadas, delfos político.

71
Oficinas de Trabalho
  • As oficinas são espaços de interação e de diálogo
    direto entre os atores sociais, que organizam a
    construção coletiva da sociedade sobre o futuro
    desejado.
  • A oficina de trabalho pode utilizar vários
    métodos de trabalho (Zoop, PES).

72
Entrevistas estruturadas
  • Apoiada em um roteiro ou em um questionário de
    consulta, a entrevista pode gerar um conjunto de
    informações que deve ser processado e organizado
    para identificar a visão convergente da sociedade
    sobre o futuro desejado.
  • Perde força por não criar o diálogo.

73
Delfos político
  • Constitui uma técnica de consulta estruturada a
    atores sociais baseada num processo de coleta
    individualizada em que são utilizados
    questionários e de reflexão coletiva por meio
    de várias rodadas de manifestação e análise dos
    participantes.

74
Propostas de cenários para o trabalho de
conclusão do curso
  • Internacionalização das empresas brasileiras
  • Mudanças nas estrutura industrial brasileira
  • Mudanças no sistema financeiro internacional
  • Evolução do sistema internacional de comércio
  • Papel dos BRICS na economia mundial.
  • Impactos do uso dos biocombustíveis
  • Relações bilaterais Estados UnidosChina
  • Relações bilaterais Brasil-China
  • Crise do euro e futuro da UE
  • Criação do Estado Palestino

75
Bibliografia
  • BAS, Enric. Megatendencias para el Siglo XXI. Un
    estudio Delfos. México Fondo de Cultura
    Econômica, 2004, p.78-134.BUARQUE, S. C.
    Metodologia e Técnicas de Construção de
    Cenários. Textos para Discussão N.º 939.
    Brasília IPEA, 2003, p.50-67GODET, M. Creating
    Futures. Scenario Planning as Strategic
    Management Tool. Paris Economica. 2006,
    p.107-159MARCIAL, E. C. e GRUMBACK, R. J.
    Cenários Prospectivos. Como construir um futuro
    melhor. Rio de Janeiro Editora FGV, 2004.
    p.43-89
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com