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Epidemiologia e Sa

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Epidemiologia e Sa de na Empresa Como usar a epidemiologia na gest o da sa de do trabalhador e o caso do NTEP Prof. Armando Pimenta, MD, Ph.D – PowerPoint PPT presentation

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Title: Epidemiologia e Sa


1
Epidemiologia e Saúde na Empresa
Como usar a epidemiologia na gestão da saúde do
trabalhador e o caso do NTEP
  • Prof. Armando Pimenta, MD, Ph.D
  • Faculdade de Medicina Universidade Federal do
    Rio de Janeiro
  • Conselheiro Técnico Científico da ABMT

2
O que é Epidemiologia ?
  • Estudo dos fatores que determinam a frequência
    e a distribuição das doenças nas coletividades
    humanas.
  • Associação Internacional de Epidemiologia
  • - Enquanto a clínica dedica-se ao da doença no
    indivíduo, caso a caso, a Epidemiologia
    debruça-se sobre a saúde coletiva.

3
Clínica eDesenhos de Estudos
  • Clínica
  • Epidemiologia
  • História
  • Exame Físico
  • Exames Complementares
  • Hipóteses
  • Tratamento
  • Prognóstico
  • Desfecho
  • Série de Casos
  • Corte Transversal (Seccional)
  • Caso Controle
  • Coorte
  • Prospectiva
  • Retrospectiva
  • Ensaio Clínico
  • Randomizado
  • Não Randomizado

4
Vigilância Epidemiológica
  • Conjunto de atividades com o propósito fornecer
    orientação técnica permanente para os
    profissionais de saúde
  • Orienta decisões sobre a execução de ações de
    controle de doenças e agravos, bem como dos
    fatores que os condicionam, numa área geográfica
    ou população definida.

5
Gripe H1N1 2009 SRAG
6
Informações Epidemiológicas no Trabalho
  • Um dado significativo para avaliação é a presença
    ou ausência de efeitos locais, caracterizados por
    sintomas, sinais ou doenças nos colegas de
    trabalho que compartilham essencialmente do mesmo
    ambiente de trabalho que o paciente em causa.
  • Norwood et al Guia para diagnóstico de Doença
    Profissional - JAMA 196 (3) 297-298 18 de abril
    de 1966.

7
Epidemiologia Descritiva
  • Dados de estatística descritiva mostram
    coeficientes de medidas de freqüência de doenças.
  • Procuram definir tanto os casos novos quanto os
    antigos na população.
  • Mais especificamente, podem vir estratificados
    por sexo, faixa etária ou ocupação.

8
Avaliando a Carga da Doença
  • Incidência
  • Prevalência
  • D A L Y (Disability-Adjusted Life Year)

9
Incidência
  • Corresponde ao número de casos iniciados em um
    período definido, dividido pela população em
    geral ou sob algum risco em particular.
  • Tipos especiais são as taxas de mortalidade,
    morbidade, letalidade ou de ataque.

10
H1N1 Taxa de Mortalidade
11
Mortalidade por Ac. Trab. 2007
Unidade da Federação Óbitos por 100.000
Mato Grosso 32,4
Mato Grosso do Sul 17,3
Rondônia 17,2
Acre 16,5
Pará 16
Minas Gerais 15,9
Maranhão 14,6
Roraima 13,6
20 - São Paulo 8,4
26 - Rio de Janeiro 7
Brasil 9,7
12
Proporção de óbitos () - BrasilGrupo de Causas
Período 2006
Fonte Ministério da Saúde/SVS Sistema de
Informações sobre Mortalidade - SIM
Grupo de Causas Proporção de Óbitos
Doenças do Aparelho Circulatório 32,01
Neoplasias 16,47
Causas Externas 13,57
Doenças do Ap. Respiratório 10,87
Doenças Infecciosas /Parasitárias 4,92
Afecções do Período Perinatal 2,99
Demais Causas Definidas 19,18
Total 100
13
Dados de MorbidadeInfluenza A H1N1
14
Taxa de IncidênciaDoenças Ocupacionais 2007
Estado TIDO (por 10000)
Brasil 7,17
Amazonas 21,48
Rio de Janeiro 11,44
Sergipe 11,35
Tocantins 11,29
Rio Grande do Sul 8,7
Rio Grande do Norte 8,11
Rondônia 7,97
Alagoas 7,77
São Paulo 7,36
Santa Catarina 6,95
Piauí (o menor) 0,93
15
Taxa de Incidência Acid. Trab. Típicos - 2007
Estado Incidência por 1000
1 - Pernambuco 24,81
2 - Mato Grosso do Sul 17,59
3 - Rio Grande do Sul 16,95
4 Paraná 16,92
5 - São Paulo 16,74
6 - Amazonas 16,66
7 - Mato Grosso 16,44
8 - Minas Gerais 15,9
9 - Pará 15,64
16 - Rio de Janeiro 10,71
Brasil 14,31
16
Prevalência
  • Contabiliza todos os casos existentes na
    população num determinado período, divididos pela
    número de indivíduos na população considerada.
    Exemplos diabetes, hipertensão,
    hipercolesterolemia
  • Bases diagnósticas na clínica são mais
    consistentes quando aplicamos corretamente os
    conhecimentos sobre prevalência de eventos.
    Exemplo Rastreamento por exames.

17
Questão
  • Em uma população de 1000 indivídu-os submetidos a
    um exame de ras-treamento para determinada
    doença, quantos apresentarão resultado positivo,
    sabendo-se que a doença tem prevalência de 0,1
    e que o exame tem sensibilidade de 100 e
    especificidade de 95 ?

18
Resposta
  • Positivo Negativo
  • Com doença 1 0
  • Sem doença 50 949
  • Totais 51 949

19
Coeficientes de incidência estimados para 2008
para os tipos de câncer mais freqüentes (exceto
pele não-melanoma) em mulheres, Brasil e regiões
geográficas. INCA
por 100.000 habitantes . Mama 0,0507
20
Coeficientes de incidência estimados para 2008
para os tipos de câncer mais freqüentes (exceto
pele não-melanoma) em homens, Brasil e regiões
geográficas.
por 100.000 habitantes Próstata 0,0524
21
D A L Y (Disability-Adjusted Life Year)
  • Um DALY significa um ano de vida saudável
    perdido, comparando com a expectativa de vida ao
    nascer.
  • Corresponde a soma dos anos perdidos por
    mortalidade precoce com aqueles devidos a alguma
    incapacidade.
  • http//www.who.int/healthinfo/global_burden_diseas
    e/estimates_country/en/index.html

22
(No Transcript)
23
DALY Brasil (por 100000)
Causa DALY 2004
Todas as causas 20112
Infecciosas, maternas e perinatais 3864 (AIDS 260, diarréias 532)
Cardiovascular 2649 (Coronária 951, AVC 836)
Neoplasias 1379 (Mama 177, Próstata 104)
Neuropsiquiátricas 4083 (Depressão 1396, Álcool 627)
Respiratórias 1251
Acidentes 1397 (Trânsito 656)
Violência 1256
24
Estudos Observacionais
  • Série de Casos
  • Seccional (Transversal)
  • Caso Controle
  • Coorte

25
Séries - Ramazzini
  • Doenças dos trabalhadores em minas
  • Asma
  • Hemoptise
  • Caquexia
  • Úlceras gengivais
  • Pés inchados
  • Dores Articulares
  • - Acidentes por picadas de aranhas

26
Séries - Ramazzini
  • Doenças dos trabalhadores com tabaco
  • Dores de cabeça
  • Náuseas e vertigens
  • Secreção nasal e tosse
  • Sangramento hemorroidário após sentar-se em rolos
    de tabaco

27
Séries Ramazzini Anos 1700 - 1713
  • Doenças dos que trabalham de pé (carpinteiros,
    aplanadores, escultores, ferreiros, serradores,
    pedreiros)
  • Pulsos radiais de menor amplitude
  • Varizes e úlceras de membros inferiores

28
Séries - Ramazzini
  • Doenças dos trabalhadores sedentários
    (sapateiros, alfaiates, costureiras)
  • Cifose dorsal
  • Dormências nas pernas
  • Pele pálida e de aspecto sarnento,crostas

29
Séries Ramazzini
  • Doenças dos Judeus
  • Presbiopia e miopia.
  • Em mulheres, dores de cabeça, dentes, faringe e
    ouvidos (ambientes confinados).
  • Em homens, tosse e dispnéia por limpeza de peças
    de lã.
  • Judeus são diferentes de todas as outras
    pessoas. São simultaneamente indolentes e
    diligentes (apenas opinião pessoal de Ramazzini
    nexo presumido...)

30
Séries Ramazzini
  • Doenças dos Homens Cultos
  • Indigestão, Considerável Flatulência
  • Palidez
  • Encurvamento do Corpo
  • Tornam-se melancólicos porque a parte
    espirituosa do sangue é consumida pelo trabalho
    intelectual.
  • Outras razões estão ligadas à astronomia e
    filosofia. O alto grau de dissipação de
    espíritos vitais leva ao escurecimento do sangue.

31
Estudos Transversais (Seccionais)
  • Observam uma população definida em um ponto único
    no tempo ou intervalo de tempo.
  • A exposição e o desfecho são determinados
    simultaneamente.

32
Estudos Seccionais
  • O que está acontecendo?

Indivíduos com desfecho
Indivíduos Selecionados para o estudo
Indivíduos sem desfecho
Tempo do estudo
33
Estudos Seccionais
  • Avaliam simultaneamente indivíduos de população
    bem definida em período específico, com amostra
    representativa da população se toda ela não pode
    ser estudada.
  • Baixo custo em tempo, dinheiro e pessoas, avaliam
    bem prevalências
  • Podem estudar vários efeitos clínicos

34
Estudo Transversal
35
Vigitel MS 2007
36
Estudos Seccionais
  • Desvantagens
  • Não provam relação causal
  • Não demonstram taxas de incidência ou de risco
  • Não estabelecem sequência de eventos, resultados
    e exposição são concomitantes no momento do
    estudo.
  • Não permitem avaliar gradiente dose resposta
  • Dificuldade de padronizar casos elegíveis.
  • Impossível comparar grupos.

37
Seccionais
  • Tipos de dados
  • demográficos
  • ambientais
  • sócio-econômicos
  • dados de morbidade
  • notificação de casos/surtos
  • dados de mortalidade

38
Estudo Seccional
  • FARIA, Neice Müller Xavier FACCHINI, Luiz
    Augusto FASSA, Anaclaudia Gastal  e  TOMASI,
    Elaine. Agrotóxicos e sintomas respiratórios
    entre agricultores. Rev. Saúde Pública online.
    2005, vol.39, n.6, pp. 973-981.
  • http//www.scielo.br

39
Agrotóxicos e Sintomas Respiratórios
  • 1.379 agricultores de dois municípios da Serra
    Gaúcha, Brasil, em 1996.
  • Foram medidas a frequência e as formas de
    exposição química aos agrotóxicos, além das
    intoxicações agudas para ambos os sexos.
  • Foram entrevistados todos os indivíduos com 15
    anos de idade ou mais, com no mínimo 15 horas
    semanais de atividade.

40
Agrotóxicos e Sint. Resp.
  • A prevalência de sintomas de asma foi de 12 e
    22 foram considerados como portadores de doença
    respiratória crônica.
  • CONCLUSÕES Apesar das limitações de causalidade,
    os resultados evidenciaram que o trabalho
    agrícola envolvendo agrotóxicos está associado
    com a elevação da prevalência de sintomas
    respiratórios, especialmente quando a exposição é
    superior a dois dias por mês.

41
John Snow e Cólera
  • Mortes por cólera em Broad Street, Golden Square
    e arredores, Londres, 19/8 a 30/9/1854.
  • Eliminação do conceito de transmissão aérea da
    doença.
  • Elegante demonstração de transmissão pela água.

42
Mapa do Cólera Londres
43
Epidemiologia Analítica
  • Para confirmar hipóteses de estudos descritivos,
    é preciso estabelecer comparação entre dois
    grupos selecionados.
  • Ao compor tais grupos deve-se evitar viéses e
    fatores de confusão.
  • Achados ao acaso devem ser reconhecidos através
    de testes estatísticos de significância.

44
Análise de Risco Populacional
  • Devem ser delineados trabalhos utilizando métodos
    de
  • Caso Controle
  • Coorte

45
Estudo Caso Controle
  • Envolve pacientes que tenham o desfecho de
    interesse (casos), pacientes sem o desfecho
    (controles) e investigação para ver se tiveram a
    exposição de interesse.
  • Parte-se do desfecho!

46
Estudos de Caso Controle
  • Baixo custo e pouco tempo de estudo.
  • Limita-se a apenas um efeito clínico.
  • Faz-se pareamento entre os dois grupos
    considerando idade, sexo, nível sócio-econômico
    entre outros.

47
Estudos Caso-controle
  • Causas? Fatores de risco?

E
Casos
NE
E
Controles
NE
48
Estudo Caso Controle Clássico
  • Doll Hill 1950.
  • Análise de casos conhecidos de câncer de pulmão
    (casos), em 20 hospitais londrinos, com pacientes
    com outras patologias, avaliando exposição a
    tabagismo.
  • Calculou-se probabilidade de se vir a ter câncer
    de pulmão quando se é tabagista.
  • Richard Doll and A. Bradford HillSmoking and
    Carcinoma of the LungBr Med J Sep 1950 2 739 -
    748

49
Doll Hill - Pareamento
50
Doll Hill - Pareamento
51
Doll Hill BMJ 1950
52
Caso ControleAsbesto e Mesotelioma
  • Muriel L. Newhouse, Hilda Thompson
  • British Journal of Industrial Medicine
    196522261-269
  • MESOTHELIOMA OF PLEURA AND PERITONEUM FOLLOWING
    EXPOSURE TO ASBESTOS IN THE LONDON AREA

53
(No Transcript)
54
Asbesto Três Grupos de Controle
  • Pacientes internados no hospital no verão de
    1964, pareados por sexo e intervalo de nascimento
    de 5 anos com os casos de mesotelioma.
  • Casos de suposto mesotelioma rejeitados por exame
    histopatológico.
  • Pacientes internados no London Hospital durante
    período de 47 anos, pareados por sexo, idade e
    data de admissão hospitalar.

55
Exemplo Previdenciário de Cálculo do NTEP
56
Nexo EpidemiológicoCaso Controle Clássico
  • Condado de Oswego, NY
  • 1940
  • Dr. A. M. Rubin

http//www.docstoc.com/docs/472735/Investigating-a
n-Outbreak-Part-II
57
Histórico Oswego I
  • Em 18 de abril de 1940, uma igreja em Oswego
    promoveu um jantar beneficiente.
  • O evento iniciou-se às 18 horas e prolongou-se
    até 23 horas.
  • Diversos alimentos foram servidos, dispostos em
    mesa para self-service, durante o período.
  • No dia seguinte, o serviço de vigilância
    sanitária acusa mais de 40 casos de
    gastroenterite, todos em frequentadores da
    reunião.

58
Histórico Oswego II
  • Dr. A. M. Rubin, epidemiologista, é designado
    para investigar o fato.
  • Familiares dos doentes não foram contaminados.
    Decidiu concentrar-se nos alimentos servidos no
    jantar.
  • Entrevistou 75 pessoas, das quais 46 apresentaram
    gastroenterite no período de até 72 horas após a
    festa.

59
Alimentos Servidos
  • Principais
  • Presunto assado
  • Espinafre
  • Purê de batatas
  • Repolho
  • Salada de frutas
  • Bebidas
  • Café, leite ou água.

60
Alimentos Servidos
  • Acompanhamentos
  • Gelatina
  • Pão francês
  • Pão integral
  • Sobremesas
  • Sorvete de chocolate
  • Sorvete de baunilha
  • Bolo

61
Qual alimento é culpado?
  • Casos (doentes) todas as pessoas com
    gastroenterite até 72 horas após a festa.
  • Controles (não doentes) todos os que foram à
    festa e não ficaram doentes.
  • Expostos quem ingeriu determinado alimento.
  • Não expostos quem não ingeriu o mesmo alimento.

62
Cálculo da Razão de Chances
Doentes Não Doentes Totais
Expostos A B A B
Não Expostos C D C D
Totais AC (46) B D (29) 75
63
Água
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 13 11 24
Não Expostos 33 18 51
Totais 46 29 75
Razão de Chances (13 x 18) / (11x 33) RC
0,64
64
Sorvete Chocolate
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 25 22 47
Não Expostos 21 7 28
Totais 46 29 75
Razão de Chances (25 x 7) / (22x 21) RC 0,45
65
Espinafre
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 26 17 43
Não Expostos 20 12 32
Totais 46 29 75
Razão de Chances (26 x 12) / (20 x 17) RC
0,92
66
Purê de Batatas
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 23 14 37
Não Expostos 23 14 37
Totais 46 28 74
Obs Um entrevistado (no. 19) não soube informar
se ingeriu este alimento.
Razão de Chances (23 x 14) / (14x 23) RC 1
67
Repolho
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 18 10 28
Não Expostos 28 19 47
Totais 46 29 75
Razão de Chances (18 x 19) / (28 x 17) RC
1,22
68
Gelatina
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 16 7 23
Não Expostos 30 22 52
Totais 46 29 75
Razão de Chances (16 x 22) / (7 x 30) RC
1,68
69
Bolo
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 27 13 40
Não Expostos 19 16 35
Totais 46 29 75
Razão de Chances (27 x 16) / (13x 19) RC
1,75
70
Sem Nexo Epidemiológico
Alimento Razão de Chances
Sorvete de Chocolate 0,45
Leite 0,61
Água 0,64
Pão Francês 0,68
Espinafre 0,92
Café 0,997
Purê de batatas 1
71
Com Nexo Epidemiológico Previdenciário -))
Alimento Razão de Chances
Bolo 1,75
Gelatina 1,68
Salada de Frutas 1,28
Repolho 1,22
Presunto 1,20
Pão Integral 1,13
72
Sorvete Baunilha Nexo Real
Doentes Não Doentes Totais
Expostos 43 11 54
Não Expostos 3 18 21
Totais 46 29 75
Razão de Chances (43 x 18) / (11x 3) RC
23,45
73
Fatores de Confusão
  • São alheios à pergunta
  • São determinantes do desfecho
  • Estão desigualmente distribuídos entre expostos e
    não expostos
  • Exemplos tabagismo, doenças degenerativas,
    somatização, condições sócio econômicas
    desfavoráveis.

74
Vieses
  • Correspondem a resultados que fogem
    sistematicamente de valores reais.
  • Procedimentos subjetivos podem preponderar sobre
    os lógicos.
  • Confecção de peças íntimas causa tuberculose? Ou
    transtorno bipolar?
  • Duas principais categorias
  • Vieses de seleção
  • Vieses de aferição

75
Vieses de Seleção
  • Para seleção de casos para avaliar risco de AVC é
    mais fácil recrutar os já existentes na
    população mas isto gera viés de seleção por não
    incluir casos mais graves, com sobrevida curta.
  • Para seleção de controles deve-se ter cuidado de
    parear por idade e sexo pelo menos. Também há
    amostras viciadas em que os indivíduos não vêm da
    mesma população dos casos.

76
Vieses de Aferição
  • De recordação presença do efeito clínico gera
    maiores lembranças sobre uma exposição.
  • De entrevista efeito clínico gera maior
    investigação de exposição prévia. Ex questionar
    mais exposição a ruído em perdas neurosensoriais.
  • De suspeita efeito influencia a exposição nos
    casos de causas conhecidas e difundidas.
    Procura-se o fator de risco a partir da doença, e
    não a doença a partir do fator de risco.
    Somatizações.

77
Estudos de Coorte
  • Causas? Incidência? História Natural? Prognóstico?

D
ND
E
D
Coorte Selecionada
ND
NE
78
Estudos de Coorte
  • Úteis para avaliar a incidência ou história
    natural de alguma condição, e fatores preditivos
    dos efeitos clínicos.
  • Longo espaço de tempo e alto custo.
  • Atenção especial à seleção da amostra o exame
    inicial deve comprovar serem todos saudáveis ou
    não terem o efeito clínico a ser estudado na
    coorte.
  • Como não se conhece o desfecho, calcula-se risco
    relativo e não razão de chances.

79
Coorte Prospectiva
  • Um grupo de pessoas saudáveis é acompanhado por
    determinado tempo para verificar o aparecimento
    de determinada doença e procura-se estabelecer
    variação de incidência ou diferenças apenas
    quanto a intensidade do fator de risco em estudo.
  • Estudo clássico Framingham para fatores de
    risco cardiovascular.

80
www.framinghamheartstudy.org
81
Framingham 1973 artigos publicados
82
Framingham Fatores de Risco Coronário
83
Coorte Retrospectiva
  • São estudos que identificam exposição e efeitos
    já ocorridos, com informações sobre exposição já
    lançadas em prontuários médicos até o surgimento
    da doença.
  • Tipo de coorte em que a observação das pessoas
    expostas foi iniciado em algum momento do passado

84
Coorte Absenteísmo Shell
J. Occup Env Med Volume 47, Number 8, August
2005
85
Shell Coorte Absenteísmo
86
Ensaios Clínicos
  • Qual o melhor procedimento ou tratamento?
  • Padrão-ouro?

D
ND
Indivíduos Incluídos no ensaio
D
Intervenção
Randomização
ND
87
Critérios de Bradford Hill 1
  • Força da Correlação entre as variáveis
  • Consistência em várias circunstâncias e locais
  • Especificidade da situação e de variáveis
  • Relação temporal exposição precedeu resultados?
  • Gradiente Biológico (dose resposta)

Austin Bradford Hill, The Environment and
Disease Association or Causation?Proceedings of
the Royal Society of Medicine, 58 (1965),
295-300.
88
Critérios de Bradford Hill 2
  • Plausibilidade faz sentido biológico?
  • Coerência A interpretação de causa efeito não
    deve ser conflitante com fatos conhecidos da
    história natural e biologia da doença.
  • Evidências Experimentais por uma ação observada
    propõe-se medidas preventivas. Funcionam?
  • Analogias A experiência com efeitos da
    talidomida e rubéola na gestação nos alerta sobre
    outros medicamentos e infecções virais.

89
PRINCIPAIS PASSOS
  • 1 - Definir a Pergunta da Investigação
  • 2 - Seleção da População em Estudo
  • 3 - Mensuração da Exposição
  • 4 Seguimento
  • 5 - Determinação dos Desfechos
  • 6 - Análise dos Dados
  • 7 Interpretação.

90
Avaliação de Qualidade de Estudos Epidemiológicos
91
Definição de Grupos
92
Qual Alimento é Culpado?
  • Casos (doentes) todas as pessoas com
    gastroenterite até 72 horas após a festa.
  • Controles (não doentes) todos os que foram à
    festa e não ficaram doentes.
  • Expostos quem ingeriu determinado alimento.
  • Não expostos quem não ingeriu o mesmo alimento.

93
Mensurações de Exposição
94
Mensuração de Resultados
95
Força de Associação
96
Fatores de Confusão
97
Vieses
98
Exposição e Resultado
99
Dose - Resposta
100
Fatores Psicossociais
101
Participação
102
Mascaramento (Cegamento)
103
Frequência de Avaliações
104
Avaliações de Resultados
105
Ponderação
106
Força das Evidências
107
NTEP - Falhas Metodológicas
108
Visão Geral - NTEP
  • O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
    afirma que, se determinada doença é mais
    freqüente em determinada atividade econômica,
    todo caso nela identificado deve ser considerado
    como doença ocupacional.
  • Pressupõe dano ocupacional pela simples
    associação, de forma incorreta, entre duas
    variáveis inespecíficas.

109
Questões Previdenciárias
  • Pertencer a um determinado grupo de
  • atividade econômica (CNAE) constitui
  • fator de risco para o adoecer (CID)?
  • Qual a dimensão desse risco?

110
Metodologia do NTEP
111
Razão de Chances
Produto dos casos certos (a x d) dividido pelo
produto dos casos errados (b x c)
112
Exemplo Previdenciário de Cálculo do NTEP
113
Razão de Chances Resolução 1269
  • Para RCgt1, tem-se que, entre os trabalhadores
    expostos, há mais probabilidade de adoecer do que
    entre os não expostos. Diz-se que há excesso de
    risco. Por exemplo para RC 1,65, ter-se-ia 65
    de excesso para o grupo de expostos.
  • Afirmação falsa. RC mede força da associação,
    não excesso de risco real.

114
E Se ...
CNAE Doentes F-40 a F-48 Sem doença Total
6421 21.580.976,6 88.084,4 21.699.061
Outro 42.002,4 966,6 42.969
Total 21.622.979 89051 21712030
RC 5,63 - A Mesma! Razão de chances não
representa excesso de risco!
115
Hipótese Razão de Chances gt 1
Doentes Não Doentes Total
CNAE 1234 52 (a) 48 (b) 100
Outras 48 (c) 52 (d) 100
Total 100 100 200

Razão de Chances (ad/bc) 1,17361
116
Potencialização RC
117
Potencialização RC - CONFE
118
Bradford Hill - Possível Nexo Causal
  • A exposição precedeu o surgimento dos resultados?
  • Há gradiente dose resposta?
  • A associação é consistente de estudo para estudo?
  • Faz sentido biologicamente?

119
Conclusões CONFE
  • A metodologia do indicador Razão de Chances
    apresenta graves impropriedades, tanto no aspecto
    conceitual quanto no aspecto da aplicação.  
  • Primeiramente é um indicador pouco rigoroso para
    acenar com relação causal, especialmente quando
    as populações expostas e não expostas são
    absolutamente heterogêneas em relação as
    variáveis relevantes, que, aliás, no caso
    especifico não são conhecidas.

120
Associação X Causalidade
  • A associação de A com B não prova que A causou B.
  • Uma correlação pode existir, mas a causalidade só
    pode ser determinada por modelos de avaliação
    mais complexos.
  • Dados epidemiológicos não podem ser aplicados em
    cada caso individualmente. Determinam
    probabilidade, não evento.

121
Apendicites Ocupacionais
CNAE Descrição
0810 Extração de ardósia
1011, 1012, 1013 Abate de bovinos, aves, suínos
1071 Fabricação de açúcar bruto
1411, 1412 Roupas íntimas e outros vestuários
1531 Fabricação de calçados de couro
1610 Serrarias
1621 Fabricação de madeira laminada
1732, 1733 Embalagens de papel ou cartolina
2451 Fundição de ferro e aço
122
Tuberculoses Ocupacionais
CNAE Descrição
1091 Fabricação de bolos industrializados
1411 Confecção de anáguas, calcinhas, camisolas
3011 Construção de embarcações
4120 Construção de edifícios
4713 Lojas de departamentos, de variedades, freeshops
4321 Instalação de alarmes, antenas coletivas, interfones, eletricista doméstico
123
Diabetes Ocupacionais
CNAE Descrição
1091 Fabricação de bolos industrializados
4120 Construção de Edifícios
4319 Bombeamento, drenagem, rebaixamento de lençóis dágua, preparação de minas,obras de valas, regos e fossas
4923 Mototáxi, motoboy, táxi, aluguel de veículos com motorista
8122 Dedetização, descupinização, desratização
9420 Associações e sindicatos de trabalhadores
124
Extração de Ardósia CNAE 0810
CID Descrição
A15 A19 Tuberculose
G 40 Epilepsia
G 45 Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
H 53 H 54 Distúrbios Visuais
J 40 J 47 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
K 35 K 38 Apendicite e Outras Doenças do Apêndice
125
Consequências
126
Subnotificação ou Hipernotificação?
  • INSS tenta corrigir um suposto erro com outro,
    mas amplifica a margem de imprecisão com sérias
    conseqüências sociais.
  • Para evitar a suposta subnotificação,
    hipernotifica-se tudo com o NTEP.

127
HipernotificaçãoRegra do INSS pode gerar passivo
trabalhistaJornal Valor Econômico -26/09/2007
  • Todeschini diz que a expansão na concessão de
    benefícios por moléstias do trabalho foi bastante
    significativa em casos que antes eram tratados
    como moléstias comuns. É o caso da dor lombar
    baixa, que registrou média mensal de 113
    benefícios concedidos por doença ocupacional de
    janeiro a março de 2007. Depois do nexo, a média
    mensal, medida de abril a julho, foi para 1.630
    casos.

128
Dor Lombar 182 CNAEs Diversos
129
Hemorróidas Ocupacionais
130
Apendicites Ocupacionais
131
NTEP - Osteomusculares
132
NTEP Doenças Mentais
133
NTEP - Cardiovasculares
134
http//www3.dataprev.gov.br/conadem/ConsultaAuxDo
enca.asp
135
Maior Incentivo a Longos Afastamentos
  • A manutenção do contrato de trabalho e contagem
    de tempo de serviço para fins de aposentadoria,
    associadas ao pagamento do FGTS incentivam a
    permanência em auxílio-doença.
  • Tiro no pé da própria previdência. Podemos
    esperar maior procura para obter auxílios
    doença e licenças mais longas. Círculo vicioso.

136
(No Transcript)
137
Heresia Jurídica
  • Diante de tantas falhas metodológicas, a imensa
    maioria das correlações apontadas pelo NTEP não
    corresponde a um nexo causal verdadeiro.
  • A inversão do ônus da prova nestes casos
    parece-nos uma heresia jurídica.
  • Esta é agravada pelo cerceamento de defesa, já
    que o INSS suspendeu internamente o julgamento
    das contestações.

138
Fator Acidentário de Prevenção FAP
  • Trata-se de um número por empresa, compreendido
    entre 0,5 e 2, que multiplica as atuais alíquotas
    de 1, 2 e 3 com base em indicador de
    desempenho calculado a partir das dimensões
    freqüência, gravidade e custo

139
Índice de FrequênciaPeso para o FAP 0,35
  • Inclusão de todas as CATs.
  • Inclusão de todos os acidentes de trajeto.
  • Benefícios acidentários concedidos a partir de
    abril /2007 sob a ótica dos nexos previdenciários
    reconhecidos pela perícia
  • nexo técnico profissional ou do trabalho, listas
    A e B
  • nexo técnico individual
  • NTEP

140
Índice de Frequência
  • Número de acidentes registrados em cada empresa,
    mais os benefícios que entraram sem CAT
    vinculada, por nexo técnico/número médio de
    vínculos x 1.000 (mil).

141
Índice de Gravidade
  • Número de benefícios auxílio doença por acidente
    (B91) x 0,1 número de benefícios por invalidez
    (B92) x 0,3 número de benefícios por morte
    (B93) x 0,5 o número de benefícios
    auxílio-acidente (B94) x 0,1)/número médio de
    vínculos x 1.000 (mil)

142
Gravidade Peso 0,5
  • Decreto 6042
  • A somatória, expressa em dias, da duração do
    benefício incapacitante considerado nos termos do
    inciso I, tomada a expectativa de vida como
    parâmetro para a definição da data de cessação de
    auxílio-acidente e pensão por morte acidentária.
  • Resolução 1308
  • todos os casos de afastamento acidentário por
    mais de 15 dias, os casos de invalidez e morte
    acidentárias, de auxílio-doença acidentário e de
    auxílio-acidente. É atribuído peso diferente para
    cada tipo de afastamento em função da gravidade
    da ocorrência. Para morte o peso atribuído é de
    0,50, para invalidez é 0,30, para auxílio-doença
    o peso é de 0,10 e para auxílio-acidente o peso é
    0,10

143
Custo Peso 0,15
  • Resolução 1308
  • Valores pagos pela Previdência em rendas mensais
    de benefícios.
  • No caso do auxílio-doença (B91), o custo é
    calculado pelo tempo de afastamento, em meses e
    fração de mês, do trabalhador.
  • Nos casos de invalidez, parcial ou total, e
    morte, os custos são calculados fazendo uma
    projeção da expectativa de sobrevida a partir da
    tábua completa de mortalidade construída pela
    Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
    Estatística - IBGE, para toda a população
    brasileira, considerando-se a média nacional
    única para ambos os sexos

144
Índice de Custo
  • Índice de custo valor total de benefícios/valor
    total de remuneração paga pelo estabelecimento
    aos segurados x 1.000 (mil).

145
Geração do FAP por empresa
  • Após o cálculo dos índices de freqüência, de
    gravidade e de custo, são atribuídos os percentis
    de ordem para as empresas por setor (Subclasse da
    CNAE) para cada um desses índices.
  • Desse modo, a empresa com menor índice de
    freqüência de acidentes e doenças do trabalho no
    setor, por exemplo, recebe o menor percentual e o
    estabelecimento com maior freqüência acidentária
    recebe 100. O percentil é calculado com os dados
    ordenados de forma ascendente.
  • O percentil de ordem para cada um desses índices
    para as empresas dessa Subclasse é dado pela
    fórmula abaixo
  • Percentil 100x (N ordem 1)/(n 1)
  • Onde n número de estabelecimentos na
    Subclasse
  • Nordem posição do índice no ordenamento da
    empresa na Subclasse.

146
Simulação Cálculo FAP
  • Supondo-se o percentil de cada empresa, podemos
    imaginar os impactos sobre o FAP.
  • simulafap.xls

147
FAP Consulta Dados
148
Consulta FAP
149
Impacto Decreto 6957 SATAtividades
Preponderantes e Graus de Risco
Fonte Dr Paulo Reis - Sistema de Informação de
Saúde http//www.sis.com.br/
150
Aplicação do FAP
151
Como Jabuticabas, NTEP só no Brasil...
152
NTEP Resolve Problemas?
153
  • Obrigado pela atenção
  • armando.pimenta_at_terra.com.br
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