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INFEC

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Servi o de Cirurgia do Hospital de S. Jo o Porto Disciplina de Cirurgia da FMUP INFEC O DOS TEDIDOS MOLES Alexandre Pinto Patr cia Ferreira – PowerPoint PPT presentation

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Title: INFEC


1
INFECÇÃO DOS TEDIDOS MOLES
Serviço de Cirurgia do Hospital de S. João
Porto Disciplina de Cirurgia da FMUP
  • Alexandre Pinto
  • Patrícia Ferreira
  • Rosa Gomes
  • Tiago Gomes

Turma 7 - Grupo H 17 de setembro de 2020
2
Infecções das Partes Moles - Superficiais
Abcesso Foliculite Furúnculo Carbúnculo Impétigo E
ctima gangrenosa Linfangite Linfadenite Hidradenit
e supurativa
Superficiais Circunscritas/focais
Difusas Celulite
Erisipela
Profundas (necrozantes) Fasceíte
necrosante Miosite necrosante
Outras Úlcera de pressão Úlcera de estase
venosa Pé diabético Doença Pilonidal Infecção
do Local Cirúrgico (ILC)
3
Infecções das Partes Moles - Superficiais
ABCESSO
  • Etiologia
  • Anaeróbios (aeróbios)
  • Staphylococcus aureus.
  • Sinais e sintomas
  • Centro necrótico e edema periférico
  • Tumefacção
  • Flutuação, com pús
  • Eritema
  • Dor
  • Febre
  • Mal-estar
  • Arrepios
  • Linfadenopatia regional
  • Fistulização e descarga purulenta...

4
Infecções das Partes Moles - Superficiais
ABCESSO
5
Infecções das Partes Moles - Superficiais
ABCESSO
  • Factores Predisponentes
  • Foliculite, furúnculo, carbúnculo, celulite
  • Trauma/queimaduras
  • Cateteres intravenosos...
  • Diagnóstico
  • Clínico
  • Cultura da drenagem.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
ABCESSO
  • Tratamento
  • Incisão e Drenagem
  • Antimicrobianos.
  • Complicações
  • Extensão local da infecção
  • Gangrena
  • Extensão da infecção à corrente sanguínea.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
FOLICULITE
  • Infecção e inflamação dos folículos pilosos.
  • Etiologia
  • Staphylococcus aureus ()
  • Str. pyogenes, Ps. aeruginosa, Gram (-),
    fungos...
  • Sinais e sintomas
  • Pequena pápula eritematosa/ vesícula/ pústula
  • Queda do pêlo
  • Prurido ou dor.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
FOLICULITE
  • Diagnóstico
  • Clínico morfologia lesões.
  • Tratamento
  • Compressas quentes
  • Boa higiene
  • Antissépticos tópicos
  • Antimicrobianos.
  • Complicações
  • Furúnculo.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
FURÚNCULO
  • Infecção necrótica profunda do folículo piloso de
    uma área restrita.
  • Frequente drenagem espontânea à superfície da
    pele.
  • Etiologia
  • Staphylococcus aureus (foliculite).
  • Sinais e sintomas
  • Frequente evolução foliculite ? furúncul ?
    abcesso
  • Nódulo profundo e adjacente ao folículo piloso
  • Dor
  • Base eritematosa
  • Centro purulento e flutuante
  • Adenopatia regional.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
FURÚNCULO
  • Tratamento
  • Incisão e drenagem caso haja flutuação
  • Antimicrobianos.
  • Complicações
  • Furúnculo recorrente
  • Carbúnculo
  • Celulite
  • Gangrena
  • Fasceíte necrosante
  • Hidradenite supurativa
  • Flebite purulenta...

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
CARBÚNCULO
  • Infecção profunda de um grupo de folículos
    contíguos que,
  • separados por septos, drenam por orifícios
    independentes.
  • Etiologia
  • Staphylococcus aureus
  • Bacillus anthracis.
  • Sinais e sintomas
  • Massa de trajectos fistulosos (entre folículos
    infectados)
  • Dor, eritema, flutuação
  • Aberturas pustulares
  • Febre
  • Mal-estar
  • Mialgias e linfadenopatias.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
CARBÚNCULO
Infecção por Bacillus anthracis - Antraz
13
Infecções das Partes Moles - Superficiais
CARBÚNCULO
14
Infecções das Partes Moles - Superficiais
CARBÚNCULO
  • Tratamento
  • Incisão e drenagem caso haja flutuação
  • Antimicrobianos.
  • Complicações
  • Feblite purulenta
  • Septicemia.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
IMPÉTIGO
  • Etiologia
  • Staphylococcus aureus
  • Streptococcus pyogenes.
  • Sinais e sintomas
  • Eritema
  • Evolução pápulas ? vesículas ? pústulas
  • Ruptura espontânea ? crosta seca amarela dourada
  • Prurido.
  • Factores predisponentes
  • Queimaduras, picadas de insecto, humidade
  • Crianças em más condições de higiene e clima
    tropical.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
IMPÉTIGO
  • Tratamento
  • Cuidados higiénicos
  • Antibioterapia.
  • Complicações
  • Linfadenite/linfagite
  • Celulite
  • Bacteriemia
  • Glomerulonefrite.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
ECTIMA GANGRENOSA
  • Etiologia
  • Idiopática (50)
  • Mecanismos imunológicos.
  • Sinais e sintomas
  • Lesão pustular com centro necrótico
    característico
  • Contorno violáceo
  • Eritema
  • Dor
  • Libertação de exsudado purulento e hemorrágico
  • Febre, mal-estar, mialgias e artralgias.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
ECTIMA GANGRENOSA
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Infecções das Partes Moles - Superficiais
ECTIMA GANGRENOSA
  • Diagnóstico
  • Clínico Doenças associadas (DII, AR, Hepatite
    crónica)
  • Morfologia lesões
  • Exame histológico exclusão de outras
    etiologias.
  • Tratamento
  • Glicocorticóides
  • Antimicrobianos
  • Imunossupressores
  • Imunoglobulinas i.v.
  • Desbridamento.

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Infecções das Partes Moles - Superficiais
Celulite
Qualquer idade Membros
  • Agentes
  • Streptococcus pyogenes (2/3)
  • Staphylococcus aureus (1/3)
  • Pseudomonas aeruginosa (mãos e pés)
  • Haemophilus influenzae (face de crianças)
  • Factores predisponentes
  • Lesões cutâneas
  • Micoses
  • Diabetes
  • Alcoolismo
  • Obesidade
  • Gravidez
  • Alterações da drenagem venosa ou linfática

21
Celulite
  • Sinais e sintomas
  • Eritema
  • Edema
  • Aumento de temperatura local
  • Dor
  • Bolhas
  • Adenomegalia
  • Abcedação
  • Terapêutica
  • Antibioterapia
  • Elevação da área atingida
  • Evitar outros traumatismos
  • Factores predisponentes
  • Complicações
  • Linfangite e linfadenite
  • Septicemia

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Infecções das Partes Moles - Profundas
Conjunto de várias doenças infecciosas distintas
mas com patofisiologia, apresentação clínica e
abordagens terapêuticas semelhantes
  • Sinais e sintomas precoces
  • Dor severa
  • Febre sem outra causa identificável
  • Vesículas da pele
  • Edema tenso
  • Eritema
  • Equimoses focais e/ou isquemia
  • Crepitações
  • Parestesias
  • Factores predisponentes
  • Doenças crónicas e/ou imunossupressoras
    (diabetes mellitus, obesidade grau III, cirrose
    hepática)
  • Alcoolismo e abuso de outras drogas
  • Neoplasias malignas
  • Úlceras isquémicas e de decúbito
  • Traumatismos cutâneos, cirurgias e outras portas
    de entrada.

23
Infecções das Partes Moles - Profundas
Celulite necrotizante
  • Clinicamente semelhante à fasceíte necrotizante
    mas a infecção é mais superficial
  • Envolve pele e gordura subcutânea
  • Geralmente aparece nas 24h após uma cirurgia
  • A toxicidade não é tão grave como na miosite
    necrotizante
  • - Não necessita de terapêutica cirurgica extensa,
    apenas de desbridamento

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Infecções das Partes Moles - Profundas
Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
Mortalidade 25-100 ?? 11 Incidência não varia
com a idade
Clostridium perfringens Clostridium
septicum Clostridium bifermentans outros
  • Etiopatogenia
  • Tecido muscular com massa desvitalizada mínima
    (cirurgia, trauma)
  • Colonização por Clostridium ambiental
  • Produção de toxinas
  • Necrose tecidular
  • Toxicidade cardíaca
  • Etiopatogenia
  • Tecido muscular aparentemente normal
  • Colonização por Clostridium da PMN intestinal
  • Forte associação com neoplasias GI
  • C. septicum mais frequente e com associação mais
    forte a neoplasias

25
Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
  • Sinais e sintomas
  • Dor
  • Febre ligeira
  • Apatia
  • Edema e exsudação serohemática
  • Pele adquire tonalidade azul/negra
  • Vesículas e bolhas hemorrágicas
  • Crepitações
  • Odor adocicado
  • Taquicardia pouco coerente com temperatura
    corporal
  • Hipotensão
  • Falência renal
  • Melhoria paradoxal do estado de consciência
  • Choque cardiogénico
  • Hemólise

26
Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
  • Sinais e sintomas mais importantes
  • Dor intensa
  • Edema
  • Vesículas e bolhas hemorrágicas
  • Crepitações
  • Taquicardia relativa
  • Alterações do estado mental
  • Odor adocicado
  • Estudo analítico
  • Imagiologia (Rx eTAC)
  • Exploração cirúrgica

27
Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
  • Terapêutica
  • Manutenção dos sinais vitais
  • Antibioterapia (benzilpenincilina, clindamicina,
    cefalosporinas, cloranfenicol)
  • Desbridamento cirúrgico
  • Oxigénio hiperbárico
  • Complicações
  • Hemólise generalizada
  • Coagulação vascular disseminada
  • Falência renal
  • Síndrome de insuficiência respiratória aguda
  • Choque

28
Infecções das Partes Moles - Profundas
Fasceíte necrotizante
Mortalidade em média 70 ?? 31 38-44
anos Raramente atinge crianças
  • Etiopatogenia
  • Fáscias profundas com algum grau de hipóxia
    (traumatismos, cirurgia recente, comprometimento
    circulatório)
  • Proliferação de bactérias aeróbias gram - e
    anaeróbias
  • Comprometimento da função leucócitária pela
    hipóxia
  • Produção de gases (hidrogénio, metano, azoto)
  • Necrose dos tecidos envolventes

Staphylococcus aureus Bacteroides, Clostridium,
Peptostreptococcus Enterobacteriaceae
Bacteroides fragilis Escherichia coli
Streptococcus pyogenes grupo A
29
Fasceíte Necrotizante
  • Sinais e sintomas
  • Dor e edema sobre lesão inicial
  • Pode não apresentar qualquer outro sintoma
  • Dor evolui para anestesia
  • Área eritematosa expansiva
  • Bordos mal definidos
  • Mal estar geral
  • Pele azulada, acastanhada ou enegrecida
  • Necrose
  • Incisões revelam fáscia com aspecto verde
    amarelado
  • Extensão muito rápida
  • Produção de gás e crepitações
  • Choque
  • Falência orgânica múltipla

30
Fasceíte Necrotizante
  • Sinais e sintomas mais importantes
  • Necrose tecidular
  • Descargas purulentas
  • Dor intensa
  • Produção de gás
  • Progressão rápida através de fáscias
  • Ausência dos sinais inflamatórios clássicos
  • Estudo analítico
  • Imagiologia (TAC e RM)
  • Biópsia tecidular

31
Fasceíte Necrotizante
  • Terapêutica
  • Manutenção dos sinais vitais
  • Antibioterapia empírica (cloranfenicol,
    cefatriaxona, metronidazol, gentamicina)
  • Desbridamento cirúrgico agressivo
  • Oxigénio hiperbárico
  • Complicações
  • Choque séptico
  • Colapso cardiovascular
  • Falência renal
  • Cicatrizes inestéticas

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Infecções das Partes Moles - Profundas
Gangrena de Fournier
Forma de fasceíte necrotizante Períneo, porções
proximais dos MI e parede abdominal ? 50-70 anos
com comorbilidades
  • Sinais e sintomas
  • Prodromo de 2-7 dias com febre e letargia
  • Aumento da dor, edema e eritema
  • Crepitação subcutânea
  • Gangrena e drenagem espontânea do conteúdo
    purulento
  • Terapêutica
  • Especial atenção à anatomia do períneo
  • Complicações
  • Dor associada a erecções

33
Outras Infecções dos Tecidos
  • Doença Pilonidal
  • Úlceras de Pressão
  • Úlceras de Estase
  • Pé Diabético
  • Infecção do Local Cirúrgico

34
Doença Pilonidal
  • Infecção adquirida
  • Abcesso/seio na região sacrococcígea, que resulta
    do crescimento de pêlos para dentro da pele
  • Homens, brancos, 15-40 anos

35
Doença Pilonidal
  • Complicações
  • Recorrência
  • Infecção necrotizante
  • Degeneração maligna.

36
Doença Pilonidal
  • Tratamento
  • Não cirurgico
  • Cirurgico
  • Drenagem
  • Excisão
  • Prognóstico
  • Excelente

37
Úlceras de Pressão
  • Resultam de pressão prolongada nos tecidos moles
    sobre os ossos e consequente necrose isquémica.
  • A maioria pode ser prevenida.

38
Úlceras de Pressão
  • Prevenção
  • Os pontos de pressão devem ser aliviados
  • Mudar de posição a cada 2 horas
  • Camas com sistemas de flutuação.
  • Pesquisa diária de possíveis áreas eritematosas.

39
Úlceras de Pressão
  • Tratamento
  • Difícil e prolongado
  • Desbridamento de todo o tecido desvitalizado
  • Recobrir
  • Locais cirurgicos devem ficar livres de pressão 2
    a 3 semanas
  • Cura espontânea (úlceras pequenas)

40
Pé Diabético
  • Aumento da susceptibilidade a infecções por
  • Neuropatia diabética
  • Diminuição da sensibilidade dolorosa
  • Deformidades ósseas (pé de Charcot)
  • Doença arterial periférica
  • Isquemia crónica
  • Imunodeficiência

41
Pé Diabético
  • Profilaxia e tratamento
  • Controlo da diabetes
  • Uso de calçado adequado
  • Antibioterapia
  • Cirurgia

42
Infecção do Local Cirúrgico
  • Resulta da contaminação bacteriana durante ou
    após um procedimento cirúrgico.

43
Infecção do Local Cirúrgico
  • A maioria das feridas cirúrgicas é contaminada.
  • A infecção raramente se desenvolve se
  • a contaminação for mínima,
  • a lesão for pequena,
  • houver boa perfusão e oxigenação do tecido
    subcutâneo,
  • não houver espaço morto.

44
Infecção do Local Cirúrgico
  • Risco de infecção
  • Factores de risco do doente
  • Contaminação da ferida
  • Limpa (lt2)
  • Limpa-contaminada (2-5)
  • Contaminada (5-30)
  • Infectada

45
Infecção do Local Cirúrgico
  • Clínica
  • 5º e 10º dias
  • Febre
  • Dor
  • Edema

46
Infecção do Local Cirúrgico
  • Prevenção
  • Cirurgia cuidadosa e limpa
  • Redução da contaminação
  • Promover as defesas do doente.
  • Suturas.

47
Infecção do Local Cirúrgico
  • Tratamento
  • Abrir a ferida e deixá-la drenar
  • Antibioterapia nas infecções invasivas
  • Prognóstico

48
Abordagem do doentecom infecção das partes moles
49
História Clínica Doença Actual
  • Modo de aparecimento
  • Evolução cronológica
  • Dor, prurido, alterações da sensibilidade
  • Escorrências (supurativas, sanguinolentas,
    serosas)
  • Causa aparente

50
História Clínica Exposições
  • Idade
  • Viagens
  • Ocupação profissional
  • Passatempos
  • Cirurgia recente
  • Produtos tópicos
  • Medicação
  • Plantas irritantes
  • Higiene pessoal
  • Alcool e drogas

51
História Clínica Exposições
  • Residência
  • Stress fisio/psicológico
  • Marisco ou água de mar
  • Parto recente
  • Traumatismo
  • Mordeduras animais ou humanas
  • Estado imunológico
  • Contacto com animais

52
História Clínica Comorbilidades
  • História traumática acidental ou iatrogénica
  • Patologia adjuvante
  • Cardiovascular
  • Respiratória
  • Hepática
  • Endócrina
  • Imunológica
  • Neurológica

53
História Clínica Comorbilidades
  • Diabetes mellitus
  • Eczema
  • Psoríase
  • Dermatomicose
  • Bypass com veia safena
  • Linfedema crónico
  • Estáse venosa
  • Antecedentes locais

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Comorbilidades
  • Atenuam a clínica, encobrindo a severidade da
    infecção
  • A DM estreptococcias e infecção do pé
    diabético
  • A obesidade - infecção profunda com poucas
    manifestações cutâneas
  • A cirrose hepática - infecção por V. vulnificus.

55
Comorbilidades
  • A imunossupressão aumenta a vulnerabilidade à
    infecção, particularmente na neutropenia e
    hospitalização recente
  • Colonização por organismos multi-resistentes
  • Pseudomonas - ectima gangrenosa (neutropenia).

56
Diabetes Mellitus
  • Possíveis alterações do quadro clínico
  • Ausência de febre e leucocitose
  • Hiperglicemia marcada e toxicidade sistémica
    sugerem infecção agressiva/profunda
  • Ausência de taquicardia
  • História natural aeróbios/anaeróbios ?
    estreptococcos do grupo B ? grupo A
  • Gás nos tecidos - infecção mista ou Clostridia
    (as estreptococcias não produzem gás).

57
Diabetes Mellitus
Regeneração
58
Comorbilidades
  • Exame físico cuidado e consulta precoce de
    cirurgia
  • A variação da resistência aos antibióticos torna
    a terapia empírica ineficaz e exige cultura e
    antibiograma seriados como guia
  • A doença por Gram (-) em pessoas saudáveis é
    rara, mas bastante frequente nos
    imunocomprometidos.

59
Exame Físico - Pele
  • A relação anatómica dos diferentes tipos de
    lesões
  • Sinais inflamatórios
  • Eritema, calor, dor e edema.
  • Sinais de infecção
  • Flutuação
  • Drenagem
  • Odor

60
Exame Físico - Pele
  • Simetria
  • Crepitações
  • Vesículas/Bolhas
  • Pápulas/Pústulas
  • Nódulos/Densificações
  • Manchas/Cor
  • Úlceras
  • Lacerações

61
Exame Físico Sinais de Alerta
  • Sinais de infecção severa
  • Epidermólise
  • Bolhas violáceas
  • Necrose
  • Ulceração cutânea
  • Angeoedema
  • Alterações sensitivas e dor profunda
  • Síndrome do compartimento

62
Toxicidade Sistémica
  • Dor local severa e progressiva
  • Febre
  • Taquicardia/Palpitações
  • Fadiga/Astenia
  • Hipotensão/Afundamento mental
  • Taquipneia/Dispneia

63
Exames Laboratoriais
  • Obter amostras para coloração imediata por Gram
    (morfologia)
  • Na suspeita de toxicidade sistémica, realizar
  • Exames culturais específicos e antibiograma
  • Hemocultura (dois ensaios)
  • Hemograma
  • Gasimetria
  • Ionograma
  • Bicarbonato
  • Cálcio.
  • Creatinina
  • CPK (creatine phosphokinase)
  • Glicose
  • Albumina

64
Biópsia
  • Biopsia na celulite
  • Só 20 das culturas é positivo
  • A IF é muito sensível nas estreptococcias, mas
    cara e complicada.

65
Biópsia
  • Infecção não associada a lesão de entrada
  • 50 das fasceítes necrosantes e mionecroses
    estreptocóccica
  • 100 das gangrenas gasosas por C. Septicum
  • Disseminação hematogénia com exteriorização
    cutânea tardia
  • O dx e tx definitivo precoces reduzem a
    mortalidade e morbilidade
  • A preparação extemporânea de biopsia cirúrgica
    reduz
  • O tempo de dx de 6 dias ? 21 horas
  • Mortalidade de 72,7 ? 12.5.

66
Imagiologia
  • Radiografia simples
  • Ecografia
  • TC
  • RMN

67
Radiografia Simples
  • Gás
  • Músculo
  • Tecido subcutâneo.
  • Alterações ósseas
  • Osteolíticas
  • Desformações.
  • Osteomielite.

68
Ecografia
  • Abcesso

69
Tomografia Computorizada
Fasceíte necrosante complicada com mediastinite.
70
Ressonância Magnética Nuclear
Infecção do compartimento dos adutores,
complicado por Síndrome de Compartimento.
71
Diagnóstico Cirúrgico
  • O apoio de Cirurgia pode ser crucial na presença
    de
  • Sinais de toxicidade sistémica
  • Bolhas arroxeadas, equimose ou epidermólise
  • Sinais de necrose na TC ou RMN
  • Trauma, cirurgia ou parto recentes
  • Evidência de síndrome do compartimento
  • Dor severa progressiva, mesmo se apirética
  • Evidência clínica ou imagiológica de gás nos
    tecidos

72
Diagnóstico Cirúrgico
  • Inspecção directa de fáscias e músculos
  • Colheita de material de qualidade superior para
  • Preparação extemporânea e coloração Gram
  • Histopatologia
  • Cultura
  • Antiobiograma
  • Desbridamento cirúrgico imediato do tecido
    necrótico
  • Melhorar o prognóstico da lesão profunda grave,
    pouco sintomáticas e tardiamente diagnosticada.

73
Dx Diferencial
  • A inflamação acompanha a infecção, mas é
    inespecífica e associa-se a patologia não
    infecciosa (ex., alergias), podendo mimetizar ou
    ser causa adjuvante da infecção
  • A histopatologia (imunofluorescência) é útil no
    dx de processo não infeccioso, mas a simetria no
    exame físico é um sinal forte.

74
Diagnóstico
  • OBJECTIVOS E ALERTAS
  • Obter (história clínica e exame físico) os
    elementos chave para determinar a potencial causa
    da infecção
  • Avaliar (exame físico) a profundidade e a
    severidade da infecção
  • Atentar no potencial de certas terapias e
    comorbilidades alterarem o quadro clínico
    clássico
  • Realizar testes laboratoriais para caracterizar e
    determinar a etiologia da infecção, e guiar a
    antibioterapia empírica/definitiva
  • Reconhecer os dados clínicos/laboratoriais de
    toxicidade sistémica
  • Reconhecer que as infecções das partes moles
    possuem etiologia variada e podem ser confundidas
    com doenças não infecciosas.

75
Hospitalização
  • Angeoedema
  • Febre ou síndrome gripal
  • Taquicardia (exagerada para a temperatura)
  • Hipotensão (basal ou ortostática)
  • Taquipneia
  • Afundamento mental
  • Progressão rápida da infecção
  • Sinais de necrose equimose, bolhas violáceas,
    epidermólise, crepitações, ulcerações

76
Hospitalização
  • Linfangite
  • Dor contínua, severa, evolutiva, fixa, de difícil
    controlo
  • Evidência de síndrome de compartimento
  • Sinais de I.R. creatinina e CPK elevadas,
    hipoalbuminemia, acidose metabólica
  • Hipocalcemia
  • Hiperglicemia (marcada nos diabéticos)
  • Falência multi-orgânica

77
Ambulatório
  • Obter o consentimento informado do paciente (ou
    responsável legal)
  • Assegurar a existência do ambiente domiciliário
    apropriado
  • Acesso fácil e capacidade de recorrer a cuidados
    de saúde
  • Disponibilidade de pessoal de enfermagem
    creditado na administração e.v. e cuidados
    médicos 24h por dia

78
Ambulatório
  • Contra-indicações
  • Infecção grave (necrose, disseminação)
  • Toxicidade sistémica
  • Diabetes Mellitus
  • Doença arterial oclusiva periférica (DAOP)
  • Terapia imunosupressora/corticoterapia
  • Obesidade
  • Doença varicosa grave ou linfedema
  • Prótese
  • Alcoolismo
  • Idade avançada

79
Tratamento Empírico
  • Sem sinais sistémicos ou comorbilidades, usar
    antibioterapia anti estafilococcica e
    estreptococcica
  • Mediante baixo risco de MRSA
  • Nafcilina/dicloxacilina e.v.
  • Cefalosporina oral (cefuroxima, cefpodoxima,
    cefadroxil)
  • Azitromicina/claritromicina e.v.
  • Ampicilina/sulbactam e.v. e depois
    amoxicilina/clavulanato oral
  • Nova fluroquinolona (levofloxacina,
    moxifloxacina)
  • Clindamicina

80
Tratamento Empírico
  • Mediante alto risco de MRSA
  • Vancomicina e.v.
  • Oxazolidinona (linezolido) e.v. ou oral
  • Regime ambulatório
  • Cefalosporina ceftriaxona (1x dia) ou cefazolina
    (2x dia ou 1x dia probenecide oral)
  • Infusão de 24h com outros antibióticos, com
    acesso i.v. adequado (ex. catéter venoso
    central)
  • Dar prioridade ao tx ambulatório sempre que
    possível.

81
Tratamento Cirúrgico
  • Remoção cirúrgica da fáscia friável e músculo
    escurecido não sangrante e sem abalos
  • Alargar o desbridamento cirúrgico até atingir
    tecido viável
  • Reparar possíveis danos vasculares.

82
Tratamento Cirúrgico
  • Amputação
  • Infecção invasiva e virulenta de comportamento
    maligno
  • Inviabilidade tecidular por lesão vasculonervosa

83
Tratamento Cirúrgico
  • Cirurgia plástica

84
Desbridamento
  • Cirúrgico
  • Mecânico
  • Autolítico
  • Enzimático.

85
Desbridamento
  • Fasciotomia

86
Terapia adjuvante
  • Na infecção grave com toxicidade sistémica
  • Fluidoterapia na hipotensão, azotemia e acidose
    metabólica
  • Hipertensores quando sem resposta aos fluidos
  • Monitorização intensiva (UCI)
  • Oxigenoterapia
  • Ventilação mecânica
  • Hemodiálise (IRA)
  • Oxigénio hiperbárico
  • Plasmaferese
  • Imunoglobulinas IV
  • PCR.

87
Prevenção
  • Prevenir a infecção secundária a lesão
    traumática
  • Traumatismo ligeiro
  • Queimaduras, escoriações, abrasões ou lesões de
    impacto
  • Flora cutânea (S. aureus e estreptococcos do
    grupo A)
  • Limpeza simples com sabão bactericida é
    suficiente em pessoas saudáveis.
  • Pé diabético
  • Limpeza agressiva e antibioterapia
  • Educar para lesões de causa neuropática, higiene,
    calçado protector, inspecção e tx precoce.

88
Prevenção
  • Lesão profundas (esmagamento ou fracturas
    expostas), com lesão vascular ou contaminação
    evidente pelo solo com
  • Limpeza cirúrgica profunda da ferida
  • Remoção de todo o material estranho
  • Re-anastomose vascular
  • Irrigação abundante com soro fisiológico
  • Antibioterapia
  • Deixar a ferida aberta
  • Assegurar-se da imunização activa contra o tetano

89
Prevenção
  • Educar os pacientes com comorbilidades
    adjuvantes nas medidas de higiene preventivas
  • O pé diabético na DM
  • Bypass da veia safena
  • Linfedema crónico mastectomia, prostatectomia
    radical e radioterapia
  • Insuficiência venosa crónica
  • Infecção fúngica crónica dos pés.

90
Seguimento
  • Avaliação cautelosa antes, durante e após o tx,
    procurando sinais de recidiva
  • Sinais de drenagem persistente
  • Cultivar a drenagem para identificação do agente
    e antibiograma
  • Rx ou TC para excluir infecção profunda, corpo
    estranho ou osteomielite
  • A fisioterapia é vital na recuperação dos
    sobreviventes sujeitos a limpeza radical ou
    amputação
  • A consulta de medicina física e de reabilitação
    avalia a necessidade de prótese, reabilitação,
    reaprendizagem

91
CASO CLÍNICO
Serviço de Cirurgia do Hospital de S. João
Porto Disciplina de Cirurgia da FMUP
17 de setembro de 2020
92
  • IDENTIFICAÇÃO
  • MJCM
  • ? 60 anos
  • Caucasiano
  • Profissão Reformado (comerciante de produtos
    alimentar)
  • Residência Gondomar
  • ANTECEDENTES PESSOAIS
  • Ex-fumador há 20 anos
  • DM II diagnosticada há 10 anos
  • Dieta, exercício e ADO, o qual suspendeu 1 ano.

93
HISTÓRIA DA DOENÇA ACTUAL
2006/03/30 1ª vez que se desloca ao S.U do HSJ
- PORTO. MOTIVO DA URGÊNCIA Grave dispneia de
esforço e astenia de agravamento contínuo com 1
mês de evolução. Edema dos M.I., inicialmente à
direita e depois também à esquerda de evolução
mais recente.
94
  • EXAME FÍSICO
  • Pálido, hidratado, sem sinais de cianose ou
    icterícia
  • Sem tiragem. AP sons simétricos, com
    crepitações inspiratórias e expiratórias, mais
    abundantes nos QS e reduzidas no 1/3 inferior
    direito. Sibilos bilaterais. Tempo de expiração
    ligeiramente prolongado
  • AC S1 e S2 normais, sopro aórtico e
    taquicardia
  • FC 100/110 bpm TVJ a 45º positiva
  • PAS 90/100 mmHg PAD 60/80 mmHg

95
  • EXAME FÍSICO
  • Abdómen globoso e distendido, sem outras
    alterações
  • MI edema bilateral até à extremidade proximal
    da coxa mais acentuado do lado direito
  • MS Contractura de Dupuytren em ambas as mãos
  • Dx Infecção respiratória inferior
  • Tx Penicilina G

96
2006/04/04 - 2ª vez que recorre ao S.U. do HSJ -
PORTO Manutenção do estado geral e manutenção do
esquema terapêutico.
2006-04-10 - 3ª vez que recorre ao S.U. do HSJ -
PORTO MOTIVO DA URGÊNCIA Manutenção da
sintomatologia respiratória e agravamento do
edema dos M.I., particularmente à direita, com
sinais inflamatórios na face anterior do 1/3
médio da coxa. Refere dor à palpação e à
mobilização activa e passiva do membro. Aparente
presença de flutuação local. Tentativa de
aspiração local. Dx Abcesso Tx Sem
alteração
97
  • 2006/04/13 - 4ª vez que recorre ao S.U. do HSJ -
    PORTO
  • MOTIVO DA URGÊNCIA
  • Manutenção da sintomatologia respiratória e
    agravamento do edema dos M.I., em particular à
    direita, com acentuada inflamação da face
    anterior-interna do 1/3 médio da coxa. Drenagem
    espontânea de colecção purulenta, sugestiva de
    abcesso fistulado. Mancha de tonalidade azulada
    sugere possível hematoma infectado
  • Realização de ecografia à coxa direita e recolha
    de sangue para análises clínicas
  • O doente regressa a casa com o acordo de voltar
    no dia seguinte para ser internado no Serviço de
    Cirurgia do HSJ Porto.

98
  • ECOGRAFIA S.U.
  • Densificação dos tecidos moles da coxa direita,
    em particular da face antero-interna com colecção
    complexa medindo 10X3,6cm de maior diametro
    sugestiva de volumosa formação abcedada ou
    hematoma infectado.

99
  • 2006/04/14 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
    PORTO
  • MOTIVO DE INTERNAMENTO
  • Abcesso em drenagem espontânea no 1/3 médio da
    face antero-interna da coxa direita com 2 semanas
    de evolução.
  • ANÁLISES CLÍNICAS
  • Leucócitos 23000
  • PCR 278
  • Glicose 356
  • Tx Drenagem cirúrgica do abcesso, ferida aberta
    Suspensão da penicilina G e início de
    ciprofloxacina, metronidazol e insulina.

100
  • 2006/04/17 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
    PORTO
  • Manutenção da sintomatologia respiratória,
    redução do edema da coxa
  • ANÁLISES CLÍNICAS
  • Leucócitos 14000
  • PCR 232
  • Glicose 236
  • Tx Sem alteração.
  • 2006/04/19 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
    PORTO
  • Manutenção da sintomatologia respiratória,
    redução significativa do edema e processo
    inflamatório da coxa
  • Tx Suspende metronidazol, mantém de
    ciprofloxacina. Realiza Rx torácico.

101
  • Rx TORÁCICO
  • Broncopneumonia e consolidação de grandes
    dimensões no 1/3 médio do pulmão esquerdo,
    (pneumonia lobar), dx diferencial carcinoma
    broncogénico. Sinais de derrame pleural nos
    ângulos costofrénicos. Pedido de TC torácico para
    esclarecimento.

102
  • 2006/04/21 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
    PORTO
  • Melhoria da sintomatologia Anemia NC/NC
  • ANÁLISES CLÍNICAS
  • Hemoglobina 9
  • Leucócitos 5000
  • PCR 46
  • Glicose 140
  • Tx Sem alteração. Realização de TC torácico.

103
  • TC TORÁCICO
  • Consolidação pulmonar lobar dos lobos superiores,
    com broncograma aéreo. Derrame pleural bilateral
    de médio volume.

104
  • TC TORÁCICO
  • Achados sugestivos de hemorragia e infecção
    pulmonar em fase de resolução, ainda de
    considerar carcinoma broncoalveolar.
  • Pedido de broncoscopia para despiste de neoplasia.

105
  • 2006/04/27 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
    PORTO
  • Sem queixas. Melhoria franca do estado geral, com
    exame físico e análises clínicas dentro do
    normal. Diabetes controlada. Bom processo de
    cicatrização da ferida cirúrgica aberta, sem
    sinais de infecção.
  • Tx Sem alteração. Realização de TC torácico de
    controlo.

106
  • Rx TORÁCICO
  • Sem imagens significativas de consolidação lobar
    e sem sinais de derrame pleural. Alguns sinais de
    fibrose do 1/3 médio do campo pulmonar esquerdo.
    Desaparecimento da imagem sugestiva de massa
    neoplásica.

107
  • 2006/05/04 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
    PORTO
  • Bem estar geral. Sem queixas. Tx Sem alteração.

108
2006/05/04 internado no S. de Cirurgia do HSJ -
PORTO
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