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Uso da l ngua e suic dio: analogias mile Durkheim – PowerPoint PPT presentation

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Title: Uso da l


1
Uso da língua e suicídio analogias
  • Émile Durkheim

2
Suicídio
  • nada é, à primeira vista, mais individual do que
    o suicídio entretanto, o suicídio só assume seu
    significado enquanto ato que se contextualiza no
    interior de uma determinada sociedade

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Língua/fala
  • analogamente, os indivíduos que utilizam a
    linguagem o fazem sempre por iniciativa pessoal,
    mas sua ação verbal só tem os efeitos que têm
    pela existência de um sistema que o usuário
    compartilha com os outros membros da comunidade
    lingüística de que faz parte.

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Saussurre língua e lingüística
  • À luz dessa analogia, Saussurre qualifica a
    língua como fenômeno social e a lingüística como
    um ramo da psicologia social

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Revolução científica
  • toda revolução científica, toda orientação
    teórica e inovadora parte de um pequeno conjunto
    de metáforas que produzem um modo novo de enfocar
    os fatos a serem explicados
  • a metáfora dos cientistas da língua durante o
    período da lingüística histórica no século XIX
    tinha sido de inspiração biológica a idéia
    evolucionista da transformação das espécies
  • a metáfora inovadora de Saussurre foi a noção de
    valor que só pode ser compreendida à luz da
    distinção entre os conceitos de língua e fala, de
    forma e substância, de pertinência e de
    significante/significado e signo

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Conceitos de Saussurre
  • 1. Língua e fala
  • 2. Noção de pertinência
  • 3. Forma e substância
  • 4. Significante, significado e signo
  • 5. Noção de valor
  • 6. Arbitrariedade
  • 7. Sincronia e diacronia

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O jogo e o conceito de valor
  • É possível substituir uma peça perdida (por ex.,
    no jogo de xadrez, uma torre que se extraviou)
    por um outro objeto qualquer, e jogar o jogo sem
    problemas, desde que convencionemos que a peça
    improvisada representará a que se extraviou. Mais
    importante do que a matéria de que são feitas as
    peças é a função que lhes é atribuída. Mais
    importante, portanto, é a maneira como a língua
    coloca o signo em contraste com os outros.

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Lingüística imanetista
  • Ao falar em valor lingüístico, Saussurre deu
    realce ao fato de que a relação
    significante/significado sempre deve ser
    considerada à luz do sistema lingüístico em que o
    signo se insere e não das situações prática em
    que a língua intervém ou das realidades
    extra-lingüísticas de que permite falar
  • Lingüística que procura minimizar as relações que
    a língua mantém com o mundo prioridade lógica ás
    relações que se estabelecem no interior do
    sistema
  • Saussure contraria a tradição que colocava em
    correspondência palavras e idéias e tratava as
    palavras como unidades autônomas de análise

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Três caminhos na filosofia da linguagem
Martins, 2004
  • Multiplicidade de caminhos
  • Coleção de mapas
  • Três caminhos que marcam definitivamente o
    território da Lingüística
  • Mas nascem no campo da Filosofia

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Perguntas filosóficas
  • As coisas têm essência fixa que nos transcende?
  • Há verdades eternas?
  • O homem pode ser a sede de conhecimentos
    universalmente válidos?
  • O que é para a palavra humana ter ou fazer
    sentido?

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Respostas
  • A Filosofia nos oferece 3 ângulos sob os quais se
    entende que a linguagem humana sifnifica
  • Realismo quando a linguagem identifica parcelas
    da realidade
  • Mentalismo quando a linguagem representa
    acontecimentos mentais compartilhados entre
    falantes e ouvintes
  • Pragmatismo quando a linguagem é usada ou
    vivenciada no fluxo das práticas e costumes de
    uma comunidade lingüística

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Complexidades
  • Será que o ângulo do realismo dá conta de
    palavras como fada, beleza ... ?
  • O mentalismo resolve os abstratos, mas será que
    imagéticos como em cachorro será o mesmo para
    todos?
  • O ângulo do pragmatismo faria um contrato com os
    interlocutores e resolveria o problema. Contrato
    comunitário ou individual?

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Insuficiência dos três caminhos na busca do
sentido
  • realismo nomenclaturista
  • Mentalismo meramente imagético
  • Pragmatismo ingenuamente contratual

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Questão complexa
  • Qualquer que venha a ser a nossa apreciação
    daquilo que se promete em cada um desses
    caminhos, o primeiro passo que deve ser dado em
    cada um deles é o reconhecimento dessa espessura
    é desarmar qualquer expectativa de que a
    questão do sentido possa ser resolvida, ou
    dissolvida, por decreto
  • Vejamos o pano de fundo desta questão.

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PANO DE FUNDO sofistas e socráticos
  • A discussão não foi exclusivamente no plano da
    linguagem, mas no da sustentação da verdade (não
    sofismaram, mas contribuíram!)
  • Se a verdade prevalece sobre o consenso ou se,
    ao contrário, o consenso prevalece sobre a
    verdade, eis então o nervo da controvérsia entre
    sofistas e socráticos.

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Sofistas
  • Legado filosófico dos sofistas relativismo
    tese radical da impossibilidade de se
    estabelecerem verdades universalmente válidas,
    autônomas com relação às circunstâncias
    concretas, contingentes e variáveis da
    experiência humana.
  • Enfatizando a volatilidade dos consensos sobre a
    fixidez da verdade... os sofistas abrem o caminho
    para pensarmos que as expressões significam não
    porque representam algo por si sós, não por
    possuírem qualquer sentido imanente, mas antes
    porque jamais dissociando-se dos assuntos humanos
    de que tomam parte, inscrevem-se
    circunstanciadamente no fluxo dessas práticas,
    com efeitos possíveis muito variados, efeitos que
    podem talvez ser estimados mas nunca garantidos
    de antemão.

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Socráticos
  • Na república Platão elabora sua célebre
    perspectiva dualista do real, sustentando haver
    uma oposição entre o mundo sensível, das
    aparências, e o mundo inteligível, das essências
    ou idéias. A variação e a mutabilidade das
    coisas, tão enfatizada pelos sofistas, seriam
    para Platão características desse mundo das
    aparências, do mundo que está ao alcance dos
    sentidos ali habitaria de fato tudo o que é
    corpóreo, imperfeito e imutável (p.e. belo).
  • Para Platão a linguagem pressupõe a verdade e que
    está acima do consenso. Por trás da condenação de
    Sócrates estaria a vitória do consenso sobre a
    objetividade, a honestidade intelectual e a
    verdade.

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Platão, Aristóteles e Sofistas
  • Assim como Platão, Aristóteles reconhece na
    racionalidade a condição nuclear do funcionamento
    da linguagem. As palavras teriam para ele, assim
    como para Platão, o propósito fundamental de
    representar objetivamente nominata
    extralingüísticos essências universais e
    autônomas. A divergência básica entre os dois
    pensadores estaria no lócus dessas essências na
    alma, para Aristóteles no real, para Platão. Mas
    ambos se opõem aos sofistas para quem tais
    essências simplesmente não comparecem.

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Três ângulos Duas perspectivas
  • Desta forma, os três ângulos para entender a
    linguagem se resumem na prática a duas
    perspectivas
  • 1. a orientação platônico-aristotélica, em que
    verdades essenciais perenes prevalecem sobre os
    consensos voláteis dos homens as palavras seriam
    como sucedâneos de entidades objetivas
    essências, reais ou mentais, transcendentes em
    relação às experiências concretas e variáveis dos
    homens as línguas seriam instrumentos para falar
    objetivamente sobre as coisas, como sistemas de
    descrição ou representação de uma ordem externa
    universal.
  • 2. a orientação sofística, em que a verdade é
    múltipla e mutável, efeito passageiro dos
    consensos relativamente precários que resultam
    das práticas humanas a linguagem seria uma
    práxis circunstanciada pela cultura, pela
    história, pelas idiossincrasias de cada ocasião
    do contato verbal.

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Conclusão
  • Assim, a compreensão da linguagem pelos gregos
    nasce sob a tensão entre essencialismo e
    relativismo.
  • Do fato de que a perspectiva platônico-aristotélic
    a dominou a história do pensamento ocidental
    decorre a correspondente hegemonia histórica de
    uma concepção essencialista da linguagem e do
    sentido.
  • A revolução científica parece acontecer quando a
    linguagem falha e coloca em risco esta hegemonia
    (Descartes, Arnauld e Lancelot, neogramáticos,
    Saussurre, gerativistas).
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