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INTRODU

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INTRODU O ECONOMIA O SETOR P BLICO CANO, Wilson. Introdu o Economia: uma abordagem cr tica. 2 ed. S o Paulo: UNESP, 1998. 264p. (Cap tulo 5 As ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: INTRODU


1
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
  • O SETOR PÚBLICO
  • CANO, Wilson. Introdução à Economia uma
    abordagem crítica. 2 ed. São Paulo UNESP, 1998.
    264p. (Capítulo 5 As Relações Econômicas
    Internacionais)
  • Prof. Dr. Raimundo Cláudio Gomes Maciel
  • Blog raimundoclaudio.wordpress.com

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • As bases doutrinárias surgidas com o liberalismo
    econômico na Revolução Industrial postulavam,
    entre outras, as seguintes afirmações
  • o comércio não deve sofrer qualquer tipo de
    restrição (livre cambismo)
  • o elemento motor do progresso é o lucro, ficando
    portanto as atividades de produção e comércio
    restritas às empresas privadas, devendo o Estado
    se abster de qualquer coação nesse campo (livre
    empresa e livre concorrência)
  • o Estado é mau administrador.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • As funções clássicas do Estado liberal, que
    vigoraram, com maior ou menor rigidez, até o fim
    da década de 1920
  • serviços de justiça
  • manutenção da ordem social
  • defesa nacional
  • alguns serviços sociais.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Com a grande crise mundial de 1929, os
    postulados clássicos foram contestados, por meio
    da ação direta do Estado na economia, com o
    objetivo de minimizar os efeitos depressivos da
    renda e do emprego gerados por essa crise.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Uma profunda revolução no pensamento econômico se
    processou, com a grande obra de Keynes, que
    reformulava a noção de intervenção governamental,
    argumentando que
  • o orçamento público poderá ser deficitário ou
    superavitário, em função do comportamento da
    atividade econômica
  • o Estado poderá intervir no sistema, para manter
    o pleno emprego e o nível de renda, especialmente
    por meio do investimento público
  • o pleno emprego é um fator uacidental no
    capitalismo liberal, não sendo este capaz de
    mantê-lo pelo simples sistema de preços (pelo
    mercado)
  • mantendo-se o pleno emprego (e a massa salarial),
    manter-se à a demanda efetiva do sistema.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Despesas públicas totais ( do PIB)
  • Fonte Wilson Cano, p. 116.

Estados Unidos Estados Unidos Reino Unido Reino Unido
1880 2,5 1890 8,9
1914 2,2 1913 12,4
1924 3,5 1924 23,7
1934 10,4 1938 30,0
1967 28,3 1967 32,9
1980 30,0 1980 35,0
1991 30,0 1991 38,0
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Essa maior carga tem sido politicamente
    sancionada pelas lutas dos sindicatos dos
    trabalhadores e dos partidos políticos mais
    progressistas, e pelo comportamento menos
    conservador de suas elites.
  • Receitas fiscais correntes do governo ( sobre o
    PIB)

1965 1970 1980 1990
Argentina 24,0 19,1 23,6 19,5
Brasil 21,8 26,0 24,7 27,8
Chile 18,0 ... 30,3 27,1
México 6,1 8,1 14,5 20,5
Bélgica 31,2 35,7 44,4 44,9
Holanda 33,2 37,6 45,8 45,2
Suécia 35,2 40,0 49,1 56,9
OCDE Europa 27,6 31,0 36,5 40,2
EUA 25,9 29,2 29,5 29,9
Japão 18,3 19,7 25,4 31,3
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • A instituição de políticas neoliberais a partir
    do final da década de 1970 nos países
    desenvolvidos, embora não tenha reduzido
    efetivamente a carga tributária, procedeu a
    drásticos cortes nos gastos sociais e nos
    investimentos de seus governos. Essa longa crise,
    que continua na década atual, enfraqueceu muito o
    poder dos sindicatos de trabalhadores, e muitos
    partidos até então de esquerda ou progressistas
    foram os que sancionaram essas políticas.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • As instituições públicas atuações e principais
    instrumentos de política
  • O setor público será aqui definido como o
    conjunto de entidades tipicamente governamentais
    e ainda as empresas que, a despeito de terem uma
    forma jurídica semelhante a empresas particulares
    - a sociedade anônima, por exemplo são de
    propriedade do poder público. Na análise do setor
    privado, definimos dois tipos de entidades as
    famílias e as empresas quanto ao setor público,
    também faremos uma classificação arbitrária,
    subdividindo-o em
  • Órgãos de administração
  • Unidades produtoras de bens e serviços.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • As unidades produtoras de bens e serviços são
    agrupadas segundo os setores produtivos a que
    pertençam
  • Primário- compreendendo fazendas experimentais,
    ou produtoras, atividades extrativas etc
  • Industrial abarcando toda e qualquer atividade
    produtora de bens (finais ou intermediários)
    industriais energia elétrica, construções, aço,
    petróleo, química etc
  • Serviços como os de educação, saúde,
    saneamento, transportes, seguros, financeiros etc.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Principais tipos e formas de atuação do setor
    público na economia
  • Atuação direta em que o Estado exerce uma
    atuação coercitiva, ou então atua diretamente,
    produzindo, comprando ou vendendo bens e
    serviços. Mais especificamente são ações desse
    tipo
  • Produtora
  • Captadora de rendas
  • Utilizadora de rendas
  • Regulamentação coercitiva.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Atuação indireta compreendendo atividades
    públicas exercidas num sentido de aconselhamento,
    persuasão, orientação, estímulo ou desestímulo às
    entidades privadas, tentando fazer com que estas
    adotem determinados comportamentos ou atividades
    mais condizentes com os objetivos traçados pelo
    setor público para o conjunto da nação. Elas
    podem ser agrupadas em
  • Persuasão
  • Regulamentação indutora.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Objetivos orientadores da ação do setor público
  • Interesse social.
  • Objetivos orientadores da ação do setor privado
  • Maximização do lucro.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Planos de governo Até a eclosão da grande crise
    mundial (1929), a intervenção estatal era
    considerada nociva e se configurava em campos bem
    restritos e definidos da política econômica. Após
    a crise e, em seguida, como evento da Segunda
    Grande Guerra, a política econômica se fez mais
    atuante no sistema, muito embora de forma
    desintegrada e parcial. Aliás, até a década de
    1950 a palavra planejamento (ou planificação) era
    tida como forma comunista ou socialista de
    organização da administração econômica de um
    país, dado que o instrumento do planejamento foi
    utilizado primeiro pela URSS, a pós a revolução
    de 1917.

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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
Instrumentos Agentes de coordenação, comando, controle e execução Agentes cumpridores das metas estabelecidas
1. POLÍTICA FISCAL E TRIBUTÁRIA 1. POLÍTICA FISCAL E TRIBUTÁRIA 1. POLÍTICA FISCAL E TRIBUTÁRIA
1.1 impostos (e contribuições) sobre a renda e propriedade 1.2 impostos (e contribuições) indiretos sobre a produção e circulação de bens e serviços 1.3 contribuições (outras) 1.4 taxas Fazenda Nacional e Local Planejamento Nacional e Local Empresas e famílias
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
Instrumentos Agentes de coordenação, comando, controle e execução Agentes cumpridores das metas estabelecidas
2. POLÍTICA CAMBIAL 2. POLÍTICA CAMBIAL 2. POLÍTICA CAMBIAL
2.1 taxa cambial 2.2 impostos de importação e exportação 2.3 licenças prévias 2.4 controles quantitativos 2.5 controles para remeter dívidas Fazenda Nacional, Banco Central, Administração de portos, Alfândegas Empresas, famílias e agentes financeiros
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
Instrumentos Agentes de coordenação, comando, controle e execução Agentes cumpridores das metas estabelecidas
3. POLÍTICA MONETÁRIA 3. POLÍTICA MONETÁRIA 3. POLÍTICA MONETÁRIA
3.1 controle do meio circulante 3.2 controle do meio de pagamento e do encaixe bancário 3.3 dívida e déficit público Fazenda Nacional Banco Central Planejamento Nacional Agentes financeiros
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
Instrumentos Agentes de coordenação, comando, controle e execução Agentes cumpridores das metas estabelecidas
4. POLÍTICA CREDITÍCIA 4. POLÍTICA CREDITÍCIA 4. POLÍTICA CREDITÍCIA
4.1 seleção (por setores, regiões ou por atividades) do crédit0 4.2 taxa de juros de desconto 4.3 taxa de redesconto 4.4 prazos de pagamento 4.5 títulos especiais de crédito Fazenda Nacional, Banco Central, Planejamento Nacional, Bancos oficiais de crédito de curto e longo prazo Agentes financeiros Bolsas de títulos e valores Corretores financeiros demais empresas
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
Instrumentos Agentes de coordenação, comando, controle e execução Agentes cumpridores das metas estabelecidas
5. POLÍTICA SOCIAL-TRABALHISTA 5. POLÍTICA SOCIAL-TRABALHISTA 5. POLÍTICA SOCIAL-TRABALHISTA
5.1 salários e salários mínimos 5.2 condições especiais de trabalho (menores, periculosidade etc.) 5.3 previdência social 5.4 seguro-desemprego 5.5 formação técnico-científica 2.6 contrato de trabalho Planejamento Nacional, Ministério do Trabalho Ministério da Educação Institutos de Previdência Empresas e famílias Escolas públicas e particulares etc.
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1. A atuação do setor público na economia de
mercado
  • Entretanto, a implantação de políticas
    neoliberais nos países subdesenvolvidos está
    destruindo seus sistemas de planejamento e
    promovendo um verdadeiro desmonte de vários
    organismos do Estado.

21
2. A atvidade produtora do setor público
  • Estado consumidor
  • Estado consumidor a partir de 1929.

22
2. A atvidade produtora do setor público
23
2. A atvidade produtora do setor público
  • Representação antiga da oferta final
  • Passa agora a

24
2. A atvidade produtora do setor público
  • Equação antiga da demanda
  • Passando agora para

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2. A atvidade produtora do setor público
A Setor privado () B Setor público () (AB) Total ()
Renda gerada 1.315 736 2.051 35,8
Oferta final (Of) 1.397 654 2.051 31,8
Demanda final (D) 1.496 555 2.051 27,0
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2. A atvidade produtora do setor público
  • Funções de produção utilizadas pelas unidades
    produtoras do setor público
  • absorção de mais trabalho humano
  • melhor nível salarial
  • diminuição das desigualdades na distribuição da
    renda.
  • Outro ponto importante é a produção de serviços
    de previdência social , garantindo à força de
    trabalho que se retira em definitivo do processo
    produtivo (incapacidade acidental ou por doença,
    morte ou velhice) um rendimento que lhe permita
    sobreviver com sua família.

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3. Apropriação e utilização de rendas pelo setor
público
  • Com a crise mundial de 1929, e com a ação
    intervencionista maior que passaram então a
    exercer os governos de formação, adquirindo um
    sentido mais econômico, de muitos aspectos o da
    distribuição, da redistribuição, da expansão do
    sistema do desenvolvimento econômico, do nível
    geral de preços etc.

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3. As rendas do setor público
  • I Rendas tributárias
  • Impostos diretos (sobre a renda e a propriedade)
  • Impostos indiretos (sobre o uso, consumo ou
    produção de bens e serviços)
  • Contribuições sociais (várias)
  • Taxas (sobre a prestação de certos serviços
    públicos).

29
3.1 As rendas do setor público
  • II Rendas derivadas de atividades produtivas
  • juros (renda dos bancos públicos)
  • lucros (renda das empresas públicas).

30
3.1 As rendas do setor público
  • III Rendas patrimoniais (derivadas de outras
    propriedades públicas)
  • aluguéis
  • outras (de aplicações financeiras, direitos de
    autor etc.).

31
3.1 As rendas do setor público
  • IV Transferências (de e para outros órgãos
    públicos)
  • contribuições à previdência social
  • outras.

32
3.1 As rendas do setor público
  • Outras fontes de captação de recursos para pagar
    o montante da dívida pública quando há déficit
  • Empréstimos e financiamentos
  • Emissões de papel-moeda
  • Emissões de títulos da dívida pública
  • Impostos diretos progressivo
  • Impostos indiretos regressivo
  • Contribuições válvula de escape

33
3.1 As rendas do setor público
  • Pela captação de rendas o Estado executa um
    segundo ato de redistribuição por meio dos
    impostos direto, recolhendo mais das pessoas de
    maior nível de renda (ou tributando a herança),
    ou dos impostos indiretos, gravando menos (ou
    mesmo isentando) bens e serviços de primeira
    necessidade.

34
3.1 As rendas do setor público
  • É muito importante o papel da tributação
    indireta, modificando preços de insumos e de bens
    de capital, via impostos de consumo, de vendas,
    de exportação ou importação, estabelecendo
    margens de proteção à produção nacional quando
    em concorrência com o resto do mundo, ou
    orientando, via preços relativos, deferentes
    opções técnicas e econômicas da produção,
    tributando diferentemente insumos (ou bens de
    capital) diferentes, mas de destino comum.

35
3.2 O gasto público
  • Orçamento de rendas e gastos do setor público
  • () déficit ou (-) superávit em conta corrente
    do governo.


Rendas I Rendas tributárias II Rendas derivadas das atividades produtivas III Rendas patrimoniais IV Transferências ao governo V Total de rendas correntes Gastos VI Compras de bens e serviços de consumo VII Funcionalismo público VIII Transferências de governo a) previdência social b) subsídios c) juros das dívidas interna e externa d) outros pagamentos de transferências IX Gastos correntes totais X V IX Poupança bruta do governo a) reservas para depreciação b) poupanças líquidas
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3.2 O gasto público
  • O impacto redistributivo pode ocorrer via déficit
    orçamentário.
  • Se o déficit for coberto por meio de emissões de
    papel-moeda e engendrar um processo
    inflacionário, possivelmente essa redistribuição
    será negativa.
  • Quanto maior for o peso do setor público na
    economia, em termos de consumo e investimento
    governamental, maior possibilidade terá o setor
    público de manter o nível da procura efetiva
    total do sistema, mantendo com isso o nível de
    renda e do emprego.

37
4. Estado e desenvolvimento
  • A eclosão da segunda guerra obrigou a maioria dos
    estados a atuarem mais decisivamente no sistema
    econômico, em função de desorganização por ela
    provocada.
  • Essa tomada de consciência se dará com uma série
    de movimentos nacionais que se iniciam
  • na Ásia com a revolução da China, da Indochina,
    da Índia, da Coréia, da Birmânia
  • na África, com as revoluções e guerras de
    independência realizadas tanto na África branca
    como na negra, onde dezenas de antigas
    colônias tornaram-se politicamente independentes.

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4. Estado e desenvolvimento
  • No caso da América Latina, há de destacar o papel
    fundamental desempenhado pela Cepal a partir de
    1949, traçando um perfil do subdesenvolvimento
    latino-americano e introduzindo as técnicas de
    planejamento em nossos países.

39
4.1 Estado desenvolvimentista da crise de 29 à
crise da dívida (1979-1982)
  • Com a ruptura do modelo, gerada pelos efeitos da
    grande crise e da Segunda Grande Guerra, nossos
    países sentiram de forma inquietante a
    necessidade do desenvolvimento econômico.
  • Entretanto, a eficácia de ações tomadas ou a
    possibilidade de se tomar determinadas atitudes
    ficava condicionadas às estruturas vigentes e
    herdadas do modelo primário-exportador, bem como
    às suas instituições.

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4.1 Estado desenvolvimentista da crise de 29 à
crise da dívida (1979-1982)
  • Para um sistema econômico aumentar produto, renda
    e emprego, há de aumentar sua capacidade
    produtiva, significando isso, num primeiro plano,
    a necessidade de aumentar a acumulação de
    capital.
  • Poupança do setor privado as poupanças geradas
    eram em boa medida canalizadas para a acumulação
    de capital no compartimento produtor de bens de
    consumo leves.
  • A poupança das famílias de maior nível de renda.
  • A poupança do exterior constitui-se numa faca de
    dois gumes.

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4.1 Estado desenvolvimentista da crise de 29 à
crise da dívida (1979-1982)
  • Quanto à poupança do setor público, lembremos que
    o saldo orçamentário depende, de um lado, da
    possibilidade captadora de rendas e, de outro, do
    montante do gasto público corrente.

1970 1990
EUA 18,0 16,1
Japão 10,9 17,9
Reino Unido 19,5 17,6
CEE 11,6 16,0
Argentina 3,2 1,6
Brasil 3,2 5,6
Chile 3,2 3,1
México 3,2 5,5
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4.1 Estado desenvolvimentista da crise de 29 à
crise da dívida (1979-1982)
  • Com o descompasso entre a arcaica estrutura
    tributária e a moderna estrutura do gasto
    público, surge um crônico déficit público.
  • Quanto mais for desenvolvido o sistema, maior
    preponderância terão as atividades produtoras
    primárias na estrutura produtiva.
  • Um importante ponto comum das economia
    primário-exportadoras latino-americanas era sua
    infra-estrutura econômica existente até a eclosão
    da crise de 1929, implantada em função dos
    compartimentos exportador e urbano.

43
4.1 Estado desenvolvimentista da crise de 29 à
crise da dívida (1979-1982)
  • No momento em que o sistema muda, buscando uma
    forma de crescimento para dentro, isto é, via
    industrialização, depara com uma infra-estrutura
    relativamente inadequada às novas condições
  • escassez de energia elétrica para acionar o novo
    compartimento industrial
  • redes de transporte e comunicação insuficientes
    para a integração com o interior do país
  • pelo lado da infra-estrutura social, baixos
    níveis de educação, formação técnica e de saúde
    pública.

44
4.2 O surgimento e a atuação do Estado
desenvolvimentista
  • Processo de desenvolvimento
  • aceleração da acumulação de capital
  • poupanças privadas tornam-se escassas.
  • O setor público
  • ação planejadora
  • ação promotora
  • ação executora
  • ação financiadora.

45
4.3 O mito da estatização
  • Os conservadores sempre criticavam o
    significativo peso que o setor público de países
    subdesenvolvidos apresentava. Argumentavam que,
    quanto maior fosse essa participação, a
    socialização estaria ganhando do mercado, e a
    economia operaria com menos eficiência.

46
4.3.1 Os investimentos da infra-estrutura
  • Caracterizam dos investimentos da infra-estrura
  • longo período de maturação
  • baixa ou nenhuma lucratividade
  • requerem alto montante de recursos financeiros
    para sua realização.
  • Exemplos
  • estradas
  • comunicações
  • portos
  • serviços de saneamento
  • hospitais e escolas públicas etc.

47
4.3.2 A produção de bens e serviços pelo setor
público
  • Trataremos aqui especificamente das empresas
    públicas que produzem bens e serviços, como por
    exemplo energia elétrica, gás, água, aço,
    petróleo, serviços financeiros, sementes,
    fertilizantes etc.
  • Inicialmente, distingamos três tipos de empresas
    públicas, segundo sua lucratividade
  • empresas deficitárias (D)
  • as equilibradas (E) - que não têm lucros ou
    prejuízos
  • as lucrativas (L)

48
4.3.2 A produção de bens e serviços pelo setor
público
  • Classificação das atividades das empresas
    públicas
  • os serviços públicos, transportes etc.
  • produção de insumos
  • produção de bens de capital
  • produção de bens de consumo
  • atividades comerciais
  • atividades financeiras.

49
4.4 O fim do Estado desenvolvimentista?
  • Os EUA, lançando à estratosfera sua taxa de
    juros (de algo em torno de 7 em meados de 1979 a
    cerca de 21 em meados de 1981).
  • golpe de mestre.
  • As pressões para que o Estado assumisse a dívida
    (privada) em dólares foram muito fortes,
    resultando no chamado processo de estatização da
    dívida externa (no Brasil, a proporção pública na
    dívida era de apenas 25, e passaria a 75)

50
4.4 O fim do Estado desenvolvimentista?
  • Marcas da década de 1980
  • Inflação
  • Hiperinflação
  • Estagnação.
  • Os países desenvolvidos impuseram aos devedores
    um ajuste macroeconômico.

51
4.4 O fim do Estado desenvolvimentista?
  • Ao assumir a dívida privada em dólares, o Estado
    tinha que compará-los no mercado e, para tal, era
    obrigado a emitir títulos da dívida pública em
    moeda nacional.
  • O baixo crescimento do período e a inflação
    corroíam as finanças públicas, e os juros das
    duas dívidas públicas (interna e externa)
    acabavam por destruir a capacidade financeira do
    Estado.

52
4.4 O fim do Estado desenvolvimentista?
  • Durante a década de 1980, os países desenvolvidos
    fizeram sua reestruturação local e regional e,
    além do remédio do ajuste exportador, passaram
    a oferecer, prazerosamente, a chamada
    renegociação das dívidas públicas externas.
  • Pacote de políticas neoliberais
  • abertura comercial
  • privatizações etc.

53
4.4 O fim do Estado desenvolvimentista?
  • O ajuste (impossível, dadas as condições
    estruturais impostas e às existentes na economia
    brasileira) aprofundou ainda mais o desgoverno
    das contas públicas, para poder manter a
    artificial política de estabilização então
    implantada por FHC (Plano Real) a partir de
    meados de 1993.
  • À deterioração federal
  • profundidade da crise econômica
  • desemprego
  • crise social
  • guerra fiscal.

54
4.4 O fim do Estado desenvolvimentista?
  • Para finalizar, basta advertir sobre a
    deterioração (fiscal, financeira e de
    planejamento) que atinge o Estado, e que as
    reformaspropostos pelo atual governo ameaçam
    piorar ainda mais esse quadro. Para manter o
    serviço das dívidas, cortam-se cada vez mais os
    gastos públicos (correntes e de capital),
    notadamente os do funcionalismo e os sociais,
    numa busca inútil e sem fim de um impossível
    ajuste fiscal.
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