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Envelhecimento, Sa

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Envelhecimento, Sa de e Sociedade Eduardo Bezerra Biom dico-Sanitarista - Gerente de Aten o Sa de da Pessoa Idosa - Secretaria de Sa de de Recife entre ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Envelhecimento, Sa


1
Envelhecimento, Saúde e Sociedade
Eduardo Bezerra Biomédico-Sanitarista - Gerente
de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa -
Secretaria de Saúde de Recife entre 2001 e 2008 -
Consultor em Saúde Pública Fundação Getúlio
Vargas - Diretor Consultivo em Saúde Pública do
Instituto Nacional de Biomedicina E-mail
bezerraeduardo_at_uol.com.br www.sobreascidades.word
press.com
2
Saúde do Adulto
3
De onde vem a preocupação com a saúde do adulto?
  • O processo de envelhecimento populacional
  • O crescimento da morbimortalidade por doenças
    crônicas não-transmissíveis
  • O comprometimento ao princípio da integralidade
  • O buraco na atenção à saúde do homem.

4
Existe uma política de saúde do adulto? Por quê?
5
Que campo é esse o da saúde do adulto?
  • Doenças crônicas não-transmissíveis
  • Saúde do homem
  • Saúde do trabalhador
  • Outros.
  • Porém, este é ainda uma temática imprecisa.

6
Raça, gênero e ciclo da vida um triângulo
desarticulado de ação e reação
7
Desigualdade social, diferença e iniquidade
Desigualdade social se referem a situações que
implicam algum grau de injustiça, isto é,
diferenças que são injustas porque estão
associadas a características sociais que
sistematicamente colocam alguns grupos em
desvantagem com relação a oportunidade de ser e
se manter sadio. (Rita Barradas Barata,
2009) Diferença é o oposto da
igualdade. Iniquidade é um termo impreciso,
lançado para caracterizar desigualdades em saúde
em níveis considerados inaceitáveis, seja por sua
elevada magnitude ou por sua vulnerabilidade a
ações factíveis. (adaptado de Silva e Barros,
2002)
8
Classe social por Marx e Weber
Karl Marx as classes sociais são fruto da
posição que cada indivíduo ocupa no sistema de
produção, suas relações com este sistema, o papel
que desempenham na organização social do trabalho
e a forma como se apropriam da riqueza produzida.
(adaptado de Barata, 2009) Max Weber a posição
social dos indivíduos decorre da classificação
segundo três dimensões classe econômica,
prestígio e poder político. Os estratos sociais
são compostos por indivíduos que compartilham
determinadas características de inserção
econômica (ocupação), prestígio social
(escolaridade) e poder ou riqueza (renda),
características estas utilizadas para alocá-los
em uma escala ou gradientes de valores crescentes
ou decrescentes (Barata, 2009).
9
(No Transcript)
10
A perspectiva de ação em saúde pelo ciclo da vida.
11
Perfil Epidemiológico do Adulto Mortalidade
(2005)
20 a 59 anos, indistinto de sexo. Regiões e
Brasil (em). Grupo CID 10
Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 4 Capítulo 9 Capítulo XX
Brasil (175,7) 6,7 15,4 3,7 20,5 27
Norte (128,9) 7,5 12,4 3 15,1 32,4
Nordeste (153,2) 5,9 12,6 4,1 19 28,4
Sudeste (197,4) 7 15,9 3,7 21,8 25
Sul (181,2) 7,2 20,1 3,4 20,1 26,6
Centro-Oeste (173,9) 6,1 14,3 3,6 22 31,6
12
Hipertensão Arterial
13
Informações Epidemiológicas
  • A HAS é a mais frequente de todas as DCV
  • No Brasil, 17 milhões de portadores. 35 da
    população com 40 anos ou mais.
  • 4 das crianças e adolescentes portadoras
  • A HAS é responsável por
  • 40 das mortes por AVC
  • 25 das mortes por Doença Arterial Coronariana
  • 50 dos casos de Insuficiência Renal Terminal,
    quando associado com o diabetes
  • Valor de referência 140/90 mmHg para indivíduos
    que não estão fazendo uso de medicação
    anti-hipertensiva.

14
Classificação da Pressão Arterial em Adultos
15
Avaliação Clínico- Laboratorial
Confirmar a elevação da pressão arterial e
firmar o diagnóstico. Avaliar a presença de
lesões em orgãos-alvo. Identificar fatores de
risco para doenças cardiovasculares e risco
cardiovascular global. Diagnosticar doenças
associadas à hipertensão. Diagnosticar, quando
houver, a causa da hipertensão arterial. Para
atingir tais objetivos, são fundamentais as
seguintes etapas História clínica. Exame
físico. Avaliação laboratorial inicial do
paciente hipertenso.
16
(No Transcript)
17
Hipertensão em Populações Especiais
Negros maior prevalência verificada apesar de
não se saber se o fato se dá por motivos étnicos
ou sócio-culturais Idosos cerca de 65 dos
idosos brasileiros são hipertensos. A maioria
apresenta elevação isolada ou predominantemente
sistólica, aumentando pressão de pulso e maior
risco de AVC. Crianças e adolescentes
prevalência variando de 2 a 13. Recomenda-se a
aferição anual da pressão arterial a partir dos
três anos. Anticoncepcionais a HAS é duas a
três vezes mais comum em mulheres que fazem o uso
de contraceptivo oral que nas não-usuárias.
Recomenda-se a suspensão imediata do medicamento
ao diagnosticar a situação
18
Hipertensão em Populações Especiais
Obesidade Associação muito comum, sobretudo
quando há a obesidade central Diabetes melitus
A prevalência de hipertensão em diabéticos é pelo
menos duas vezes maior que na população em geral.
19
Diabetes
20
Informações Epidemiológicas
São 177 milhões de portadores em todo mundo e
expectativa de alcançar 350 milhões de pessoas em
2025 São 4 milhões de mortes num ano
relacionados direta ou indiretamente à doença
(isso representa 9 das mortes no mundo) A
expectativa de vida é reduzida em 15 anos para
diabetes do Tipo I e em 5 a 7 no Tipo 2. A
doença é a causa mais comum de amputações de
membros inferiores, cegueira, doença renal
crônica. Em mulheres aumenta o risco de parto
prematuro e, em homens, a impotência
irreversível.
21
Conceito de Diabetes Melitus
O diabetes é um grupo de doenças metabólicas
caracterizadas por hiperglicemia e associadas a
complicações, disfunções e insuficiência de
vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos,
cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode
resultar de defeitos de secreção e/ou ação da
insulina envolvendo processos patogênicos
específicos, por exemplo, destruição das células
beta do pâncreas (produtoras de insulina),
resistência à ação da insulina, distúrbios da
secreção da insulina, entre outros.
22
Epidemiologia do Diabetes Melitus
Estima-se que, em 1995, atingia 4 da população
adulta mundial. Em 2025, serão 5,4 O padrão
atual de concentração da doença se dá na faixa
dos 45 a 64 anos No Brasil estimava-se (ao
final da década de 80), uma prevalência de 8 da
população de 30 a 69 anos Hoje estima-se que
11 das pessoas com mais de 40 anos sejam
diabéticas A OMS estimou que, após 15 anos da
doença 2 estavam cegos 10 com deficiência
visual grave 30 a 45 das pessoas terá
retinopatia 10 a 20 de nefropatia 20 a 35
de neuropatia 10 a 25 de doença
cardiovascular.
23
Tipologia
Diabetes do Tipo I também conhecida como
diabetes juvenil. Representa cerca de 10 do
total de casos da doença. É provocada pela
destruição das células-beta, o que leva a
deficiência absoluta de insulina. Geralmente é
causada por doença auto-imune. Diabetes do Tipo
II é a deficiência relativa de insulina.
Representa 90 dos casos da doença. A maioria dos
casos apresenta aumento de peso e acúmulo central
de gordura. Há ainda a diebetes gestacional, de
etiologia mais controversa, uma vez que pode ser
diagnosticada pelos métodos normais das outras
duas.
24
(No Transcript)
25
Diabetes Tipo 2 -rastreamento-
  • Idade gt45 anos.
  • Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC gt25).
  • Obesidade central (cintura abdominal gt102 cm
    para homens e gt88 cm para mulheres, medida na
    altura das cristas ilíacas).
  • Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.
  • Hipertensão arterial (gt 140/90 mmHg).
  • Colesterol HDL d35 mg/dL e/ou triglicerídeos
    e150 mg/dL.
  • História de macrossomia ou diabetes
    gestacional.
  • Diagnóstico prévio de síndrome de ovários
    policísticos.
  • Doença cardiovascular, cerebrovascular ou
    vascular periférica definida.

26
(No Transcript)
27
Saúde do Homem
28
Homem Invisível (Marcelo Quintanilha / Tenison
Delrey)
A um palmo do seu nariz Na fronteira do seu país
estou No subsolo do seu consciente Escancarado
bem à sua frente, eu sou Aquilo que você não vê
O que você quer esconder De quem? Varrido
embaixo do tapete No fim do rabo do foguete
Ninguém Transparente Indiferente Homem
Invisível Multi-Homem Imperceptível
Super-Homem Tô aqui na sua porta Só vim me
apresentar Prazer, como está? Homem Invisível
Multi-Homem Imperceptível Super-Homem Tô
aqui na sua porta Mas eu não quero entrar
29
Dados a Serem Considerados
  • A maior suscetibilidade dos homens às doenças,
    sobretudo enfermidades graves e crônicas
  • Eles morrem mais precocemente que elas
  • Resistência na busca pela atenção à saúde pelos
    homens
  • Resistência à adesão de tratamento
  • Cultura da idéia pelo homem de que o mesmo não
    adoece

30
Eixos da Política de Saúde do Homem
  • Violência
  • Tendência à exposição a riscos com conseqüência
    nos indicadores de morbi-mortalidade
  • Saúde sexual e reprodutiva

31
Homens e gênero
É preciso reconhecer Especificidade de gênero
é necessário um olhar mais atento à educação e
socialização dos meninos e homens jovens e suas
implicações para a saúde dos homens e a saúde dos
outros Equidade de gênero para transformar a
sociedade, de modo a que haja maior equilíbrio de
direitos entre homens e mulheres, é necessário
trabalhar também com os homens. Trabalhar com
homens traz benefícios para sua saúde e para
saúde de outros/as (Benedito Medrado, Instituto
Papai)
32
Distribuição da população brasileira por sexo
(2004) n 181.586.030
(Benedito Medrado, Instituto Papai)
33
  • Expectativa de vida
  • O sexo masculino predomina entre os nascimentos
    vivos (5 a mais de meninos, ao nascer) e
    apresenta maior mortalidade em todas as idades,
    até os 79 anos.
  • O excedente de mortes masculinas é mais acentuado
    nos grupos etários de 15 a 29 (80) e de 30 a 39
    anos (73) em 2004.
  • Expectativa de vida ao nascer, expressivamente
    maior para o sexo feminino
  • Entre 1980 e 2005 - Vida média dos homens 59,7
    para 68,4 anos. Porém, desde 1991, ela vem se
    mantendo 7,6 anos abaixo da média para as
    mulheres.

(Benedito Medrado, Instituto Papai)
34
  • A partir dos 60 anos, predominaram as doenças dos
    aparelhos circulatório (29) e respiratório
    (18), despontando as neoplasias como quarta
    causa de internação.
  • Os transtornos mentais pesam na hospitalização de
    homens jovens e adultos e estão associados ao
    uso/abuso de álcool (mais de 1/3 dos casos)
  • Morbidade
  • Homens de 15 a 29 anos - 28 das hospitalizações
    em 2005 foram por causas externas
  • 30 a 59 anos - as doenças do aparelho digestivo
    foram mais freqüentes (15), superando em pouco
    as doenças do aparelho circulatório e as causas
    externas.

(Benedito Medrado, Instituto Papai)
35
Mortalidade por faixa etária
  • Homens jovens (15-29 anos), as cinco principais
    causas de morte são externas (76 dos óbitos
    totais nessa idade) - destaque para agressões e
    os acidentes de transporte.
  • Homens adultos (30-59 anos) a distribuição das
    causas é mais homogênea, preponderando causas
    externas e doenças do aparelho circulatório.
  • Idosos (mais de 59 anos) - as três primeiras
    posições são ocupadas por doenças do aparelho
    circulatório, que representam mais de um terço
    das mortes.

(Benedito Medrado, Instituto Papai)
36
  • Causas externas
  • Em 2004, um total de 127.470 óbitos por causas
    externas foram notificados pelo Sistema de
    Informação de Mortalidade (SIM).
  • 84 entre os homens e 16 entre as mulheres.
  • As microrregiões com taxas mais elevadas se
    situam
  • em áreas litorâneas do sul da Bahia até o sul de
    São Paulo
  • no interior pernambucano e noroeste da Bahia
  • nos estados de Mato Grosso do Sul e de Mato
    Grosso e
  • em áreas de expansão na região Norte, como
    Roraima e sul do Pará.

(Benedito Medrado, Instituto Papai)
37
Mortalidade por recorte racial Secretaria de
Vigilância em Saúde
(Benedito Medrado, Instituto Papai)
38
(No Transcript)
39
Velhos e Jovens
Arnaldo Antunes / Péricles Cavalcanti
Antes de mim vieram os velhos, Os jovens vieram
depois de mim E estamos todos aí No meio do
caminho desta vida vinda antes de nós E estamos
todos a sós No meio do caminho desta vida E
estamos todos no meio Quem chegou e quem faz
tempo que veio Ninguém no início ou no fim Antes
de mim vieram os velhos, Os jovens vieram depois
de mim E estamos todos aqui...
40
Transição Demográfica e Epidemiológica
41
Conceitos
Demografia
é uma ciência que tem por finalidade o estudo de
populações humanas, enfocando aspectos tais como
sua evolução no tempo, seu tamanho, sua
distribuição espacial, sua composição e
características gerais.
ou
É a ciência que estuda o processo saúde-doença em
coletividades humanas, analisando a distribuição
e a frequência das doenças nas coletividades
humanas.
Epidemiologia
42
Transição Demográfica no Brasil
Fontes 1900-1940 Santos68, 1978 1940-1980
FIBGE34, 1990, 1980-1990 FIBGE31, 1994
1990-2000 Neupert54, 1987. Nota - Mortes/100
habitantes Crescimento () Fecundidade veja o
texto. Figura 1 - Taxas de mortalidade,
crescimento vegetativo e fecundidade total no
Brasil, de 1900 a 2000.
43
Transição Demográfica no Brasil
Quatro primeiras décadas Estabilidade na
estrutura etária. Pequena oscilação nas taxas
de mortalidade e de natalidade Entre 1900 e
1940 Coeficiente de mortalidade 29,1/1000hab
para 24,4/1000hab Esperança de vida 33,3 anos
para 37,6 anos Crescimento vegetativo 2
a.a. Grupo com menos de 15 anos 42 Proporção
de idosos 2,5
44
Transição Demográfica no Brasil
Fontes 1900-1940 Santos68, 1978 1940-1980
FIBGE34, 1990, 1980-1990 FIBGE31, 1994
1990-2000 Neupert54, 1987. Nota - Mortes/100
habitantes Expectativa de vida ao nascer / 10
Idosos 65 anos e mais. Figura 2 - O processo
de envelhecimento populacional no Brasil. A
proporção de idosos só começa a aumentar após o
declínio da fecundidade (seta).
45
Transição Demográfica no Brasil
Entre os anos 40 e 70 Só na década de 40, queda
na taxa de mortalidade de 13, enquanto ela caiu
16 nos quarenta primeiros anos Esperança de
vida aumentando 4 anos para homens e 6,8 anos
para as mulheres, em 1970 Crescimento
vegetativo 2,8 a.a. Inalteração da estrutura
etária Proporção de jovens 42,3 Proporção
de idosos 2,5
46
Transição Demográfica no Brasil
A partir da década de 60 Início do declínio
brusco da fecundidade Taxa de fecundidade
queda de 5,8 para 2,7 filhos por mulher, entre
1970 e 1991. No mesmo período o peso relativo
dos jovens caiu de 41,9 para 34,7 Proporção
de idosos aumentando de 3,1 para
4,8 Esperança de vida sobe para acima de 65
anos.
47
Transição Demográfica no Brasil
Figura 3 - Pirâmides etárias do Brasil e algumas
regiões a) Região Norte, 1980 b) Brasil, 1980
c) Brasil, 1991 d) Região Sudeste, 1991.
48
Principais implicações do envelhecimento populacio
nal
49
Passos da Transição Demográfica
Mortalidade concentrada nos primeiros anos de
vida, acarretando grande aumento na população de
jovens Mortalidade decresce e taxas de
crescimento aumentam ou se mantêm elevadas,
ocasionando aumento no percentual de
jovens Taxas de fertilidade diminuem e continua
a cair a mortalidade em todos os grupos etários,
com consequente elevação da proporção dos jovens
e progressivamente de idosos Queda de
mortalidade de todos os grupos etários,
determinado aumento contínuo da proporção de
idosos na população.
50
Transição Epidemiológica no Brasil
No que implica a transição epidemiológica modifi
cações, a longo prazo, dos padrões de morbidade,
invalidez e morte que caracterizam uma população
específica e que, em geral, ocorrem em conjunto
com outras transformações demográficas, sociais e
econômicas. O processo engloba três mudanças
básicas 1) substituição, entre as primeiras
causas de morte, das doenças transmissíveis por
doenças não transmissíveis e causas externas
2) deslocamento da maior carga de
morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos
grupos mais idosos e 3) transformação de uma
situação em que predomina a mortalidade para
outra em que a morbidade é dominante
51
Transição Epidemiológica no Brasil
De uma forma geral a queda da mortalidade ocorre
pela queda mais brusca das doenças infecto.Assim,
as pessoas deixam de morrer precocemente e passam
a vivenciar outras formas de mortalidade. São
características do novo modelo de transição
epidemiológica 1) não há transição mas
superposição entre as etapas onde predominam as
doenças transmissíveis e crônico-degenerativas
2) a reintrodução de doenças como dengue e
cólera, ou o recrudescimento de outras como a
malária, hanseníase e leishmanioses indicam uma
natureza não unidirecional denominada
"contra-transição" 3) o processo não se
resolve de maneira clara, criando uma situação em
que a morbi-mortalidade persiste elevada por
ambos os padrões, caracterizando uma "transição
prolongada" 4) as situações epidemiológicas
de diferentes regiões em um mesmo país tornam-se
contrastantes (polarização epidemiológica).
52
O Ciclo da Vida
53
O Ciclo da Vida
fases
  • A divisão do ciclo da vida é arbitrário, uma vez
    que o envelhecimento se dá de forma diferente
    para cada um
  • Infância (até os 13 anos)
  • Adolescência (14 aos 19 anos)
  • Adulto (20 aos 59 anos)
  • Idoso (60 a mais).

intergeracionalidade
É a convivência entre as gerações. No Estatuto do
Idoso o estímulo à intergeracionalidade é uma das
diretrizes nesta relação. Também consta no texto
referente ao envelhecimento saudável da
Organização Panamericana de Saúde.
54
Saúde da Pessoa Idosa
55
Envelhecimento social, demográfico e
epidemiológico
Que conceito seguir?
velhice
De acordo com a Organização Mundial da Saúde e o
Estatuto do Idoso é a fase da vida compreendida
entre os 60 anos e a morte.
ou
É um processo complexo iniciado em nossa
concepção, perfazendo todo o ciclo da vida e
finalizando com a morte. Sua definição depende da
combinação de três tipos de envelhecimento o
cronológico, o biológico e o social.
envelhecimento
56
Envelhecimento social, demográfico e
epidemiológico
Envelhecimento cronológico
cronologia
Cronos (gr. tempo) logos (estudo) Na cultura
greca, Cronos é o príncípio da teogonia. Filho de
Urano (céu) e Gaia (Terra), é o pai de Zeus. Zeus
foi salvo por sua mãe, Réia, uma vez que o pai
devorou seus outros irmãos. Crescido, Zeus
derrotou o pai logo após. Este, ao vencer Cronos,
o deus do tempo, conferiu a imortalidade aos
demais deuses e a si mesmo.
60 anos é a idade referencial para marcar a
velhice. Em países como o Japão e alguns países
da Europa, esta idade sobre para 65 anos. Cada
país determina seu referencial de velhice.
referencial
57
Envelhecimento social, demográfico e
epidemiológico
Envelhecimento biológico
corpo
Quando se fala do envelhecimento biológico, a
percepção de corpo se sobressai. Há uma diferença
grande entre estar doente e se sentir doente. Os
dois parâmetros tem uma importância grande,
sobretudo nas pessoas idosas.
Há dois tipos de envelhecimento biológico
definidos - Senescência - Senilidade.
tipos
58
Envelhecimento social, demográfico e
epidemiológico
Envelhecimento biológico
senescência
Palavra que tem origem no latim senex (velho). Em
biologia a senescência se refere às células que,
após uma vida toda de divisões, deixam de se
proliferar, Leonard Hayflick (EUA, 1928 - )
descobriu que as células humanas se reproduzem 52
vezes antes de morrer. Esta descoberta é chamada
de Limite de Hayflick. Em 2005, Chua
Mostoslavsky, identificaram um gene no qual as
células ultrapassavam este limite.
sentido
Tipo de envelhecimento considerado normal, sem
doenças que levem a um quadro demencial ou que
afete as Atividades da Vida Diária (AVD).
59
Envelhecimento social, demográfico e
epidemiológico
Envelhecimento biológico
senilidade
Palavra que tem origem no latim senílis (de
velho), o termo é relativo ou próprio da velhice.
Diferente do senex, seu sentido é relativo a um
aspecto negativo da velhice. As AVD são
importante na determinação desta diferença entre
o senil e o senescente por oferecer parâmetros
para a definição dos graus de independência e
autonomia.
sentido
Tipo de envelhecimento considerado patológico,
com doenças que levam a um quadro demencial ou
que afete as Atividades da Vida Diária (AVD).
60
Envelhecimento social, demográfico e
epidemiológico
Envelhecimento social
indicadores
  • De acordo com Motta (1989)
  • O círculo de contatos sociais
  • O distanciamento social
  • O poder de discussão
  • Os papéis sociais
  • A autonomia e independência
  • Os processos de comunicação.
  • São indicadores que determinam a participação
    social da pessoa idosa.

autonomia x dependência
Autonomia é o ato de querer consciente. A
independência é a capacidade de realizar por
força própria este querer.
61
A Família e a Sociedade Intergeracional
62
A Família e a Sociedade Intergeracional
família
  • É um grupo social primário determinado por
  • Ligação por descendência
  • Matrimônio
  • Adoção
  • Constituição de grupo
  • Liderança
  • Posição social.

63
As Relações de Gênero no Envelhecer
64
As Relações de Gênero no Envelhecer
o masculino, o feminino, o gênero
De acordo com Joan Scott (1995), gênero são
relações estabelecidas a partir da percepção
social das diferenças biológicas entre os sexos.
Este conceito carrega uma série de restrições da
linha de pensamento feminista por supor uma
oposição baseada na superioridade no binômio
homem/mulher.
teoria das representações sociais
É uma vertente sociológica originada na Europa,
em 1961, com Moscovici. Porém, o conceito de
Representação Social surge com Durkheim, em 1898.
Ele dizia que as representações coletivas não
podiam ser reduzidas a representações
individuais. A TRS visa trabalhar esta
representação em sua dinâmica e diversidade.
65
As Relações de Gênero no Envelhecer
envelhecer homem
  • Convivência com a aposentadoria
  • Exclusão pela idade
  • Busca pela juventude em relacionamento com
    pessoas mais novas
  • A segregação voluntária em grupos de pessoas
    idosas
  • Mito da impotência
  • Renascimento pelo Viagra.

envelhecer mulher
  • Exclusão pela idade
  • Criação dos netos
  • Cuidado com o companheiro
  • Manutenção da casa
  • Isolamento
  • Dificuldade de reconstituição de vida afetiva
  • Censura da sexualidade.

66
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
67
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
envelhecer coletivamente
O envelhecimento não é apenas um fenômeno
individual, as populações também passam por este
processo e tem seus fatores de influência.
indicadores
Indicadores são medidas capazes de medir, de
forma sintética, aspectos relevantes do estado de
saúde, demografia, economia, entre outros, da
população e sua correlação com fatores
condicionantes e determinantes. No caso do
envelhecimento são indicadores importantes taxa
de natalidade, mortalidade, migração. Há ainda
medidas como o índice de Swaroop-Uemura e a curva
de Nelson-Morais.
68
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
Recife, um envelhecimento diferenciado
A capital pernambucana foge da lógica de
envelhecimento das demais capitais do Brasil. Ao
mesmo tempo em que se configura como a 3ª capital
em proporção de idosos, é a 19ª em expectativa de
vida e a 24ª em probabilidade de chegar aos 40
anos de idade. Como pode uma cidade compor estas
situações tão distintas?
O papel da violência
A cidade de Recife é a terceira cidade do país em
morte de jovens por homicídio e a capital mais
violenta em todas as faixas etárias. Ainda é uma
das cidades mais perigosas no trânsito.
69
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
a mortalidade precoce no Recife
Mortalidade precoce é aquela que acontece antes
da faixa da expectativa de vida média de uma
cidade. A cidade de Recife substituiu a alta
mortalidade infantil pela alta mortalidade em
jovens. Entre os menores de 01 ano, de 1979 a
2004, este tipo de morte caiu em 85. Já a morte
de jovens entre 14 e 29 anos, no mesmo período,
sobe 72.
70
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
Brasil
perfil
Proporção de idosos 8,6 Proporção de mulheres
em maiores de 60 anos 56
71
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
Pernambuco
perfil
Proporção de idosos 8,9 Proporção de mulheres
em maiores de 60 anos 56
72
Envelhecimento Populacional no Brasil, em
Pernambuco e em Recife
Recife
perfil
Proporção de idosos 9,4 Proporção de mulheres
em maiores de 60 anos 63
73
O Processo Saúde Doença no Envelhecer
74
Nosso amor pela pessoa velha não deve ser uma
opressão, uma tirania a inventar cuidados
chocantes, temores que machucam. Façam o que bem
entendam, cometam imprudências, desobedeçam
conselhos. Libertemos os velhos de nossa
fatigante bondade. Paulo Mendes Campos (1922-)
O anjo bêbado.
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O Envelhecimento Bio-Psico-Social
Processo de Envelhecimento
precursores
Platão visão intimista e individualista da
velhice e como se preparar para esta fase ainda
na juventude Aristóteles Dividiu a vida em 04
fases. Encara a velhice como uma enfermidade
normal Cícero evoca as realizações de
personagens durante a velhice Sêneca a velhice
é uma doença incurável que leva à decrepitude
física e mental Bacon a vida humana se
prolongaria à medida em que a higiene e outras
condições sociais e médicas melhorassem
Quetelet é o primeiro a expressar o ciclo da
vida pelo nascimento, envelhecimento e
morte Stanely May descreveu os efeitos da
natureza nas funções do envelhecimento Pavlov
redução da condutividade das vias nervosas.
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O Envelhecimento Bio-Psico-Social
Teorias do Envelhecimento
fisiológicas
Deterioração orgânica os sistemas se desgastam
pela utilização no tempo Imunológica diminuição
de proteção imunológica do organismo com maior
suscetibilidade a agentes externos e
internos Estress tensões sucessivas durante a
vida leva a uma redução na capacidade de
respostado organismo.
biowuímicas e metabólicas
Acumulação de resíduos o organismo começa a
acumular corpos pigmentados, como a lipofucsina
em células nervosas e músculos estriados Radicais
livres dietas hipercalóricas ocasionam a
aparição de determinadas enfermidades por
oxidação do organismo.
77
O Envelhecimento Bio-Psico-Social
Teorias do Envelhecimento
genética
Acumulação de erros a perda da sequência de DNA
daria origem à deterioração orgânica. Cada
organismo ainda apresentaria uma Expectativa de
Vida Máxima Potencial.
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Aspectos Orgânicos do Envelhecimento
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Aspectos orgânicos do Envelhecimento
células
-Diminuição do peso -Retardo da divisão e
crescimento celular -Diminuição gradual no
número de células -Aumento do tecido adiposo.
pele
-perda da elasticidade e hidratação -aparição de
rugas -atrofia das glândulas sudoríparas e
sebáceas Menor vascularização com maior tempo de
cicatrização -palidez aumento de manchas
cutâneas.
80
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
cabelo
-Diminuição da velocidade de crescimento -perda
de coloração -aumento do pelo facial no rosto
das mulheres e orelhas dos homens -redução dos
pelos pubianos.
unhas
-crescimento mais lento -fragilidade e dureza,
sobretudo nos pés -estrias longitudinais.
81
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
ossos
-redução e desmineralização óssea -alteração do
equilíbrio, marcha e alinhamento
corporal -descompensação do triângulo de
sustentação corporal -redução da estatura por
perda de água das fibrocartilagens -Cifose
dorsal
músculos
  • -perda gradual de força
  • Redução da massa muscular
  • Tensão muscular diminuída.

82
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
articulações
  • Deterioração das superfícies articulares
  • Diminuição da estatura em 1cm/10 anos, em função
    da acomodação da coluna
  • Alteração na curvatura da coluna. Cifose
    torácida
  • Desidratação do tecido cartilaginoso
  • Crescimento ósseo irregular nas bordas das
    articulações
  • Trasferência do centro de equilíbrio do umbigo
    para a sínfise púbica

83
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
coração e vasos
  • O coração sofre um processo de atrofia e
    esclerose
  • Diminui e peso e volume
  • A elasticidade dos vasos diminui
  • Aumentam os depósitos calcáreos nas paredes
    vasculares
  • A aorta aumenta seu calibre e volume,
    comportando-se como um tubo rígido.

pulmão
  • Diminui o peso e volume, com menor distensão
  • Redução do número de alvéolos
  • Diminuição da capacidade pulmonar.

84
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
urinário
  • Perda da capacidade de concentração de urina
  • Redução do número de néfrons,
  • Esclerose dos glomérulos e aumento do tecido
    intersticial.

85
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
digestivo
  • Anatômica
  • Perda de dentição
  • Desidratação das gengivas
  • Redução na produção de saliva
  • Atrofia da mucosa gástrica
  • Redução do tônus muscular na parede abdominal
  • Diminuição do fígado
  • Atrofia do intestino grosso.
  • Funcional
  • Dificuldade de mastigação
  • Redução na diluição do alimento
  • Redução na produção de ácido clorídrico
  • Redução da motilidade gástrica
  • Hipoperistaltismo.

86
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
genitais
  • Mulheres
  • Redução dos pêlos pubianos
  • Atrofia da mucosa vaginal
  • Diminuição do tamanho da vulva, lábios menores e
    clítores
  • Encurtamento da vagina
  • Diminuição da secreção hormonal.
  • Homens
  • Redução dos pêlos pubianos
  • Distensão da bolsa escrotal
  • Diminuição do tamanho dos testículos
  • Aumento do tamanho da próstata.

87
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
nervoso
  • Diminuição do tamanho e peso do cérebro
  • Perda da função neuronal
  • Diminuição generalizada do movimento
  • Aparecimento de ligeiro tremor senil
  • Alteração das características dos sonhos
  • Diminuição da sensibilidade.

atrofia
  • Diminuição do peso e volume dos órgão
  • Diminuição da contenção hídrico
  • Aumento do tecido conectivo
  • Redução da vascularização capilar.

88
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
sabor e olfato
  • Redução do rubor dos lábios
  • Diminuição do número de papilas gustativas
  • Adelgamento das membranas mucosas
  • Atrofia da língua
  • Fragilidade dental
  • Degeneração do nervo olfativo
  • Aumento do tamanho do nariz
  • Proliferação de pelos rígidos nas fossas nasais.
  • Diminuição da acuidade visual
  • Arco senil
  • Atrofia da musculatura palpebral
  • perda da elasticidade cutânea
  • Palidez das conjuntivas
  • Aumento do cristalino
  • Redução da secreção lacrimal.

vista
89
Aspectos orgânicos do Envelhecimento
audição
  • Perda da acuidade auditiva
  • Degeneração do nervo auditivo
  • Aumento do tamanho do pavilhão auditivo
  • Engrossamento da membrana do tímpano
  • Proliferação de pêlos
  • Depósito de cêra.

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Características do Paciente Geriátrico
91
Características do Paciente Geriátrico
ancião sadio
  • Geralmente maior que 65 anos, apresenta
    alterações funcionais no limite entre o normal e
    o patológico. Mantém equilíbrio instável, porém
    com adaptação funcional na realização de
    trabalhos.

ancião independente
É aquele capaz de resolver problemas relacionados
às AVD, utilizando os recursos que têm ao seu
alcance.
ancião dependente
  • Aquele que não é capaz de ultrapassar os limites
    impostos pelas AVD.

92
Características do Paciente Geriátrico
ancião frágil
  • Maior que 75 anos e que sofre uma ou mais
    enfermidades com risco de incapacidade. Ele vive
    em seu domicílio, segue tratamento farmacológico
    e necessita de atenção profissional domiciliar.

ancião geriátrico
É um enfermo crônico, dependente, maior que 75
anos, portador de diversas patologias que tendem
à incapacidade ou invalidez. Sua evolução está
condicionada a fatores psíquicos ou sociais.
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Características do Paciente Geriátrico
paciente geriátrico
  • Pluripatologia
  • Peculiaridade sintomática
  • Não se cumprem todas as características clássicas
    de uma patologia
  • Tendência à invalidez
  • Confusão de sinais e sintomas de doenças com
    sinais e sintomas de velhice. VELHICE NÃO É
    DOENÇA PARTA TER SINAL OU SINTOMA.

94
Gigantes Geriátricos
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Gigantes Geriátricos
imobilidade
  • Afeta
  • Frequência respiratória o idoso que não se move
    apresenta redução na necessidade de oxigênio e
    tende a respirar de forma mais lenta e
    superficial. O acúmulo gases residuais e
    secreções são responsáveis pela instalação de
    infecções respiratórias
  • Fiunção motora perda de tônus muscular junto à
    possibilidade de contraturas e dor
  • Função cardiovascular aparecimento de trombos
  • Função gastrointestinal e metabólica inadequação
    nutricional, desidratação
  • Função urinária alterada
  • Úlceras por pressão na pele.

96
Gigantes Geriátricos
incontinência urinária
É a perda involuntária de urina, produzida em
momento e lugar inadequados, fazendo com que a
pessoa sofra um problema social, higiênico e
psíquico, assim como importante limitação de sua
atividade laboral, educacional, familiar e
individual.
tipos
Por estresse aumento brusco e momentâneo da
pressão intrabdominal e que provoca gotejamento
de pequenas quantidades de urina De urgência
desejo intenso de urinar sem que haja um volume
considerável de urina na bexiga Por
transbordamento a plenitude vesical está
comprometida e o paciente nao sente o desejo de
urinar. O fluxo vem sem que o mesmo
perceba Mista urina fezes. Comum em pacientes
com demência. Pode ser simultâneo ao aparecimento
de úlceras de pressão e infecções
urinárias Funcional quando a pessoa, por
impossibilidade ou imobilidade não consegue
chegar à tempo no banheiro Total falta de
controle sobre as micções. Característico de
lesões nervosas.
97
Gigantes Geriátricos
incontinência fecal
Por trasbordamento produzido ocorrência de
falsas diarréias por fecaloma Função anorretal
alterada Sobrecarga de esfícteres Neurógena
diabetes, tumor... Funcional em demências.
repercussões
Micções mais frequentes Retenção de urina por
pressão abdominal Retenção de urina por fezes.
98
Gigantes Geriátricos
incompetência mental
Confusão Síndrome mental generalizada, quase
sempre se princípio agudo, caracterizado por
dissolução mais ou menos completa da consciência,
lentidão de percepção e em processos de
orientação. Tipos linguagem e expressão
confusos, desorientação, alteração da
conduta. Insônia o idoso pesca durante o dia
porque não consegue chegar ao sono profundo. Isso
pode causar irritação e déficit de
atenção. Isolamento estado de desvinculação
social e saudade. Esta desvinculação pode ser
social, quando há precarização dos círculos
estabelecidos e afetivo, quando há desviculação
de compromissos emocionais. Demências quando
acontece a degeneração do sistema nervoso central
de forma que a pessoa perde a consciência de
forma gradual e irreversível. É o caso as doenças
de Alzheimer.
99
Avaliação Geriátrica Ampla
100
Avaliação Geriátrica Ampla
objetivo
O principal dele é detectar as deficiências,
incapacidades e desvantagens que os pacientes
idosos apresentam. Além disso, qualificá-los e
identificar os frágeis e de alto risco para
estabelecer medidas preventivas terapêuticas e
reabilitadoras. A AGA não é uma intervenção
isolada e sempre deve resultar em uma
intervenção, seja ela de reabilitação,
aconselhamento, indicação de internação
hospitalar ou ILPI.
Domínios de um dano ou lesão
DANO ou LESÃO
DEFICIÊNCIA
INCAPACIDADE
DESVANTAGEM
Doença de Alzheimer
Cognitiva
Execução de AVD
Diminuição de oportunidades de trabalho, lazer e
atividades sociais. Dificuldade de cuidar de si
próprio. Dependência.
101
Avaliação Geriátrica Ampla
parâmetros de avaliação
Equilíbrio e motilidade Função
cognitiva Deficiências sensoriais Condições
emocionais Disponibilidade e adequação de
suporte familiar e social Condições
ambientais Capacidade funcional
102
Avaliação Geriátrica Ampla
atividades da vida diária
Cuidados pessoais Comer Banhar Vestir Usar o
sanitário Mobilidade Andar com ou sem
ajuda Passar da cama para a cadeira Mover na
cama Continência Urinário Fecal
103
Avaliação Geriátrica Ampla
atividades instrumentais da vida diária
Dentro de casa Preparar a comidaServiço
domésticoLavar e cuidar do vestuárioTrabalhos
manuaisManuseio da medicaçãoManuseio do
telefone Manuseio de dinheiro Fora de
casa Fazer compras (alimentos, roupas)Usar os
meios de transporte Deslocar-se (ir ao médico,
compromissos sociais e religiosos)
104
Avaliação Geriátrica Ampla
testes
Escala de Barthel Permite uma avaliação da
dependência em escala de 0 a 100. Pontuação
abaixo de 70 necessita de supervisão ou
assistência especial. Escala de Katz Concebida
sob a premissa de que o declínio funcional e a
perda de capacidade para executar as AVD seguem
um mesmo padrão de evolução. A pontuação é
focada em definir se a pessoa é ou não
independente. Sem graus. Escala de Lawton Onde a
pontuação de máxima independência é tida como o
número 24 e a de máxima dependência em 8.
105
Avaliação Geriátrica Ampla
ALIMENTAÇÃO (10) INDEPENDENTE. Capaz de
utilkizar qualquer talher. Come em tempo
razoável. (5) AJUDA. Necessita de ajuda para
cortar, passar manteiga, etc (0) DEPENDENTE.
BANHO (10) INDEPENDENTE. Lava-se por completo
em ducha ou banho de imersão, ou usa a esponja
por todo o corpo. Entra e sai da banheira. Pode
fazer tudo sem ajuda de outra pessoa.  (0)
DEPENDENTE. VESTUÁRIO (10) INDEPENDENTE.
Veste-se, despe-se e arruma a roupa. Amarra os
cordões dos sapatos. Coloca cinta para hérnia ou
o corpete, se necessário (5) AJUDA. Necessita
de ajuda, mas realiza pelo menos metade das
tarefas em tempo razoável. (0) DEPENDENTE.
HIGIENE PESSOAL (10) INDEPENDENTE. Lava o
rosto, as mãos, escova os dentes, etc. Barbeia-se
e utiliza sem problemas a tomada, no caso de
aparelho eletrico  (0) DEPENDENTE. DEJEÇÕES
(10) CONTINENTE. Não apresenta episódios de
incontinência. Se são necessários enemas ou
supositórios, coloca-os por si só. (5)
INCONTINENTE OCASIONAL. Apresenta episódios
ocasionais de incontinência ou necessita de ajuda
para o uso de sondas ou outro dispositivo. (0)
INCONTINENTE MICÇÃO (10) CONTINENTE. Não
apresenta episódios de incontinência. Quando faz
uso de sonda ou outro dispositivo, toma suas
própria providências. (5) INCONTINENTE
OCASIONAL. Apresenta episódios ocasionais de
incontinência ou necessita de ajuda para o uso de
sonda ou outro dispositivo. (0) INCONTINENTE
USO DO VASO SANITÁRIO (10) INDEPENDENTE. Usa o
vaso sanitário ou urinol. Senta-se e levanta-se
sem ajuda (embora use barras de apoio). Limpa-se
e veste-se sem ajuda (5) AJUDA. Necessita de
ajuda para manter o equilíbrio, limpar-se e
vestir a roupa. (0) DEPENDENTE. PASSAGEM
CADEIRA-CAMA (15) INDEPENDENTE.  Não necessita
de qualquer ajuda, se utiliza cadeira de rodas,
faz isso independentemente. (10) AJUDA
MÏNIMA.Necessita de ajuda ou supervisão mínimas
(05) GRANDE AJUDA . É capaz de sentar-se mas
necessita de assistência total para a passagem
(0) DEPENDENTE. DEAMBULAÇÃO (15)
INDEPENDENTE.  Pode cominhar sem ajuda por até 50
metros, embora utilize bengalas, muletas,
proteses ou andador. (10) AJUDA.  Pode caminhar
até 50 metros, mas necessita de ajuda ou
supervisão (5) INDEPENDENTE EM CADEIRA DE
RODAS. Movimenta-se na cadeira de rodas, por pelo
menos 50 metros. (0) DEPENDENTE. ESCADAS
(10) INDEPENDENTE. É capaz de subir ou descer
escadas sem ajuda ou supervisão, embora necessite
de dispositivos como muletas ou bengala ou se
apoie no corrimão (5) AJUDA. Necessita de ajuda
física ou supervisão (0) DEPENDENTE.  
Barthel
106
Avaliação Geriátrica Ampla
  • BANHO 
  • 1.Não recebe assistência. I
  • 2.Assistência somente para uma parte do corpo
    (tal como costas ou uma perna). A
  • 3.Recebe assistência em mais que uma parte do
    corpo ou não toma banho sozinho.  D
  • VESTUÁRIO 
  • Escolhe a roupa e veste-se completamente sem
    assistência. I
  • Escolhe a roupa e veste-se sem assistência,
    exceto para Amarrar os sapatos.  A
  • Recebe assistência para escolher a roupa ou para
    vestir-se ou não fica vestido, total ou
  • parcialmente.   D
  • HIGIENE PESSOAL 
  • 1.Vai ao banheiro, limpa-se e arruma as roupas
    sem assistência (pode usar objetos de suporte
    como bengala, andador ou cadeira de rodas pode
    gerenciar fraldas noturnas, papagaio ou comadre,
    esvaziando-os pela manhã). I
  • 2.Recebe assistência para ir ao banheiro, para
    limpar-se ou para arrumar as roupas após
    eliminação ou no uso de fraldas, papagaio ou
    comadre.  A
  • 3.Não vai ao banheiro para eliminações
    fisiológicas. D
  • TRANSFERÊNCIA 
  • 1.Move-se para a cama ou para fora dela, bem como
    senta-seou sai da cadeira sem assistência (pode
    usar objetos de suporte como bengala ou andador).
    I
  • Move-se para a cama ou para fora dela com
    assistência. A
  • Não sai da cama.  D
  • CONTINÊNCIA  
  • Controle urina e evacuação completamente. I

Katz
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Avaliação Geriátrica Ampla
CAPACIDADE PARA USAR O TELEFONE (1) Usa o
telefone por iniciativa própria. (1) É capaz de
anotar bem alguns números familiares. (1) É
capaz de atender uma chamada, mas não anotar (0)
Não utiliza o telefone. COMPRAS (1) Realiza
todas as compras necessárias independentemente.
(0) Realiza independentemente pequenas compras.
(0) Necessita de ir acompanhado para realizar
qualquer compra (0) Totalmente incapaz de fazer
compras. PREPARO DAS REFEIÇÕES (1) Organiza
prepara e serve , por si só, adequadamente. (0)
Prepara adequadamente as refeições, se lhe são
oferecidos os ingredientes (0) Necessita que lhe
preparem e sircvam as refeições. TAREFAS
DOMÉSTICAS (1) Mantém a casa sozinho ou com
ajuda ocasional (para trabalhos pesados). (1)
Realiza tarefas ligeiras, como lavar a louça ou
fazer as camas. (1) Realiza tarefas ligeiras,
mas não pode manter um nível de limpeza adequado.
(1) Necessita de ajuda nas tarefas domésticas.
(0) Não participa em nenhuma tarefa doméstica
LAVAGEM DE ROUPA (1) Lava toda a sua roupa.
(1) Lava apenas peças pequenas. (0) A lavagem de
toda a roupa esta a cargo de outra pessoa USO
DE MEIOS DE TRANSPORTE (1) Viaja sozinho em
transporte público ou em seu próprio carro.
(1)    É capaz de pegar um taxi, mas não usa
outro meio de transporte. (1)    Viaja em
transporte público, quando acompanhado. (0)
Utiliza taxi ou automóvel somente co ajuda de
outros. (0) Não viaja de jeito nenhum.
RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A SUA MEDICAÇÃO
(1) É capaz de tomar a medicação na hora e doses
corretas. (0) Toma a medicação se lhe
prepararem as doses previamente. (0) Não é capaz
de tomar medicação. GESTÃO DOS SEUS ASSUNTOS
ECONÔMICOS (1) Toma a seu cargo os seus assuntos
econômicos. (1)Necessita as compras de cada
dia, mas necessita de ajuda nas compras grandes.
(0)Incapaz de lidar com dinheiro.
Lawton
108
O SUS e o Envelhecer
Sistema Único de Saúde e o Envelhecer
109
O SUS e o Envelhecer
Envelhecimento Ativo - OMS
Envelhecimento Ativo É o processo de otimização
das oportunidades de saúde, participação e
segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade
de vida à medida em que as pessoas ficam mais
velhas.
objetivo
Aumentar a expectativa de vida saudável e com
qualidade Manter a autonomia e
independência Promover a intergeracionalidade
110
Envelhecimento Ativo
Conceitos Envolvidos
Autonomia é a habilidade de controlar, lidar e
tomar decisões pessoais sobre como se deve viver
diariamente, de acordo com suas próprias regras e
preferências. Independência é, em geral,
entendida como a habilidade de executar funções
relacionadas à vida diária isto é, capacidade
de viver independentemente na comunidade com
alguma ou nenhuma ajuda de outros.
Expectativa de vida saudável é a percepção que o
indivíduo tem de sua posição na vida dentro do
contexto de sua cultura e do sistema de valores
de onde vive, e em relação aos objetivos,
expectativas, padrões e preocupações. Expectativa
de vida saudável é a expectativa de vida sem
incapacidades físicas.
111
O SUS e o Envelhecer
Envelhecimento Ativo - OMS
Manutenção da capacidade funcional durante o
curso da vida
Vida Juvenil Crescimento e desenvolvimento
Vida Adulta Manter o mais alto nível de função
possível
Velhice Manter a independência e prevenir doenças
Variação da função nos indivíduos
Limiar da incapacidade
Reabilitação e garantia de qualidade de vida
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