JO - PowerPoint PPT Presentation

1 / 66
About This Presentation
Title:

JO

Description:

o valor estimado para satisfazer as necessidades alimentares b sicas da anorexica dieta que os rg os oficiais definem para os mais pobres. – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:369
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 67
Provided by: Usuario9
Category:
Tags: anorexica

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: JO


1
  • JOÃO COELHO NETO
  • LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA
  • IVONIR RODRIGUES AYRES
  • AS TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO EXIGÊNCIAS
    PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR.
  • Profa. Teresa KazukoTeruya

2
TEORIA CRÍTICA E NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
  • JOSÉ LEÓN CROCHIK

3
BIOGRAFIA JOSÉ LEÓN CROCHIK
  • Possui graduação em Psicologia pela Universidade
    de São Paulo (1979), mestrado em Psicologia
    Social pela Universidade de São Paulo (1985),
    doutorado em Psicologia Escolar e do
    Desenvolvimento Humano pela Universidade de São
    Paulo (1990) e livre-docência em Psicologia pelo
    Instituto de Psicologia da USP (1999).
  • Atualmente, é Professor Titular do Instituto de
    Psicologia da USP, no qual atua na graduação e na
    pós-graduação no Departamento da Psicologia da
    Aprendizagem, do Desenvolvimento e da
    Personalidade.

4
Segundo CROCHIK, as tecnologias modernas trazem
em si a dinâmica da produção para o mercado por
serem resultados do processo capitalista de
produção, citando as vantagens das mídias sobre o
modo convencional.
5
Evolução dos Computadores
  • Embora as máquinas tenham evoluído tanto,
    desde 1623 até 1937, nenhum dos inventos é
    considerado um computador. O computador surgiu no
    momento em que os equipamentos eletromecânicos
    foram substituídos por componentes eletrônicos
    (válvulas, transistores e chips). A história dos
    computadores está dividida em gerações, e o
    início de cada geração está relacionado a uma
    evolução significativa nos componentes
    eletrônicos utilizados pelas máquinas.

6
PRIMEIRA GERAÇÃO VÁLVULAS1951/1959
  • O exército americano constrói o ENIAC. O
    objetivo dessa máquina era facilitar os cálculos
    das trajetórias dos mísseis, na Segunda Guerra
    Mundial.
  • Só ficou pronta após a guerra e acabou sendo
    usada para construção de bombas atômicas. Possuía
    18.000 válvulas

ENIAC http//www2.arnes.si
7
SEGUNDA GERAÇÃO TRANSISTORES (1959/1965 )
  • Criação do transistor, que pode ser visto
    como uma válvula miniaturizada e muito mais
    veloz. As válvulas esquentavam e queimavam
    facilmente. O transistor permitiu a diminuição do
    tamanho dos computadores e aumentasse a
    velocidade de processamento. Os defeitos nos
    componentes eletrônicos diminuíram bastante.

TRADIC www.liafa.jussieu.fr
8
TERCEIRA GERAÇÃO CHIPS (1965/1975 )
  • Surgem os circuitos integrados
  • Diminuição do tamanho
  • Maior capacidade de processamento
  • Início da utilização dos computadores pessoais

ALTAIR www.digibarn.com
9
QUARTA/QUINTA GERAÇÃO CHIPS E IA (1975/19?? )
  • Surgem os softwares integrados
  • Processadores de Texto
  • Planilhas Eletrônicas
  • Gerenciadores de Banco de Dados
  • Gráficos
  • Gerenciadores de Comunicação
  • Robótica
  • Inteligência Artificial

10
  • O objetivo das novas tecnologias educacionais
    não é somente o de transmitir informações no meio
    educacional, mas também um meio de socialização
    entre as classes. Com o advento das novas
    tecnologias CROCHIK cita algumas vantagens.

11
VANTAGENS
  • Digitação sobre a escrita
  • Fotografia sobre a pintura
  • Romance filmado sobre escrito
  • O computador surge pela necessidade das
    indústrias e da pesquisa
  • A televisão nasce para o entretenimento

12
CRITICAS DE CROCHIK
  • Ingênuo julgar que as novas tecnologias são
    responsáveis pela racionalidade da educação
  • Diferenciação entre os alunos a usar o computador
    e transmitir informações por ele

13
PROPOSTA DO USO DO COMPUTADOR NO ENSINO
  • O ensino pelo computador em contradição com a
    televisão, o telespectador não é passivo, há uma
    interação entre homem-máquina
  • 2) Motivação ao usuário dada pelos softwares
    educacionais simulação e atenção do usuário para
    o conteúdo a ser trabalhado.
  • 3) Disposição do conteúdo

14
  • Apostilas Eletrônicas são meramente textos
    digitalizados que pode proporcionar um tempo de
    leitura maior que um texto convencional, pela
    fácil localização de um determinado trecho no
    texto.
  • A máquina produz uma simulação da realidade. Nas
    formas de uso do computador como ferramenta
    educacional estão presentes fundamentos
    educacionais.

15
IMPACTOS DO SURGIMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
  • Surgimento do espaço cibernético
  • Relacionamento Virtual
  • Geração de Novas abordagens sociais
  • Isolamento
  • Implicação tanto nas indústrias, quanto na
    dominação social

16
AFIRMAÇÃO
  • Para CROCHIK, o computador e os meios que o
    compõem são formas alternativas de exibição de
    discussões, enfatizando assim a importância de
    modelos e críticas de idéias, onde a formação
    individual se desenvolve a partir do próprio
    indivíduo.

17
(No Transcript)
18
  • FILME NOVAS TECNOLOGIAS
  • REALIDADE x VIRTUAL

19
  • Segundo Teruya (2006, p.11) o acúmulo de
    conhecimento cientifico e tecnológico gerou uma
    sociedade altamente informatizada. O aluno
    pertence às famílias de baixa renda está diante
    desses acontecimentos e vive um mundo sem
    parâmetros, indefinido e obscuro, absorvendo
    superficialmente alguns elementos da informação
    que é vinculada aos meios de comunicação e no
    saber escolar.

20
PABLO GENTILI
21
PABLO GENTILI
  • Nasceu em Buenos Aires, em 1963.
  • Graduação em Ciências da Educação pela Facultad
    de Filosofía y Letras da Universidad de Buenos
    Aires, Argentina (1988).
  • Mestrado em Ciências Sociais com menção em
    Educação pela Facultad Latinoamericana de
    Ciencias Sociales, FLACSO, Argentina (1994).
    Título Poder Economico, Ideologia y Educacion Un
    estudio sobre los empresarios, las empresas y la
    discriminacion educativa en la Argentina de los
    anos 90. Orientador Daniel Filmus.
  • Doutorado em Ciencias da Educação pela
    Universidad de Buenos Aires Facultad de Filosofía
    y Letras, UBA, Argentina (1998). Título
    Retorica de la desigualdad - Los fundamentos
    doctrinarios de la reforma educativa neoliberal.
    Orientador Gaudêncio Frigotto.

22
PABLO GENTILI
  • Atualmente é professor adjunto da Universidade do
    Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área
    de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação.
  • Atua principalmente com os temas da educação,
    neoliberalismo, reformas educacionais,
    neoliberalismo e educação e políticas públicas.
  • O texto Três teses sobre a relação trabalho e
    educação em tempos neoliberais, faz parte do
    livro Capitalismo, trabalho e educação,
    organizado por Demerval SAVIANI, José Claudinei
    LOMBARDI e José Luis SANFELICE.
  • A obra publicada em 2002, pela editora Autores
    Associados, de Campinas, analisa as
    transformações que vêm se operando no mundo do
    trabalho e da educação relacionadas às mudanças
    referentes à reorganização do capital.

23
PABLO GENTILI
  • Os textos originaram-se no V Seminário do Grupo
    de Pesquisas HISTEDBR História, Sociedade e
    Educação no Brasil.
  • O seminário foi realizado de 20 a 24 de agosto de
    2001, na UNICAMP, tendo como tema central
    Transformações do Capitalismo, do Mundo do
    Trabalho e da Educação.

24
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • O autor discute três teses para compreensão da
    relação trabalho-educação no contexto dos
    processos de reforma educacional promovidos pelos
    governos neoliberais na América Latina.
  • PRIMEIRA TESE
  • Na sua formulação clássica, a Teoria do Capital
    Humano está esgotada e, isso, infelizmente, não
    parece ser uma boa notícia.

25
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • A Teoria do Capital Humano teve origem na segunda
    metade do século XX, numa conjuntura de
    desenvolvimento capitalista marcada pelo
    crescimento econômico, pelo fortalecimento dos
    Estados de Bem-Estar e pela confiança na
    conquista do pleno emprego.
  • Neste período, identificado por Eric Hobsbawm
    (2000) como a Era de Ouro do desenvolvimento
    capitalista, ganhou importância o suposto
    impacto econômico da educação e a contribuição da
    escola para a integração econômica da sociedade e
    das pessoas.
  • Desde a segunda metade do século XIX, a expansão
    dos sistemas escolares nacionais já difundia a
    promessa da escola como entidade integradora.

26
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Os sistemas educacionais eram considerados pelos
    grupos dominantes e pelas massas que lutavam pela
    sua democratização como um poderoso dispositivo
    institucional de integração social num sentido
    amplo.
  • A escola se constituía num espaço institucional
    que contribuía para a integração econômica da
    sociedade formando o contingente da força de
    trabalho que se incorporaria gradualmente ao
    mercado.
  • A dimensão social e individual dos benefícios
    econômicos decorrentes do processo de
    escolarização obrigava a pensar o planejamento da
    educação como uma atividade central na definição
    das políticas públicas.

27
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Afinal, da educação dependia também, em parte, a
    conquista de mercados e o aumento do bem-estar
    individual da população.
  • Estatísticas corroboravam a visão, na perspectiva
    das interpretações oficiais, de que uma sociedade
    rica deveria ser uma sociedade de pessoas ricas,
    assim como uma sociedade competitiva deveria ser
    uma sociedade de pessoas competitivas.
  • Essa promessa integradora atribuía ao Estado um
    papel central não apenas nas atividades de
    planejamento como também um desempenho decisivo
    na captação dos recursos financeiros e na
    atribuição e distribuição de verbas destinadas ao
    sistema educacional.

28
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Desta forma, o Estado contribuía não somente para
    o aumento da renda individual (derivada do
    incremento do capital humano individual) como
    também para o aumento da riqueza social (derivada
    do incremento no estoque de capital humano
    social).
  • Nos anos de 1950 e de 1960 surgiu a disciplina da
    Economia da Educação, dedicada ao estudo de tais
    questões, e uma teoria oficial destinada a
    fornecer coerência às reflexões produzidas nesse
    campo, a Teoria do Capital Humano.
  • Mas, a crise do capitalismo contemporâneo, nos
    anos de 1970, marcou o início de uma profunda
    desarticulação dessa promessa integradora em
    todos os seus sentidos.

29
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • A ruptura da promessa da escola como entidade
    integradora começou a se desencadear de forma
    definida nos anos de 1980, num contexto de
    revalorização do papel econômico de educação.
  • Proliferaram discursos que enfatizavam a
    importância produtiva dos conhecimentos e, até
    mesmo, a configuração de uma verdadeira
    Sociedade do Conhecimento como resultado da
    Terceira Revolução Industrial.
  • As décadas de 1980 e 1990 ofereceram a forte
    evidência do fracasso da Teoria do Capital Humano
    na sua formulação original. Porém, longe de
    debilitá-la, acabou lhe fornecendo novo impulso e
    dinamismo.

30
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • A desintegração da promessa integradora não negou
    a contribuição econômica da escolaridade, mas sim
    uma transformação substantiva de sentido.
  • Passou-se
  • - de uma lógica da integração em função de
    necessidades e demandas de caráter coletivo (a
    economia nacional, a competitividade das
    empresas, a riqueza social etc.)
  • - para uma lógica econômica privada e guiada
    pela ênfase nas capacidades e competências que
    cada pessoa deve adquirir no mercado educacional
    para atingir uma melhor posição no mercado de
    trabalho.

31
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Morta a promessa do pleno emprego, restou ao
    indivíduo, e não mais ao Estado ou às empresas,
    definir suas próprias opções, suas próprias
    escolhas que permitam (ou não) conquistar uma
    posição mais competitiva no mercado de trabalho.
  • A desintegração da promessa integradora deixou
    lugar à difusão de uma nova promessa, agora sim,
    de caráter estritamente privado a promessa da
    empregabilidade.

32
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • SEGUNDA TESE
  • A empregabilidade é o eufemismo da desigualdade
    estrutural que caracteriza o mercado de trabalho
    e que sintetiza a incapacidade também
    estrutural da educação em cumprir sua promessa
    integradora numa sociedade democrática.

33
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • A empregabilidade ganhou espaço a partir de 1990,
    oferecendo coerência a três elementos que
    permitiriam superar a crise do desemprego a
    redução dos encargos patronais, a flexibilização
    trabalhista e a formação profissional permanente.
  • A tese da empregabilidade recupera a concepção
    individualista da Teoria do Capital Humano, mas
    acaba com o nexo que se estabelecia entre o
    desenvolvimento do capital humano individual e o
    capital humano social.
  • As possibilidades de inserção de um indivíduo no
    mercado dependem da posse de um conjunto de
    saberes, competências e credenciais que o
    habilitam para a competição pelos empregos
    disponíveis.

34
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Porém, o desenvolvimento econômico da sociedade
    não depende, hoje, de uma maior e melhor
    integração de todos à vida produtiva.
  • Um incremento no capital humano individual
    aumenta as condições de empregabilidade do
    indivíduo, o que não significa, necessariamente,
    que todo indivíduo terá seu lugar garantido no
    mercado.
  • A evidência parece ser outra as economias podem
    crescer excluindo e multiplicando a discriminação
    a milhares de pessoas.

35
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • O discurso da empregabilidade reconhece que
    existe também a possibilidade de que pessoas,
    mesmo tendo investido no desenvolvimento de suas
    capacidades empregatícias, não terão sucesso na
    disputa pelo emprego.
  • Alguns triunfarão, outros fracassarão.
  • Assim, o indivíduo é um consumidor de
    conhecimentos que o habilitam a uma competição
    produtiva e eficiente no mercado de trabalho.
  • A tese da empregabilidade acaba também com a
    concepção do emprego e da renda como esferas de
    direito.

36
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • O indivíduo pode possuir determinadas condições
    de empregabilidade e nem por isso garantir sua
    inserção no mercado de trabalho. E a renda
    depende desta inserção no mercado de trabalho.
  • O que torna concretas as oportunidades de emprego
    e renda não é o quantum de empregabilidade que
    possuem, e sim a maneira como essa
    empregabilidade é colocada em prática na hora de
    concorrer pelo único emprego.
  • Fazem parte da empregabilidade conhecimentos
    vinculados à formação profissional, o capital
    cultural socialmente reconhecido e, também,
    determinados significados de diferenciação que
    entram em jogo nos processos de seleção ser
    branco, ser negro, ser imigrante, ser gordo, ser
    surdo, ser nordestino...

37
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • TERCEIRA TESE
  • A desintegração social promovida pelos regimes
    neoliberais, em contextos marcados por um aumento
    significativo dos índices de escolarização,
    demonstra que a educação e o desenvolvimento se
    relacionam e influenciam, mas não,
    necessariamente, de uma forma positiva.

38
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Paradoxalmente, alguns teóricos críticos e boa
    parte dos políticos progressistas se empenham em
    manter viva a chama de um mito a educação tem
    valor porque dela depende o desenvolvimento
    econômico.
  • Ou seja, mais educação significa maior
    desenvolvimento.
  • O autor chama a atenção sobre o risco deste tipo
    de afirmação e afirma que o Brasil é,
    provavelmente, o melhor e mais dramático exemplo
    da não correlação entre educação e
    desenvolvimento econômico.

39
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Durante a segunda metade do século XX, o Brasil
    foi a economia mais dinâmica do planeta,
    apresentando significativos índices de
    crescimento no volume de riquezas acumuladas.
  • Este crescimento conviveu com também
    espetaculares índices de concentração de renda,
    pobreza, exclusão e segregação social da grande
    maioria do povo brasileiro.
  • E, neste período, tanto no Brasil quanto na
    América Latina, os índices de escolarização
    melhoraram significativamente.

40
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Ainda com amplos setores da população adulta
    excluídos do direito à educação, os níveis médios
    de acesso à escola por parte das crianças e dos
    jovens latino-americanos tenderam a aumentar.
  • O dado, certamente alentador, longe de confirmar
    a correlação direta entre educação e
    desenvolvimento, não consegue ocultar uma brutal
    realidade a América Latina é a região mais
    injusta, mais desigual do planeta.
  • É uma região que hoje possui o maior número de
    pobres de toda sua dramática e colonial história
    mais de 210 milhões de pessoas sobrevivem abaixo
    da linha da pobreza.

41
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Pior ainda a metade dos latino-americanos abaixo
    da linha da pobreza são crianças ou jovens com
    menos de 20 anos.
  • A América Latina ainda possui mais de 40 milhões
    de analfabetos absolutos.
  • E estes índices de vulnerabilidade social tendem
    a se aprofundar de forma inversamente
    proporcional à riqueza e ao poder acumulado por
    elites.
  • Expressão do abismo que separa os ricos dos
    pobres é a polarizada distribuição de renda que
    historicamente caracterizou o desenvolvimento
    latino-americano e que piorou depois de vinte
    anos de políticas de ajuste neoliberal.

42
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • Em torno de 50 milhões de brasileiros e
    brasileiras encontram-se abaixo da linha da
    indigência, ou seja, possuem uma renda inferior a
    oitenta reais por mês.
  • É o valor estimado para satisfazer as
    necessidades alimentares básicas da anorexica
    dieta que os órgãos oficiais definem para os mais
    pobres.
  • Em Alagoas, por exemplo, 56,84 da população
    encontram-se abaixo da linha da indigência no
    Piauí, 61,26 e, no Maranhão, terra de aparentes
    milagres modernizadores, 62,37.

43
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • E os pobres brasileiros são mais pobres se são
    negros, índios, mulheres e nordestinos.
  • Se as promessas da Teoria do Capital Humano
    fossem minimamente compatíveis com a realidade
    latino-americana, o aumento nos índices de
    escolarização deveriam ter promovido um
    correlativo aumento na renda dos mais pobres,
    diminuindo a disparidade endêmica que caracteriza
    a desigual distribuição da riqueza na região.
  • Os pobres latino-americanos são hoje mais pobres
    e mais educados.

44
GENTILI, Pablo. Três Teses sobre a relação
trabalho e educação em tempos neoliberais. In
LOMBARDI, José Claudinei e outros (orgs).
Capitalismo, trabalho e educação. Campinas
Autores Associados. 2002. pp.45-59.
  • São educados num sistema escolar pulverizado,
    segmentado, no qual convivem circuitos
    educacionais de oportunidades e qualidades
    diversas.
  • Oportunidades e qualidades que mudam conforme a
    condição social dos sujeitos e os recursos
    econômicos que eles têm para acessar a
    privilegiada esfera dos direitos da cidadania.

45
A TERCEIRA REVOLUÇÃO EDUCACIONAL A EDUCAÇÃO NA
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
  • JOSÉ MANUEL ESTEVE ZARAZAGA

46
Biografia - JOSÉ MANUEL ESTEVE ZARAZAGA
  • Catedrático da Universidade de Málaga, Espanha.
    2005.
  • Nasceu em Melilla (Málaga) em 1951.
  • Doutor em Ciencias da Educacão pela Universidad
    Complutense de Madrid, na qual foi também
    professor durante 8 anos. Em outubro de 1980
    iniciou como docente na Universidade de Málaga,
    lecionando Pedagogia Geral e Teoria da educacão.
    Onde a atualmente é catedrático de Teoria da
    Educação na Faculdade de Ciências da Educacão

47
  • CONTEXTO SOCIAL
  • Atualmente a educação não é uma prioridade
    social.
  • Nos encontramos num momento em que a sociedade é
    multicultural e mulitlingue que exige dos
    professores alteração do materiais didáticos e a
    modificação dos programas de ensino (fazer uma
    adaptação dos materais para que todos os alunos
    possam aprender o que querem ensinar).
  • Além disso, os valores sociais são muito
    materialistas, e centram-se no sonho americano de
    consumo quando deveriam ajudar os estudantes a
    pensarem por si mesmos, e promover seu acesso à
    cultura.
  • Poucos valorizam o saber, ao trabalho de formação
    das crianças e o cultivo das ciências.

48
  • Os pais não estão de acordo que o sistema
    educacional garanta a formação e querem que
    continue garantido futuro de seus filhos como era
    possível a 30 anos.
  • Antes o sistema trabalhava só com os que
    proseguiriam nos estudos e poucos tinham
    escolaridade média.
  • Na atualidade existe a presença de uma maioria
    para a qual se deve dar toda a ciência e cultura
    (mesma oportunidade), tanto para quem vai
    prosseguir estudando com para os que não cultura
    e valores transmitidos no tempo em que é
    estudante e lhe poderão ajudar no resto da vida.

49
  • O autor discute a "crise" dos sistemas
    educacionais, causada por essas mudanças, a
    partir da análise de três contextos históricos
  • ?(1) o macro, que depende da evolução das forças
    sociais, dos grupos políticos e dos setores
    econômicos e financeiros
  • ? 2) o contexto político e administrativo, que
    ordena a realidade por leis e decretos
  • ? (3) e o contexto da prática, que se refere ao
    trabalho real dos professores e ao dia-a-dia da
    escola.
  • A partir de uma reflexão sobre os processos de
    mudança social registrados nos últimos 30 anos,
    oferece elementos para um debate sobre a
    realidade atual dos sistemas educacionais, as
    transformações sofridas nos últimos anos e os
    desafios mais importantes do futuro, que exigirá
    a integração da aprendizagem eletrônica e do
    ensino por internet.

50
  • PRINCIPAIS IDÉIAS e APORTES DO PENSAMENTO
    FILOSÓFICO
  • Educar é iniciar a pessoa na autonomia, na
    liberdade, na responsabilidade e na atitude
    crítica, criando esquemas conceituais e pautas
    para consegui-lo, sob a orientação do professor.
    Finalizada esta etapa o aluno seguirá por si seu
    caminho.
  • Diante disso, o mais importante e essencial é a
    formação da atitude filosófica do aluno
    (desenvolver a capacidade pensar por si mesmo,
    inclusive de por-se contra o estabelecido). Não é
    tarefa fácil pensar por si mesmo, exige um grande
    esforço e treino constante.
  • O pensamento filosófico não é independente do
    pensamento educativo, se influem e se
    complementam, determinando as distintas
    concepções de vida, de como se quer vivê-la,
    primando a educação em e para a liberdade.

51
  • IDÉIAS CENTRAIS DO CONCEITO DE EDUCAÇÃO
  • o PRINCIPAL para o autor é o desenvolvimento
    integral da pessoa (educar-se em todos os
    aspectos possíveis, exercitando as capacidades
    racionais do sujeito).
  • para que o processo possa ser qualificado de
    educativo debe respeitar os seguintes critérios
  • Que respeite a liberdade e dignidade da pessoa
    que aprende
  • Que a pessoa seja capaz de organizar
    intelectualmente as razões de sua atuação. Deve
    estar consciente a todo momento do que está
    fazendo e qual a meta que pretende com o que faz.

52
  • A sociedade do conhecimento tem provocado
    inúmeras e velozes transformações em todas as
    esferas sociais, apontando novas tendências de
    valores e concepções de vida. Por conseqüência, o
    sistema educacional precisa atender às novas
    necessidades, adaptar-se às imprevisíveis
    demandas e desafios gerados por essas mudanças.

As novas tecnologias de informação e comunicação
abrem novas possibilidades e trazem novas
exigências para desenhar a aprendizagem do século
21, com base não em tradições ancestrais, mas em
análises científicas e novos postulados
metodológicos.
53
Para Esteve ... os professores se encontram
ante o desconcerto e as dificuldades de demandas
mutantes e a contínua crítica social por não
chegar a atender essas novas exigências. Às
vezes, o desconcerto surge do paradoxo de que
essa mesma sociedade, que exige novas
responsabilidades do professores, não lhes
fornece os meios que eles reivindicam para
cumpri-las. Outras vezes, da demanda de
exigências opostas e contraditórias (1999, p.13).
... uma pessoa condenada a fazer mal seu
trabalho, já que nos últimos anos acumulou-se
sobre suas costas a quantidade de
responsabilidades, sem as contrapartidas
correspondentes para poder cumpri-las, que
profissionalmente se encontra esgotado,
faltando-lhe tempo material para cumprir tudo
aquilo que considera seu dever (1999, p.144-145).
54
ESTEVE, José M. A terceira revolução educacional
A educação na sociedade do conhecimento. São
Paulo Moderna, 2004
  • Palavras-chave Revolução, pedagogia da exclusão,
    mentalidade seletiva, novas demandas, novas
    estratégias.

55
Introdução
  • O objetivo do texto é compreender a gênese da
    terceira revolução educacional nos países mais
    desenvolvidos.
  • Revoluções silenciosas resistem melhor ao tempo
    por serem resultado de um processo lento de
    mudança de mentalidades até que idéias e valores
    se tornem corrente de opinião

56
A primeira Revolução Educacional
  • Se deu com a criação e generalização do conceito
    de escola com função de ensinar.
  • Tem sua origem no Egito do Antigo Império com as
    Casas de Instrução e as Escolas dos Escribas.
  • Reservada a uma elite pequena de eleitos define
    privilégios da posição social com retribuições
    econômicas para uma minoria.

57
A segunda Revolução Educacional
  • Se deu a partir do século XVIII, quando em 1787,
    Frederico Guilherme II da Prússia promulgou um
    código educacional que tirava do clero a
    administração das escolas e passava-a ao
    Ministério da Educação.
  • Esta atitude responsabiliza o Estado pela
    criação, manutenção e fiscalização de um sistema
    de escolas que garantisse o acesso de todas as
    crianças.

58
A segunda Revolução Educacional
  • A contrariedade dos grandes proprietários fez com
    que na Inglaterra Joseph Lancaster (1804) e o
    projeto de Whitebread das escolas elementares em
    todo o país fossem acusados de fosse acusado de
    destruir a oferta de serviçais, e criar
    questionadores e insolentes
  • A centralidade da educação fez surgir no século
    XX a Teoria do Capital Humano que enfatiza a
    importância da formação para o impulso dos
    benéficos econômicos e para a coesão social.

59
A segunda Revolução Educacional
  • Apesar dos empenhos as ofertas de vagas
    continuaram escassas até os anos 1950, mesmo em
    países mais desenvolvidos.
  • Na pedagogia da exclusão o primeiro mecanismo de
    exclusão é a mentalidade seletiva os exames vão
    excluindo os que são considerados inadequados aos
    estudos. O segundo mecanismo são os problemas
    graves de conduta

60
A terceira revolução educacional
  • Estabeleceu-se o Ensino fundamental para toda a
    população e obrigatoriedade do Ensino Médio..
  • Elemento fundamental da mudança é a superação da
    pedagogia da exclusão

61
A terceira revolução educacional
  • A generalização do ensino exige mudanças nos
    objetivos, formas de trabalho e na essência do
    sistema educacional
  • (a escolarização do aluno, mesmo do aluno dito
    fracassado, é um êxito porque para a um nível de
    escolarização que não tinha antes consideração
    do fato de ser a primeira geração escolarizada da
    família crescimento do nível educacional geral e
    individual dos melhores alunos).

62
A terceira revolução educacional
  • Diante das novas dificuldades dos professores é
    preciso dar atenção aos problemas pessoais dos
    alunos desajustados.
  • Surgem novas demandas aos professores do EM,
    como formação geral (foco não só na formação
    acadêmica tradicional) esforço de integração
    (enfrentamento com generosidade) apoio da
    sociedade oferecendo meios adequados, modificando
    a formação inicial, melhores condições de
    trabalho e salário (superação de estruturas de
    trabalho seletivas).

63
A terceira revolução educacional
  • A obrigatoriedade do EM provocou a ruptura da
    relação educacional ao inserir aqueles que não
    querem estar na escola, o que tem gerado
    agressividade pela imposição social/legal ou pela
    permanência de estratégias segregadoras. Diante
    da falta de oportunidade de emprego retira o
    apoio aos professores, e educação é abandonada
    como promessa de futuro melhor.
  • Reforça-se a solução da retomada da pedagogia da
    exclusão (sociedade, pais mídia, educadores).
    Mesmo assim, ainda há uma prevalência do
    argumento econômico sobre o argumento da formação
    das pessoas.

64
A terceira revolução educacional
  • O mais alto nível de formação é sempre melhor que
    a ignorância (independente de vaga no mercado de
    trabalho), possibilita novos campos de atividade.
  • A desorientação e mal-estar começam a ser
    superadas na realidade escolar com os professores
    mudando a forma de ver os problemas da educação
    atual, abandonando progressivamente a pedagogia
    seletiva, elaborando novas estratégias, soluções,
    mentalidades e propostas.

65
A terceira revolução educacional
  • Na Europa o esforço é já de extensão (ampliação)
    do ensino entre os 18 e 24 anos para atender aos
    jovens que abandonaram de forma prematuramente a
    escola (não concluíram o EM).

66
  • Bibliografia
  • ESTEVE, José M. A terceira revolução educacional
    A educação na sociedade do conhecimento. São
    Paulo Moderna, 2004.
  • ESTEVE, José M. O mal-estar docente a sala de
    aula e a saúde dos professores. Bauru, SP EDUSC,
    1999. Disponível emlthttp//es.wikipedia.org/wiki/
    JosC3A9_Manuel_Esteve_Zarazagagt. Acesso em 08
    nov. 07.
  • GENTILI, Pablo. Três teses sobre a relação
    trabalho e educação em tempos neoliberais in
    LOMBARDI, J.C. e outros (orgs). Capitalismo,
    trabalho e educação. Campinas Autores
    Associados, 2002.
  • GIROUX, Henry A. A cultura de massa e o
    surgimento do novo analfabetismo implicações
    para a leitura in GIROUX, Henry A. Os professores
    como intelectuais rumo a uma pedagogia crítica
    da aprendizagem. Trad. Daniel Bueno. Porto
    Alegre Artes Médicas, 1997, pg. 111-121.
  • TERUYA, Teresa Kazuko. Trabalho e educação na era
    midiática um estudo sobre o mundo do trabalho na
    era da mídia e seus reflexos na educação.
    Maringá, PR. EDUEM, 2006.

"
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com