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DOEN A DE CHAGAS CONG NITA Gustavo Lessa Gustavo Santana Mathias John Thiago Almendra Prof. Dr. Paulo R Margotto Escola Superior de Ci ncias da Sa de (ESCS0/SES/DF – PowerPoint PPT presentation

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Title: DOEN


1
DOENÇA DE CHAGAS CONGÊNITA
  • Gustavo Lessa
  • Gustavo Santana
  • Mathias John
  • Thiago Almendra
  • Prof. Dr. Paulo R Margotto
  • Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS0/SES/DF

2
História Materna
  • LBS, 23anos, casada, desempregada, natural e
    residente em Riachão das Neves-BA (proximo à
    Barreiras-BA).
  • Deu entrada no HRAS no dia 13/02/2005 ás 23h e
    45min, procedente de barreiras, com história de
    parto vaginal gemelar em domicílio, no dia
    13/02/2005 à 1h e 20min.
  • RN prematuros com 30 semanas.

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História Materna
  • Realizou 3 consultas de pré-natal.
  • Nega intercorrências na gestação.
  • G-1, P-1 (gestação gemelar), A-0.
  • Ciclos menstruais irregulares de 20/5 dias.
  • VDRL Não reagente.
  • Tipo Sangüíneo B positivo.
  • Nega transfusões sangüineas.
  • Morou no campo até os 13 anos.

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1 Gêmeo
  • Sexo masculino
  • Peso ao nascer 950g (baixo peso)
  • Comprimento fetal 36cm

5
1 Gêmeo
  • Deu entrada no dia 13/02/2005 às 23h e 45min, com
    23h de vida.
  • Apresentava
  • Desconforto respiratório (Rx pneumonia)
  • Palidez
  • Hipoatividade.

6
1 Gêmeo
  • Conduta
  • CPAP nasal FiO2 40
  • Hemograma (resultado em 14/02/2005)
  • HTC 28?
  • HB 9.1g/dl?
  • Plaquetas 157000
  • Leucocitos 9700
  • Bastões 1
  • Segmentados 42
  • Linfocitos 51
  • Monócito 6
  • Infundido concentrado de hemácias 10ml/kg
    (14/02/2005).

7
1 Gêmeo
  • Terapêutica
  • Ampicilina Gentamicina(13/02 por 5 dias).
  • Mudada para Vancomicina no dia 18/02 (usado por 5
    dias) - resultado da hemocultura ( Cocos Gram).
  • Trocada para Oxacilina no dia 23/02 (por 15 dias)
    - resultado da hemocultura (S. Aureus).
  • Associado Meropenen no dia 02/03 (por 12 dias) -
    resultado do Rx (Infiltrado pneumónico).
  • Introduzido Vancomicina no dia 18/03 (por 14
    dias) - resultado da hemocultura p/ S.
    Epidermidis (21/03).
  • Introduzido Ciprofloxacina no dia 31/03 (conduta
    mantida) - piora do quadro.

8
1 Gêmeo
  • Evoluiu com piora do quadro séptico (31/03), dos
    sintomas respiratórios e apresentou colestase
    (BbT 8,25 D 5,88 I 2,37).

9
1 Gêmeo
  • No dia 15/03 foi detectada, por acaso, presença
    de vários T. cruzi em amostra de sangue
    periférico.
  • Realizado sorologia para D. Chagas.
  • Realizado também Strout que evidenciou 150mil
    parasitas/mm³.
  • Introduzido benzonidazol no dia 17/03.

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2 Gêmeo
  • Sexo feminino
  • Peso ao nascer 1250g (baixo peso)
  • Comprimento fetal 37cm

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2 Gêmeo
  • Deu entrada no dia 13/02/2005 às 23h e 45min, com
    23h de vida.
  • Apresentava
  • Desconforto respiratório (Rx pneumonia)
  • Icterícia leve.

12
2 Gêmeo
  • Conduta
  • CPAP nasal
  • Hemograma (resultado em 14/02/2005)
  • HTC 39,9
  • HB 13g/dl
  • Plaquetas 114000
  • Leucocitos 8000
  • Bastões 4
  • Segmentados 34
  • Linfocitos 58
  • Monócito 4

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2 Gêmeo
  • Terapêutica
  • Ampicilina Gentamicina(13/02 por 7 dias).
  • Introduzido Meropenen no dia 24/02 (usado por 15
    dias).
  • Introduzida Anfotericina B no dia 25/03 (conduta
    mantida).
  • Introduzido Vancomicina no dia 29/03 (por 2 dias)
    resultado de hemocultura no dia 28/03
    evidenciou Klebsiella, leveduras.
  • Introduzido Amicacina no dia 29/03 (conduta
    mantida).
  • Introduzido Meropenen no dia 01/04 (conduta
    mantida).

14
2 Gêmeo
  • Evoluiu com piora do quadro infeccioso, com
    displasia broncopulmonar, em ventilação mecânica,
    colestase (BbT 29,2 BD 16,1 BI 13,1),
    icterícia e hipoatividade ao manuseio.

15
2 Gêmeo
  • Rx realizado 03/04 revelou displasia
    broncopulmonar.

16
2 Gêmeo
  • No dia 15/03 o achado parasitológico do 1 gêmeo
    incentivou a pesquisa por T. cruzi no 2 gêmeo.
  • Realizado Strout que evidenciou 1 a 5 parasitas
    por mm³.
  • Introduzido benzonidazol no dia 18/03.
  • Mãe exames em andamento

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Discussão Doença de Chagas
  • Antropozoonose causada por um protozoário
    flagelado Typanosoma cruzi (T. cruzi).
  • Primeiramente descrita por Carlos Chagas (1909).
  • Distribuída em todo o continente americano.
  • No Brasil, calcula-se que existam 5 milhões de
    infectados.
  • Entre gestantes, ocorre em 2 a 11 nos centros
    urbanos e em 23 a 58 nas áreas rurais.

18
Doença de Chagas
  • Formas de transmissão
  • Vetorial
  • Transfusional
  • Congênita
  • Outras Causas.

19
Doença de Chagas
  • Transmissão vetorial
  • Mais comum e mais importante forma de transmissão
  • Picada de triatomíneo cria uma solução de
    continuidade que propicia a infecção pelo T.
    cruzi presente nas fezes e urina do barbeiro.

20
Doença de Chagas
  • Transmissão Transfusional
  • Segunda forma mais importante.
  • No Brasil, 1 a 5 dos doadores de sangue são
    chagásicos.
  • Risco de transmissão de 12,5 a 25 para
    transfusão única de 500ml de sangue total (doador
    chagásico).
  • Discrepância entre casos esperados e casos
    publicados (lt300 casos publicados na literatura).

21
Doença de Chagas
  • Outras formas de transmissão
  • Acidental
  • Transplante de orgãos
  • Oral (Alimentos contaminados e aleitamento
    materno).

22
Doença de Chagas
  • Obs A transmissão via aleitamento materno pode
    ocorrer pelo colostro, pelo leite ou por fissura
    mamária (é rara).

23
Doença de Chagas
  • Transmissão congênita
  • Terceira forma mais importante.
  • 9 em cada 10 casos são subdiagnosticados.
  • Observa-se, ultimamente, um aumento significativo
    de casos. (Emergent Infectious Diseases
    02/2005-EUA)

24
Doença de Chagas
  • Pode ocorrer por via transplacentária (mais
    comum), pela geléia de Wharton, pelo líquido
    amniótico e através do contato do sangue materno
    com as mucosas do RN (intra-útero, durante ou
    após o parto).

25
Doença de Chagas Congênita
  • Para afirmar que se trata de infecção congênita é
    necessária a demonstração do T. cruzi no RN até 5
    dias após o nascimento e antes da primeira mamada.

26
Doença de Chagas Congênita
  • Incidência de 0,5 a 3 nos RNs de mães com
    doença crônica e de 71 nos RNs de mães na fase
    aguda (Bittencourt et al.,1992).
  • Quanto mais precoce se dá a infecção aguda
    durante a gestação maior o risco de transmissão
    para o feto. (Moretti et al., 02/2005).
  • Ocorre principalmente após o terceiro mês de
    gestação.

27
Doença de Chagas Congênita
  • Placenta na maioria dos casos encontra-se
    alterada ( volumosa , edemaciada e com placas
    esbraquinçadas).
  • Causa de prematuridade, baixo peso e risco
    aumentado de morbimortalidade
  • Agente infeccioso responsável por lesões
    inflamatórias, sendo que os tecidos mais
    frequentemente lesados são SNC, coração, fígado,
    trato digestório e pele.

28
Doença de Chagas Congênita
  • Manifestações clínicas
  • Febre (pouco freqüente), taquicardia, baixo peso
    ao nascer
  • Estado geral comprometido, palidez
    cutâneo-mucosa
  • Icterícia, geralmente há aumento da bili.indireta
    (ambas podem estar aumentadas)
  • Petéquias, edema (tipo mixedematoso)
  • Hidropsia

29
Doença de Chagas Congênita
  • Sinais neurológicos (tremores finos
    generalizados, convulsões focais ou
    generalizadas, retardo mental)
  • Opacidade da córnea, alterações de fundo de olho,
    uveíte, coriorrenite
  • Parasitemia alta (geralmente entre 10 e 20 dias
    de vida valores máximos 1-2 meses-Reiche e cl,
    1996)
  • Taquicardia (devido à miocardite e anemia)
  • Má evolução ponderal

30
Doença de Chagas Congênita
  • Inapetência, vômitos, diarréia, regurgitação
  • Hepatoesplenomegalia (muito freqüente)
  • Edema de genitália externa
  • Hematúria, proteinúria, piúria, cilindrúria
  • Anemia, leucocitose com linfocitose,
    plaquetopenia
  • Hipoalbuminemia e hipergamaglobulinemia.

31
Doença de Chagas Congênita
  • Complicações
  • Insuficiência cardíaca (raramente)
  • Cardites
  • Meningoencefalite (hipotonia, hiporreflexia,
    apnéia, hipercelularidade com predomínio de
    linfócitos)

32
Doença de Chagas Congênita
  • Calcificações cerebrais
  • Metafisite
  • Infecções intercorrentes
  • Óbito.

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Doença de Chagas Congênita
  • Diagnóstico Laboratorial
  • Parasitológico (métodos diretos)
  • Esfregaço de sangue periférico
  • Gota espessa
  • Técnica do microhematócrito
  • Método de Strout
  • Técnica da tríplice centrifugação com sangue
    coagulado.

34
Doença de Chagas Congênita
  • Parasitológico (métodos indiretos)
  • Xenodiagnóstico (alta positividade)
  • Hemocultivo (cerca de 60 de positividade)
  • Inoculação em animais de laboratório.
  • Obs os três são técnicas de multiplicação do
    parasita.

35
Doença de Chagas Congênita
  • Importante O método de Strout associado ao
    xenodiagnóstico tem sensibilidade e
    especificidade de 100.

36
Doença de Chagas Congênita
  • Sorológicos
  • Fixação de complemento (Machado Guerreiro), pouco
    específico
  • Imunoflorescência Indireta IgG e IgM específica
  • ELISA IgG e IgM. Alta sensibilidade e
    especificidade.

37
Doença de Chagas Congênita
  • Tratamento
  • Benzonidazol (Rochagan, Rodaniz) 7a 10 mg/kg/dia
    em duas doses diárias (12/12hrs), por no mínimo
    30 dias e idealmente por 60 dias.
    (kirchhoff,1995). Negativação da parasitemia por
    volta do 6º e 20º dia de tramento.
  • Efeitos colaterais dermatite urticariforme,
    leucopenia, polineuropatia periférica, astenia,
    inapetência, náuseas, dores abdominais.

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Doença de Chagas Congênita
  • Nifurtimox (Lampit) 10 a 15mg/kg/dia tomados em
    duas doses diárias (12/12 hrs). Negativação da
    parasitemia entre o 7º e 33º dia de tratamento.
  • Efeitos colaterais inapetência, náuseas,
    tremores, excitação, insônia, convulsões,
    dermatite.

39
Doença de Chagas Congênita
  • Seguimento
  • Crianças infectadas exame físico mensal. Exames
    complementareshemograma, provas de função
    hepática, quinzenalmente, durante o tratamento.
  • Crianças não infectadas sorologia trimestral
    enquanto estiver amamentando e dois meses após a
    interrupção da amamentação.

40
Doença de Chagas Congênita
  • Prevenção
  • Controle do vetor
  • Controle da transmissão transfusional
  • Controle das transmissões acidentais, por
    transplantes de órgãos e evitar a contaminação de
    alimentos.

41
Doença de Chagas Congênita
  • Aleitamento materno - discutível pelo baixo
    número de casos relatados de transmição, porém
    não aconselhavél (Medina 1983).
  • Especificamente para chagas congênito
  • Pré-natal(diagnóstico materno precoce)

42
Doença de Chagas Congênita
  • Critério de cura
  • Negativação total e permanente das provas
    parasitólogicas (xenodiagnóstico e hemocultura) e
    imunológicas ( sorologia convencional e testes
    especiais- dosagem de anticorpos líticos).

43
Doença de Chagas Congênita
  • Critério clínico é considerado como secundário,
    funcionando como suporte apenas na fase aguda.
  • OBS Boa resposta terapêutica nos casos de
    tratamento precoce.

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Doença de Chagas Congênita
  • Bibliografia
  • -Reiche EMV e cl.Doença de Chagas congênita
    epidemiologia, diagnóstico laboratorial,
    prognóstico e tratamento.J Pediatr (Rio J)
    199672125-132
  • -Moretti E, et al.Doença de Chagasestudo da
    transmissão congênita nos casos da infecção
    materna aguda. Revista da Sociedade Brasileira de
    Mediciana Tropical 2005 3853-55
  • -Bittencourt AL, et al.Pneumonitis in congenital
    Chagasdisease.. Am J Trop Med Hyg 1981 3038-42

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Doença de Chagas Congênita
  • Bibliografia
  • -Ferreira HO. Tratamento específico na fase aguda
    da Doença de Chagas. J Pediatr (Rio J)
    198864126-128
  • -Medina-Lopes MD. Transmissão materno-infantil da
    Doença de Chagas. Tese de Mestrado, Universidade
    de Brasília, 1983
  • -Nagaiassu M e cl. Doença de Chagas
    congênitarelato de caso com hidropsia em
    recém-nascido. Pediatria (São Paulo) 2000 22
    168
  • -Mello LC, Assreuy S. Doença de Chagas. In.
    Margotto PR. Assistência ao Recém-Nascido de
    Risco, Editora Pórfiro, Brasília, 2002, p. 326-328
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