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A dimens

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A dimens o informal, cultura e conflito organizacional Disciplina Gest o P blica e Quest es Organizacionais Curso de Especializa o P s-Gradua o lato ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: A dimens


1
A dimensão informal, cultura e conflito
organizacional
  • Disciplina Gestão Pública e Questões
    Organizacionais
  • Curso de Especialização Pós-Graduação lato sensu
  • Governança Pública e Novos Arranjos de Gestão
  • Profa. Dra. Ana Cláudia Niedhardt Capella
  • UNESP FCL/Araraquara
  • capella_at_fclar.unesp.br

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Plano da aula
  • Organizações como sistemas políticos
  • Fontes de poder nas organizações públicas
  • Controle de recursos escassos
  • Uso da estrutura, regras e regulamentos
  • Controle do processo decisório
  • Controle de conhecimentos e informações
  • Habilidade de lidar com incertezas
  • Controle da tecnologia
  • Outras fontes de poder
  • Conflitos organizacionais
  • Conflitos entre políticos e burocratas
  • Conflitos entre os burocratas
  • Conflitos entre áreas meio e áreas fim
  • Cultura organizacional
  • Perspectivas
  • Elementos

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O que é o poder?
  • Poder definição de Dahl
  • A tem poder sobre B na medida em que B faz algo
    que não faria, se não fosse A.
  • Ou seja, poder é a capacidade de A impor sua
    vontade sobre B.
  • A ou B podem ser indivíduos, grupos, organizações
    mas independente do nível de análise, o poder é
    sempre exercido no contexto das relações entre
    atores (o poder não reside num ator). Poder é
    sempre relacional.

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O que é a política?
  • Política é o processo (conjunto de ações)
    orientado para um fim manter/expandir/controlar,
    etc, etc, o poder.
  • Deste processo participam indivíduos com
    interesses, objetivos e percepções próprias.
  • Organização como um sistema político
  • Considera as diferenças entre os grupos que
    compõem uma organização, com metas, valores e
    interesses distintos.
  • Entende o conflito organizacional como aspecto
    natural das organizações.

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Fontes de Poder nas Organizações
  • Poder formal, ou autoridade
  • Fonte mais evidente de poder é a forma de poder
    legítima baseada na estrutura racional-legal.
  • Autoridade tem três características
  • Está alocada em posições organizacionais (cargos)
    e não nas características pessoais
  • A autoridade é aceita pelos subordinados
    (legitimação)
  • A autoridade diminui ao longo da hierarquia
    vertical.
  • Poder formal na administração pública autoridade
    política e burocrática nos altos escalões.

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Fontes de Poder
  • Controle de recursos escassos
  • A especialização divide funções entre as unidades
    da organização.
  • Algumas dessas unidades controlam recursos que
    são utilizados pelas demais unidades, como
    recursos humanos, recursos tecnológicos, recursos
    materiais e financeiros.
  • Encontramos esses recursos geralmente agrupados
    no organograma Depto. de RH, Depto. de
    Finanças.... - são as chamadas áreas-meio.

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Fontes de Poder
  • Controle de recursos escassos
  • Como todos os outros Departamentos na organização
    dependem destes recursos, o poder desses órgãos
    tende a ser muito grande.
  • Portanto, quanto mais intensa a presença de
    atividades-meio, mais burocratizada a
    organização, mais complexa a estrutura
    organizacional e mais difícil se tornará a
    prestação de serviços (rivalidade entre os
    setores, dispersão das responsabilidades,
    enfraquecimento dos centros de decisão).

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Fontes de Poder
  • Uso da estrutura, regras e regulamentos
  • Uma visão política da estrutura formal sugere que
    esses instrumentos são produtos de uma luta que
    não é necessariamente técnica (como pode
    parecer), mas política.
  • Regras, regulamentos são criados, invocados e
    utilizados de forma mais ou menos intensiva como
    parte de um jogo de poder.
  • Uma regra, um manual, um organograma... sempre
    vai expressar a vontade de A sobre B.

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Fontes de Poder
  • Paradoxalmente, quando existem muitas regras,
    estas acabam também podem favorecer B. A
    excessiva formalização limita a capacidade de
    ação (engessa a organização) e aí B encontra
    normas para burlar o sistema.
  • Nas organizações públicas, altamente
    formalizadas, o poder está nas mãos daqueles que
    interpretam as normas, uma vez que o sistema
    normativo, embora extenso ,não é infalível e não
    pode antecipar todas as situações possíveis.
  • Isso sem contar no poder daqueles que elaboram as
    normas internas, a partir da interpretação das
    normas jurídicas.

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Fontes de Poder
  • Controle do processo decisório
  • Envolve decisões sobre
  • Premissas (problemas e representações de mundo)
  • Decisões sobre processos (como uma decisão deve
    ser tomada? quem participará desta decisão?)
  • Decisões sobre os objetivos finais do processo
    decisório (domínio dos fatos, eloqüência, preparo
    técnico).

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Fontes de Poder
  • O processo decisório nas organizações públicas
    está submetido às normas e à estrutura
    organizacional.
  • Portanto os indivíduos com capacidade de tomar
    parte no processo decisório o fazem em função de
    seus cargos (posição na estrutura).
  • Isso pode dificultar o processo (limitando a
    participação de outros atores, ou incluindo
    muitos atores no processo).

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Fontes de Poder
  • Controle de conhecimentos e informações
  • Capacidade de filtrar informações e contatos
    entre um setor e o resto da organização
    (gatekeeper).
  • O organograma mostra os canais por onde fluem as
    informações. Mas os gatekeepers podem controlar o
    fluxo e o acesso às informações
  • Ex. Secretária que recebe uma informação e
    repassa para apenas alguns membros do setor, ou
    que tem poder de decidir quando repassar a
    informação ao chefe.

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Fontes de Poder
  • Habilidade de lidar com incertezas
  • Organização implica interdependência. Situações
    imprevisíveis num setor afetam outros setores.
  • A capacidade de lidar com essas situações dá a um
    indivíduo, ou a um grupo, ou unidade
    organizacional, grande poder sobre o restante da
    organização.
  • Neste caso, às vezes surgem os líderes
    informais.

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Fontes de Poder
  • Controle da tecnologia
  • Organizações dependem de algumas formas de
    tecnologia (tecnologia entendida como o saber
    fazer). e algumas tecnologias geram
    interdependência.
  • As pessoas que controlam qualquer uma das partes
    da tecnologia têm um nível considerável de poder
    que pode desagregar o todo.
  • Adoção de sistemas de Tecnologia da Informação na
    Administração Pública, por exemplo, pode
    concentrar poder nas mãos dos técnicos de TI.

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Fontes de Poder
  • Outras fontes de Poder
  • Alianças inter-pessoais, redes e controle de
    organizações informais
  • Simbolismo e gerenciamento de sentido
  • Gênero e gerenciamento das relações entre gêneros.

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Fontes de Poder
  • Como mapear a distribuição de poder em uma
    organização?
  • Sugestão de indicadores
  • Atribuições das unidades (aumento ou diminuição
    nas ações atribuídas a unidades organizacionais
    ao longo do tempo)
  • Volume das atividades realizadas nas unidades
    (número de usuários, quantidade e qualidade das
    funções ou tarefas)
  • Participação das unidades em comitês/comissões
    importantes (representação em comitês
    formais/informais de representação representação
    em cargos de direção)
  • Quantidade de unidades que dependem das
    competências de uma unidade específica
  • Etc...

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Conflitos Organizacionais
  • Conflito organizacional é o comportamento que
    ocorre quando grupos organizacionais percebem que
    outros grupos podem bloquear a realização da
    metas ou das expectativas do seu grupo.
  • É, portanto, uma questão fundamental de poder. B
    exercendo poder sobre A. ou A não conseguindo
    fazer com que B colabore. Conflito significa
    oposição.
  • O conflito pode aparecer entre as unidades de
    mesma linha (horizontal) ou entre diferentes
    níveis da organização (vertical).

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Conflitos na Administração Pública
  • Conflitos entre políticos e burocratas
  • Tema clássico na literatura de Administração
    Pública.
  • Políticos têm poder burocratas têm poder. O
    poder do burocrata se baseia no conhecimento
    técnico o do político no poder formal.
  • Políticos vêm e vão, burocratas ficam.
  • Burocratas podem bloquear o sistema decisório,
    ocultando ou dificultando o acesso a informações
    técnicas. Podem também atuar na implementação,
    paralizando/alterando a execução de um projeto.
  • Políticos tem objetivos que nem sempre coincidem
    com o interesse dos burocratas ? conflito.

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Conflitos na Administração Pública
  • Conflitos entre os burocratas
  • Conflitos entre categorias distintas numa mesma
    organização.
  • Ex. servidores técnico-administrativos e
    docentes.
  • Conflitos entre áreas meio e áreas fim
  • Áreas meio podem criar obstáculos à realização
    dos objetivos de uma área fim, ao dificultar o
    processo, torna-lo lento em demasia.
  • Por outro lado, as áreas-fim vêm as meio como
    meros suportes administrativos.

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Cultura Organizacional
  • Definição de cultura
  • Pode-se entender como cultura organizacional os
    comportamentos observados de forma regular na
    relação entre os indivíduos que compõem uma
    organização, os valores dominantes aceitos, a
    filosofia que orienta a política da organização
    pelos empregados e cidadãos, as regras do jogo
    para progredir dentro da organização, etc.
    (Ramió, 193).

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Cultura Organizacional perspectivas
  • A cultura de uma organização é o reflexo da
    cultura de seu ambiente externo
  • A cultura organizacional opera de forma
    relativamente autônoma numa organização (cultura
    própria).
  • Algumas organizações podem alterar os parâmetros
    culturais das sociedades em que atuam.
  • Perspectivas não necessariamente excludentes, mas
    sim complementares.

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Cultura organizacional elementos
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Cultura organizacional elementos
  • Ritos e Cerimônias
  • Atividades elaboradas e planejadas que compõem um
    evento especial e são realizadas em prol de uma
    audiência.
  • São ocasiões especiais que reforçam valores
    específicos, criam um laço entre as pessoas por
    compartilharem um conhecimento importante e
    consagram e celebram heróis ou heroínas que
    simbolizam importantes crenças e atividades.
    Exemplos
  • Ritos de passagem (trote)
  • Ritos de reforço (noite anual de premiação)
  • Ritos de renovação (atividades de desenvolvimento
    organizacional)
  • Ritos de integração (festa de natal no
    escritório).

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Cultura organizacional elementos
  • Histórias e lendas
  • Narrativas baseadas em eventos reais,
    compartilhadas entre os indivíduos e contadas aos
    novos integrantes de uma organização.
  • Muitas são sobre heróis, que servem como modelos
    ou ideais para o cumprimento de normas e valores
    culturais.
  • Algumas são consideradas lendas porque aos
    eventos históricos podem ter sido acrescidos
    detalhes ficcionais.
  • Outras são mitos, coerentes com os valores e
    crenças da organização, mas não confirmadas por
    fatos.

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Cultura organizacional elementos
  • Linguagem
  • Muitas organizações utilizam uma forma especial
    de provérbio, slogan, metáfora ou outra fonte de
    linguagem para transmitir um significado especial
    aos indivíduos.

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Tipologia das culturas organizacionais
  • Cultura de grupo (ênfase no poder/autoridade)
  • Poder central que irradia influência.
  • Poucas regras e procedimentos formalizados.
  • Administração de tipo patrimonialista, fundada na
    autoridade pessoal e no carisma.
  • Mais freqüente em organizações pequenas e novas.

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Tipologia das culturas organizacionais
  • Cultura de função (burocrática)
  • Poder baseado na lógica e racionalidade.
  • Normas e procedimentos, formalização e
    padronização.
  • Coordenação no topo X execução pela base.
  • Recompensas baseadas no cumprimento de normas.
  • Segurança e previsibilidade para os indivíduos.

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Tipologia das culturas organizacionais
  • Cultura de tarefa (ênfase na realização do
    trabalho)
  • Poder baseado na habilidade (não no poder
    pessoal, nem no cargo) influência dispersa.
  • Descentralização das decisões ênfase nos
    grupos, equipes, forças-tarefa.
  • Avaliação dos resultados.

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Tipologia das culturas organizacionais
  • Cultura existencial (ênfase na liberdade e no
    indivíduo)
  • Poder compartilhado.
  • Indivíduos ligados por um interesse em comum.
  • Estrutura mínima.
  • Exemplos comunidades hippies, algumas firmas
    pequenas de consultorias, algumas ONGs.

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Características da cultura organizacional
  • O que a cultura organizacional produz nas
    organizações?
  • a) Define limites diferenciando uma organização
    de outra exemplo do autor dois departamentos,
    dentro de uma mesma universidade.

b) Forma a identidade dos membros os indivíduos
que pertencem a uma mesma organização se sentem
parte de um todo ao se reconhecerem e
compartilharem práticas. É a cola que mantém
diferentes pessoas juntas numa mesma organização.
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Características da cultura organizacional
  • O que a cultura organizacional produz nas
    organizações?
  • c) Facilita a vinculação de compromissos
    pessoais com objetivos organizacionais o
    indivíduo percebe os objetivos da organização
    como sendo seus próprios objetivos. Novamente, é
    a cola que manem unidos os indivíduos com a
    organização.

d) Estabelece um sistema de controle controla o
comportamento dos indivíduos na organização via
estabelecimento de um sistema de valores. Cola,
novamente.
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Cultura e Mudança Organizacional
  • Possíveis cenários de mudança
  • a) A mudança provoca alteração na estrutura
    (sistema socioestrutural) mas não na cultura
  • Funciona quando as mudanças não se chocam com a
    cultura instalada. (Ex. mudanças pontuais).
  • b) A mudança provoca alteração na estrutura e na
    cultura
  • Mudança mais difícil e com maior probabilidade de
    resistências (Ex. amplas reformas
    administrativas).

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Cultura e Mudança Organizacional
  • Causas da resistência à mudança cultural
  • Medo do desconhecido
  • Falta de informação/ Desinformação (boatos)
  • Fatores históricos (experiências negativas no
    passado bloqueiam a mudança novo chefe que
    chega disposto mas não encontra colaboração o
    grupo, porque este já passou por momentos
    semelhantes com prejuízos coletivos cultura da
    desconfiança)
  • Ameaças ao status quo quem tem a perder não vai
    apoiar a mudança
  • Ameaças à distribuição de poder instalada
  • Clima organizacional ruim turma do quanto pior,
    melhor
  • Medo do fracasso e resistência ao novo
  • Escassa flexibilidade organizacional resistência
    institucional, normas e estruturas pouco
    permeáveis, difíceis de mudar.

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Cultura e Mudança Organizacional
  • Superação da resistência
  • Conhecer as causas da resistência e analisar as
    reações que a mudança provocará quem ganha com a
    nova situação? Quem perde? Quem tem poder? Quem
    detém informação (sobre a estrutura formal e
    sobre a estrutura informal?).
  • Transparência e informação durante todo o
    processo de mudança.

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Bibliografia
  • HANDY, Charles. Deuses da Administração. São
    Paulo, Vértice, 1987.
  • MORGAN, Garret. Imagens da Organização. São
    Paulo, Atlas, 2002.
  • RAMIÓ, Carles. Teoría da la Organización y
    Administración Pública. Madri, Tecnos, 2002.
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