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Hidrologia Estat

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Title: Hidrologia Estat


1
Hidrologia Estatística
2
  • Estatística descritiva
  • A curva de permanência
  • Vazões máximas
  • Vazões mínimas

3
Estimativas de vazões máximas
  • Usos
  • Dimensionamento de estruturas de drenagem
  • Dimensionamento de vertedores
  • Dimensionamento de proteções contra cheias
  • Análises de risco de inundação
  • Dimensionamento de ensecadeiras
  • Dimensionamento de pontes

4
Estimativas de vazões mínimas
  • Usos
  • Disponibilidade hídrica em períodos críticos
  • Legislação de qualidade de água

5
Cheias
União da Vitória PR Rio Iguaçu
6
Prejuízos causados por cheias
Fonte Reinaldo Haas - UFSC
7
Vazões máximas
8
Vazões máximas
Verão de 2007 Zona Sul de Porto
Alegre Automóveis arrastados pela correnteza
9
Estatística descritiva
  • Média
  • Desvio padrão
  • Mediana
  • Quantis

10
Média
11
Média mensal
12
Desvio padrão
Indica a variabilidade em torno da média
13
Mediana
  • Valor superado em 50 dos pontos da amostra ou da
    população.
  • Valor da mediana relativamente próximo à média,
    mas não igual

14
A curva de permanência
  • O que é isto?
  • Histograma de freqüência de vazões
  • Curva de permanência

15
Exemplo Análise estatística de dados
Número Nome Altura (cm)
1 Pedro Cabral 185
2 Charles Darwin 174
3 Leonardo da Vinci 173
4 Getúlio Vargas 161
5 Oscar Schmidt 205
6 Chico Mendes 169
7 Seu Creysson 168
..
...
N Elvis Presley 180
16
Exemplo Análise estatística de dados
Intervalo Contagem
lt150 0
150 a 155 3
155 a 160 10
160 a 165 43
165 a 170 120
170 a 175 134
175 a 180 76
180 a 185 23
185 a 190 16
190 a 195 13
195 a 200 6
200 a 205 1
Histograma
17
Exemplo Análise estatística de dados
Intervalo (cm) Contagem Contagem Acumulada
lt150 0 0
150 a 155 3 3
155 a 160 10 13
160 a 165 43 56
165 a 170 120 176
170 a 175 134 310
175 a 180 76 386
180 a 185 23 409
185 a 190 16 425
190 a 195 13 438
195 a 200 6 444
200 a 205 1 445
Total 445
18
Exemplo Análise estatística de dados
Intervalo (cm) Contagem Contagem Acumulada Acumulada relativa
lt150 0 0 0/445 0,00
150 a 155 3 3 3/445 0,01
155 a 160 10 13 13/445 0,03
160 a 165 43 56 56 /445 0,13
165 a 170 120 176 176 /445 0,40
170 a 175 134 310 310 /445 0,70
175 a 180 76 386 386 /445 0,87
180 a 185 23 409 409 /445 0,92
185 a 190 16 425 425 /445 0,96
190 a 195 13 438 438 /445 0,98
195 a 200 6 444 444 /445 1,0
200 a 205 1 445 445 /445 1,0
19
Exemplo Análise estatística de dados
Intervalo (cm) Acumulada relativa Probabilidade de uma pessoa ser menor
lt150 0,00 0
150 a 155 0,01 1
155 a 160 0,03 3
160 a 165 0,13 13
165 a 170 0,40 40
170 a 175 0,70 70
175 a 180 0,87 87
180 a 185 0,92 92
185 a 190 0,96 96
190 a 195 0,98 98
195 a 200 1,00 100
200 a 205 1,00 100
20
Exemplo Análise estatística de dados
Intervalo (cm) Acumulada relativa Probabilidade de uma pessoa ser menor
lt150 0,00 0
150 a 155 0,01 1
155 a 160 0,03 3
160 a 165 0,13 13
165 a 170 0,40 40
170 a 175 0,70 70
175 a 180 0,87 87
180 a 185 0,92 92
185 a 190 0,96 96
190 a 195 0,98 98
195 a 200 1,00 100
200 a 205 1,00 100
Se uma pessoa for escolhida aleatoriamente da
população, a chance de que esta pessoa seja menor
do que 195 cm é de 98 .
21
Transformar hidrograma em histograma
Cada dia é um ponto amostral O período completo é
a amostra
22
Transformar hidrograma em histograma
Cada dia é um ponto amostral O período completo é
a amostra
23
Como fazer na prática
  • Planilha EXCEL ou equivalente

24
(No Transcript)
25
(No Transcript)
26
(No Transcript)
27
(No Transcript)
28
(No Transcript)
29
(No Transcript)
30
Curva de permanência de vazões
31
Curva de permanência de vazões
32
Curva de permanência de vazões
A vazão deste rio é superior a 40 m3/s em 90 do
tempo.
33
Importância da curva de permanência
  • Algumas vazões da curva de permanência (por
    exemplo a Q90) são utilizadas como referências na
    legislação ambiental e de recursos hídricos.

34
  • As ações e legislações existentes, nos Sistemas
    Estaduais de Gestão de Recursos Hídricos,
    apresentam critérios de estabelecimento de uma
    vazão ecológica, que visa evitar que o rio
    seque pelo excesso de uso.
  • Nesta forma de proceder, escolhe-se uma vazão de
    referência (baseada na curva de permanência de
    vazões ou num ajuste de probabilidade de
    ocorrência de vazões mínimas, Q90 ou Q7,10, por
    exemplo) e arbitra-se um percentual máximo desta
    vazão que pode ser outorgado. O restante da vazão
    de referência é considerado como sendo a vazão
    ecológica.

35
Estado / Ato Critério da vazão de referência Vazão Residual
Bahia Decreto no 6296 de 21 de março de 1997 O valor de referência será a descarga regularizada anual com garantia de 90. O somatório dos volumes a serem outorgados corresponde a 80 da vazão de referência do manancial 95 das vazões regularizadas com 90 de garantia, dos lagos naturais ou barragens implantados em mananciais intermitentes e, nos casos de abastecimento humano, pode - se atingir 95. 20 das vazões regularizadas deverão escoar para jusante.
Ceará Decreto no 23.067 de 11 fevereiro de 1994 O valor de referência será a descarga regularizada anual com garantia de 90. O somatório dos volumes a serem outorgados corresponde a 80 da vazão de referência do manancial e nos casos de abastecimento humano, pode-se atingir 95. 20 das vazões regularizadas deverão escoar para jusante.
Rio Grande do Norte Decreto no 13.283 de 22 de março de1997 O valor de referência será a descarga regularizada anual com garantia de 90. O somatório dos volumes a serem outorgados não poderá exceder 9/10 da vazão regularizada anual com 90 de garantia. 20 das vazões regularizadas deverão escoar para jusante.
36
Vazões de referência, máximas outorgáveis e
remanescentes definidas por órgãos ambientais de
Estados brasileiros
ESTADO Vazão de referência Vazão Máxima Outorgável Vazão Remanescente
PR Q7,10 50 Q7,10 50 Q7,10
MG Q7,10 30 Q7,10 70 Q7,10
PE Q90 80 Q90 20 Q90
BA Q90 80 Q90 20 Q90
PB Q90 90 Q90 10 Q90
RN Q90 90 Q90 10 Q90
CE Q90 90 Q90 10 Q90
37
Importância para geração de energia
  • P Potência (W)
  • peso específico da água (N/m3)
  • Q vazão (m3/s)
  • H queda líquida (m)
  • e eficiência da conversão de energia hidráulica
    em elétrica

e depende da turbina do gerador e do sistema de
adução 0,76 lt e lt 0,87
38
Importância para geração de energia
excesso
déficit
39
Energia Assegurada
  • Energia Assegurada é a energia que pode ser
    suprida por uma usina com um risco de 5 de não
    ser atendida, isto é, com uma garantia de 95 de
    atendimento.
  • Numa usina com reservatório pequeno, a energia
    assegurada é definida pela Q95
  • A empresa de energia será remunerada pela Energia
    Assegurada

40
Curva de permanência de vazões
40 m3/s
41
Exemplo
Uma usina hidrelétrica será construída em um rio
com a curva de permanência apresentada abaixo. O
projeto da barragem prevê uma queda líquida de
27 metros. A eficiência da conversão de energia
será de 83. Qual é a energia assegurada desta
usina?
42
Uma usina hidrelétrica será construída em um rio
com a curva de permanência apresentada abaixo. O
projeto da barragem prevê uma queda líquida de
27 metros. A eficiência da conversão de energia
será de 83. Qual é a energia assegurada?
Q95 50 m3/s H 27 m e 0,83 ? 1000 kg/m3 .
9,81 N/kg P 9,81.50.27.0,83.1000
P 11 MW
43
Importância da curva de permanência
  • Forma da curva de permanência permite conhecer
    melhor o regime do rio.

44
Forma da curva de permanência
Área geologia clima solos vegetação
urbanização reservatórios
45
Exercício
  • Uma usina hidrelétrica foi construída no rio
    Correntoso, conforme o arranjo da figura abaixo.
    Observe que a água do rio é desviada em uma
    curva, sendo que a vazão turbinada segue o
    caminho A enquanto o restante da vazão do rio (se
    houver) segue o caminho B, pela curva. A usina
    foi dimensionada para turbinar a vazão exatamente
    igual à Q95. Por questões ambientais o IBAMA está
    exigindo que seja mantida uma vazão não inferior
    a 20 m3/s na curva do rio que fica entre a
    barragem e a usina. Considerando que para manter
    a vazão ambiental na curva do rio é necessário,
    por vezes, interromper a geração de energia
    elétrica, isto é, a manutenção da vazão ambiental
    tem prioridade sobre a geração de energia, qual é
    a porcentagem de tempo em que a usina vai operar
    nessas novas condições, considerando válida a
    curva de permanência da figura que segue?

46
Risco, probabilidade, tempo de retorno
  • Projetos de estruturas hidráulicas sempre são
    elaborados admitindo probabilidades de falha. Por
    exemplo, as pontes de uma estrada são projetadas
    com uma altura tal que a probabilidade de
    ocorrência de uma cheia que atinja a ponte seja
    de apenas 1 num ano qualquer. Isto ocorre porque
    é muito caro dimensionar as pontes para a maior
    vazão possível, por isso admite-se uma
    probabilidade, ou risco, de que a estrutura
    falhe. Isto significa que podem ocorrer vazões
    maiores do que a vazão adotada no
    dimensionamento.

47
Risco, probabilidade, tempo de retorno
  • A probabilidade admitida pode ser maior ou menor,
    dependendo do tipo de estrutura. A probabilidade
    admitida para a falha de uma estrutura hidráulica
    é menor se a falha desta estrutura provocar
    grandes prejuízos econômicos ou mortes de
    pessoas.

48
Probabilidade e tempo de retorno
  • No caso da análise de vazões máximas, são úteis
    os conceitos de probabilidade de excedência e de
    tempo de retorno de uma dada vazão. A
    probabilidade anual de excedência de uma
    determinada vazão é a probabilidade que esta
    vazão venha a ser igualada ou superada num ano
    qualquer. O tempo de retorno desta vazão é o
    intervalo médio de tempo, em anos, que decorre
    entre duas ocorrências subseqüentes de uma vazão
    maior ou igual. O tempo de retorno é o inverso da
    probabilidade de excedência como expresso na
    seguinte equação

49
Probabilidade e tempo de retorno
  • onde TR é o tempo de retorno em anos e P é a
    probabilidade de ocorrer um evento igual ou
    superior em um ano qualquer. No caso de vazões
    mínimas, P refere-se à probabilidade de ocorrer
    um evento com vazão igual ou inferior.
  • A equação acima indica que a probabilidade de
    ocorrência de uma cheia de 10 anos de tempo de
    retorno, ou mais, num ano qualquer é de 0,1 (ou
    10).

50
  • A vazão máxima de 10 anos de tempo de retorno (TR
    10 anos) é excedida em média 1 vez a cada dez
    anos. Isto não significa que 2 cheias de TR 10
    anos não possam ocorrem em 2 anos seguidos.
    Também não significa que não possam ocorrer 20
    anos seguidos sem vazões iguais ou maiores do que
    a cheia de TR10 anos.

51
Tempo de retorno
  • Inverso da probabilidade de falha num ano
    qualquer TR 1/P
  • TR típicos 2, 5, 10, 25, 50, 100 anos
  • A vazão máxima de 10 anos de tempo de retorno é
    excedida em média 1 vez a cada dez anos.
  • Isto não significa que 2 cheias de TR 10 anos
    não possam ocorrem em 2 anos seguidos.

52
Tempos de retorno admitidos para algumas
estruturas
Estrutura TR (anos)
Bueiros de estradas pouco movimentadas 5 a 10
Bueiros de estradas muito movimentadas 50 a 100
Pontes 50 a 100
Diques de proteção de cidades 50 a 200
Drenagem pluvial 2 a 10
Grandes barragens (vertedor) 10 mil
Pequenas barragens 100
53
Tempos de retorno para microdrenagem DAEE CETESB
Ocupação da área TR (anos)
Residencial 2
Comercial 5
Áreas com edifícios de serviço público 5
Artérias de trafego 5 a 10
54
Estimativa de probabilidades
  • Probabilidades empíricas podem ser estimadas a
    partir da observação das variáveis aleatórias.
    Por exemplo, a probabilidade de que uma moeda
    caia com a face cara virada para cima é de 50.
    Esta probabilidade pode ser estimada
    empiricamente lançando a moeda 100 vezes e
    contando quantas vezes cada uma das faces fica
    voltada para cima.
  • Possivelmente o número de vezes será próximo de
    50.
  • O mesmo para um dado de seis faces, por exemplo.

55
Chuvas totais anuais
56
Chuvas totais anuais
  • O total de chuva que cai ao longo de um ano pode
    ser considerado uma variável aleatória com
    distribuição aproximadamente normal. Esta
    suposição permite explorar melhor amostras
    relativamente pequenas, com apenas 20 anos, por
    exemplo.

57
Chuvas totais anuais
  • Para o caso mais simples, em que a média da
    população é zero e o desvio padrão igual a 1, a
    expressão acima fica simplifcada

58
  • Uma variável aleatória x com média mx e desvio
    padrão sx pode ser transformada em uma variável
    aleatória z, com média zero e desvio padrão igual
    a 1 pela transformação abaixo
  • Esta transformação pode ser utilizada para
    estimar a probabilidade associada a um
    determinado evento hidrológico em que a variável
    segue uma distribuição normal.

59
Exemplo
60
Tabela
61
Eventos extremos
  • Vazões máximas
  • Vazões mínimas

62
Características das cheias
Qpico
volume
63
Cheias em rios diferentes
Rio Paraguai Amolar 1 pico anual
Rio Uruguai Uruguaiana Vários picos
64
Algumas situações em que se deseja estimar as
vazões máximas
  • Dimensionamento de canais.
  • Dimensionamento de proteções contra cheias
    (diques).
  • Dimensionamento de pontes.
  • Dimensionamento de vertedores (neste caso o
    volume é muito importante).

65
Séries temporais
Série contínua Série de máximos Série de
mínimos Série de médias
66
Vazões máximas
  • Selecionando apenas as vazões máximas de cada ano
    em um determinado local, é obtida a série de
    vazões máximas deste local e é possível realizar
    análises estatísticas relacionando vazão com
    probabilidade. As séries de vazões disponíveis na
    maior parte dos locais (postos fluviométricos)
    são relativamente curtas, não superando algumas
    dezenas de anos.
  • Analisando as vazões do rio Cuiabá no período de
    1984 a 1992, por exemplo, podemos selecionar de
    cada ano apenas o valor da maior vazão, e
    analisar apenas as vazões máximas. Reorganizando
    as vazões máximas para uma ordem decrescente,
    podemos atribuir uma probabilidade de excedência
    empírica a cada uma das vazões máximas da série,
    utilizando a fórmula de Weibull
  • onde N é o tamanho da amostra (número de anos) e
    m é a ordem da vazão (para a maior vazão m1 e
    para a menor vazão mN).

67
Série de vazões diárias
68
Séries de vazões máximas
69
Séries de vazões máximas
70
Ano calendário x Ano Hidrológico
Máximas de 1987 e 1988 não são independentes
71
Ano Hidrológico
Grande parte do centro do Brasil Ano hidrológico
outubro a setembro Sul Ano hidrológico de maio a
abril
72
Usando noções intuitivas de probabilidade
Ordem decrescente de Qmáx
Ordem cronológica
73
Usando noções intuitivas de probabilidadeProbabil
idade de uma vazão ser excedida
Ordem decrescente de Qmáx
P m / N
m ordem N número de anos
74
Usando noções intuitivas de probabilidadeProbabil
idade de uma vazão ser excedida
m ordem N número de anos
75
Rio Cuiabá
76
Rio Cuiabá
77
Exemplo
  • As vazões máximas anuais do rio Cuiabá no período
    de 1984 a 1991 são dadas na tabela ao lado.
    Calcule a vazão máxima de 5 anos de retorno.

78
Vazões máximas do rio Cuiabáem Cuiabá
79
Ordem decrescenteProbabilidade empírica
TR 5
Q entre 2190 e 2218 m3/s
80
Problemas com a probabilidade empírica
  • Se uma cheia de TR 100 anos ocorrer em um dos
    10 anos da série, será atribuído um tempo de
    retorno de 11 anos a esta cheia.

81
Série de vazões máximas do rio Cuiabá em Cuiabá
1990 a 1999
Série de 10 anos de 1990 a 1999 inclui maior
vazão da série de 33 anos!
82
Série de vazões máximas do rio Cuiabá em Cuiabá
1981 a 1990
1990 a 1999
83
Comparação
Aceitável para TR baixo, mas inaceitável para TR
N ou maior
84
  • Como estimar vazões com TR alto, usando séries de
    relativamente poucos anos?
  • Supor que os dados correspondem a uma
    distribuição de freqüência conhecida.
  • Primeira opção distribuição normal

85
Usando a distribuição normal passo a passo
  • Calcular a média
  • Calcular desvio padrão
  • Obter os valores de K da tabela para
    probabilidades de 90, 50, 20, 10, 4, 2 e 1, que
    correspondem aos TR 1,1 2 5 10 25 50 e 100
    anos.
  • Calcular a vazão para cada TR por

86
Exemplo Cuiabá
K P(ygt0) TR Q
0,000 50 2 1789
0,842 20 5 2237
1,282 10 10 2471
2,054 2 50 2882
2,326 1 100 3026
87
Ajuste da Distribuição Normal aos dados do rio
Cuiabá de 1990 a 1999
88
Ajuste da Distribuição Normal aos dados do rio
Cuiabá de 1967 a 1999
89
Ajuste da Distribuição Normal aos dados do rio
Guaporé de 1940 a 1995
90
Problema
Distribuição de freqüência de vazões máximas não
é normal
91
Problema
Distribuição de freqüência de vazões máximas não
é normal
92
Outras distribuições de probabilidade
  • Log Normal
  • Gumbel
  • Log Pearson III

93
Log Normal
  • Admite que os logaritmos das vazões máximas
    anuais seguem uma distribuição normal.

94
Usando a distribuição Log - normal passo a passo
  • Calcular os logaritmos das vazões máximas anuais
  • Calcular a média
  • Calcular desvio padrão S
  • Obter os valores de K da tabela para
    probabilidades de 90, 50, 20, 10, 4, 2 e 1, que
    correspondem aos TR 1,1 2 5 10 25 50 e 100
    anos.
  • Calcular o valor de x (logaritmo da vazão) para
    cada TR por
  • Calcular as vazões usando Q 10x para cada TR

95
Ajuste da distribuição Log Normal aos dados do
rio Guaporé
96
Log Pearson Tipo 3
  • Utiliza, além da média e do desvio padrão, um
    terceiro parâmetro estimado a partir dos dados,
    que é o coeficiente de assimetria.
  • Também pode ser expressa na forma
  • Valores de K tabelados para diferentes valores do
    coeficiente de assimetria.

97
Coeficiente de assimetria - G
98
Exemplo de tabela de K
Probabilidade Probabilidade Probabilidade Probabilidade Probabilidade Probabilidade
G 0,5 0,2 0,1 0,04 0,02 0,01
1,4 -0,225 0,705 1,337 2,128 2,706 3,271
1,0 -0,164 0,758 1,340 2,043 2,542 3,022
0,6 -0,099 0,800 1,328 1,939 2,359 2,755
0,2 -0,033 0,830 1,301 1,818 2,159 2,472
0,0 0,000 0,842 1,282 1,751 2,054 2,326
-0,2 0,033 0,850 1,258 1,680 1,945 2,178
-0,6 0,099 0,857 1,200 1,528 1,720 1,880
-1,0 0,164 0,852 1,128 1,366 1,492 1,588
-1,4 0,225 0,832 1,041 1,198 1,270 1,318
Outras tabelas mais completas na bibliografia
99
Usando a distribuição Log Pearson 3 passo a passo
  • Calcular os logaritmos das vazões máximas anuais
  • Calcular a média, o desvio padrão e o coeficiente
    de assimetria G
  • Obter os valores de K da tabela para o G
    calculado e para as probabilidades de 90, 50, 20,
    10, 4, 2 e 1, que correspondem aos TR 1,1 2 5
    10 25 50 e 100 anos.
  • Calcular o valor de x (logaritmo da vazão) para
    cada TR por
  • Calcular as vazões usando Q 10x para cada TR

100
Exemplo rio Guaporé
  • Média de log Qi 2,8315
  • Desvio padrão de log Qi 0,2057
  • Coeficiente de assimetria -0,1744
  • No EXCEL coeficiente de assimetria pode ser
    calculado por DISTORÇÃO(valores)
  • Portanto G -0,1744

101
  • G -0,1744
  • Tabela tem valores para G 0,0 ou G -0,2
  • Opção 1 interpolar
  • Opção 2 usar 0,2

Probabilidade Probabilidade Probabilidade Probabilidade Probabilidade Probabilidade
G 0,5 0,2 0,1 0,04 0,02 0,01
1,4 -0,225 0,705 1,337 2,128 2,706 3,271
1,0 -0,164 0,758 1,340 2,043 2,542 3,022
0,6 -0,099 0,800 1,328 1,939 2,359 2,755
0,2 -0,033 0,830 1,301 1,818 2,159 2,472
0,0 0,000 0,842 1,282 1,751 2,054 2,326
-0,2 0,033 0,850 1,258 1,680 1,945 2,178
-0,6 0,099 0,857 1,200 1,528 1,720 1,880
-1,0 0,164 0,852 1,128 1,366 1,492 1,588
-1,4 0,225 0,832 1,041 1,198 1,270 1,318
102
Log Pearson rio Guaporé
K (G0,2) P TR Q (G0,2) Q (G interpolado)
0,033 0,5 2 689 685
0,850 0,2 5 1014 1013
1,258 0,1 10 1231 1236
1,680 0,04 25 1503 1522
1,945 0,02 50 1704 1737
2,178 0,01 100 1903 1953
103
Rio Guaporé
104
Gumbel
105
Usando Gumbel passo a passo
  • Calcular a média
  • Calcular desvio padrão
  • Criar uma tabela Q, b, P
  • Preencher com valores de Q
  • Calcular b
  • Calcular P

Q b P TR
100 . . .
200 . . .

3000 . . .
106
Gumbel rio Guaporé
107
Comparação de resultados
TR Normal Log Normal Log Pearson 3 Gumbel
2 754 678 685 696
5 1050 1010 1013 1007
10 1204 1245 1236 1212
25 1369 1554 1522 1472
50 1475 1794 1737 1665
100 1571 2041 1953 1856
108
Considerações finais
  • Vazões máximas não seguem distribuição normal.
  • Distribuição assimétrica.
  • Estimativa de vazões máximas com
  • Log Normal
  • Gumbel
  • Log Pearson 3

109
Comentários sobre as distribuições
  • Não há uma distribuição perfeita.
  • Log Pearson 3 é recomendada oficialmente nos EUA,
    mas não é adequada quando N é pequeno.
  • Gumbel tem a vantagem de não necessitar tabelas.
  • Incerteza da curva chave.

110
Exemplo
111
(No Transcript)
112
Vazões mínimas
113
Estimativas de vazões mínimas
  • Usos
  • Disponibilidade hídrica em períodos críticos
  • Legislação de qualidade de água

114
Vazões mínimas
  • A análise de vazões mínimas é semelhante à
    análise de vazões máximas, exceto pelo fato que
    no caso das vazões mínimas o interesse é pela
    probabilidade de ocorrência de vazões iguais ou
    menores do que um determinado limite.
  • No caso da análise utilizando probabilidades
    empíricas, esta diferença implica em que os
    valores de vazão devem ser organizados em ordem
    crescente, ao contrário da ordem decrescente
    utilizada no caso das vazões máximas.

115
Mínimas de cada ano
116
Série de vazões mínimas
117
ano data vazão
1970 4/jun 118.7
1971 24/nov 221.8
1972 3/jun 184
1973 23/ago 250.6
1974 24/ago 143
1975 5/set 198
1976 18/mai 194
1977 14/set 106.3
1978 15/mai 77.5
1979 30/abr 108
1980 5/mai 202
1981 17/set 128.6
1982 23/mai 111.4
1983 3/set 269
1984 19/set 158.2
1985 31/dez 77.5
1986 8/jan 77.5
1987 12/out 166
1988 13/dez 70
1989 27/dez 219.6
1990 17/mar 221.8
1991 24/set 111.4
1992 24/fev 204.2
1993 3/mai 196
1994 27/dez 172
1995 19/set 130.4
1996 31/ago 121.6
1997 13/mai 198
1998 1/ago 320.6
1999 2/dez 101.2
2000 26/jan 118.2
2001 24/ago 213
118
ano data vazão
1988 13/dez 70.0
1978 15/mai 77.5
1985 31/dez 77.5
1986 8/jan 77.5
1999 2/dez 101.2
1977 14/set 106.3
1979 30/abr 108.0
1982 23/mai 111.4
1991 24/set 111.4
2000 26/jan 118.2
1970 4/jun 118.7
1996 31/ago 121.6
1981 17/set 128.6
1995 19/set 130.4
1974 24/ago 143.0
1984 19/set 158.2
1987 12/out 166.0
1994 27/dez 172.0
1972 3/jun 184.0
1976 18/mai 194.0
1993 3/mai 196.0
1975 5/set 198.0
1997 13/mai 198.0
1980 5/mai 202.0
1992 24/fev 204.2
2001 24/ago 213.0
1989 27/dez 219.6
1971 24/nov 221.8
1990 17/mar 221.8
1973 23/ago 250.6
1983 3/set 269.0
1998 1/ago 320.6
ordem 1 2 3
N 32
119
(No Transcript)
120
Frequencias de vazões mínimas
121
Ajuste de distribuição de frequencias
  • Semelhante ao caso das vazões máximas
  • Normalmente as vazões mínimas que interessam tem
    a duração de vários dias
  • Q7,10 é a vazão mínima de 7 dias de duração com
    TR de 10 anos.

122
Vazões máximas em pequenas bacias a partir da
chuva
123
Método racional para vazões máximas
  • Pequenas bacias
  • Chuvas intensas
  • Intensidade da chuva depende da duração e da
    frequencia (tempo de retorno)
  • Duração da chuva é escolhida de forma a ser
    suficiente para que toda a área da bacia esteja
    contribuindo para a vazão que sai no exutório
    (duração tempo de concentração).

124
Equação do método racional
Qp vazão de pico (m3/s) C coeficiente de
escoamento do método racional (não confundir) i
intensidade da chuva (mm/hora) A área da
bacia (km2)
125
Coeficiente de escoamento do método racional
Superfície intervalo valor esperado
asfalto 0,70 a 0,95 0,83
concreto 0,80 a 0,95 0,88
calçadas 0,75 a 0,85 0,80
telhado 0,75 a 0,95 0,85
grama solo arenoso plano 0,05 a 0,10 0,08
grama solo arenoso inclinado 0,15 a 0,20 0,18
grama solo argiloso plano 0,13 a 0,17 0,15
grama solo argiloso inclinado 0,25 a 0,35 0,30
áreas rurais 0,0 a 0,30
126
Coeficiente C pref. São Paulo
Zonas C
Centro da cidade densamente construído 0,70 a 0,95
Partes adjacentes ao centro com menor densidade 0,60 a 0,70
Áreas residenciais com poucas superfícies livres 0,50 a 0,60
Áreas residenciais com muitas superfícies livres 0,25 a 0,50
Subúrbios com alguma edificação 0,10 a 0,25
Matas parques e campos de esportes 0,05 a 0,20


127
Qual é a intensidade da chuva?
?
128
Precipitações máximas
  • Intensidade
  • Duração
  • Frequencia
  • Curvas IDF

129
Duração
  • Duração da chuva é escolhida de forma a ser
    suficiente para que toda a área da bacia esteja
    contribuindo para a vazão que sai no exutório.
  • Duração é considerada igual ao tempo de
    concentração.

130
Tempo de escoamento
Tempo de viagem 15 minutos
Tempo de viagem 2 minutos
131
Chuva de curta duração
tempo
15 minutos
P
Q
tempo
132
Chuva de curta duração
tempo
15 minutos
P
Q
tempo
133
Tempo de concentração
  • Tempo necessário para que a água precipitada no
    ponto mais distante da bacia escoe até o ponto de
    controle, exutório ou local de medição.

134
Tempo de concentração
  • Relação com
  • Comprimento da bacia (área da bacia)
  • Forma da bacia
  • Declividade da bacia
  • Alterações antrópicas
  • Vazão (para simplificar não se considera)

135
Tempo de concentração
  • Fórmulas empíricas para tempo de concentração
  • Kirpich

tc tempo de concentração em minutos L
comprimento do talvegue (km) ?h diferença de
altitude ao longo do talvegue (m)
136
Exemplo
  • Estime a vazão máxima de projeto para um galeria
    de drenagem sob uma rua numa área comercial de
    Porto Alegre, densamente construída, cuja bacia
    tem área de 35 hectares, comprimento de talvegue
    de 2 km e diferença de altitude ao longo do
    talvegue de 17 m.

137
1 Estime o tempo de concentração
L 2 km ?h 17 m tc 42 minutos
138
2 Adote um Tempo de Retorno
Ocupação da área TR (anos)
Residencial 2
Comercial 5
Áreas com edifícios de serviço público 5
Artérias de trafego 5 a 10
139
3 Verifique a intensidade da chuva
  • Considerando que a duração da chuva será igual ao
    tempo de concentração
  • i 55 mm/hora

140
4 Estime o coeficiente C
Zonas C
Centro da cidade densamente construído 0,70 a 0,95
Partes adjacentes ao centro com menor densidade 0,60 a 0,70
Áreas residenciais com poucas superfícies livres 0,50 a 0,60
Áreas residenciais com muitas superfícies livres 0,25 a 0,50
Subúrbios com alguma edificação 0,10 a 0,25
Matas parques e campos de esportes 0,05 a 0,20

  • Área densamente construída
  • C 0,90

141
5 Calcule a vazão máxima
C 0,90 i 55 mm/hora A 0,35 km2 Qp 4,8
m3/s
142
A distribuição binomial
143
A distribuição binomial
  • Qual é a probabilidade de ocorrência de pelo
    menos uma cheia com período de retorno igual ou
    superior a 100 anos ao longo de um período de 50
    anos?

144
Distribuição binomial
  • A distribuição de probabilidades binomial é
    adequada para avaliar o número (x) de ocorrências
    de um dado evento em N tentativas.
  • As seguintes condições devem existir para que
    seja válida a distribuição binomial 1) são
    realizadas N tentativas 2) em cada tentativa o
    evento pode ocorrer ou não, sendo que a
    probabilidade de que o evento ocorra é dada por P
    enquanto a probabilidade de que o evento não
    ocorra é dada por 1-P 3) a probabilidade de
    ocorrência do evento numa tentativa qualquer é
    constante e as tentativas são independentes, isto
    é, a ocorrência ou não do evento na tentativa
    anterior não altera a probabilidade de ocorrência
    atual.

145
Exemplo dado de seis faces
  • A probabilidade de obter um seis num lançamento
    qualquer é de 1/6. A probabilidade de não obter
    um seis num lançamento qualquer é de 5/6. Se um
    dado é lançado uma vez, resultando em um seis,
    isto não altera a probabilidade de obter um
    seis no lançamento seguinte.

146
Distribuição binomial
147
Exemplo
148
Exemplo
149
Exercício
  • Uma ponte foi projetada com base na vazão máxima
    de 100 anos de tempo de retorno. Caso aconteça
    uma vazão igual ou superior à vazão de 100 anos
    de tempo de retorno esta ponte será destruída.
    Qual é a probabilidade de que esta ponte venha a
    ser destruída por uma cheia nos próximos 50 anos?

150
Exercício
  • Na cidade de Porto Amnésia um apresentador de
    televisão defende a remoção do dique que protege
    a cidade das cheias do rio Goiaba. Ele argumenta
    afirmando que o dique foi dimensionado para a
    cheia de 50 anos, e que há 65 anos não ocorre na
    cidade nenhuma cheia que justificaria a
    construção de qualquer dique. Analise as idéias
    do apresentador. Calcule qual é a probabilidade
    de que não ocorra nenhuma cheia de tempo de
    retorno igual ou superior a 50 anos ao longo de
    um período de 65 anos.

151
Bibliografia
  • Vilela e Mattos Hidrologia Aplicada
  • Tucci Hidrologia, Ciência e Aplicação
  • Maidment Handbook of Hydrology
  • Righetto Hidrologia e Recursos Hídricos
  • Wurbs Water Resources Engineering
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