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CONSTRU

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Title: CONSTRU O DO CONHECIMENTO ESP RITA Author: aacn Last modified by: Elio Mollo Created Date: 2/11/2005 2:22:58 PM Document presentation format – PowerPoint PPT presentation

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Title: CONSTRU


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CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ESPÍRITA
PARTE - 1
  • LEITURA CRÍTICA

2
Leitura por prazer
  • É a leitura subjetiva, que nos empolga, liberando
    emoções e dando asas à nossa fantasia.
    Entregamo-nos de corpo e alma ao universo criado
    pelo autor, seja ele imaginário ou real, viajando
    no tempo e no espaço, experimentando prazer e
    angústia. Nós nos colocamos no lugar do narrador
    ou de alguma personagem, na situação em que essa
    se encontra, e nos solidarizamos com seus
    sentimentos e atitudes. Durante esse processo de
    identificação, participamos da vida afetiva e
    alheia e liberamos emoções que, muitas vezes, não
    nos permitimos ter na vida real. É o que acontece
    quando lemos um romance interessante ou
    assistimos um filme ou uma novela de tv. É
    inevitável pensarmos no risco de nos vermos
    envolvidos por um estado de ilusão ou de
    construirmos um conhecimento falso. Quantos têm
    lido romances de pura ficção publicados sob a
    égide do movimento espírita atual, confundindo
    personagens, paisagens e aceitando como realidade
    o que não passa de uma história inventada para
    entretenimento? Por este motivo não se pode
    confiar nos romances como referenciais para
    situações reais. Não importa qual seja o seu
    autor, ou se é uma obra psicografada por este ou
    aquele Espírito. É preciso aprender a ler
    romances.
  •            

3
  • Nesse tipo de leitura, o único critério de
    avaliação usado  é o da preferência gostamos ou
    não de um texto, dependendo de motivos pessoais
    ou de características do texto que não são
    definidas.
  • Durante esse processo da leitura por prazer, algo
    acontece com o leitor, que sofre, que se angustia
    e se alegra com as situações apresentadas no
    texto. Tudo isso faz com que o leitor possa
    distrair-se. Mas distrair-se, escapar da
    realidade imediata não significa, alienar-se, ou
    seja, negar-se a viver os problemas do dia-a-dia
    e a facilitar o estabelecimento de relações entre
    a nossa vivência, o nosso mundo e aquele mostrado
    no texto. Ao fazer isso, estaremos não só
    atribuindo significados ao texto lido, mas também
    à nossa vida e à nossa realidade. Estaremos,
    então, fazendo uma dupla leitura a do texto e a
    da nossa própria realidade.

4
Que tipo de leitura você utiliza para cada um dos
livros abaixo?
1
2
Leitura por prazer (subjetiva). Leitura
de textos inteligentes, reflexivos, capazes de
proporcionar uma visão do mundo espiritual sem
mitos ou fantasias. Possibilita a
internalização do ato de estudar. Permite
interpretar o estudo como ato social solene,
necessário, inadiável e relevante. Serve
como estímulo ao processo crítico de observação e
análise. Desenvolve a percepção em busca de
autonomia, confiança, capacidade de
assimilação. Leva ao reconhecimento de que o
saber facilita a expansão do amor ao próximo, à
natureza, e enriquece o mecanismo de expressão na
comunicação oral e escrita, dentro do que
preconiza o amai-vos e instruí-vos.
3
5
Leitura Crítica
  • Esse tipo de leitura exige uma compreensão mais
    abrangente do texto e mobiliza, além do
    sentimento, as capacidades racionais do leitor,
    como por exemplo, a capacidade de analisar o
    texto, separar suas partes estabelecer relações
    entre elas e os outros textos, sintetizar a idéia
    do autor, entre outros.
  • Estabelecemos um diálogo com o texto fazendo
    perguntas que nos levem a compreender sua forma
    de criação e seus significados mais profundos. Os
    textos, em geral, não são construções
    transparentes, não nos entregam totalmente os
    seus significados logo numa primeira leitura.
    Temos na verdade, de conquistar o texto
    respeitando suas características próprias que o
    fazem diferente dos demais.

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  • Várias perguntas podem ser formuladas durante a
    leitura de um texto sobre  sua forma de
    construção
  • Em que tempo verbal está escrito?
  • Quem é o narrador?
  • Em que situação o narrador está vivendo ou viveu
    durante a produção do texto?
  • Que fatores externos podem influenciar o
    narrador?
  • O texto foi encomendado por alguma instituição?
  • O texto foi examinado por  outros especialistas? 
  • Foram utilizadas obras de referências para a
    apreciação do texto?
  • O texto descreve uma opinião do autor?
  • Certamente muitas outras questões podem ser
    acrescentadas.

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  • A leitura crítica de um texto é uma forma de
    recriar esse texto, visando a sua compreensão
    mais profunda.
  • A recriação é feita a partir das perguntas que
    fazemos ao texto. E como as perguntas são nossas,
    estamos, nós leitores, tendo um papel ativo nessa
    recriação, nessa leitura, nessa atribuição de
    significados que estão latentes no texto mas não
    totalmente à mostra por este motivo costuma-se
    dizer que a leitura crítica faz explicitar o que
    se encontra implícito no texto.
  • Explicitar tornar claro / fazer conhecer
  • Implícito o que está contido numa proposição
    sem estar em termos precisos, formais.

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QUEM SE ENTREGA À LEITURA CRÍTICA?
O trabalho real, que teria de ser feito, ninguém
faz, por falta de capacidade e excesso de
preguiça mental. E quando alguém resolve fazer
alguma coisa, no desenvolvimento consciente,
respeitoso, da obra fundamental de Kardec, nas
bases da cultura atual, as escolinhas ou
igrejinhas dos falsos iluminados se conjugam na
repulsa ao trabalho cultural, em defesa da cômoda
ignorância em que podem semear as suas tolices e
cultivar as suas pretensões vaidosas. Vale
mais, para a maioria dos adeptos, a suposta
descoberta de novos métodos de passes e curas
miraculosas, do que um estudo sério e
esclarecedor da própria estrutura da Doutrina e
de sua posição cultural A hora H do Espiritismo
- O Mistério do Bem e do Mal J. Herculano Pires
9
QUEM SE ENTREGA À LEITURA CRÍTICA?
  • As pessoas cultas que percebem isso, temem a
    turba dos fanáticos e preferem resguardar o seu
    prestígio ao invés de lutar contra o aviltamento
    doutrinário. Daí o silêncio da maioria dos
    líderes na hora da adulteração, que rompeu a
    falsa aparência de unidade e coerência do
    movimento espírita brasileiro.
  • A cultura perece e os charlatães se divertem
    deslumbrando os basbaques. Ninguém se lembra de
    que estamos numa fase de grande desenvolvimento
    cultural, favorável ao entrosamento da cultura
    espírita.
  • A penúria intelectual do movimento espírita
    contrasta estranhamente com as dimensões
    conceptuais e as finalidades da Doutrina, a única
    que oferece a possibilidade de soluções
    evangélicas para a situação mundial.
  • (A hora H do Espiritismo - O Mistério do Bem e do
    Mal J. Herculano Pires)
  • BASBAQUE que ou quem passa o tempo a olhar
    longamente para tudo que vê. Palerma.

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  • Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, diz
    Eclesiastes. Até mesmo pessoas analfabetas,
    quando aprendem a lidar grosseiramente com a
    mediunidade, julgam-se mestres infalíveis. E,
    criaturas dotadas de diplomas universitários,
    tornam-se seguidores de messias broncos, profetas
    incultos, que usam sem temor o atrevimento da
    ignorância para atacar e criticar os que lutam em
    defesa da Doutrina.
  • (A hora H do Espiritismo - O Mistério do Bem e do
    Mal J. Herculano Pires)
  • A questão é como modificar essa situação,
    considerada desastrosa pelo prof. J. Herculano
    Pires, sem a abnegação de pessoas que, dotadas
    realmente de formação cultural (e não apenas de
    diploma), se ponham corajosamente em campo?

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PREPARAÇÃO PARA A HORA H
  • Cada um terá a sua hora H, alguns poucos já a
    estão vivendo. Raríssimos já a viveram.

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JUSTA HOMENAGEM GÉLIO LACERDA DA SILVA
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PREPARAÇÃO PARA A HORA H
  • Enquanto não se fizer uso da LEITURA CRÍTICA a
    hora H não chegará.
  • Proponho um pequeno exercício.
  • Apresentaremos alguns trechos do livro
  • BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO
  • (Humberto de Campos F. C. Xavier)

Estão aqui por acaso?
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TEXTO PARA UMA LEITURA CRÍTICA
  • Helil disse a voz suave e meiga do Mestre a um
    dos seus mensageiros, encarregado dos problemas
    sociológicos da Terra meu coração se enche de
    profunda amargura, vendo a incompreensão dos
    homens, no que se refere às lições do meu
    Evangelho. Por toda parte é a luta fratricida,
    como polvo de infinitos tentáculos, a destruir
    todas as esperanças recomendei-lhes que se
    amassem como irmãos, e vejo-os em movimentoss
    impetuosos, aniquilando-se uns aos outros como
    Cains desvairados. 
  • (Brasil, coração do mundo Patria do Evangelho
    Francisco Cândido Xavier p/Espírito Humberto de
    Campos p.21/11ª edição 1977 FEB)
  • Que perguntas podemos fazer ao texto?

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Perguntas que podemos fazer ao texto
  • (1) O narrador (no caso Humberto de Campos,
    psicografando pelo lapis de F. C. Xavier) teve
    suas palavras transcritas com total fidelidade
    pelo medium?
  • (2) Pode ter ocorrido alguma interferência
    anímica no momento da transferência da mensagem
    para o papel?
  • (3) Um Espírito Superior e Puro pode experimentar
    estado de profunda amargura? Sabemos que amargura
    denota um estado de tristeza, pena, angústia,
    aflição, acrimônia, azedume, inseparável do
    sofrimento e do sentimento de desamparo.
  • (4) O texto deixa transparecer um grande
    desapontamento de Jesus com a incompreensão dos
    homens. O Mestre por acaso não conhecia a índole
    humana, sua estrutura psiquica, ignorância,
    rebeldia e dificuldade na compreensão de Sua
    sublime lição evangélica?
  • (5) Jesus seria incapaz de prever as dificuldades
    do homem no aprendizado das lições evangélicas
    deixadas por ele, uma vez que previu o advento do
    Consolador Prometido? Não esta aí uma
    contradição?
  • (6) Por que então tanta amargura se o Mestre
    Jesus é o maior entendido nas questões que
    envolvem o comportamento e a psicologia humana?
    Se Ele tem consciência que as dificuldades
    ocorreriam, mas que a humanidade acabaria por
    encontrar o caminho para vencer o mundo?

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  • Todavia replicou o emissário solícito
    (Helil), como se desejasse desfazer a impressão
    dolorosa e amarga do Mestre esses movimentos,
    Senhor, intensificaram as relações dos povos da
    Terra, aproximando o Oriente e o Ocidente, para
    aprenderem a lição da solidariedade nessas
    experiências  penosas novas utilidades da vida
    foram descobertas o comércio progrediu além de
    todas as fronteiras, reunindo as pátrias do orbe.
    Sobretudo, devemos considerar que os príncipes
    cristãos, empreendendo as iniciativas daquela
    natureza, guardavam a nobre intenção de velar
    pela paisagem deliciosa dos Lugares Santos.

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Perguntas feitas ao texto
  • (1) As condiçoes psiquícas de Helil superam às de
    Jesus a ponto de poder consolar o Mestre e de lhe
    desfazer a impressão dolorosa e amarga? Se for
    este o caso podemos supor Helil superior e mais
    perfeito do que Jesus?
  • (2) Helil  possui um conhecimento muito maior da
    humanidade do que Jesus?
  • (3) Os Lugares Santos  não constitui um
    privilégio concedido a uma reduzida parcela da
    humanidade?
  • (4) Por que a Terra toda não é santa? 
  • (5) Qual o critério utilizado por Deus para
    considerar uma terra santa e outras não?
  • (6) Quais os critérios usados para eleger uma
    região do planeta como Pátria do Evangelho ?

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  • O leitor certamente tem as respostas e tem outras
    perguntas a fazer. De qualquer modo não
    precisamos expor a importância e nem as vantagens
    de uma leitura crítica. Não será exatamente o que
    recomendou o Espírito Erasto quando da aplicação
    de critérios lógicos e racionais no exame das
    mensagens recebidas dos espíritos?
  • Ainda  temos mais
  • A amargura divina empolgara toda a Formosa
    assembléia de querubins e arcanjos. Foi quando
    Helil, para renovar a impressão ambiente,
    dirigiu-se a Jesus com brandura e humildade
  • Senhor se esses povos infelizes, que procuram
    na grandeza material uma felicidade impossível,
    marcham irremediavelmente para grandes
    infortúnios coletivos, visitemos os continentes
    ignorados, onde espíritos jovens e simples
    aguardam a semente de uma vida nova. Nessas
    terras, para além dos grandes oceanos, poderíeis
    instalar o pensamento cristão, dentro das
    doutrinas do amor e da liberdade. ().

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Comentários feitos durantes os estudos que
realizamos
  • (1) Não consigo entender a amargura divina.
    Como explicar que a amargura possa empolgar
    seres tidos como Espiritos puros?  A hierarquia
    igrejeira separando anjos, querubins e arcanjos
    é outro ponto difícil de entender é no mínimo
    estranho ao pensamento espírita como se encontra
    codificado por Allan Kardec.
  •  (2) Novamente aqui é passado um atestado de
    ignorância a Jesus. Reforça-se a idéia de que
    Jesus não conhecia a humanidade e que andou
    afastado da Terra por alguns séculos a ponto de
    precisar dos esclarecimentos de Helil. Onde se
    encontrava Jesus que não viu nada do que se
    passou na Terra até então?
  • Ainda tem mais
  • Jesus segundo Humberto de Campos desfere uma
    pergunta que endossa sua ignorância a respeito do
    planeta que, segundo muitos que se afirmam
    espíritas, se encontra sob o seu governo
    espiritual

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  • Helil pergunta ele onde fica, nestas
    terras novas, o recanto planetário do qual se
    enxerga, no infinito, o símbolo da redenção
    humana?
  • E, novamente, demonstra Helil saber muito mais do
    que Jesus
  • Esse lugar de doces encantos, Mestre, de onde
    se vêem, no mundo, as homenagens dos céus aos
    vossos martírios na Terra, fica mais para o sul.

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  • Vamos mais uma vez perguntar ao texto, a final,
    estamos realizando uma leitura crítica
    estritamente de acordo com o que nos ensina a
    moderna Filosofia
  • (1) A pergunta desferida por Jesus demonstra
    total desconhecimento da geografia planetária, e
    isto é de se esperar, uma vez que Jesus é tido
    como Governador Espiritual da Terra?
  • (2) O conhecimento de Helil das coisas terrenas,
    de sua geografia, da índole humana, o equilibrio
    que demonstra, pois chega a consolar Jesus
    algumas vezes, não nos leva a pensar que ele
    está acima do Mestre?
  • (3) De acordo com o que foi exposto por Humberto
    de Campos não seria preferível Helil como
    Governador Espiritual da Terra?
  • (4) Afinal, estamos diante de uma obra de ficção
    ou podemos dizer que se trata de uma obra cuja
    lógica e racionalidade são irrefutáveis?

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  • A leitura crítica comporta, assim, uma subdivisão
    em níveis, que constituem etapas de
    aprofundamento da interpretação denotação,
    interpretação, crítica e problematização. É como
    se andássemos dentro de uma espiral e fôssemos
    dando voltas, cada vez mais profundas. É o que
    veremos no próximo segmento.

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NÍVEIS DA LEITURA CRÍTICA
  • A denotação apresenta-se como o primeiro nível da
    leitura crítica. Tem como objetivo a compreensão
    do sentido mais literal, direto e superficial do
    texto. Ainda seguindo uma distribuição didática,
    podemos considerar as seguintes etapas
  • I Levantamento de informações adicionais
  • (a) grifar e procurar  no dicionário o
    significado das palavras desconhecidas ou cujo
    sentido não tenha ficado claro caso seja
    possível consultar algum especialista no idioma
    utilizado no texto que está sendo criticado
  • (b) levantar  as informações que considerar
    relevantes sobre o autor, tais como situação
    histórica e finalidade para o qual o texto foi
    escrito. Algumas pessoas produzem o texto para
    uma aula, para uma palestra, conferência,
    seminário, artigo de uma revista ou jornal, carta
    ou para um livro. É conveniente que se conheça o
    público alvo do texto
  • (c) pesquisar os autores, teorias, obras
    comentadas no texto e que nos são desconhecidos,
    observar as conexões e correlações, referências
    não deixar nenhuma citação sem exame.

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  • II Procurar a idéia central do texto
  • O que pode ser feito respondendo perguntas como
  • - Do que trata o texto?
  • - Qual é o assunto discutido?
  • III Analisar o desenvolvimento do raciocínio do
    autor
  • Sugerimos as seguintes questões
  • - Como o autor trata a idéia central do texto?
  • - Trata-se de um ensaio sobre determinado
    assunto?
  • - A que conclusão chega?

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  • No caso do livro Brasil, Coração do Mundo,
    Pátria do Evangelho  atribuída ao Espírito
    Humberto de Campos, pela psicografia do medium
    Francisco Cândido Xavier, primeira edição
    publicada em 1938, pela Federação Espírita
    Brasileira, pretende esclarecer as origens 
    remotas da formação da Pátria do Evangelho,
    valendo-se das informações recolhidas nas
    tradições do mundo espiritual, sendo de
    responsabilidade de falanges desveladas e amigas
    entregues a grandes sacrifícios em prol da
    humanidade sofredora. O autor espiritual pretende
    que as páginas, que ele considera modestas, sejam
    uma contribuição  à elucidação da história da
    civilização brasileira em sua marcha através dos
    tempos, Segundo suas próprias palavras. Trata-se
    de uma informação de cunho teológico e sem
    validade científica, pois a aceitação ou rejeição
    encontra-se na estrita confiança ou
    desconfiança depositada naquele que a transmite,
    como veremos oportunamente. A Doutrina Espírita
    é resultante do ensino coletivo e concordante dos
    Espíritos - é o que lemos no frontispício do
    livro A Gênese e que por si só constitui uma
    advertência para a importância que se deve dar à
    universalidade do ensino espírita. A fé, tratada
    isoladamente, não é garantia da verdade. O
    caráter essencial de toda revelação deve ser a
    verdade. Revelar um segredo, é dar a conhecer um
    fato se a coisa é falsa, não é um fato e, por
    conseqüência, não há revelação. Toda revelação
    desmentida pelos fatos não é revelação (). (A
    Gênese cap.103). Portanto, a leitura crítica é
    imprescindível e está perfeitamente de acordo com
    os cuidados recomendados pelo Espírito Erasto.
    Não há o que temer, a final A verdade vos
    libertará - Jesus -, ecoa em nossas almas como
    advertência.
  •             

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Segundo nível a interpretação
  • Neste Segundo nível de leitura crítica,
    procuramos os significados não explícitos,
    escondidos, ou seja, os significados conotativos
    ou figurados. É quando perguntamos O que o autor
    quer mostrar ou demonstrar com esse seu texto?
    Quais os valores que nele aparecem? Como as
    idéias apresentadas e o ponto de vista assumido
    se ligam à época da produção do texto? Qual a
    relação do texto com o atual contexto histórico e
    social?
  • Certamente há os que rejeitam a leitura crítica
    dos textos e ditados produzidos por certos
    espíritos, através de certos médiuns. Advertimos
    que a confiança cega somente produz conhecimento
    teológico, não confiável, dogmático. Apresentam,
    os que assim agem, uma contradição combatem o
    dogmatismo e exibem um comportamento dogmático
    quando tratam dessas questões.
  • Interpretando, analisamos mais a fundo os
    diversos elementos que compõem o texto,
    examinamos as relações que eles matêm entre si e
    como cada um influencia o outro. É nesse nível,
    também, que cruzamos idéias e valores presentes
    no texto com a situação histórica e social da
    época em que foi escrito e, às vezes com a
    biografia do autor. Ao fazer isso podemos,
    inclusive, avaliar o significado das idéias
    apresentadas no texto da época de sua criação.
    Avaliamos o grau de novidade que ele apresentou.

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  • Utilizando ainda como exemplo a obra
  • Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho
  • Analisemos o contexto histórico social, do país,
    o movimento espírita brasileiro, as editoras
    existentes
  • Analisemos o contexto histórico e social da época
    a que se reporta o texto.

28
Terceiro nível a análise crítica
  • Quando nos referimos à crítica não estamos
    considerando o seu sentido vulgar, que tem outro
    nome maledicência que não tem fundamento
    algum, pois é um simples ato de falar mal de
    alguém ou de alguma coisa, visando tão somente
    denegrir. Baseada apenas no gosto e na opinião
    individual, subjetiva . O que nos interessa de
    fato é aquela crítica que surge do nosso
    entendimento da proposta do próprio texto com
    ela podemos verificar se o autor atinge ou não o
    objetivo a que se propõe, se é claro, coerente,
    se sua visão é original e se traz alguma
    contribuição para o assunto abordado.
  • Ao chegarmos a esse ponto da leitura, teremos
    completado nossa análise. Saberemos dizer do que
    o autor trata, quais os itens por ele enfocado,
    com que ponto de vista o assunto foi
    desenvolvido, se o autor foi coerente ao expor
    suas idéias e qual a contribuição à discussão
    daquele assunto. A partir desse momento,
    poderemos dizer se o texto é bom, ruim ou médio,
    independentemente de termos gostado dele ou não.
    Aliás é importante frisar que críticas feitas por
    pessoas diferentes podem ser divergentes. Esse
    fato é positivo, pois a diversidade aguça a nossa
    curiosidade e nos permite perceber aspectos do
    texto que não tinham sido antes observados.

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Quarto e último nível da leitura crítica a
problematização
  • Nesse nível nos distanciamos do texto e pensamos
    em assuntos ou problemas que, embora levantados a
    partir de sua leitura cuidadosa, vão além dele. É
    quando nos perguntamos Naquela época, ou
    sociedade, era assim e hoje como é? Ao
    problematizar, estamos indagando sobre outras
    possibilidades e exercitamos a imaginação, a
    coerência, o raciocínio. Abrimos nossos olhos
    para novos significados, para novas leituras do
    mundo.
  • Como se pode ver, a necessidade de aprender a
    ler, é muito mais ampla e profunda do que
    normalmente se coloca, pois envolve a prática de
    dar significado ao mundo que nos cerca e à nossa
    própria vida. É tarefa que pode ser conseguida
    através dos sentimentos e também da razão.
  • A leitura crítica, como vimos, apresenta uma
    série de etapas que correspondem ao
    aprofundamento gradual dos significados presentes
    no texto, o que pode nos levar, para além do
    próprio texto, aos valores implícitos,
    escondidos, que presidiram a sua criação. Este é
    o caminho crítico que nos permite chegar à
    problematização da nossa realidade e que,
    dependendo do tipo de abordagem que fizemos,
    poderá nos levar ao filosofar.

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CONCLUSÃO
  • Deixemos a conclusão com o prof. J. Herculano
    Pires
  • Esta é a hora H do Espiritismo. Ou ele se
    firmará como um processo cultural legítimo, ou
    será asfixiado pela avalancha de sandices que
    sobre ele despejam sem cessar, os pretensiosos
    irresponsáveis, missionários por conta própria,
    elaboradores de doutrinas individuais e
    ridículas, sugeridas pelas mentes sombrias que
    desejam ridicularizar a Doutrina.
  • Os que se omitem por comodismo e interesse
    subalternos, nesta hora decisiva, cantando
    louvores e todos os absurdos em nome da
    tolerância e da fraternidade (como se essas duas
    palavras significassem convivência), são piores
    que os semeadores de joio, pois são os que
    estimulam e sustentam o trabalho de sapa no meio
    doutrinário. A eles podemos aplicar a advertência
    do Cristo aos fariseus, pois os ladrões e as
    meretrizes chegarão, antes deles, ao Reino dos
    Céus.
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