Title: Entenda um pouco mais sobre estes mecanismos e, talvez, perceba que todos os outros seguem uma l
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2Entenda um pouco mais sobre estes mecanismos e,
talvez, perceba que todos os outros seguem uma
lógica similar.
3SN2 Substituição nucleofílica bimolecular
- De uma forma geral, quando um nucleófilo encontra
um haleto de alquila ele pode fazer duas coisas
4Atacar o carbono diretamente e deslocar o íon
haleto, ou atuar como uma base, induzindo a
de-hidro-halogenação do haleto de alquila e
produzir um alceno. O último caso, refere-se à
eliminação bimolecular (E2). O primeiro, à
substituição nucleofílica bimolecular - SN2.
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6Mas a pergunta é por quê cargas d'água iria um
nucleófilo atacar um carbono?! A resposta está no
simples fato de que cargas opostas se atraem. Um
nucleófilo é uma espécie química que é atraída
por cargas positivas - algumas vezes, chega a
possuir, de fato, carga negativa.
7Como o grupo de saída ligado ao carbono que irá
sofrer o ataque do nucleófilo invariavelmente
saca elétrons do carbono, deixa-o com uma carga
parcialmente positiva - um forte candidato para a
substituição nucleofílica.
8O ataque do nucleófilo sempre é ao longo do eixo
de ligação C-X - o caminho de menos energia para
a reação. Uma das principais características da
SN2 é que o processo provoca uma inversão da
configuração do átomo de carbono ligado ao grupo
de saída.
9A inversão da estereoquímica em átomos de
carbonos assimétricos durante uma reação SN2 é um
forte indício de que a reação passa por um
mecanismo concertado, envolvendo a formação de um
estado de transição onde o átomo de carbono faz
"5 ligações"! Na verdade, existe a formação de
duas ligações parciais (Nu-C e C-X).
10Outro detalhe importante nesta reação é que não
se observa a formação de um intermediário iônico.
Como consequência, nos casos onde, via SN1, o
haleto de alquila formasse um carbocátion
primário - altamente instável - as reações
parecem optar pelo mecanismo SN2.
11Em solventes menos polares, também, onde o
carbocátion do SN1 é pouco estável, a reação
ocorre preferencialmente via SN2.
12Efeitos que influenciam o mecanismos SN2
- Os solventes próticos, com grupos N-H ou O-H, não
são favoráveis ao mecanismo SN2, pois estabilizam
o nucleófilo. Para satisfazer este mecanismo, o
ideal é o uso de solventes polares apróticos,
que, embora não establizem tanto o nucleófilo,
podem estabilizar o grupo de saída, deslocando o
equilíbrio para a direita.
13Nucleofilicidade não é sinônimo de basicidade é
a velocidade de ataque de um nucleófilo sobre um
carbono eletrófilo. Por exemplo o t-butóxido é
uma base forte mas um péssimo nucleófilo, devido
a impedimentos estéricos ao ataque.
14Para favorecer o mecanismo SN2, o nucleófilo deve
ser forte ou moderado. Nucleófilos bons MetO-,
HO-, I-, CN-Nucleófilos ruinsMetOH, H2O, F-,
HCN
15O grupo de saída é extremamente importante neste
mecanismo. Um bom grupo de saída deve possuir um
ânion estável após deixar o carbono.
16Os haletos são excelentes grupos de saída, por
que eles atendem aos principais requisitos1.
capacidade de sacar elétrons do carbono2. não
ser uma base forte ao deixar o C
173. ser polarizável (para estabilizar o estado de
transição)Os haletos atendem a estes critérios,
mas um dos melhores grupos de saída é o tosilato
(um tioéster) que, devido à ressonância do anel,
possui um ânion muito estável.
18SN1 Substituição nucleofílica unimolecular
- Os produtos de uma reação SN1 são similares aos
da reação SN2, mas o mecanismo é completamente
diferente.
19Nesta reação, não ocorre inversão do configuração
do carbono eletrófilo, e pode acontecer
rearranjos do carbocátion neste mecanismo, há a
formação de um intermediário iônico.
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21Embora a velocidade da reação dependa da
concentração do substrato, a alteração da
concentração do nucleófilo não tem qualquer
efeito na velocidade da reação. Isto significa
que a etapa limitante não envolve a participação
do nucleófilo. Neste mecanismo, a velocidade
segue a seguinte lei vk.substrato.
22Como o nucleófilo não participa da etapa
limitante da velocidade, a nucleofilicidade do
nucleófilo não tem efeito sobre a reação isto
significa que nucleófilos pobres, como água e
álcoois, podem reagir via SN1.
23Esta reação envolve a formação de um carbocátion
na etapa determinante da velocidade.
24Neste caso, podem ocorrer rearranjos na estrutura
do carbocátion - como a migração de um grupo
metila ou de um próton ligados aos carbonos
adjacentes - no sentido da formação do
carbocátion mais estável.
25Por isso, a estrutura do produto nem sempre se
assemelha a do substrato de partida.
26E1 Eliminação de primeira ordem
- A reação de eliminação que ocorre pelo mecanismo
E1 passa por uma etapa inicial com a formação de
um carbocátion. Esta é a etapa lenta, que envolve
o desprendimento do grupo de saída.
27A etapa seguinte é o ataque do nucleófilo - mas
não sobre o carbono e sim sobre um átomo de
hidrogênio (próton) ligado ao carbono adjacente.
O resultado é a produção de dois carbonos sp2, ou
seja, a formação de uma ligação dupla.
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29A velocidade da reação depende somente da etapa
lenta - não é influenciada pela concentração do
nucleófilo. A lei da velocidade, então, é
vk.substrato.
30O solvente ideal para uma reação acontecer via
SN1 é um que estabilize o ânion liberado e também
o carbocátion formado. O substrato deve ser um
carbono altamente substituído carbonos primários
e haletos de metila não reagem via E1.
31 O substrato deve ter um bom grupo de saída, como
haletos ou tosilato. A natureza do base não é
muito importante, pois esta não participa da
etapa lenta.
32Como a reação ocorre via formação de um
carbocátion, podem ocorrer rearranjos, assim como
no caso das reações SN1, no sentido da formação
do carbocátion mais estável.
33E2 Eliminação de segunda ordem
- O termo E2 significa "Eliminação Bimolecular", ou
"Eliminação de segunda ordem".
34Como em qualquer reação de eliminação, o produto
tem um grau a mais de insaturação que o substrato
de partida. A de-hidro-halogenação de um haleto
de alquila, por exemplo, produz um alceno.
35Em contraste às reações E1, as reações E2 são
promovidas por uma base forte a base é vital
para a reação, e está diretamente envolvida na
etapa determinante da velocidade. Como a reação é
bimolecular, envolve uma cinética de segunda
ordem, isto é, duas moléculas precisam colidir
para que a reação ocorra.
36A lei da velocidade para uma reação via E2 é
vk.substrato.base. Como mostra o mecanismo,
os átomos H e X precisam estar em carbonos
adjacentes, e o ataque da base sempre é
antiperiplanar.
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38A polaridade do solvente não é muito importante.
Tal como na reação E1, o substrato deve ser
altamente substituído.
39Como E2 não passa pela formação de intermediário
iônico (carbocátion), não ocorrem rearranjos na
estrutura do substrato. Este deve possuir um bom
grupo de saída.
40Esta reação provoca o surgimento de uma
estereoquímica preferencial se os grupos R
ligados ao carbono que possui o grupo X forem
diferentes, assim como os grupos R ligados ao
carbono que irá perder o hidrogênio, existe
apenas uma orientação possível.
41Na qual o hidrogênio e o grupo X estão em posição
antiperiplanar. Isto pode levar à formação de
apenas isômeros R ou S do alceno.
Fonte QMCWEB